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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

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A orquídea é uma das flores mais populares e procuradas pelas pessoas que estão começando um jardim. As plantas conhecidas por esse nome fazem parte da família Orchidaceae que faz parte da ordem Asparagales. Essa é uma das maiores famílias de plantas do mundo.

Um dos motivos que tornaram as orquídeas tão populares é a sua variedade de cores e formas e também o fato de existir em todos os continentes com exceção da Antártida. Pelo o que já foi possível perceber essas plantas tem o seu quê de mistério e curiosidades.

Descobrindo as curiosidades a respeito das orquídeas, podemos encontrar novos motivos para gostar dessas plantas e desejar tê-las em nossos jardins.

Algumas pessoas tem uma idéia errada de que as orquídeas são parasitas, isso porque essa planta cresce sobre outras árvores. Porém, a curiosidade está no fato de que as elas utilizam as árvores somente como um apoio para buscar a luz e não parasitam a mesma.

Essas plantas nutrem-se apenas do material em decomposição que cai das árvores que utilizam como apoio, aquele que se acumula no emaranhado de suas raízes.

Outro dado interessante e curioso a respeito das orquídeas é que elas possuem muitas formas de se reproduzir, algo que garante a prosperidade da espécie. Dentre as formas que mais se destacam de reprodução estão a dispersão de sementes, meristemagem e semeadura in-vitro.

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Utilidades das orquídeas
Geralmente plantas que possuem uma grande variedade de espécies tem grande utilidade para as indústrias de produtos medicamentosos ou de beleza. As orquídeas, porém, mesmo tendo uma grande variedade de espécies são utilizadas apenas como plantas ornamentais.

Na lista dos usos mais comerciais das orquídeas podemos incluir a produção de baunilha que é feita a partir dos frutos das espécies que pertencem ao gênero Vanilla. No que se refere a ornamentação apenas uma pequena parcela de toda essa variedade acaba sendo utilizada para decoração.

É importante destacar que a partir de diferentes tipos de híbridos de orquídeas os cultivadores de orquídeas conseguem obter espécimes com um grande valor comercial.

O formato das Orquídeas
Se pensarmos nas espécies de orquídeas poderemos chegar a conclusão de que à conclusão de que em grande parte dos casos não se trata de um espécime muito vistoso, porém, as suas formas intrigantes é o que a torna uma planta bastante cultuada pelos aficionados.

Uma curiosidade que surpreende os mais leigos no assunto é fato de que as Orquídeas despertam o interesse de colecionadores que se juntam nas chamadas associações orquidófilas para procurar pelos mais raros exemplares da espécie.

Para ter-se uma ideia da força desse tipo de coleção existem diversas associações dessas espalhadas por diversas cidades ao redor do mundo. Nestas sociedades são organizadas palestras, exposições de orquídeas, estudo de novas espécies e muito mais. Uma coleção de valor para quem gosta de orquídeas.

Catasetum tenebrosum

A Orquídea-negra
Esta é uma das espécies mais procuradas por colecionadores ao redor do mundo, mas  não passa de um mito, pois apenas o Catasetum tenebrosum (encontradas no Peru) tem uma cor marrom que chega próxima a tonalidade negra, mas que ainda assim não é negra.

Epidendrum scalares
A maior Orquídea brasileira
A maior orquídea encontrada no Brasil é a Epidendrum scalares, ela pode ser vista nos estados de Minas Gerais e Bahia. Essa espécie pode atingir mais de 6 m de altura.

Coelogynes Cristatas
Coelogynes, uma orquídea das montanhas asiáticas
Por mais incrível que pareça existem orquídeas nas montanhas asiáticas, são as Coelogynes. O mais interessante é que a floração dessas plantas apenas acontece nos anos mais frios, pois elas precisam de uma diferença de mais ou menos 10°C a 15°C entre a temperatura do dia e da noite.

A orquídea é senhora de si
A Orquídea é uma planta Autótrofa, ou seja, tem a capacidade de produzir o seu próprio alimento. Isso acontece através do processo de fotossíntese que faz a transformação de gás carbono e a água em oxigênio e carboidratos com a ajuda da luz, da clorofila e do calor.

