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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Cattleya schillerianaA Cattleya schilleriana é uma das espécies de orquídeas brasileiras ameaçadas de extinção

Orquídeas são flores de uma beleza rara e de um perfume extremamente delicado. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, elas não são flores frágeis e que morrem ao menor sinal de contrariedades ou de adversidades. Com cuidados muito simples e arranjos possíveis em qualquer lugar, você pode conservar as suas orquídeas por muito mais tempo e mantê-las bonitas e viçosas exatamente da mesma maneira que no dia em que você as ganhou.

Os cuidados mais importantes e que levarão a uma grande durabilidade das orquídeas e que devem ser observados com cuidado são os controles de luz, temperatura, solo, adubos, ventilação e umidade.

Mas não se desespere são coisas simples e que qualquer um pode fazer. Veja:

O controle da luz deve ser feito evitando que suas orquídeas recebam sol diretamente. Isso irá queimar as floras e você pode deixar as plantas vivas e felizes em baixo de árvores grandes e frondosas ou de telhados que recebam luz do sol de forma indireta. Para saber se o lugar onde você colocou as suas orquídeas é adequado; basta observar se a planta apresenta folhas amareladas ou folhas escuras, finas e alongadas. A primeira condição indica excesso de luz e a segunda falta dela.

A temperatura ideal para que suas orquídeas durem muito mais é por volta dos vinte e cinco graus. Se você mora num lugar muito quente e que apresenta freqüentemente temperaturas maiores do que essas, opte por criar suas orquídeas em ambiente refrigerado.

Outro aspecto interessante diz respeito aos vasos usados. Não plante suas orquídeas em vasos grandes ou largos demais. Prefira os vasos feitos com fibra de coco ou de xaxim. Algumas espécies específicas de orquídeas preferem serem cultivadas em estacas ou placas desses materiais.

O adubo também deve ser feito com cuidado e atenção. O adubo mais comumente usado é o NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio). E sua aplicação é muito simples. Bastando diluir uma colher de café em um litro de água. No outono e no inverno a adubação não deve ser feita devido às baixas necessidades nutricionais da planta. Uma opção inteligente e acrescentar uma pequena medida de torta de mamona uma vez por ano a terra do vaso.

Mantenha as orquídeas abrigadas do vento forte e borrife sempre que o dia estiver muito quente ou com ventos constantes com bastante água. Isso garantirá que as suas orquídeas fiquem sempre viçosas e hidratadas.

Se você recebeu de presente apenas um caixinha com as flores das orquídeas; conserve-as dentro da geladeira se morar numa cidade muito quente ou fora dela se residir em clima mais ameno.

Observando esses pequenos cuidados, você logo se transformará em mais uma aficionada pelo cultivo de orquídeas e não vai mais querer abandonar essas flores maravilhosas.

flor vermelha


Vanda Coeruela

As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta. Quando o adubo for líquido, dilua um mililitro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro d’água. Uma seringa de injeção é um medidor prático.

Quando for sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá (1 g) em um litro de água numa frequência de uma vez por semana. Essas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos (minúsculas válvulas) estão fechados. Faça-o de manhã, antes do sol nascer, ou no fim da tarde, molhando os dois lados das folhas (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas).

Concentração de adubo menor do que a indicada acima ou pelo fabricante nunca é prejudicial. Se diluir o adubo citado acima (um mililitro ou um grama) em 20 litros de água (ou mais) e com ela borrifar diariamente as plantas, você pode obter excelentes resultados. Corresponde a um tratamento homeopático. Dosagem maior que a indicada funciona como veneno e pode até matar a planta.

Se o adubo for sólido, insolúvel na água, como o adubo da AOSP, deve ser pulverizado diretamente no vaso, numa média de uma a duas colheres de chá, dependendo do tamanho do vaso, uma vez por mês. É preciso cuidado para não jogar diretamente sobre as raízes expostas.

Os adubos vendidos no comércio especificam as siglas NPK (com as respectivas porcentagens) que significam N (nitrogênio), P (fósforo) e K (potássio) que são macro nutrientes.. Mas existem mais 3 macro nutrientes não citados que são Mg (magnésio), Ca (cálcio) e S (enxofre). Portanto, os macro nutrientes são 6 e não 3.

Macro nutrientes são aqueles que a planta precisa em grande quantidade para crescer equilibradamente. São chamados de micro nutrientes aqueles que a planta precisa em menor proporção.

A maior parte dos adubos não contém os 3 últimos macro nutrientes, mas apenas 1 ou 2 deles, porque a formulação com todos eles é quimicamente incompatível, ou seja, há uma reação química e um dos sais, que em geral é o sulfato de cálcio, não se dissolve e acaba se precipitando. (O sulfato de cálcio também é adubo, porém sua solubilidade é de apenas 2 gr por litro e contém os elementos cálcio e enxofre.)

Assim, existem fabricantes idôneos de adubos que lançam no mercado o adubo básico com NPK e uma outra embalagem com o restante dos sais minerais, que complementam os anteriores, para ser aplicado alternadamente. (jamais se deve misturar os dois produtos).

