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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Habenaria_radiata

O nome garça-branca, não necessita de explicações. Ela se parece mesmo com uma garça branca em pleno voo. É uma pequena orquídea terrestre das zonas úmidas e encostas gramadas do Japão, a península coreana, e algumas partes do leste da China.

Cresce principalmente em pântanos de terras altas e nas encostas das montanhas. Apesar da sua facilidade no cultivo, na natureza ela parece estar em processo de extinção e não podem mais ser encontradas com tanta facilidade.

As espécies de Habenaria normalmente apresentam flores pequenas, verdes, sem atrativos ornamentais, são de difícil cultivo e por isto raramente vistas em coleções e orquidários comerciais. Todavia, o gênero apresenta grande importância florística.

O gênero possui aproximadamente 848 espécies, sendo um dos cinco maiores da família e o maior de espécies terrestres. O gênero apresenta distribuição mundial e o Brasil com cerca de 163 espécies é um dos países de maior diversidade. Com a divisão do gênero Pleurothallis, Habenaria passou a ser o gênero de Orchidaceae com o maior número de espécies no país.

O gênero ocorre em todo o território brasileiro, mas a maior concentração de espécies encontra-se no Bioma Cerrado, onde corresponde de 15 a 40% das espécies de orquídeas de algumas localidades. Na Mata Atlântica a representatividade é menor, variando de 1-3% do total de espécies de alguns locais.

Apesar da importância de Habenaria para a diversidade de orquídeas no Brasil, ainda há grandes lacunas no conhecimento do gênero. Um dos fatores que dificulta o seu estudo é o fato das espécies apresentarem crescimento sazonal.

As plantas crescem e florescem durante o período das chuvas e desaparecem durante o período seco. Como consequência, o número de espécies registradas para diversas

As plantas são terrestres, com uma túbera subterrânea, caule ereto, simples, e inflorescência terminal. Outra característica é que as pétalas são normalmente bipartidas e o labelo tripartido. Possuem um nectário na base do labelo, chamado de calcar ou esporão. A coluna possui apenas uma antera que é dividida em duas partes.

O estigma único também é subdividido e ao contrário de outros gêneros da subtribo Orchidinae, é projetado para frente. A antera é ligada na coluna e não pode ser removida. As políneas de Habenaria possuem os grãos de polén agrupados em pequenos pacotes sendo chamadas de sécteis.

Esta característica permite que uma mesma polínea polinize várias flores. A reprodução ocorre principalmente através de sementes, mas também ocorre reprodução vegetativa através da emissão de ‘brotos’ laterais sendo comum encontrar várias plantas crescendo próximas.

Cultivo
Algumas poucas espécies do gênero, com a asiática H. rodocheila, de flores vermelhas a alaranjadas, são cultivadas e comercializadas. A comercialização é feita através das túberas. Em algumas regiões da África e Ásia as túberas são usadas como alimento. Já foi isolado de uma espécie um composto químico, denominado habenariol, que funciona como um inibidor digestivo para insetos, impedindo que a planta seja comida.

As espécies de Habenaria não possuem órgãos de armazenamento bem desenvolvidos como pseudobulbos ou raízes tuberosas, de modo que conseguem crescer e florescer apenas no período chuvoso quando há disponibilidade de água.

As plantas precisam crescer durante uma ou mais estação para formar um túbera com nutrientes armazenadas que irão sustentar uma nova floração. Após a formação e amadurecimento dos frutos as plantas secam e permanece apenas a túbera subterrânea que sustentará uma nova brotação e crescimento na próxima estação.

Considerando o número de espécies, ainda são poucos os estudos sobre a biologia floral e reprodutiva do gênero. No Brasil destacam-se os trabalhos de Rodrigo B. Singer. Os estudos desse pesquisador mostraram que algumas espécies são polinizadas por pernilongos e mariposas noturnas.

Esses insetos, atraídos pelo perfume noturno das flores, introduzem a probóscide no calcar para coletar o néctar.

