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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

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As Cyrtopodiums estão entre as orquídeas predominantemente brasileiras que florescem no terceiro trimestre do ano. De fato, quase todas as espécies desse gênero, quase que exclusivamente brasileiro, florescem nesta época.

Entre as espécies mais robustas e ornamentais, temos Cyrtopodium saintlegerianum, que, com suas grandes flores amarelas e marrons, colore os cerrados da região central do Brasil, que, nesta época, apresentam as árvores sem folhas. Esta espécie é uma das poucas epífitas no gênero.

Ocorrência e hábito vegetativo
Centro-oeste brasileiro, como epífita, sobre palmeiras, às vezes no tronco, outras vezes na bainha das palmas.
Produz grandes bulbos, de mais de 60 cm, recobertos por bainhas firmemente aderidas, com 6 e, por vezes, mais folhas.

Cultivo
O Cyrtopodium saintlegerianum deve ser cultivado buscando-se reproduzir, no mais possível, as condições predominantes no cerrado brasileiro, de onde ele é originário: vasos de pouca profundidade (ou fundo de drenagem ocupando 2/3 do vaso), com substrato bastante poroso e não compactado.

Luz
Pode ser cultivada em pleno sol, havendo boa ventilação e circulação de ar. Temperatura mais adequada Dias quentes, acima de 30 º no verão e abaixo de 20 º no período seco de inverno, com boa queda de temperatura à noite.

Umidade e rega
Está adaptada às condições do cerrado, com um longo período seco que antecede a época de floração. A rega é a normal, com duas ou três por semana, sal entre julho e setembro quando deve ser reduzida para uma vez por semana.

Fertilização e tratos culturais
Fertilizantes com NPK igual, com adições periódicas de cálcio e magnésio. Aceita bem a combinação de torta de mamona, farinha de ostra e cinza de madeira.

Flor e floração
Inflorescência apical, mais vezes com hastes secundárias. Produz centenas de flores quando bem florido, com um belo espetáculo visual.

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As orquídeas epífitas são, por sua natureza, tão pouco exigentes que sobrevivem com o mínimo de elementos nutritivos que o seu ‘habitat” aéreo lhe oferece, entretanto, abundantemente sob a forma de minúsculas partículas de poeiras e detritos vegetais oriundos dos raminhos e folhas em vias de decomposição, bem como de inúmeros microseres mortos e dejeções das aves que pousam entre as touceiras das orquídeas.

Se é verdade que nas árvores do seu habitat, as orquídeas se acham expostas a todas as intempéries, não é menos verdade que se encontram bem protegidas contra os raios
escaldantes do sol do meio-dia, pelos ininterruptos movimentos das folhagens da árvore que lhe serve apenas como suporte (hospedeira).

Os sulcos profundos que percorrem a casca rugosa em todas as direções oferecem às raízes, a necessária sombra e frescor. As águas da chuva, descendo ao longo das hastes e troncos, desprendem e arrastam minúsculas frações de casca de árvore, poeiras, excrementos de aves, insetos mortos, folhagem secas, que se alojam nas rugas e fendas da casca, onde se constituirão em uma verdadeira fonte de material orgânico, os quais irão liberar os nutrientes e compostos orgânicos durante a fase final de sua decomposição, através das chuvas e do orvalho noturno. Este material orgânico é renovado continuamente e que sempre estará a disposição das plantas quando estes estiverem solubilizados.

Nas matas, períodos de neblinas densas envolvem a planta toda num véu refrescante, cuja umidade se infiltra entre os pequenos ramos de musgos, líquens e himenofiláceas que formam um tapete refrescante ao redor do pé da orquídea, onde se condensam e se transformam num reservatório de água, de onde a planta a retira em caso de necessidade.

Porém, as neblinas passam tão depressa como vêm, ficando desta maneira afastado o perigo que a planta sofra de umidade excessiva. Além da abundância de luz, há a abundância de ar, porém, os ramos e as folhagens das árvores protegem as orquídeas contra as grandes ventanias e correntes frias de ar, que são por elas desviadas ou enfraquecidas.

Entre os pseudobulbos, depositam-se poeiras de origem bem diversa, tais como folhas secas, galhos mortos, excrementos de aves que visitam as touceiras das orquídeas , bem como os cadáveres de inúmeros micro e macroseres, cujo conjunto constitui numa inesgotável fonte de material orgânico, que se renova sem a mínima interrupção.