Orquídea do meio-dia
As lindas orquídeas são carinhosamente chamadas de meio-dia no sertão de Minas Gerias porque é nesse período do dia que elas se destacam com mais intensidade, isso devido a presença do sol incidindo sobre o seu colorido.

Cattleya Nobilior
Cattleya Nobilior
A variedade de orquídea Cattleya nobilior não gosta de água e precisa de uma atitude bem interessante para florescer totalmente. Após o amadurecimento dos pseudobulbos é importante cessar as regas da planta. Isso até que aconteça a sua floração entre os meses de maio a outubro.

Peristeria elala
Peristeria elala – A flor do Espírito-santo
Essa orquídea é originária do Panamá e é conhecida de forma popular como a “Flor do Espírito Santo”. Trata-se de uma planta sagrada para os nativos, as suas formas compostas de um labelo carnoso com lóbulos basais ascendentes juntamente com a sua antera formam algo que se parece com uma pomba da paz. É possível ainda observar a forma da cabeça dessa pomba na flor.

O pH da Orquídeas
Um estudo sobre o pH mais interessante para cultivar orquídeas indica que o ideal fica entre 4,5 e 5,5. Quando fica abaixo de 4,5 se torna muito ácido e precisa ser corrigido com uma solução de amônia a 25%. Quando se encontra acima de 5,5 fica muito alcalina e deve ser corrigida com solução de ácido fosfórico a 10%.

Também é interessante atentar para o fato de que a acidez no substrato é diferente na superfície, no meio e também no fundo vaso. Vale a pena fazer uma observação de perto para saber qual a condição do substrato.

Catasetum pileatum
Gênero Catasetum
Esse gênero se destaca por apresentar 7% de suas flores, as demais são flores femininas ou masculinas.

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Orquídea Vanda

A orquídea pertence a uma família de plantas subdividida em mais de 1.800 gêneros e cada gênero possui de uma a centenas de espécies. O número total de espécies oscila em torno de 35.000, espalhadas pelos quatro cantos mundo.

O gênero Vanda é considerado um dos cinco mais importantes gêneros comerciais de orquídeas no mundo. Elas são em sua maioria epífitas, isto é, vegetam sobre o tronco das árvores, mas às vezes são litófitas ou terrestres. Seu hábito de crescimento é monopodial, e as características das folhas variam muito de acordo com o habitat, podendo ser largas e achatadas, de forma ovóide, cilíndricas, ou suculentas. Produzem poucas ou muitas flores, achatadas, que surgem de uma inflorescência lateral. As cores das flores podem ser muito diversas, desde amarelo, marrom, vermelho, azul, vinho, rosa com marcações ou pintas.

O labelo apresenta um peculiar dente em sua borda superior. As florações ocorrem mais de uma vez por ano e as flores são muito duráveis. Largamente utilizada em hibridizações, as mais importantes espécies comerciais são a Vanda coerulea, Vanda sanderiana e Vanda dearei, que conferem às suas filhas respectivamente flores azuis, vinho e amarelas.

Como cultivar a Orquídea Vanda
O plantio de uma Vanda é uma etapa muito importante do cultivo da planta, elas adaptam-se em diversos ambientes. Devem ser cultivadas sempre à meia-sombra em substrato próprio para epífitas, como fibra e casa de coco, cascas de árvores, carvão vegetal, entre outros, preferencialmente em orquidários telados ou estufas. Quanto mais fresco e sombreado o local, mais tempo durarão as flores.

Uma Vanda florida pode permanecer até 45 dias com flor. Aprecia a umidade e regas regulares, realizadas sempre que o substrato secar superficialmente. Também podem ser penduradas embaixo de árvores que permitam boa luminosidade, próximo a janelas de apartamentos ou casas e em vários outros ambientes claros. Multiplica-se por divisão da planta, preservando a estrutura completa das mudas, com folhas e raízes.

Orquídeas monopodias (que crescem na vertical), como as Vandas, devem ser plantadas no centro do vaso ou serem colocados em cesto sem nenhum substrato. Nesse caso exigem um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes mas também as folhas com água adubada bem líquida. Por exemplo, se a bula de um adubo líquido recomenda diluir um mililitro desse adubo em um litro de água ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais e borrife cada duas ou três horas, principalmente em dias quentes e secos.

