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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Heterotaxis crassifolia

A Heterotaxis crassifolia é uma espécie de orquídea (Orquidaceae) que, no hemisfério sul, produz pequenas flores amarelas entre os meses de setembro e janeiro.

É uma planta de porte médio (para uma orquídea) com brilhantes folhas verde escuras que formam vegetação muito vistosa mas acaba por decepcionar devido às suas pequenas flores quase imperceptíveis em curtas inflorescências que mal despontam das axilas das bainhas foliares, e que se auto-polinizam com extrema facilidade.

Originalmente descrita por Lindley sobre espécime coletado na Jamaica, em 1826, com o nome de Heterotaxis crassifolia, em 1854 foi transferida por Reichenbach para o gênero Maxillaria, recebendo então o nome Maxillaria crassifolia, pelo qual ainda é amplamente conhecida dos colecionadores de orquídeas.

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Cattleya trianae

Iniciando no cultivo das orquídeas, devemos dar preferência para os gêneros e espécies, assim como os híbridos, de cultivo mais fácil e rústico.

Algumas espécies pertencentes ao gênero Cattleya são as mais indicadas para iniciantes, justamente pela rusticidade do seu cultivo e poderia citar algumas como a Cattleya labiata, Cattleya trianae, Cattleya walkeriana e Cattleya warnerii.

Em geral, os híbridos são plantas bem resistentes, principalmente os elaborados com a participação de plantas dos gêneros Cattleya e Laelia. Eles chamam atenção não só de orquidófilos iniciantes, mas são muito cultivados mesmo entre os orquidófilos mais experientes, não só pela rusticidade do cultivo, mas também por suas florações com as mais variadas cores, formas, fragrâncias e tamanhos.

Os híbridos do gênero Phalaenopsis também são altamente indicados para iniciantes e principalmente para decoração de ambientes. São plantas que não necessitam de tanta luminosidade para florescerem e com isso acabam se adaptando com grande facilidade aos ambientes internos e que recebam menor quantidade de  luminosidade, mesmo que indireta.

Os híbridos desse gênero podem permanecer floridos por mais de sessenta dias e geralmente florescem duas vezes por ano.

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Brassavola fragrans

Das orquídeas que estão entre as que os especialistas consideram ideais para criadores iniciantes, as do gênero Brassavola têm destaque pelo seu manejo de baixa ou média complexidade e pela extrema beleza de suas delicadas e aprazíveis inflorescências.

Endêmica das Américas tropicais, as orquídeas Brassavola (as principais espécies brasileiras são B. perrinii ou tuberculata, B. flagerallis e B. martiana) têm esse nome dado em homenagem ao médico italiano Antonio Musa Brassavola, que realizou a primeira traqueostomia (cirurgia em que um orifício é feito na traqueia para, basicamente, facilitar a respiração de pacientes) bem sucedida no século XVI.

A orquídea Brassavola pode ser epífita ou rupestre – desenvolve-se tanto nos caules das árvores tropicais quanto em rochas – e tem compleição tropical. Floresce no Verão, embora algumas espécies produzam flores também sob baixas temperaturas. A grosso modo, a variação climática ideal para as Brassavolas é de máxima de 33º C, com umidade relativa do ar alta, e mínima de 10º C. Suporta por pouco tempo temperaturas menores que a mínima indicada, mas pouco tempo mesmo.

A orquídea Brassavola nasce de um caule aéreo, chamado pseudobulbo, e se propaga de forma entouceirada. As folhas lanceoladas e finas servem de base para a haste onde se desenvolvem a inflorescência. Cada haste comporta uma única flor.

Esta flor possui cinco pétalas estreitas, bem finas, também lanceoladas como as folhas, formando uma estrela gráfica, cujos tons podem variar do branco-creme ao verde.

O labelo destaca-se proeminente na base, com seu tom creme com eventuais manchas esverdeadas ou amareladas. O perfume é peculiar e muito agradável, sentido principalmente no período noturno.

O substrato onde a orquídea Brassavola será plantada precisa ter drenagem eficiente, pois, como é de praxe entre as orquídeas, ela necessita de regas frequentes mas não tolera encharcamentos (lembre-se: as raízes e bulbos podem morrer por apodrecimento).

Pode-se usar fibras parecidas com o xaxim ou cascas de madeira, colocados em vasos ou cachepots de fácil drenagem. A iluminação deve ser mais intensa do que o habitual suportado por outras espécies de orquídeas, em ambientes com umidade relativa do ar alta (nunca plante nenhuma orquídea em lugares com ar condicionado).

A orquídea Brassavola é naturalmente resistente à pragas se bem cuidada. A troca de vasos e substratos deverá ser feita de acordo com o vigor de crescimento da flor.

A adubação de reforço deve ser feita de forma suave, geralmente diluída na água das regas, preferencialmente na época da floração.

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Brassavola perrini 2
A Brassavola é um gênero com cerca de 63 espécies existentes, com flores que variam entre branco, creme e o esverdeado. De fácil cultivo, quando o trato corresponder às suas necessidades. Alguns estudiosos consideram a Brassavola perrinii como sinônimo de Brassavola tuberculata, embora sejam bem próximas e suas flores sejam idênticas, do ponto de vista botânico, elas são diferentes.

Brassavola tuberculata parece ser mais tolerante à luminosidade intensa, ela pode vegetar nas rochas, recebendo diretamente os raios solares. Ela lança em geral, 2 flores por haste, já a Brassavola perrinii vegeta próxima ao mar mas bastante protegida pelas copas das árvores, e lança em geral 3 flores ou mais, por haste.

Mais um detalhe que diferencia uma da outra: não plante a Brassavola perrinii dentro de um vaso utilizando o pó de xaxim ou fibra de coco, se tiver um vaso de xaxim velho que não o utilize mais, ou se tiver em estoque fixe-a na lateral do vaso, ou em cascas de peroba com esfagno terá um melhor resultado.

Assim como a C. walkeriana e C. nobilior, a B. perrinii não tolera que as raízes fiquem encharcadas.

Outro detalhe: as brassavolas não possuem reserva de água para o período de inverno, necessitam de local com considerável umidade do ar. Seu habitat são as matas ciliares a meia altura entre 2 e 4 metros”.

Em resumo, a Brassavola precisa ser bastante regada no período de crescimento e uma moderada rega durante o inverno. Prefere substratos secos, como tronco de árvores do tipo cambará, ipê, sabiá, peroba ou mesmo em samambaiaçu. Floresce na Primavera, nos meses de setembro e outubro.

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