Assim, explica-se como as orquídeas, no seu habitat natural, prosperam admiravelmente. Porém, quando cultivamos essas maravilhosas plantas longe de seu habitat natural (onde a mãe natureza lhe fornece a proteção e a sua alimentação de modo equilibrado e balanceado), procuramos imitar ao máximo o ambiente em que vivem, bem como, adotar uma adubação química/orgânica que reflita ao máximo o sistema de nutrição que ocorre na natureza e assim cresçam vigorosas e saudáveis.

Habitat das Orquídeas
Para se falar sobre a adubação de orquídeas, deve-se compreender o ambiente em que elas vivem, pois, através da observação do seu habitat (quando possível) é que são adotados os seus tratos culturais, tais como: as regas (freqüência e quantidade), a escolha do substrato, o local ideal para cultivá-la, a luminosidade mais adequada, a umidade atmosférica mais adequada, a correta adubação através de adubos químicos (pó granulado ou líquido) e orgânicos em termos de dosagem (quantidade) e freqüência (intervalo em que se deve fornecer os nutrientes.

As orquídeas são as que possuem como habitat as árvores e como tais são chamadas de epífitas (orquídeas, bromélias, cactos tropicais), um termo designado a todas as plantas que se desenvolvem nos troncos das árvores, em busca do sol para realizar a fotossíntese e sintetizar o seu próprio alimento.

Por serem auto-suficientes quanto à síntese do alimento, elas não podem ser chamadas de plantas parasitas (definição para seres vivos que utilizam um hospedeiro de onde retiram o alimento que ele sintetiza).

As orquídeas epífitas atuais, para sobreviverem nas árvores, onde há escassez de água e nutrientes (ambiente equivalente a um deserto) desenvolveram mecanismos físicos e fisiológicos para se adaptarem a essas condições adversas ao longo do processo evolutivo de milhões de anos.

A falta de água por períodos longos, selecionou plantas com a capacidade de absorver água em grande quantidade e em pouco tempo.

Por que tem que adubar as Orquídeas?
As orquídeas, quando cultivadas em ambiente artificial, mais cedo ou mais tarde precisarão receber todos os nutrientes essenciais através de uma adubação balanceada e em doses homeopáticas.

No cultivo artificial, quando se usa um substrato que possua todos os nutrientes (ex.: fibra de xaxim) a adubação se fará necessariamente no segundo ano de cultivo, devido ao esgotamento dos nutrientes presentes no substrato (causados pela absorção e lixiviação).

Porém, quando o substrato utilizado for de baixa ou de nenhuma fertilidade, a adubação será necessária desde o início do plantio, quando esta estiver enraizada, pois a única fonte externa de nutrientes será dada através da adubação artificial (quando cresce no seu habitat natural, a própria natureza fornece a alimentação necessária para o desenvolvimento da planta).

Uma vez diluído o adubo químico(pó/líq.) ou o adubo orgânico (em forma de calda) na água, poderá ser utilizado tanto para regar os vasos, como utilizar nas pulverizações das orquídeas.

Quando a adubação for através da rega dos vasos, a freqüência entre elas será mensal. No intervalo entre as adubações, será regada com água pura para retirar o excesso de sais que porventura tenha se acumulado. No caso das pulverizações, a freqüência será de uma semana, sendo que no intervalo será feita pulverizações com água pura, para que não haja o acúmulo de sais na parte aérea da planta.

Independente do tipo de adubo químico(pó/líquido), devemos escolher aquele que possua todos os elementos químicos essenciais para um desenvolvimento saudável. Uma vez escolhido o adubo químico, a freqüência da adubação e a necessidade das doses homeopáticas, fica uma dúvida:

Qual é a quantidade ideal para que a concentração dos nutrientes na água seja “homeopática”?
A quantidade ideal gira em torno de 0,5 a 1,0 grama/litro de água ou de 0,5 a 1,0 ml/litro de água pura. Nessa quantidade, os nutrientes ficam tão diluídos (na ordem de parte por milhão – ppm) na água, que a sua concentração é muito inferior a concentração plasmática das células do tecido das orquidáceas. Nessas condições, possibilita que a planta selecione os nutrientes de que necessita, e evita-se que os sais entrem na planta por osmose, ou seja, de uma concentração elevada de sais na água das regas, a planta absorverá sem controle uma grande quantidade de sais e perderá água em contato com a solução concentrada.

