Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Orquídeas

cyrtopodyum

Características – A família das orquídeas possui mais de vinte mil espécies distribuídas em quase todas as partes do planeta, porém a maioria das espécies é encontrada nas áreas tropicais.

O Brasil é um dos países mais ricos em orquídeas, comparável somente à Colômbia e ao Equador.

Estudos recentes registram cerca de duas mil e trezentas espécies para o território brasileiro. Vegetam em diversos ecossistemas, sendo encontradas em florestas, campos, cerrados, dunas, restingas, tundras e até mesmo em margens de desertos. São erroneamente chamadas de parasitas.

Na realidade, as que vivem sobre troncos, galhos e gravetos são epífitas,  plantass que vivem sobre outras plantas, sem causar danos ao hospedeiro.

Uma orquídea epífita utiliza o galho da árvore apenas como suporte, absorvendo nutrientes que são lavados pela água da chuva e depositados em suas raízes.

Uma significativa parcela das espécies vive em ambientes bem diferentes dos galhos e gravetos das árvores. Muitas vegetam sobre ou entre as rochas (rupícolas e saxícolas), geralmente em pleno sol. Outras são terrestres, encontradas nos solos das matas, campos e até mesmo na areia pura das dunas e restingas.

Existem casos raros de orquídeas subterrâneas (saprófitas), plantas aclorofiladas que se alimentam de matéria orgânica em decomposição.

As orquídeas são consideradas a família mais evoluída do reino vegetal. Isto se deve a modificações em suas extraordinárias flores, que, muitas vezes, apresentam formas sinistras e bizarras.

O tamanho das plantas e suas flores é também muito variável, algumas tão pequenas que, por isso, são conhecidas por microorquídeas, enquanto outras, como a trepadeira baunilha (Vanilla), podem atingir vários metros de comprimento.

Existem flores pouco maiores do que a cabeça de um alfinete, e outras cujo diâmetro alcança cerca de quinze centímetros. A flor das orquídeas é constituída de três sépalas (mais externas) e três pétalas (mais internas). Na maioria das espécies, uma das pétalas é distinta das demais e recebe um nome especial,   o labelo,  que

geralmente apresenta cores vistosas e serve como atrativo e campo de pouso aos polinizadores. No centro da flor encontramos um órgão especializado, a coluna , resultado da fusão dos estames (órgãos de reprodução masculinos) com o pistilo (órgão de reprodução feminino).

No ápice da coluna, os grãos de pólen apresentam-se unidos em pequenas massas, ou polínias, protegidas pela antera. Logo abaixo, uma pequena cavidade representa a porção receptiva feminina, o estigma.

Para que suas flores sejam fertilizadas, as orquídeas necessitam de um agente polinizador, geralmente um inseto ou pássaro, responsável pela transferência das políneas para o estigma, processo este denominado de polinização. A estratégia utilizada pelas orquídeas para atração de seus polinizadores é um fenômeno altamente complexo e fascinante.

Em casos extremos, a flor da orquídea pode apresentar a forma de fêmeas de besouros ou abelhas, cujos machos, atraídos pela insinuante aparência, tentam “copular” com as flores, efetuando involuntariamente a polinização. Um fruto de orquídea pode conter mais de um milhão de sementes.

Contudo, na natureza, somente uma pequeníssima fração germinará, e poucos indivíduos chegarão à fase adulta. As sementes das orquídeas estão entre as menores do reino vegetal. O tamanho reduzido e a leveza facilitam a dispersão pelo vento, em muitos casos a grandes distâncias.

Ao contrário das sementes das outras plantas, elas são desprovidas de tecidos nutritivos, endosperma e cotilédone, responsáveis pela energia utilizada na fase inicial da germinação. Na falta de tecido nutritivo, essa energia é fornecida por certos fungos que vivem em simbiose com as orquídeas.

Algumas orquídeas são comercializadas não por sua beleza, mas devido ao uso na alimentação humana. A mais importante para a indústria é a baunilha, como são conhecidas algumas espécies do gênero Vanilla, largamente utilizadas na aromatização de bolos, sorvetes, balas e doces.

Propagação sementes, divisão de rizomas e micropropagação

Função - vasos, placas de xaxim ou fibra de coco e ainda em madeira ou mesmo em árvores, terra ou pedra, dependendo da espécie. Em jardim elas vão crescer sadias sob as árvores ou até fixadas nos troncos.

Cuidados – a exposição direta à luz solar causa queimaduras nas folhas da maioria das orquídeas. A condição de iluminação mais recomendada é a de 50 a 70% de sombra, que é obtida ao cultivar as orquídeas sob árvores, telados ou ripados. Toleram variações de temperatura entre 10 a 40 ºC, mas a temperatura ideal fica em torno de 25 ºC.

Recomenda-se evitar o uso de vasos muito grandes. Pode-se usar tanto os vasos de barro como os de plástico, mas as fibras de xaxim (não confundir com pó de xaxim) são ainda o substrato que dão melhores resultados.

Atualmente também há a opção da fibra de coco, igualmente eficiente e mais ecológica. A adubação pode ser suspensa nos meses do outono e inverno. Uma boa opção de adubação orgânica é a torta de mamona (1 colher de sobremesa por vaso), que pode ser fornecida uma vez ao ano, depois que o sistema radicular estiver bem desenvolvido. Por serem plantas epífitas – possuem raízes aéreas -, as orquídeas suportam bem uma brisa suave e contínua, mas deve-se evitar ventos fortes e canalizados.

As regas devem ser feitas apenas quando o substrato estiver seco. Ao regar, uma boa medida é deixar a água escorrer pelo fundo do vaso. Outro detalhe: as orquídeas são plantas adaptadas à condições de umidade do ar relativamente elevadas.

