A Sophronitis coccinea é uma das principais responsáveis por conferir a cor vermelha às orquídeas híbridas que conhecemos hoje. Outra característica marcante é o tamanho avantajado das flores, quando comparadas à parte vegetativa da planta.
Embora não pareça, esta mini-orquídea é tão diminuta que poderia ser plantada em um copinho de café.
Orquídea típica dos ambientes úmidos da Mata Atlântica é considerada de difícil cultivo. Esta orquídea vegeta em matas hidrófilas numa altura entre 600 a 800 m na Serra do Mar, nos Estados de São Paulo e do sul do Brasil, e numa altitude maior nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Gosta de locais cujos troncos e galhos das árvores são repletos de musgos epífitas e permanecem sempre úmidos.
Vegeta e floresce melhor em galhos de árvores de porte pequeno ou arbusto mais abertos e com muita luminosidade.
Floresce geralmente em duas épocas do ano, no fim de abril e de julho a setembro, mas muitas vezes a planta que floresceu em abril, volta a florir em setembro.
Espécie pequena que vegeta numa altitude entre 700 e 1000 m. Vive em árvores, rochas, ou serras, protegidas do vento, com duas estações definidas: um seca e outra chuvosa, aprecia ambiente quente e úmido..
Vegeta também sobre pedras de granito, em pleno sol, ou em velhas árvores nas matas ribeirinhas. É uma orquídea originária do Brasil com ocorrência nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.
Gosta de lugares bem iluminados, podendo ser cultivada em pleno sol, desde que mantida boa umidade.
É uma planta pequena, rasteira, com pseudobulbos achatados de 5 centímetros de comprimento, encimados por uma folha coreácea de 3 cm, verde escura ou verde amarelado, dependendo da luminosidade. O substrato para ela são toquinhos de madeira.
As regas devem ser diárias, daí a importância do substrato ideal, uma vez que não tolera ficar encharcada.
Como gosta de ambientes úmidos, pode ser atacada por insetos sugadores como cochonilhas e ácaros. O controle pode ser feito manualmente ou usando inseticidas comuns. Pode ser atacada por fungos, que podem ser combatidos usando-se fungicidas específicos. Uma boa dica é usar sulfato de cobre junto com a adubação.
A adubação pode ser feita com NPK 20-20-20 ou próximo a isso, quinzenalmente. Evite adubar no período de dormência, que ocorre logo após a floração.
A florescência ocorre entre abril e maio. As flores surgem no ápice dos pseudobulbos, em número de uma cinco flores, de cerca de 2 cm de diâmetro, vermelho-intenso. Sua variedade alba é, na verdade, amarelo-limão, rara.
Felizmente está bela orquídea está sem risco de extinção.
Em geral, as medidas preventivas contra as pragas e doenças em orquídeas, são sempre mais baratas do que as curativas. Para quem tem um pequeno orquidário as primeiras providências são:
- Manter telados e estufas completamente limpos, tanto em relação ao meio ambiente, quanto às plantas;
- Evite ter nesses locais outras plantas ornamentais de pequeno ou médio porte, árvores ou arbustos. Eles são hospedeiros e futuros vetores para a transmissão de doenças e pragas;
- Também é aconselhável a limpeza em volta dos telados. Orifícios, desníveis no solo, acúmulo de lixo, buracos na parede, pilhas de vasos velhos, todas essas coisas servem de abrigo para insetos e como depósitos de esporos de fungos;
- Para limpar pode-se usar: rastelos, que retiram o resto da matéria orgânica em geral, e as vassouras, que completa o trabalho (que deverá ser semanal ou, na medida do bom-senso, toda vez que for necessário);
- As bancadas devem ser limpas com escovas, água e sabão, fazendo-se inicialmente uma lavagem geral. A seguir, pinte-as (usando um pincel comum), com pasta fungicida de sua preferência. Se quiser, anote esta receita: 1 quilo de fungicida, 1 quilo de cal virgem queimado, meio quilo de inseticida em pó molhável a 50% para 10 litros de água. Outro bem produto é o hipoclorito de cálcio, numa solução aquosa a 10%. Outros produtos à base de cloro, encontrados facilmente no mercado, podem ser utilizados para a desinfecção das bancadas;
Tomados esses cuidados iniciais com relação à prevenção contra fungos e insetos. Devemos dar atenção às plantas, pulverize-as, menos no inverno, num intervalo de 60 a 90 dias com inseticidas e fungicidas. Muito cuidado com esses produtos.