Os nutrientes que as Orquídeas necessitam
Nutrição vegetal

As orquídeas, como seres vivos que são, para se desenvolverem e florescerem
adequadamente (em cultivo artificial ou no seu habitat) necessitam retirar do meio que as rodeiam as substâncias que são necessárias ao seu metabolismo.
. A alimentação das orquídeas dá-se por três meios distintos: Pelas raízes, absorvendo todos os elementos químicos (compostos orgânicos resultantes da decomposição da matéria orgânica e dos macro e micronutrientes dissolvidos na água das chuvas, das regas ou do orvalho).
.  Através dos estôrnatos da superfície das folhas, e em especial da sua face inferior, que absorvem líquidos que podem conter elementos nutritivos.
.  Por fim, assimilando pelos poros/estômatos de sua superfície o gás carbônico (CO2) presente na atmosfera. A absorção de alimentos pelas raízes só é possível se as plantas possuírem raízes desenvolvidas e saudáveis; por isso a adubação não faz efeito quando são recentemente transplantadas ou mal enraizadas. Podemos afirmar que a fibra de xaxim contém todos os elementos necessários para a perfeita e completa alimentação da planta, pelo menos durante o primeiro ano de plantio. Depois, sente-se um lento esgotamento do substrato em conseqüência principalmente da lavagem de substrato pelas regas excessivas e pelas chuvas prolongadas ou muito fortes.

Depois, pela decomposição da matéria orgânica do substrato, a perda é substituída, porém, esta substituição tem um limite, e depois de um ano, estando a orquídea já bem enraizada e viçosa, começa a faltar-lhe o alimento. Orquídeas cultivadas em estufas ou em terraços, onde não recebem chuvas, não estão sujeitas a essa perda de nutrientes e por isso demonstram geralmente maior vigor.

A partir do segundo ano, depois do transplante, é vantajoso aplicar-lhe adubos químico (fornece os macro e micronutrientes) e orgânico (fornece os compostos orgânicos) para suprir a sua falta.

O adubo químico ideal, como foi dito, deve conter todos os elementos químicos balanceados, e deve ser aplicado diluído na água em quantidades homeopáticas, tanto para as regas (a cada 2/4 meses) ou em pulverizações (a cada uma/duas semanas).

Quando se faz uma adubação correta, a planta se beneficia, porém, uma excessiva/freqüente adubação torna-se prejudicial. Portanto, a adubação química/orgânica correta é de fundamental importância para que as orquídeas cresçam saudáveis e vigorosas.

Adubos
Conceito, descrição e tipos

Para constituir um adubo/fertilizante, um material qualquer deve conter um ou mais nutrientes de plantas, em forma disponível ou que possa ser por elas absorvidos.

Os nutrientes, isto é, os elementos químicos considerados essenciais ao crescimento, desenvolvimento e produção das plantas, até o presente momento são 17:
macronutrientes: (N), (P), (K), (Ca), (Mg), (S);
micronutrientes: (B), (CI), (Cu), (Fe), (Mn), (Mo), (Zn), (Na), (Si), (Ni), (Co).

Nos adubos comerciais, todos os nutrientes, com exceção do P e K, vêm expressos em % na sua forma elementar. A concentração do fósforo vem na forma de pentóxido de fósforo (P2O5%) e o K na forma de óxido de potássio (K2O%).

Os adubos químicos encontrados no mercado possuem inúmeras formulações (ex: 30-10-10, 7-9-5, 10-5-5 etc.) e são vendidos na forma sólida (pó para diluir na água e granulado) ou na forma líquida (para ser diluída em água pura).
Na maioria dos casos, os adubos possuem os macronutrientes e eventualmente alguns micronutrientes (nem todos).

Quando se fizer uma adubação, o certo é escolher aquele que possui todos os elementos químicos (macro e micro) e que seja de fácil manuseio (facilidade de medir quantidades com precisão).
Quanto à facilidade de se medir o adubo, o melhor é o líquido, a ser diluído na água pura para ser pulverizado nas orquídeas ou regado no substrato (mede-se através de conta-gotas – l5-l6 gotas correspondem a 1 ml de adubo líquido).