Em regiões mais secas, recomenda-se borrifá-las com água periodicamente. Apesar de gostar de umidade, ventilação e claridade, as orquídeas não suportam ficar expostas diretamente ao vento, sol e chuva.

Ameaças – infelizmente, no Brasil e outras partes do mundo, o cultivo e comércio de orquídeas nativas teve como prática o extrativismo. Aliado à destruição de seus habitats naturais, muitas espécies desapareceram ou foram levadas à beira da extinção.

Para mudar este cenário, é urgente o estabelecimento de uma conduta conservacionista que seja seguida por indivíduos e instituições. Hoje, as orquídeas são facilmente reproduzidas artificialmente em laboratório a partir de sementes, geralmente atingindo a maturidade em dois a quatro anos. Espécies raras e ameaçadas vêm sendo reproduzidas com sucesso por alguns estabelecimentos.

trevo1

Anacheilium-radiatum-var-gigantea

O Anacheilium radiatum (Prostechea radiata, Encyclia radiata), está distribuído numa vasta área da América Central e norte da América do Sul, região que compreende México, Guatemala, Honduras, Belize, Costa Rica, Panamá, Colômbia e possivelmente Venezuela.

Em uma área tão vasta, como é de se esperar, essa espécie habita uma gama variada de vegetação, que vai desde florestas tropicais até florestas temperadas de pinheiro e carvalho, em altitudes que variam dos 150 a 2.000 metros acima do nível do mar. Essa versatilidade dada pela ausência de especialização, tornou esse Anacheilium uma espécie de fácil cultivo, bastando para isso muita umidade ambiente e noites frias.

A altitude ideal para o seu cultivo, são os 500 metros acima do nível do mar. A variedade gigantea possui cachos mais compactos e flores bem maiores do que as da variedade tipo. As flores também são mais bem armadas e possuem substância mais pesada.

Não sei a procedência exata dessa variedade. O exemplar da foto está sendo cultivado em um cachepot de madeira com substrato de sphagnum, brita nº1 e cascas de coco quebrada.

flor10

chamaeleorchis_warcsewiczii

Na natureza, cada orquídea está adaptada para sua reprodução e este é seu objetivo primordial. Jamais se fez bela para o deleite de nossos olhos.

Uma orquídea é perfumada, por exemplo, porque o seu agente reprodutor, isto é, o que carrega seu pólen para outra flor, é atraído por aquele perfume. O perfume, muitas vezes, para nós, é relativo, pois há as orquídeas que cheiram a carniça, quando seu agente reprodutor são moscas atraídas por este “perfume”.

As não perfumadas, adaptadas a insetos que provavelmente não têm olfato, buscam atraí-los pela cor exuberante. Há as que se parecem com fêmeas de insetos, como a Ophris, para que os machos venham retirar seu pólen. Enfim, as formas exóticas que tanto nos atraem e o néctar que possuem são ardis especialmente criados pela flor, para preservar sua reprodução na natureza.

Atualmente, um dos maiores agentes polinizadores é o homem. É um processo já observado por Darwin e que vem se realizando artificialmente há alguns séculos. Atualmente há cerca de 120.000 híbridos registrados, produtos dos cruzamentos mais diversos, como entre Oncidium e Odontoglossum, Miltonia, etc.

Na polinização artificial, o homem colhe o pólen e pode guardá-lo para polinizar uma flor dali a alguns meses e assim obter um híbrido que floresce em data diferente, além de outras misturas.

O órgão reprodutor de uma orquídea é constituído de quatro partes: coluna, antera, estigma e ovário:

Coluna ou ginostêmio: órgão carnudo e claviforme que se projeta do centro da flor, resultado da fusão dos órgãos masculino (estame) e feminino (carpelo)

Antera: contém os grãos de pólen agrupados em 2 e 8 massas chamadas polínias.

Estigma: depressão de superfície viscosa, órgão receptivo feminino onde são depositadas as polínias durante a polinização.

Ovário: local onde se desenvolve a cápsula das sementes após a fecundação.

Quando ocorre a polinização, o estigma se fecha, a flor começa a sear e o ovário inicia a formação da cápsula. Na maior parte das espécies a cápsula com as sementes leva de 6 meses a um ano até o amadurecimento.

Cada cápsula pode conter até 500 000 sementes ou mais. Estas sementes são muito pequenas e constituídas apenas do embrião, ou seja, não possuem substâncias nutritivas de reserva para serem utilizadas na fase de germinação. Em contrapartida, têm alta capacidade de dispersão, pois são facilmente levadas pelo vento, garantindo, assim, a perpetuação da espécie.

101

Dendrobium pierardii

Suas delicadas pétalas e sépalas são rosadas e o labelo é creme. Suas flores são quase transparentes.

Número de flores por haste - Muitas flores produzidas aos pares e nascendo nos 2/3 das hastes caulinares finas, pendentes e sem folhas. Duram por 2 ou 3 semanas.

Tamanho da flor
– De 3 a 5 cm de diâmetro.

Condições requeridas
– Regue abundantemente durante o período de crescimento e reduza bastante o período de repouso como deve ser feito com qualquer Dendrobium que perca as folhas neste período.

Pode ser cultivado em clima temperado ou quente. Em seu habitat, cresce em áreas que variam de 150m a 1800m de altitude. Durante o verão, proteja do sol e no inverno, aumente a luminosidade. Durante o período de crescimento, aplique um adubo nitrogenado e em seguida, um fosfatado para induzir a floração.

Época da floração
– Primavera (no Brasil).

Origem – Ásia (China, India, Nepal, etc.) Comentários É uma das mais cultivadas espécies de Dendrobium e seu cultivo não apresenta dificuldade.

flores-5020