Habitats
Cerrado
– O Cerrado é o Bioma que apresenta o maior número de espécies de Habenaria no país. O Cerrado é formado por um mosaico de vegetações que variam desde o cerradão até o campo limpo. Os ambientes mais abertos, como os campos sujos e os campos limpos são os que concentram o maior número de espécies.

Veredas e campos úmidos – Dentre os vários tipos de vegetação associados ao Bioma Cerrado os campos úmidos são o que concentram o maior número de espécies de Habenaria. Esses campos podem ser estacional ou permanentemente úmidos. Frequentemente ocorrem associados a pequenas elevação regulares conhecidas como murundus.

Campos rupestres – Ocorrem principalmente em Minas Gerais na Cadeia do Espinhaço e em Goiás. A vegetação é semelhante a um campo sujo, mas ocorre em meio a afloramentos rochosos. O número de espécies de Habenaria que ocorre nesse tipo de vegetação é grande, destacando-se a Habenaria guilleminii com um calcar de 1-3 mm e a Habenaria caldensis.

Mata Atlântica – São poucas as espécies de Habenaria que ocorrem em matas e na Mata Atlântica. A maioria das espécies tem as folhas bem desenvolvidas. Uma espécie típica e comum desse ambiente é a H. josephensis.

Matas nebulares – são matas que ocorrem em altitudes mais elevadas nas montanhas e que embora não estejam associadas a um curso de água se mantém úmidas devido a quantidade de neblina. São poucas as espécies de Habenaria desse tipo de vegetação, destacando-se a H. umbraticola.

Campos de atitude – São campos limpos ou sujos que ocorrem em áreas acima de 1.500 m em áreas de Mata Atlântica. Uma espécie típica desse ambiente é a Habenaria paranaensis, comum na região do Itatiaia a na Serra dos Órgãos no estado do Rio de Janeiro.

Além dos habitats anteriores algumas espécies também ocorrem em matas secas como a H. cryptophila, enquanto outras são aquáticas sendo encontradas na beira de lagoas ou rios, como a H. repens. Algumas poucas espécies são beneficiadas pela ação humana, ocorrendo em áreas como pastagens e beira de estradas, destacando-se nesse caso a H. petalodes.

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Família: Orchidaceae
Origem: Américas

Baunilha é o nome popular dado às orquídeas do gênero Vanilla. Elas são plantas terrestres e trepadeiras, conhecidas mundialmente pelo aroma de seus frutos. Em geral, estas orquídeas apresentam caule verde, cilíndrico, de crescimento monopodial, podendo alcançar 20 a 30 m de comprimento, dependendo do suporte em que estão apoiadas. Além das raízes terrestres, elas também emitem raízes adventícias ao longo do caule, que aderem no suporte e são responsáveis pela sua fixação. Suas folhas são alternadas, ovais a lanceoladas, verde-escuras e reduzidas em algumas espécies.

As flores não são o principal atrativo deste gênero, ao contrário de outras orquídeas. Elas são bonitas e grandes, solitárias ou em rácemos, mas pouco duráveis, apresentam coloração amarela ou esverdeada, com o labelo de tonalidade amarela mais forte.

Quando polinizadas, originam frutos alongados e cilíndricos, que demoram alguns meses para amadurecer.

As baunilhas devem ser cultivadas à meia-sombra, sendo adequado filtragem de 50% da luz do sol por sombrite. Também desenvolvem-se muito bem sob a copa de árvores não muito densas, como as frutíferas em geral.

O plantio deve ser realizado com estacas longas, de pelo menos 80 cm, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica.

Elas devem ser amarradas a tutores, como ripas de madeira de 1,5 metros ou tronco de árvores, pelo menos até a sua fixação através das raízes adventícias.

Adubações regulares com matéria orgânica, irrigação periódica e polinização manual são os principais tratos culturais da baunilheira estabelecida.

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- Por que não devo colocar prato embaixo?
Tudo bem que você goste de água, mas como se sentiria se tivesse de usar meias e sapatos encharcados? Além do desconforto, a umidade atrairia frieira, certo? Pois acontece exatamente a mesma coisa com as plantas (bem, menos para as aquáticas…). Mesmo as que gostam muito de água dificilmente curtem ficar com as raízes constantemente molhadas. Nas orquídeas, a umidade é bem vinda, mas, em excesso atrai fungos e bactérias que podem ir minando a planta de tal forma que ela acaba morrendo. Evite o problema simplesmente plantando em vaso de barro com furos e deixando o substrato secar ligeiramente entre uma rega e outra.