Quando o adubo for sólido, há um inconveniente tanto para o pó quanto para o granulado. No primeiro caso, é necessário usar uma balança de precisão para medir gramas e no segundo caso (granulado), o adubo, quando colocado no substrato, prejudica-o, criando zonas de alta concentração de sais nas proximidades dos grânulos.

Sintomas de fome nas plantas
O que são sintomas de fome

Observando a planta durante o seu desenvolvimento, tem-se às vezes um meio grosseiro, mas simples e prático para se determinar quais os elementos que estão faltando no substrato e, portanto, o que é necessário fornecer na adubação.

É necessário porém, deixar bem claro o seguinte: na maioria dos casos há falta de nutrientes no substrato, só que a planta não manifesta os sinais de fome (manifestação visível na planta da deficiência nutricional).

Chave para identificar os sintomas de fome e/ou excesso
a – Plantas fracas; folhas de cor verde clara ou verde amarelada uniforme, inicialmente nas mais velhas; dormência de gemas laterais; folhas menores devido ao menor número de células; amarelamento e posterior queda das folhas traseiras.
Elemento deficiente: Nitrogênio (N)

b – Plantas pouco desenvolvidas; folhas cor verde azulado; às vezes aparecem na planta tons vermelho-arroxeados; folhas amareladas, à princípio nas mais velhas, pouco brilhantes e eventualmente apresentando manchas pardas; gemas laterais dormentes; atraso no florescimento; número reduzido de flores.
Elemento deficiente: Fósforo (P)

c – Clorose e depois necrose (cor de ferrugem ou marrom quase negro) das margens e pontas das folhas, inicialmente nas folhas mais velhas; deficiência de ferro induzida (obs.: excesso de K induz à deficiência de Mg).
Elemento deficiente: Potássio (K)

d) Deformação nas folhas novas, resultado do crescimento não uniforme da folha e às vezes com um gancho na ponta (a ponta da folha deixa de crescer); raízes pouco desenvolvidas; manchas pardo-amarelas entre as nervuras que às vezes podem se unir e tomar a cor de ferrugem; morte das gemas em desenvolvimento; dormência das gemas laterais; manchas necróticas internervais; cessação do crescimento apical das raízes, podendo apresentar aparência gelatinosa.
Elemento deficiente: Cálcio (Ca)

e – Clorose das folhas, geralmente começando e sendo mais severa nas mais velhas; clorose internerval (só as nervuras ficam verdes, enquanto que o espaço entre elas se torna amarelado, avermelhado ou pardacento); encurvamento das margens das folhas;
desfolhamento.
Elemento deficiente: Magnésio (Mg)

f – As folhas mais novas apresentam clorose (cor verde clara) e eventualmente podem apresentar uma coloração adicional (laranja, vermelho, roxo); necrose e desfolhamento; folhas pequenas; redução no florescimento; enrolamento das margens das folhas; internódios curtos.
(Obs.: excesso de S pode ocasionar clorose interval).
Elemento deficiente: Enxofre (S)

g – Folhas pequenas com clorose internerval ou sem clorose, podendo apresentar deformações; folhas mais grossas que o normal e quebradiças, com nervuras suberificadas (cortiça) e salientes, às vezes com tons vermelhos ou roxos; morte do meristema apical da gema em desenvolvimento; raízes com pontas engrossadas e depois necróticas e ramificadas; pode ocorrer ausência de florescimento (obs.: excesso de boro pode ocasionar a queima das margens das folhas, onde há acúmulo desse nutriente.
Elemento deficiente: Boro (Bo)

h – Diminuição das folhas (primeiro sintoma); clorose, bronzeamento, necrose; raízes curtas e não ramificadas (obs.: excesso de cloro (Cl) causa a necrose das pontas e margens; amarelamento prematuro e queda das folhas.

