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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

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É provável que as orquídeas façam parte da maior família de plantas que produzem flores. Elas variam muito em cores, formas, tamanhos, perfumes, etc. Mas, se considerarmos as variedades naturais e as produzidas pelo homem, nenhuma outra planta ornamental foi tão afetada pela intervenção da humanidade como a orquídea.

Um exemplo é que muitas pessoas conhecem as orquídeas apenas como flores ornamentais belíssimas. A baunilha, por exemplo, é produzida por orquídeas. Apesar de hoje em dia, infelizmente, esse sabor já ser substituído quase totalmente pelo artificial que é mais barato e produzido abundantemente.

As orquídeas são flores robustas e resistentes e necessitam muito mais de limpeza e asseio do que de cuidados difíceis e mirabolantes. Se assim fosse, não existiriam tantas espécies vivendo na natureza onde ninguém as trata com delicadeza e cuidados.

O Equador é o país que mais tem espécies de orquídeas catalogadas, com mais de 3.500 variedades e depois a Colômbia e a Nova Guiné; com mais de 2.720 e 2.717 espécies respectivamente.

Nem todas as orquídeas produzem perfume e algumas tem um cheiro horrível. A orquídea mais fedida do Brasil e talvez do mundo todo é a Pleurothallis foetens, algumas produzem néctar e outras usam e abusam de disfarces para atraírem os insetos polinizadores de que precisam.

Pleurothallis foetensPleurothallis foetens

Existem cerca de setecentos e cinqüenta gêneros de orquídeas em mais de vinte mil espécies diferentes espalhadas pelo mundo. Só não há orquídeas na Antártida. Encontram-se orquídeas, ao nível do mar, nas montanhas, na água e até em subterrâneos.

As orquídeas podem ser epífitas (vivem nos caules das árvores); Rupículas (vivem em pedras); Terrestres (vivem sobre o solo); Saprófitas, vivem em áreas com muita matéria orgânica em decomposição, (essas são raras).

Algumas espécies levam mais ou menos um ano para florescer. Outras podem levar até oito anos e uma média geral é de cinco anos.

Em condições de trato ideal, as orquídeas podem chegar a viver centenas de anos. As flores podem durar de vinte e quatro horas (Vanilla) até setenta dias (Phaleonopsis).

As orquídeas variam muito de preço, podem custar de dez reais a até alguns milhares de reais dependendo da espécie, da beleza e da raridade.

Não se sabe ao certo quando ela começou a ser cultivada pelo homem. Acredita-se que o cultivo das orquídeas começou há mais de quatro mil anos na China e no Japão. No Ocidente, o texto mais antigo a mencionar as orquídeas é de cerca do ano 300 anos AC.

Como você percebe, as orquídeas estão conosco desde tempos imemoriais e continuarão ao nosso lado enquanto o ser humano não destruir o planeta.

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As orquídeas são plantas muito resistentes e robustas. Mas como todo ser vivo podem adoecer e morrer ou serem atacadas por parasitas e insetos que acabam levando para a planta infecções oportunistas que, se não evitadas ou combatidas, podem levar a morte às orquídeas rapidamente.

Não são necessárias medidas mirabolantes e caríssimas para proteger as suas orquídeas do ataque de doenças e de pragas. Normalmente como se aplica a nós mesmos; a higiene e a observância de alguns hábitos saudáveis podem representar uma barreira eficaz ao aparecimento dessas doenças ou de pragas.

Se você cria suas orquídeas em uma estufa ou em áreas protegidas com telas; mantenha a área da estufa e o perímetro do telado muito bem limpo. Evite cultivar outras flores juntamente com as orquídeas no mesmo espaço. É muito comum que pragas que atacam as orquídeas sejam hospedadas por outras plantas sem que essas manifestem sintomas dessas doenças.

Tampe furos e corrija desníveis no solo e nas telas; buracos nas paredes e frestas ou qualquer material acumulado nas proximidades dos locais em que você cria as suas orquídeas. Esses são pontos de vivência para vetores que podem atacar suas orquídeas ou servirem como transmissores de doenças perigosas para elas.

Limpe sempre muito bem as áreas em que você vai manter suas flores plantadas ou as áreas nas quais você trabalhou com suas orquídeas. Esfregue com água e sabão e use uma escova para auxiliá-lo nessa tarefa. Use produtos a base de cloro para a desinfecção desses locais sempre que possível. A prevenção contra fungos e insetos deve ser levada a sério e a aplicação de inseticidas e de fungicidas deve ser feita a cada noventa dias em média.

As pragas mais comuns são os percevejos das orquídeas que causa um estrago significativo ao sugar a seiva da planta e ao transmitir viroses que podem matar a planta rapidamente. Os pulgões são uma praga importante porque se reproduzem de forma acelerada e podem matar as orquídeas; pois sugam grandes quantidades de seiva e deixam a planta em estado de desnutrição acentuada. Normalmente são conduzidos até as orquídeas pelas formigas.