Você pode perder a paciência, mas não a planta. Como exigem alta umidade relativa, pode-se, por exemplo, usar um recipiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar a planta com o vaso sobre as mesmas, de modo que as pedras molhadas pela rega assegurem a umidade necessária.

Como flor, as Vandas podem ser levadas para decorar outros ambientes e até colocadas em vasos fechados enrolando suas raízes, para isso umedeça as raízes anteriormente. Cada vez mais estão sendo usadas em paisagismo, fixadas em árvores ou colocadas próximas ao chão com um suporte tipo tutor. Mas lembre-se, para que sua Vanda floresça novamente ela não poderá permanecer em locais muito sombreados após a queda das flores.

Vanda coerulea
Tipos de Vasos
O vaso para as Vandas serve apenas como um suporte de fixação, algumas delas cultivamos até mesmo sem vaso, as raízes nunca devem ficar enterradas em qualquer que seja o substrato, a não ser plantas muito jovens, que podem ser cultivadas em vasos com brita, musgo, pedaços de madeira, etc.

As Vandas são orquídeas monopodiais (crescem na vertical) e epífitas (entrelaçam suas raízes em outras plantas para sua fixação), desta forma, as raízes aéreas devem ficar soltas. A melhor forma é suspendê-las em cestas plásticas ou de madeira, usando um arame. O material muito utilizado em orquidários são as cestas plásticas devido à menor incidência de fungos, pois secam rapidamente.

Adubando sua Vanda corretamente
As Vandas precisam de muito alimento, pois crescem indefinidamente. Com isso para se manterem fortes, saudáveis e com excelentes e várias floradas anuais, é muito importante fornecer uma boa alimentação a elas.

O ideal seria a utilização do adubo Plant Prod, usado em duas formulações: 20-20-20 ou  15-30-15 (quando sai o pendão floral) na concentração de 1 gr / l (gramas por litro). Além do Nitrogênio, Fósforo e Potássio que são indispensáveis às plantas. Este adubo também dispõe em sua formulação outros micronutrientes.

Quando a planta está emitindo o botão floral deve ser usado o adubo 10-30-20, para auxiliar no crescimento e fortalecimento da haste floral e as flores.
A adubação deve ser feita diluindo-se bem o adubo em água e após regando toda a planta abundantemente.
O adubo deve ser aplicado preferencialmente cedo pela manhã antes do sol bater nas plantas. Mensalmente é indicado usar um complexo vitamínico (Superthrive) que auxilia o bom desenvolvimento da planta.

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Água: principal elemento no cultivo
As Vandas adoram água, elas devem ser regadas abundantemente e de preferência todos os dias.
A rega ideal é no início da manhã para dar à planta tempo de secar até que os raios solares aumentem de intensidade. Em média, em duas horas estarão secas.
A água da chuva é a melhor a ser usada para qualquer vegetal, inclusive para as Vandas. Em dias com temperatura acima de 35°C, você poderá molhar suas Vandas uma segunda vez no final da tarde.

Em regiões frias, não molhe a planta se a temperatura estiver abaixo de 12°C. Se o frio permanecer por semanas, estabeleça um ritmo de uma rega a cada dois dias sempre pela manhã.
Para molhar suas Vandas, utilize uma mangueira com ponta tipo chuveiro, sem jato forte. Molhe intensamente toda a planta até que as raízes mudem de coloração para um verde mais intenso. Isso significa que a planta absorveu a água.

Ventilação
É muito importante que as Vandas estejam em um ambiente arejado. Essa medida ajuda na saúde das plantas, pois facilita que sequem mais rápido evitando o aparecimento de doenças.
O vento também proporciona às plantas uma limpeza dos possíveis microorganismos nela instalados.
As Vandas se bem fixadas em árvores no jardim, suportam ventos fortes. Para as plantas suspensas, proteja das rajadas de vento. Como dito anteriormente, o vento deve ser evitado em temperaturas mais baixas.