i – Folhas estreitas e quebradiças; folhas verde escuras inicialmente que tornam-se cloróticas nas pontas e margens. O excesso de cobre induz à deficiência de Fe; folhas com manchas aquosas, que tornam-se necróticas; morte precoce das folhas; diminuição no crescimento; cessação do crescimento radicular e radículas enegrecidas.
Elemento deficiente: Cobre (Cu)

j – As folhas mais novas rnostram-se amareladas (clorose) e as nervuras apresentam-se com a cor verde escura o qual corresponde à distribuição do Fe no tecido.
Obs.: o excesso de Fe causa manchas necróticas nas folhas).
Elemento deficiente: Ferro (Fe)

k – As folhas mais novas mostram-se amareladas; as nervuras e uma estreita faixa de tecido ao longo delas permanecem verdes, ficando com aspecto de serem nervuras mais grossas; manchas pequenas e necróticas nas folhas; formas anormais das folhas. Obs.: excesso de Mn, a princípio, induz à deficiência de Fe.
Elemento deficiente: Manganês (Mn)

l – Clorose malhada geral, manchas amarelo-esverdeadas ou laranja brilhantes em folhas mais velhas e depois necrose (manchas relacionadas à distribuição do Mo); ausência de florescimento.
Elemento deficiente: Molibdênio (Mo)

m – Folhas novas pequenas, estreitas e alongadas; encurtamento dos internódios; folhas com manchas amareladas e retorcidas. (Obs.: excesso de zinco induz à carência de Fe).
Elemento deficiente: Zinco (Zn)

n – Excesso do elemento químico causa uma diminuição no crescimento das raízes; raízes engrossadas e pouco ramificadas.
Elemento deficiente: Alumínio (Al)

Formulações diferentes para cada fase de desenvolvimentoP
ara cada fase de desenvolvimento (repouso, vegetativo, reprodutivo) da orquídea, a planta irá exigir um determinado tipo de nutriente em maior proporção.

Quando a planta for adulta e estiver na fase de repouso (em geral no final do outono para o final do inverno) a adubação deverá ser bem espaçada, somente para repor os nutrientes que são lixiviados pela água das regas (ex.: 7-9-5, 10-10-10).

Durante a fase vegetativa, quando a planta inicia o seu crescimento, a gema da orquídea que estava dormente, sai do seu estado letárgico e emite um broto o qual irá se desenvolver até formar o pseudobulbo (início da primavera até o final do verão).

Nessa fase de intenso crescimento, o adubo ideal é o que contém alto teor de nitrogênio (30-10-10, 10-5-5), pois esse elemento químico é necessário para o desenvolvimento do tecido.

Nessa fase, o fósforo também será exigido em quantidade significativa para a translocação de nutrientes sintetizados nas folhas adultas para a gema em desenvolvimento. Por fim, na fase reprodutiva, quando o pseudobulbo estiver quase formado e com a espátula aparecendo (de onde originará as flores), a planta começará a exigir uma quantidade maior de fósforo para induzir um desenvolvimento vigoroso dos botões florais (7-9-5, 10-20-30), bem como induzir um bom enraizamento do(s) novo(s) pseudobulbo(s) como também dos antigos.

Nessa fase, a planta exigirá uma maior quantidade de potássio, que têm uma função catalítica no metabolismo vegetal e é essencial para um bom florescimento.

Como quantificar o adubo a ser diluído na água
Numa solução altamente diluída (dose homeopática), a penetração dos sais pela parede celular se dará a custa da perda de energia (absorção ativa), isto é, a planta assimilará todos os nutrientes de que necessita e na quantidade que lhe convier. Essa absorção ativa, com gasto de energia, só será eficiente se na planta houver o elemento químico cálcio em quantidade adequada.

Por outro lado, se na adubação a solução for muito concentrada (concentração citoplasmática inferior à concentração de sais na água da pulverização), a planta sofrerá uma desidratação e a concentração de sais atingirá níveis tóxicos, bem como não haverá um controle da entrada dos nutrientes (absorção passiva).

Para realizar uma adubação química correta, devemos saber que a concentração de sais presente na água de diluição deverá ser inferior à concentração citoplasmática das células dos tecidos da planta.

Porém, para facilitar a absorção dos nutrientes, o ideal seria que todos os elementos químicos estivessem já na proporção adequada.
Para sabermos qual será a quantidade aproximada a ser colocada na água das regas, teremos que ter informações sobre a concentração dos nutrientes presentes nas plantas.

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Plantas de porte médio ou grande, de flores avantajadas ou bonitos conjuntos de coloridos, vários são as preferidas dos aficionados, principalmente nos gêneros mais conhecidos, como Cattleya, Laelia, Miltonia, Oncidium, Vanda, Phalaenopsis, Dendrobium, Cymbidium, entre outros. Entretanto, na orquidofilia existem exemplares diferentes, que fogem dos padrões clássicos e se destacam, enriquecendo e diversificando as coleções – algumas já saturadas dos padrões e dos mais diversos híbridos. E para citar grupos realmente diferentes, as Miniorquídeas, Micro e Botânicas são ótimas representantes.