As cochonilhas que também sugam a seiva da planta e podem devastar uma criação de orquídeas em um tempo relativamente curto porque atacam em grandes quantidades. Mas podem ser combatidas de forma relativamente simples lavando-se a área das orquídeas atacadas com água e sabão neutro e esfregando-se a região com uma escova macia. A vespinha negra ataca os bulbos e destrói a planta e os caracóis e lesmas que comem as áreas onde as flores das orquídeas vão nascer e causam um prejuízo significativo se sua criação tiver como alvo o comércio.

Além desses parasitas, os fungos e os vírus são uma importante fonte de prejuízos e de dores de cabeça para os cultivadores de orquídeas. Mas a realidade é que se tomarmos os devidos cuidados sanitários e mantivermos uma atenção com as condições de saúde da planta, é muito mais difícil que elas adoeçam e que essas pragas tenham condições de proliferarem em suas orquídeas.

Tenha atenção, cuidado e carinho com suas orquídeas e tudo correrá em perfeita harmonia.

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A orquídea não é parasita. Este é o primeiro ensinamento dos orquidófilos. Procuram desmistificar esta imagem explicando o seu desenvolvimento. Na verdade, a orquídea é capaz de produzir o alimento de que necessita.

Através da fotossíntese, transforma o gás carbônico em hidrato de carbono e oxigênio, coma intervenção do calor, da luz e da clorofila. Alimenta-se ainda pelas raízes, absorvendo água e sais minerais. Armazena detritos vegetais, poeiras transportadas pelo vento, insetos mortos e, quando estes estão em decomposição retira deles os minerais necessários.

É impossível estabelecer uma regra única e uniforme para a cultura de todas as orquídeas. Nascem em qualquer canto, qualquer altitude, qualquer temperatura. Podem ser encontradas em florestas, vales, montanhas, serrados, pântanos, rochas e nos campos incultos.

O que se segue é uma regra clássica onde a orquídea é dividida em três grupos:
As epífitas vivem sobre as árvores, utilizando-as apenas como suporte. Na verdade estão à procura de luz para a sua nutrição.

As terrestres vivem sobre densas florestas ou nos campos incultos, crescem sobre o solo onde fixam as suas raízes carnudas, alimentando-se de detritos vegetais.
As rupículas nascem nas rochas expostas diretamente ao sol.

Onde cultivar as plantas?
Ripados: em função das condições climáticas de grande parte do território brasileiro a cultura das orquídeas em ripados torna-se a mais adequada. Para o clima brasileiro é o ideal, fácil e barato, resolve quase sempre o local para a cultura.

Estufas: existem plantas que precisam de viver em ambiente mais controlado e portanto preferem a estufa. Dependendo do gênero a ser cultivado, em determinadas áreas de Portugal as estufas passam a ser uma necessidade, sendo equipadas com canalização para o aquecimento a lenha, óleo ou eletricidade.

As vantagens da estufa são: controlo da temperatura, regas luminosidade, temperatura e umidade mais estáveis. Num ripado é impossível o controlo da rega numa temporada de chuvas.

Quanto à luz, já que os vidros são pintados com cal pela parte interna é uniformemente moderada. Contudo, construir uma estufa é um assunto a ser ponderado, já que vários fatores precisam de ser levados em consideração. Para obter o êxito desejado.

Um outro fator importante são as diferenças climáticas de uma região para a outra. Se tivermos uma estufa de determinadas dimensões, construída em duas cidades diferentes, podemos ser obrigados a adaptá-la às condições locais: numa cidade, procurando dar mais luz e aumentar o calor, na outra procurando saturar o ambiente com mais umidade e reduzindo a luminosidade.
- O maior perigo na construção de estufas está em fazê-las demasiado pequenas, isto é, construir pequenos fornos destinados às plantas.
- O excesso de calor desidrata não só as flores, como os próprios pseudobulbos das plantas, que dificilmente voltam à posição original.
- Uma estufa muito quente também pode propiciar o aparecimento de pragas como, por exemplo, o Trips xanthius que se desenvolve rapidamente em ambientes quentes.
- O tamanho ideal deve ser de 15 m. de comprimento por 5 m. de largura. A altura será de 3 m. na cumeeira e 1,80 m nas paredes laterais.
- As bancadas laterais devem ter 90 cm de altura por 1 m de largura.
- É conveniente abrir nas paredes laterais, de 5 em 5 m. um vão de 40 cm por 60 cm, para ventilação.
- Esses vãos devem ficar a 20 cm de altura e podem ter uma armação de madeira onde se prega uma rede. Os vãos têm a função de verdadeiros ventiladores, renovando o ar fresco das estufas.
- No Inverno, quando desce a temperatura, devem fechar-se estes ventiladores com um cartão grosso ou madeira.
- A cobertura tanto pode ser de vidro como de plástico. Em vidro, pode usar-se o de espessura de 2 mm. As chapas podem ser de 60 x 40 cm. É bom não usar vidros grandes, principalmente porque se um se partir há que fazer a substituição, que sai cara.
- Existem duas maneiras de cobrir a estufa com vidro: usando-se uma estrutura de ferro em forma de “T”, onde os vidros são amassados. A outra é usando madeira com ranhuras para encaixe dos vidros, e uma chapa suplementar para apanhar a água que por ventura escape dos vidros.
- Para a cobertura de plástico, o problema é fácil de resolver, não requer madeira especialmente trabalhada, nem estrutura de ferro em forma de “T”, nem massa de gesso. Tem a grande vantagem de não se quebrar, mesmo recebendo uma chuva de granizo. Necessita de ser pintado com cal, como o vidro e o plástico deve ser de preferência de tonalidade clara e não opaca.
- as estufas construídas também ficarão dispostas na direção norte-sul.