- Posso plantar na terra?
Pode só se a orquídea for terrestre — caso da orquídea-bambu (Arundina bambusifolia). O problema é que a maioria das orquídeas não cresce naturalmente no solo e, sim, sobre árvores, são as chamadas orquídeas epífitas. Para imitar o tronco de uma árvore, que é bem arejado, a gente usa substrato, uma mistura de vários materiais. Ele pode ser feito com um ou vários destes materiais: pedacinhos de carvão, casca de coco, fibra de coco, cavaco de madeira, casca de pinus, sem falar nos ingredientes regionais, como semente de açaí, sabugo de milho e semente de babaçu. Substrato para orquídeas é encontrado com esse nome em qualquer boa floricultura.

- Qual é o vaso certo para ela?
Ela costuma ser vendida em vaso plástico furado no fundo, mas, se puder, transfira para um de barro com muitos furos laterais. Esses vasos têm dupla função: ajudam a escoar o excesso de água das regas e mantêm as raízes arejadas. Além disso, não esquentam tanto como os vasos plásticos pretos. Há uma porção de formatos e tamanhos — alguns parecem funis, ideais para orquídeas pequenas que apreciam alta umidade, já que o funil fica cheio de água e a planta, amarrada do lado de fora. Há também vasos em forma de meia lua, para serem fixados na parede.

- Preciso só dar água e mais nada?
Teoricamente, sim, já que o oxigênio e os nutrientes mais elementares a planta pode retirar sozinha do ambiente. No entanto, estou falando de orquídeas cultivadas em vaso, limitadas aos nutrientes do substrato, que logo se esgotam. Por isso, elas precisam repor os elementos mais importantes: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Os adubos químicos são formulados para repor os três primeiros nutrientes, daí a formulação se chamar NPK. Se você borrifar sua orquídea uma vez por mês com adubo NPK 20-20-20, ela pegará menos doenças e dará flores maiores e mais bonitas. Com um pouco de prática você descobrirá como usar adubos com formulações menos equilibradas ou com adição de outros elementos químicos.

- Toda orquídea deve ser amarrada em árvore?
Não. Esse suporte funciona melhor nas espécies epífitas, que descrevi anteriormente. Essas plantas naturalmente vivem sobre os galhos das árvores e gostam de deixar as raízes (ou parte delas) expostas. Esse é o caso da Vanda, da Phalaenopsis e do Oncidium, só para citar alguns dos exemplos mais conhecidos. Já espécies exigentes a altas taxas de umidade nem sempre gostam de ficar sobre árvores. É o que acontece, por exemplo, com o Paphiopedilum e o Phragmipedium, ambos conhecidos popularmente por “sapatinhos”. Deixe esses no vaso, com esfagno e substrato misto, para reter a água de que eles tanto gostam.

- Para quê servem aqueles nomes estranhos?
Assim como nós, as orquídeas têm nome e sobrenome. O delas é escrito em latim ou grego, para que pessoas no mundo todo possam reconhecer a mesma planta, não importa que língua falem. Essa forma de anotar os nomes científicos é adotada também para descrever outros seres vivos, de algas gigantescas a insetos microscópicos, de elefantes a amebas. O primeiro nome representa o gênero a que determinada planta faz parte, como se fosse uma grande família cheia de integrantes. O segundo nome, da espécie, define que planta é aquela. O gênero Dendrobium, por exemplo, possui milhares de espécies, dentre as quais está o Dendrobium nobile, mais conhecido por -olho-de-boneca.