Mas como distingui-las? Na verdade, há uma interligação muito grande entre elas. Visando principalmente a apresentação em exposições, apenas foi criado um conceito para diversificar indivíduos diferentes, dando condições de concorrência entre si. Dessa forma, atenua-se o peso das “grandes preferidas” e proporciona-se satisfação àqueles que lhes dão abrigo.

Miniorquídeas
São plantas menores, mas de flores grandes em relação a seu porte. Os exemplos típicos são as Hadrolaelias, entre as quais destacamos a Laelia pumila e a Laelia spectabilis. Essas duas Laelia têm grande capacidade de transmitir a característica do pequeno porte para os descendentes, conservando ou aumentando o tamanho das flores.

Outro caso são as Sophronitis, que embora mais conhecidas na categoria Micro, são usadas para redução do tamanho, principalmente com Laelia e Cattleya. Mesmo as Sophronitis tendo o labelo das flores reduzido – o maior destaque são as pétalas, transmitirem coloridos fortes e acentuados.

Muitas Potinaras (híbrido de Cattleya, Laelia, Brassavola e Sophronitis) e outros exemplares pequenos são resultado de várias hibridações, quase sempre intergenéricos, procurando resultados compensadores nos tamanhos (planta reduzida e flor grande), nos mais diversos coloridos e na forma (harmonia entre os segmentos florais na relação entre labelo, pétalas e sépalas).

Outra grande vantagem das Miniorquídeas, e também das micro, é a redução de espaço necessário para cultivá-las, especialmente quando as coleções são acomodadas em apartamentos. Essa é a categoria de tamanho intermédio.

Microoquídeas
As características básicas são o tamanho sempre pequeno da planta e da flor, embora essa última possa aparecer em conjuntos. Aqui o campo é vastíssimo e atinge a maioria dos gêneros. Bifrenaria, Epidendrum, Encyclia, Oncidium, Laelia e outros semelhantes, têm seus “anões”, mas os Pleurothallis, Stelis, Masdevallia, entre outros, são os campeões da miniaturização, pois além de Micro, apresentam as Micro-micro, que podem caber em um dedal.

A conhecida Encyclia bracteata fica sumida entre as gigantescas Encyclia longifolia e Encyclia megalantha. A Bifrenaria wendlandiana mal poderá ser vista quando em confronto com a Bifrenaria tyrianthina. Os Oncidium harrizonianum e edwallii hians ficam minúsculos quando próximos a um Oncidium crispum ou mesmo um Oncidium barbatum. Isso sem falar das muitas outras pequenas plantas desse gênero afortunados e de aspecto envolvente.

As Maxillaria, como muitas espécies de tamanho grande, também apresentam miniaturas e quase sempre com efeitos bonitos, pelo conjunto das pequenas flores.

Os Pleurothallis, entretanto, apresentam uma variação impressionante no tamanho de suas espécies e conjunto de flores, que se apresentam das mais diversas formas, podendo ser únicas, praticamente sem pecíolo (haste), em cachos, com hastes menores que as folhas, com hastes sobre as folhas, hastes altas.

Só o grupo do Pleurothallis grobyi – espécies parecidas, mas diferentes – é de encher os olhos dos apreciadores de pequenas belezas. O gênero Masdevallia, com flores em pétalas e sépalas concrescentes (unidas) por haste e únicas, é um dos mais desejados entre as Micros.

Botânicas
Por não se enquadrarem corretamente entre as categorias clássicas, Mini ou Micro, grande parte das espécies ou exemplares de orquídeas são consideradas simplesmente Botânicas.

Essa nomenclatura apenas reforça o que realmente são. Porém, como citar uma planta grande com flores pequenas? Ou uma planta grande com flores médias ou pequenas, isoladas em cachos ou em hastes? Como não se pode criar uma categoria para cada espécies, as “sacrificadas” estão unidas em uma só.

Um Epidendrum vesicatum (de crescimento invertido), de aspecto ornamental e flores pequenas, só não seria Botânica se fosse criada para ele uma categoria de “plantas curiosas”.

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Nome popular: Orquídea-bambú; Arundina.
Nome científico: Arundina bambusiflora.
Origem: Burma.
Família: Orchidaceae.