Floração abundante
O principal fator para uma excelente floração das Vandas é a quantidade de luz que ela recebe.
Elas podem florescer até quatro vezes ao ano e a cada florada portar mais flores em suas hastes.
Alguns cuidados neste período podem ser bem interessantes para deixar a sua planta ainda mais bonita. Quando os botões já estiverem definidos, evite borrifá-los com adubo.
Essa regra também vale para as flores, pois o sal do adubo junto com sol e calor podem provocar micro-queimaduras nas pétalas, prejudicando muito a estética da planta.

Temperatura

As Vandas são muito resistentes e vivem muito bem em temperaturas entre 12°C a 40°C, em dias mais quentes, é aconselhável ventilar mais, ou elevar a umidade do ar.
Já foram feitas experiências com Vandas em temperaturas de até 4°C por um período curto de tempo, alguns sintomas apresentados pelas plantas foram a perda dos botões e a parada momentânea de crescimento das raízes. Logo que a temperatura aumenta, a planta volta ao seu crescimento normal. Se o frio for muito intenso durante vários dias seguidos, é necessário protegê-la do vento.
A temperatura muito baixa faz a planta parar de crescer, retomando o seu metabolismo semanas depois.
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Luminosidade

Este é um fator muito importante para o cultivo de uma Vanda, elas precisam de luz para florescer e crescer com vigor. Uma Vanda que não está florescendo, muito provavelmente está recebendo menos luz do que o necessário.

Essas orquídeas florescem com sombreamentos em uma escala de 70% de sombra a sol pleno. A maioria adapta-se muito bem com telas que deixam passar 40% da luminosidade do sol.

As Vandas englobam inúmeras outras orquídeas, as do gênero Mokara, Renantera, entre outras, podem ser cultivadas diretamente no sol, em jardins, praças ou coberturas. As demais Vandas, quando usadas em paisagismo, podem ficar protegidas pelos galhos de árvores maiores, seja quando penduradas ou fixadas nos troncos dessas árvores, ou também em locais onde a luz solar não incida nos períodos mais quentes do dia.

-Sintomas de baixa luminosidade: folhas com colorido verde muito escuro, ausência ou baixo índice de floração por mais de um ano em Vandas adultas, enfraquecimento da planta com perda de folhas e maior suscetibilidade a doenças.

-Sintomas de excesso de luz: Folhas amareladas ou com queimaduras, perda de folhas e algumas vezes desidratação.

Obs.: Não deixar as Vandas a pleno sol no verão por mais de 30 minutos. Resultado, vai queimar as folhas e aparecer uma mancha oval escura.
Nunca molhar depois de 17:00 hs, elas devem passar a noite secas.

Replantio
Deve ser feito na primavera. Plantas em cachepot não necessitam serem replantadas frequentemente. Coloque a planta com o vaso em uma vasilha com água pra que as raízes aéreas fiquem mais maleáveis e então mude a planta para um vaso maior. Use substrato de granulação grossa. Mantenha em local sombreado, úmido, mas mantenha as raízes secas até que novas raízes cresçam.

Doenças e pragas
Plantas bem cultivadas, isto é, com bom arejamento, boa iluminação, num local de alta umidade relativa e bem alimentadas, dificilmente estão sujeitas a pragas e doenças.

Falta de arejamento e de iluminação podem ocasionar o aparecimento de pulgões e cochonilhas (parece pó branco) que podem ser eliminados por catação manual ou uso de uma escova de dente ou flanela molhada com caldo de fumo, se forem poucas plantas. Ferva 100g de fumo de rolo picado em um litro e meio de água, acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó e borrife as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador do vírus do tabaco.

Planta encharcada pelo excesso de água ou submetida a chuvas prolongadas pode ser atacada por fungos e/ou bactérias, causando manchas nas folhas e/ou apodrecimento de brotos novos.

Vasinho de Flores

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A Galeandra é um gênero botânico que está sendo bastante estudada porque pode ser encontrada na nossa imensa floresta Amazônica, ainda que não tenham tantos impulsos na área botânica brasileira.

Ela pertence à família Orchidaceae e possuem diversas espécies e que estão espalhadas em diferentes grupos botânicos. São mais de 15 espécies diferentes e com características diferentes entre elas.