Mas poucos conhecem a existência desse segundo produto. Resultado: muitas vezes suas plantas não vão bem, embora você aplique adubo, porque faltam justamente estes nutrientes.

Quem quiser fabricar seus próprios adubos, isto é, comprar as substâncias químicas que compõem todos os nutrientes de um adubo, pode usar qualquer uma das formulações abaixo especificadas.

1. Essa formulação é de uso geral, pois contém quantidades iguais de Nitrogênio (N), Fósforo (P205), Potássio (K2O), além do Cálcio (Ca) que é um elemento fundamental para o bom desenvolvimento das raízes.

100g de fosfato de potássio monobásico ou fosfato de potássio diácido (KH2PO4)

38g de nitrato de potássio (KNO3)

427g de nitrato de cálcio [Ca (NO3)2 4H2O]

Temos, então, um total de 565g que pode ser diluído em 2 litros de água. Use 8ml dessa solução concentrada em 1litro de água e com ela borrife as folhas e molhe todo o substrato, numa média de uma vez por semana. Em dias quentes e secos, quando é preciso borrifar as plantas todos os dias, dilua os 8ml em 10 a 20 litros de água (dosagem homeopática).

A composição acima foi simplificada com o mínimo de produtos, mas, se você quiser, pode acrescentar 10g de nitrato de sódio (salitre do Chile) (NaNO3) que contém o elemento sódio que é um dos micronutrientes que muitas vezes é um fator importante para liberar o potássio (K) na planta.

2. Esta outra composição contém o restante dos elementos que não consta acima e deve ser aplicada a cada 15 ou 20 dias, mas jamais misturada com a primeira.

100g de sulfato de magnésio (Mg SO4.7H2O)

8g de ácido bórico (H3BO3)

4g de sulfato de manganês (MnSO4.3H20)

6g de sulfato de zinco (Zn SO4.7H2O)

2g de sulfato de cobre (Cu SO4.5H2O)

1g de sulfato de cobalto (Co SO4)

0,2g de molibdato de sódio (Na6.Mo7.O24.4H2O)

Faça uma solução concentrada de 2 litros e use 8ml em 1 litro de água.

Observ.: Pode acontecer de você adubar as plantas e as folhas começarem a amarelar ou aparecerem manchas, pintas ou estrias de fungos. Isto significa doença pelo ataque de fungos e bactérias e você estará alimentando hóspedes indesejáveis.

Nesse caso, o primeiro passo é suspender a adubação e combater a praga com fungicida e bactericida, usando o dobro da dosagem indicada pelo fabricante e repetir por mais algumas vezes a cada 3 ou 4 dias, dependendo da gravidade da infestação.

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tilandsiasTillandsia Cyannea

As Tillandsias são um gênero botânico pertencentes  à família Bromeliaceae, subfamília Tillandsioideae. São plantas aéreas e a maioria habita as árvores e absorve seus nutrientes e umidade do ar, através de escamas prateadas. São mais de quatrocentas espécies e é o gênero que apresenta o maior número de espécies espalhadas pelas Américas. São encontradas em desertos, bosques e montanhas da América Central, América do Sul, México e sul.

As florações duram até seis semanas e tê-las em um jarro ou arranjo dentro de casa nessa época, torna-se uma dádiva. Trata-se de um dos exemplares mais caros do reino das Bromeliaceas no mercado internacional, chegando a custar US$40,00 o exemplar. Possui folhas verdes acinzentadas e suas brácteas surgem imponentes na vertical multi-ramificada num tom rosa brilhante tendo numerosas flores azuis turquesa. Um show de beleza e graça.

As Tillandsias formam um incrível grupo de exemplares da extensa família das Bromeliaceas. Estas plantas extraordinárias absorvem toda a umidade e os nutrientes através da estrutura especial de suas folhas chamada de tricomas. Elas são epífitas, crescem sobre árvores sem parasitá-las, utilizam suas raízes unicamente para se fixarem nos troncos e galhos. São muito conhecidas no exterior pelo nome de Air Plants, e parecem viver da brisa, ar fresco e gotículas de orvalho.

Algumas espécies são litofitas, crescem em rochas, outras desenvolvem-se  em telhados, linhas de telefone etc. Poucas espécies crescem diretamente na terra. O gênero pode ser dividido em variedades verdes e variedades cinzas.

Tillandsias Verdes – As espécies verdes requerem um clima temperado chuvoso ou bastante úmido e crescem geralmente na sombra, na terra ou sobre árvores. As variedades verdes carecem de tricomas.

Tillandsias Cinzas – Em contraste, quase todas as espécies de Tillandsias cinzas crescem em áreas sub-umidas ou sub-áridas com alta umidade atmosférica. Preferem o Sol, por isso crescem nas partes mais altas do bosque ou rochas. Muitas destas variedades são epífitas.  Como plantas que praticamente carecem de raízes têm uma forma de vida muito peculiar. Sua aparência cinza resulta do fato de seus talos e folhas estarem cobertos por pequenas escamas – tricomas, que são pêlos complexos produzidos pela epiderme das folhas e talos. Estas morrem e se enchem de ar, refletindo a luz.