Orquídea terrestre, semi-herbácea, rizomatosa, ereta, entouceirada, com 1,2 a 2,0 m de altura, de florescimento e ramagem extremamente decorativos. Folhas laminares, alongadas e lisas. Seu preço agrada aos consumidores e a beleza de suas flores encantam crianças e adultos.

As formas de cultivo e de apresentação são características marcantes e peculiares que distinguem a bela orquídea-bambu (Arundina graminifolia ou Arundina bambusifolia) das outras espécies pertencentes à família Orchidaceae.

Única representante do gênero Arundina (por isso, também é comumente chamada por este nome), é proveniente da Ásia Tropical, região que abrange desde Índia, Nepal, Tailândia, Malásia, Cingapura, China Setentrional até Indonésia e ilhas do Pacífico. Sua peculiaridade esta relacionada principalmente, ao fato de ser uma orquídea terrestre.

Graças ao volume de sua folhagem e à beleza de suas flores, é utilizada em acompanhamento de muros, muretas e paredes ou em grupos, compondo conjuntos isolados. Também é possível cultivá-la em vasos, desde que receba algumas horas de sol diariamente.

A Arundina graminifolia apresenta porte alto, ereto e delgado, com caule juncoso, que forma grandes massas e pode atingir até 2m de altura. Os escarpos florais surgem no ápice dos caules e suas folhas possuem cerca de 20cm e são semelhantes às do bambu.

Entre as curiosidades dessa espécie estão sua floração contínua, que acontece durante o ano todo, e a quantidade de flores ou keikis (mudas que nascem na parte terminal da planta).

Quando multiplicada por semente, a floração ocorre em quatro anos. Se for por keiki, costuma ser em um ou dois anos. Produzidas em sucessão, as folhas resistem por até uma semana e possuem tonalidade lilás-rósea e um disco branco com labelo púrpuro, mas também podem ser encontradas na cor branca. Na Indonésia encontra-se uma variedade alba.

Os racemos são bastante abertos, com cerca de dez flores, que têm entre 5 cm e 8 cm de diâmetro. As brácteas são triangulares e envolvem o caule principal do ramo. Por ser adepta do clima tropical, necessita de solo úmido e muita luz, deve ser regada abundantemente no calor, dê preferência à noite.

Embora a orquídea-bambu prefira sol pleno, também se adapta à meia-sombra, contando que a umidade seja controlada, neste caso o ideal seria usar uma tela sombrite de no máximo 50%, pois um sombreamento maior poderia impedir a floração. Neste caso precisa de água de duas a três vezes por semana.

Para se manter a orquídea-bambu sempre saudável é importante plantá-la em solo rico em matéria orgânica, ou seja, preparar a terra com adubo orgânico, como terra vegetal, húmus de minhoca ou adubo caseiro. Na carência de algum nutriente importante, ela pode apresentar sinais de amarelamento e queda de folhas, no caso da falta de água o crescimento de novos bulbos fica prejudicado, por cauda da desidratação da planta.

A pouca luminosidade faz com que os bulbos cresçam finos e fracos e não consigam se manterem eretos, além de não florirem. Em locais sombreados, ela pode ser acometida por fungos, que são facilmente controlados com o uso de fungicida.

Outro fator que compromete a orquídea-bambu é o ataque de cochonilhas, pulgão e percevejo. Se você não quiser fazer uso de produtos químicos então o fumo é uma boa opção, basta fazer uma calda de fumo de corda com álcool, ou ainda uma combinação de alecrim e losna.

No caso de inseticidas o mais indicado é o do tipo malatiom que vai garantir uma boa eficiência. Se a haste estiver desidratada, a planta precisa ser podada para retomar um desenvolvimento vigoroso. Quando envelhece, alguns bulbos começam a secar, o corte deve ser feito a aproximadamente 1m da ponta.

Os métodos mais comuns de multiplicação da orquídea-bambu são por meio de sementes, keiki e divisão de touceiras, no entanto outra técnica não muito divulgada é o enraizamento.

Esta espécie costuma soltar brotos logo após a floração, que devem ser removidos quando atingirem 15 cm de comprimento.

Depois de extraídos, precisam ser plantados em vasos ou saquinhos plásticos com terra bastante fértil até o enraizamento e, a seguir, transportados para um canteiro definitivo.

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