Árvore viva: este tipo de cultura, em árvore viva, priva o orquidófilo de ter a planta florida na sua sala de estar, ou mesmo em exposições, mas permite a satisfação de as ver crescer como se estivessem em plena floresta.

Essa é a cultura mais fácil, pois não requer transplantes nem regas, mas apenas desinfecções periódicas.
Quase todas as árvores são adequadas para nelas agregarmos as plantas. No entanto é preferível escolher as que perdem as folhas no Inverno; desta maneira, as orquídeas recebem mais luz nesta estação, justamente quando o sol é brando.

Quando chega o Verão, como sol forte, as árvores estão carregadas de folhas que protegem as plantas das queimaduras.

Instalar uma planta numa árvore viva é simples: basta apenas um arame de cobre, ráfia ou corda para se prender a planta na árvore escolhida.
Nas grandes cidades, este tipo de cultura não é recomendado devido à poluição. Sobre os troncos das árvores, encontra-se sempre uma massa fuliginosa e oleosa que não permite o cultivo de orquídeas.

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Odontoglossum

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Estas são orquídeas das grandes altitudes dos trópicos do Novo Mundo, florescem em locais onde a temperatura é amena durante o ano inteiro.

As orquídeas Odontoglossos são conhecidas pelos seus vistosos cachos de flores. A cultura é similar para os híbridos de gêneros aliados, tais como Odontonia, Odontioda, Vuylstekeara e Wilsonara, entre outros.

Apreciam bastante luminosidade e temperaturas baixas. Se as temperaturas dos dias de verão forem altas, podem reduzir-se os níveis de luz para arrefecer a área de cultivo.

cultivoApesar de não serem na generalidade boas plantas de interior, principalmente se a casa for quente, podem vingar numa janela virada a este, ou numa janela a sul com sombra; na maioria dos climas. A exposição a oeste é geralmente demasiado quente.

Podem ser tolerados pequenos períodos de temperaturas diurnas mais elevadas, principalmente se a umidade e circulação do ar estiverem a níveis ótimos.

A frequência de rega deve ser alta, e o substrato deve ter uma drenagem perfeita. O substrato deve apenas começar a secar antes da rega, o que pode significar regas a cada dois a sete dias, consoante a meteorologia, tamanho e material do vaso e tipo de substrato. Folhas que nascem enrugadas são um sintoma de água ou umidade insuficientes.

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Tal como outras orquídeas de zonas de precipitação elevada, as orquídeas odontoglossos são particularmente sensíveis à falta de qualidade da água, que levará ao enfraquecimento das raízes e provocará queimaduras nas pontas das folhas.

A umidade deverá situar-se idealmente entre os 40% e os 80%, aliada a uma boa circulação do ar. A refrigeração através da evaporação numa estufa aumenta a umidade e refresca o ar, sendo por isso altamente recomendada para estas orquídeas na maior parte dos climas.

O uso de nebulizadores, assim como umedecer o chão com água, ajudarão a manter a temperatura fresca e a umidade alta. No interior, colocar as plantas em tabuleiros com cascalho umedecido, colocando os vasos acima do nível da água.

O fertilizante deve ser aplicado regularmente em doses diluídas enquanto a planta está em crescimento ativo. Pode ser usada uma fórmula 20-20-20, duas vezes por mês. Se o tempo se mantiver enevoado, uma aplicação mensal será suficiente.

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O novo envasamento deve ser feito quando os novos rebentos estão a meio da maturação, o que acontece geralmente na primavera ou outono. Estas plantas gostam de estar apertadas nos vasos, devendo por isso escolher-se um vaso que permita apenas espaço para o crescimento de um ano ou dois.

O uso de vasos pequenos também obrigará às regas frequentes que estas plantas apreciam, pois o substrato secará mais rapidamente e de forma mais homogênea se houver concentração de raízes. É necessário utilizar um substrato fino com drenagem excelente; como o substrato se mantém sempre úmido, o reenvasamento anual ou bianual é normal.

Espalhar as raízes sobre um cone de substrato e distribuí-lo à volta das raízes, adicionando mais substrato. Calcar com firmeza à volta das raízes. Manter a unidade elevada e o substrato seco até à formação de raízes novas.

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