A maioria das espécies de Galeandras encontra-se em território brasileiro. Só na floresta Amazônica são milhares delas, gerando estudos aprofundados sobre a espécie. São espécies terrestres, epífitas, rupícolas, humícolas e outras nativas da América Tropical, tendo apenas uma espécie predominante no continente asiático, presente no sudeste.

Com todos esses números de espécies, o mais normal é que a planta tenha diversos habitats, com grande adaptabilidade entre eles. No Brasil, por exemplo, as Galeandras preferem os solos arenosos e campos secos. Elas também têm grande adaptação em brejos, locais úmidos e matas abertas.

Dependendo da espécie de Galeandras, elas têm características peculiares quando falamos das suas flores e folhas. Muitas delas não possuem muitas flores, ainda que as mesmas sejam muito vistosas e coloridas. Algumas espécies têm flores mais curtas e outras mais longas, mas em sua grande maioria, as flores apresentam tamanho grande. As pétalas costumam várias cores e possuir mesclas de diferentes tons, caracterizando a particularidade de cada espécie.

Florescem no Verão ate meados do outono, mas, depende muito do inicio do período chuvoso, quando as chuvas chegam mais cedo, elas também florescem mais cedo, quando as chuvas atrasam, elas florescem mais tarde. Em outras regiões, florescem em meados do outono e do inverno dependendo da espécie.
Florescem apenas uma vez ao ano, suas flores duram em torno de 15 dias, com tamanho de 5 cm. Mas, acontece muito de surgir outro cacho na mesma haste floral quando o primeiro cacho cai. Pode acontecer de surgir até três cachos na mesma haste, mas para isso, é necessário que elas estejam bem nutridas e sem ataques de pragas. Lembrando que isso não é regra, é exceção.

As folhas só aparecem na parte superior da planta e possuem pouca quantidade. Quando a espécie é terrestre, as folhas costumam ficar enterradas. Muitas espécies podem ser identificadas e diferenciadas apenas pelas folhas e flores. Algumas espécies de Galeandras também possuem frutos, o que também pode ajudar na diferenciação de uma espécie para outra. O fruto dessas plantas fica encapsulado e possuem sementes pequenas e numerosas.

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As Galeandras no exterior
Ainda que em pouca quantidade, as Galeandras, podem ser encontradas em mais de 30 espécies espalhadas fora do Brasil. Elas podem ser encontradas desde o sul da Flórida e do México, atravessando toda a América Central, Índias Ocidentais e a América do Sul até o Paraguai.

Na floresta Amazônica
Ainda que a maioria das orquídeas Galeandras esteja localizada nesta grande floresta, a quantidade de estudos é bastante limitada. Não há recursos suficientes para aprofundar a identificação das espécies naquela região.

Os estudos que ainda estão sendo impulsionados fazem parte do projeto ”Flora Brasiliensis”, que inclui 11 espécies. Muitas das descrições já feitas na área são apresentadas de forma resumida justamente pela limitação dos estudos. Também existe a falta da chamada chave taxonômica, que restringe o reconhecimento das espécies.

Para que esse projeto possa tomar um rumo diferente e mais aprofundado, os pesquisadores pedem pelo fornecendo da chave de identificação, descrições completas e detalhadas, ilustrações das galeandras e suas diferentes espécies, dados sobre época de floração e distribuição geográfica para as orquídeas da região.

Dicas de cultivo
Não se deve regar as Galeandras com o sol quente, e, se possível não molhar as folhas e flores, apenas o substrato, isso também vale para a adubação, aplique o adubo só no substrato, isso ajuda a controlar fungos e bactérias, as folhas e principalmente as flores, pois são muito sensíveis. De preferência, regue pela manhã, ou no fim do dia. Muito cuidado para que elas não permaneçam encharcadas.

As espécies desse gênero, assim como os catasetum, costumam hibernar no inverno, época em que a planta perde todas as folhas. Elas ficam em estado de dormência, não processam os minerais nem absorve água. Nesse período regue apenas se elas começarem a desidratar, apenas de vez enquanto, se você regar normalmente neste período, elas vão apodrecer.