- Quantas vezes por semana tenho de molhar?
Isso depende de muitos fatores: tamanho do vaso, tipo de substrato usado, espécie escolhida… Vasos muito fundos podem apresentar substrato seco na superfície, mas molhado perto das raízes. Substratos maciços retém mais água do que os porosos — é por isso que a gente rega menos as plantas que estão na terra do que aquelas que ficam amarradas em troncos. Se você está em regiões de baixas taxas de umidade, cultivando uma orquídea que exige altas taxas de umidade, vai ter de se desdobrar pra conseguir mantê-la úmida numa cidade tão quente. Via de regra, se está calor ou ventando, regue dia sim, dia não – ambos os fatores desidratam a planta. No inverno, molhe duas vezes por semana. Procure fazer as regas sempre fora do horário de pico do sol, para não “cozinhar” as raízes.

- Dá flor o ano inteiro?
Não, nenhuma orquídea fica 12 meses com flor. Muitas florescem várias vezes ao ano, como acontece com a maioria das Cymbidiuns e com as Phalaenopsis híbridas. Há espécies que têm flores chamadas sequenciais, que não nascem todas de uma vez: assim que uma flor morre, outra já surge para substituí-la, mantendo a planta florida por muitos meses, uma característica da Doritis pulcherrima, por exemplo, a orquídea que ilustra este post. Também existem gêneros que têm floradas de curta duração, como acontece com as Stanhopea, cujas flores não passam de cinco dias. Mesmo assim, você terá flores o ano todo se escolher ao menos uma espécie que floresça em cada um dos meses.

- Onde encontro orquídeas mais em conta?
Híbridos de Oncidium, Cattleya, Dendrobium, Cymbidium e Phalaenopsis ficaram tão populares que são vendidos até em supermercados. Em exposições de orquídeas você encontrará espécies exóticas, muitas vezes de outros países, mas a um preço maior. Plantas premiadas podem ser compradas a preços bem amigáveis se forem mudas, o único problema é controlar a ansiedade, porque elas demoram anos para florir pela primeira vez. Na internet estão os preços mais baixos: as plantas costumam ser enviadas sem flores, bem acondicionadas em caixas de papelão, com toda a proteção para que não se machuquem na viagem. Busque no Google um orquidário perto de você e economize no frete.

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A maior parte das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico de tamanho compatível com o da planta. É aconselhável o replante anual, ou pelo menos a cada dois anos, em virtude da decomposição ou eterioração do material.

Eis aqui algumas regras úteis:
1. Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso (2 a 3 dedos) para permitir a rápida drenagem do excesso de água.

2. Complete com fibra de coco ou similar. Se houver pó, lave-o num balde com água para dispersar o pó. Evite substratos que contenham muito pó. As raízes necessitam de arejamento.

3. Certas orquídeas progridem na horizontal (rizoma), Laelia e Cattleya, por exemplo, e vão emitindo brotos um na frente do outro. Para esse tipo de planta, deixe a traseira encostada na beira do vaso e espaço na frente para dar lugar a novos brotos (não enterre o rizoma, somente as raízes). Comprima bem o substrato para firmar a planta, a fim
de que, com o vento ou um jato d´água, ela não balance, pois a ponta verde da raiz irá roçar no substrato, secar e morrer. Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.

4. Há orquídeas que dificilmente se adaptam dentro de vasos. Nesse caso, o ideal é plantar em tronco de árvore ou casca de peroba, protegendo as raízes com um plástico até a sua adaptação.
Alguns exemplos dessas espécies são:
C. walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae, a maioria dos Oncidiuns, Leptotes, Capanemias.

5. Orquídeas monopodiais (que crescem na vertical), como Vandas, Ascocendas, Rhynchostylis, Ascocentrum, devem ser plantadas no centro do vaso ou serem colocadas em cesto sem nenhum substrato.

Nesse caso exigem um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes mas também as folhas com água adubada bem diluída. Por exemplo,se a bula de um adubo líquido recomenda diluir um mililitro desse adubo em um litro de água, ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais e borrife, a cada
duas ou três horas, principalmente em dias quentes e secos.

Você pode perder a paciência, mas não a planta. Como exigem alta umidade relativa, pode-se, por exemplo, usar um recipiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar a planta com o vaso sobre as mesmas, de modo que as pedras
molhadas pela rega, assegurem a umidade necessária.

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