Pragas nas Orquídeas Percevejo das orquídeas (Thentecoris bicolor Scott)
Considerado o “inimigo n° 1” das orquídeas, tal o estrago que causa às plantas. Além da anemia causada pela sucção da seiva, suas picadas podem transmitir vírus. Ele ataca principalmente folhas mais novas das Cattleyas, Epidendruns, Laelias e Sophronitis, quando aparecem pequenas manchas arredondadas, de cor amarela, que contrasta com a cor verde das partes não tingidas. Eles andam em bandos, atacando à noite. Durante o dia, podemos notá-los quando, a qualquer movimento, fogem para a parte inferior das plantas. Combate: com um bom inseticida podemos erradicá-los com sucesso.
Pulgões – Insetos ápteros e alados Os pulgões são pequenos insetos alados, que têm extraordinária capacidade de reprodução e sugam a seiva das plantas.
Podem ser de colorido verde, amarelo, pardo ou negro. Sua infestação pode proporcionar danos e deformações nos brotos e folhas. Geralmente são levados para as plantas pelas formigas. Combate: Inseticidas líquidos ou em pó combate-os com eficácia.
Cochonilhas – Colônia de pequenos insetos de cor branca ou parda
Entre as cochonilhas são assinaladas dezenas de espécie – todas sugadoras que causam enormes estragos às plantas. Combate: Pequenos ataques podem ser erradicados com a larva da planta, principalmente na parte atacada, com água corrente e sabão neutro, usando-se uma escova dental macia. Quando o ataque for maior, devemos usar inseticida misturado a óleo miscível.
Vespinha Negra (Eurytoma orchidearum (West.)
Ataca os brotos e pseudobulbos novos, provocando deformações nas bases e morte das partes atacadas. Esses brotos apresentam deformações (inchaços), no interior dos quais evoluem as larvas da Vespinha Negra. Combate: Inseticida sistêmico que penetra na seiva da planta. Podemos também combatê-las colocando uma bacia com água e óleo no meio das plantas atacadas e ascendendo uma lâmpada sobre essa bacia. Durante a noite as vespinhas voam e caem dentro da água.
Lesmas e Caracóis
Nossas orquídeas e plantas são atacadas por esses moluscos, principalmente nos botões florais e na ponta das raízes, causando-lhes enormes prejuízos. Combate: Usar mata-lesmas sempre em ambiente secos. Usando-se iscas noturnas de fatias de mandioca ou chuchu, folhas de alface, farelinho misturado com arseniato.
As orquídeas são plantas muito delicadas que exigem cuidados especiais na hora do seu plantio, as pessoas mesmo não percebem quando a primavera chega e como as plantas mudam nesse período. A luminosidade aumenta, a maioria das plantas entra em estação reprodutiva e é nesse momento que os cuidados devem mudar e as plantas devem ser mudadas de vasos para outro lugar.
Quando surgem as brotações como novas folhas e flores é a hora de replantar as suas orquídeas para um lugar maior onde elas possam se desenvolver com mais liberdade. Seguindo esses passos você verá que não é tão difícil dominar a arte de como plantar orquídeas.
Algumas dicas para ajudar na hora de transplantar sua orquídea…
a) Verificar se a planta não está com flor ou espata para florir.
b) Verificar também se o novo broto não está pequeno, que possa quebrar com o manuseio de retirar do vaso, limpar as raízes, etc.
c) Se a planta estiver em um vaso de barro ou plástico, colocar de molho por alguns minutos, passar uma faca em volta do vaso por dentro, bater no vaso, por fora e no fundo com a mão.
d) Com uma vareta de bambu retirar o substrato velho e pedras, desmaçarocar as raízes.
e) Cortar as raízes velhas e muito longas, folhas e bulbos secos.
f) Em água corrente lavar as raízes com auxílio da vareta de bambu.
g) Separar em mudas (nota: no mínimo de três bulbos ou pseudobulbos) e com frente para brotar ou brotada e ou da touceira.
h) A separação de muda de rizoma horizontal, faz-se o corte total ou com antecedência, ainda o vaso, meio corte, para forçar a brotação (Nota: cicatrizar o corte com pasta dental ou cicatrizante).
i) Estudar a melhor posição e maneira de fixá-la no novo vaso.
j) Trançar varetas de bambu, já retirado um pouco do miolo e quebrado as quinas do bambu, para não ferir a muda.
k) Colocar a etiqueta com número, data de envasamento, nome, etc.
l) Prender a etiqueta em uma haste de fio de cobre ou amarrá-la no vaso.
m) Colocar tutores e amarrar, caso seja necessário, os bulbos ou folhas na posição vertical.
m) Mergulhar o vaso no tanque ou balde para sair as bolhas, fazer o batismo e drenagem.
n) Retirar, deixar escorrer e guardar em lugar coberto por sete a dez dias.
n) Não precisa, nesse período, colocar água, somente borrifar água nas folhas.