Reprodução – As  Tillandsias se reproduzem – como outras Bromelias – de duas maneiras:
a – Por polinização e produção de sementes. As Tillandsias não se autofecundam, e o póen deve ser captado de outra planta de mesma espécie.
b – Por brotação. A partir do talo da planta mãe nascem brotos que produzem novas plantas, geralmente após a floração. Estes podem ser destacados para crescerem isoladamente ou deixados junto a planta mãe para formarem uma colônia.

Cultivo e Usos – A Tillandsia é uma planta de interior de casas ou estufas. Não necessitam de solo, já que a água e os nutrientes são absorvidos através das folhas. A planta utiliza as raízes somente para fixação.  O cultivo da Tillandsia requer:

Luz – Preferem luz indireta ou difusa.

Ar – Ar fresco e movimento suave.

Água – Preferem água de chuva, porém podem ser molhadas com água potável. No verão é necessário borrifá-las diariamente.

Temperatura – São muito sensíveis a temperaturas baixas. A temperatura ideal de manutenção é entre 10º e 32ºC.

Alimentação – Devem ser fertilizadas quinzenalmente com adubo diluído na proporção de 1/3 da dosagem recomendada pelo fabricante e com baixa ou nem uma concentração do elemento cobre.
O adubo recomendado é o Osmocote 14-14-14 na proporção de uma colher de café para um litro de água batido em liquificador.

Fixação – Devem ser fixadas em materiais de origem vegetal, como madeira, troncos de árvores, xaxim, etc.

Floração – Após a floração é recomendável permitir a criação e desenvolvimento dos brotos para a formação de uma colônia.

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Stanhopealietzei

Nome Científico: Stanhopea
Nome Popular: Cabeça de Boi, Olho de Boi
Família: Ochidaceae
Origem: Américas do Norte e do Sul
Ciclo de Vida: Perene

Gênero de orquídeas americanas com ocorrência desde o México até o sul da América tropical e ilhas Trindade. Abriga, atualmente (9/12/08), 69 espécies aceitas, de acordo com o RBG. São conhecidas pelo nome popular de cabeça de boi, devido à semelhança de formato dos pleurídios em seu mesoquílio.

São duas cerdas que lembram chifres, cuja função é a de prender o polinizador, obrigando-o ao recuo para saída e assim roçar suas costas nas polínias.

O nome Stanhopea foi dado em homenagem ao conde de Stanhope Sir Philip Henry, presidente da Sociedade Médico-Botânica da Inglaterra na época. A espécie tipo do gênero é a nossa brasileira Stannhopea insignis, mas a primeira vista pela Europa foi a Stanhopea hernandezii.

Possuem crescimento abundante (que se dá durante ou logo após a floração), com diminuição durante o resto do ano. Nesse período, principalmente, apreciam boa adubação química e orgânica e não gostam de secar por muito tempo.

Todas as Stanhopea são de fácil cultivo.
Sombreamento - de até 80% (16 mil lux de iluminância) é uma exigência para todas as suas espécies.

Pragas e doenças - São muito sensíveis a ataques de Tenthecoris, caramujos, lesmas e vaquinhas nos seus brotos, hastes florais, botões e flores. No mais, são plantas bem resistentes. As espécies Lietzei e Wardii só florescem se tiverem período relativamente seco no inverno. Em todas as Stanhopea as hastes florais surgem da base do raizame e ativamente para baixo, perfurando o substrato.

Por esse motivo deixe bem arejada e fofa sua base, para que as hastes florais possam sair sem obstáculos. Melhor plantá-las em cachepot de madeira com ripas largas ou em vasos rasos e sem fundos, sendo importante que a altura do substrato seja, no máximo, de 12 cm para que as hastes o atravessem.

Substratos - O melhor é o de coco desfibrado ou o esfagno. Porém vai muito bem quando plantada em tocos serrados, como o de cafeeiro ou em cascas, como as de peroba. Também vai muito bem em árvores vivas, tendo o máximo cuidado com o sol que só deve ser direto pela manhã até as 9 horas ou pela tarde após 17 horas.

Umidade – Apreciam boa umidade no ambiente e boa drenagem em seu substrato. As espécies amazônicas, como a Grandiflora, são as mais exigentes de alta umidade no ambiente. A Stanhopea Lietzei é a mais comum em cultivo no Brasil, com muitas variedades de cores. Porém, a cor não é critério de diferenciação em Stanhopea.

O que a mais distingue a espécie Lietzei são as suas marcas de olhos, por isso em nosso país são chamadas de olhos de boi. Porém, sua principal característica diferencial é o seu inconfundível hipoquílio bem grande e curvo.

Já foi chamada durante muito tempo de Stanhopea Graveolens var. Lietzei. Mas a Graveolens só existe no México e América Central.

A Stanhopea Lietzei é extremamente variável no colorido, mas o hipoquílio tem uma forma bem típica, é bem grande e bem curvo em relação às outras espécies do gênero. É a espécie do gênero que possui muitas variações nos tons da cor de fundo e nas pintas.

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