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Durante os meses de crescimento, elas gostam de boa iluminação e regas constantes. Sombreamento a 50% é o ideal. O excesso de sombra deixa-as com um tom de verde-escuro e faz crescer a parte vegetativa, mas atrapalha a floração. O ideal é que as orquídeas estejam com as folhas verde-claras, isso vale para todas as orquídeas.

No período de crescimento, deve ser adubada uma vez por semana, com o fertilizante Peters na formulação 20/20/20, mas se você quiser pode usar o 30/10/10 para estimular o crescimento no primeiro mês.
Depois de um mês antes de florir você usa o 10/30/20 para estimular a floração. Seguindo sempre as orientações do fabricante. Se o fabricante diz 1 ml ou uma colher de chá por litro de água de 15 em 15 dias e você quer adubar toda semana, divida esse adubo, ou seja, coloque 1 ml ou 1 colher de chá para does litros de agua.

Cuidado com excesso de adubo, pois poderá queimá-las, principalmente se for aplicado durante o sol quente (de 10 as 4 da tarde). O melhor horário para adubar é bem cedinho, porque os estômatos das orquídeas estão abertos, facilitando a absorção dos nutrientes, se não der para adubar de manha, faça à tarde.

As Galeandras, como qualquer outra orquídea, podem ser cultivadas dentro de casa.  Também é uma boa opção para serem dadas de presente, devido as suas cores vistosas e suas flores largas. Em casa, as orquídeas não precisam de cuidados tão especiais assim e podem ser tratadas com água e terra úmida, assim como as tradicionais.

Para cultivá-las em jardim, também é uma ótima opção, visto que a sua sobrevivência a céu aberto também é longa.

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Blue Mystic
Todos os dias são lançadas muitas novidades no ramo de comercialização de flores nacional e internacional, mas uma gerou muita discussão sobre sua origem e cor. Foi a Orquídea azul, ou Blue Mystic como ficou conhecida.

Como já era de se esperar a Orquídea azul foi o grande destaque no encontro da Enflor, em Holambra, São Paulo – Brasil, quando aproximadamente 170 empresas apresentam suas novidades e flores e plantas.

A Orquídea azul acabou se tornando a sensação momentânea, embora seja fruto de uma criação sintética através de corantes a flor agracia os olhos de quem vê infelizmente as flores azuis duram por poucas floradas, mas pra quem vê é bem gratificante.

É muito indicado para dar de presentes, representa superação, e a beleza de como a ciência, e processos biotecnológicos aliados a natureza pode nos proporcionar formas diferenciadas e belas.

Como é feita a Orquídea azul
Trata-se de uma tinta especial que é aplicada diretamente no caule em uma infusão na orquídea Phalaenopsis branca.

As tonalidades de azul podem variar de planta para planta, já que cada indivíduo absorve a tinta de uma maneira diferente. Os profissionais ainda afirmam que as novas hastes já abrem brancas, embora não dá pra se saber ao certo, pois ainda é uma técnica muito nova. A Phalaenopsis tem um sistema de filtragem natural, por isso é mais provável que ela volte a ser branca depois.

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O assunto da flor de cor azul gerou muita polêmica já que ninguém sabia nada a respeito da nova tonalidade. A única coisa que se sabe, já que os produtores não divulgam o segredo, é de que ela não é pintada, pois não recebe a tinta diretamente na flor, e nem é um novo híbrido, pois a cor sai após a primeira produção de flores voltando a ser branca.

Embora a cor azul não seja natural das orquídeas (nem silvestres), a cor mais próxima do azul de uma orquídea natural são os roxos. E já que não se podem cruzar orquídeas com plantas que não sejam da família orquidaceae, não seria possível cruzar a Phalaenopsis com outras flores para adquirir o tom azul. Essa técnica pouco divulgada pela empresa holandesa foi bem aperfeiçoada só depois de muitos anos de tentativas, pesquisas e testes, como a flor não absorvia direito a cor, vários tipos de infusão foram feitas até que deu certo.

Os cuidados necessários
Na verdade ela exige os cuidados que qualquer orquídea exigiria, porém a Orquídea azul exige um pouco mais de água, e uma adubação precisa a cada quinze dias. Ela pode ser cuidada da mesma forma que cuida de uma orquídea comum, prestando apenas mais atenção a umidade do substrato do vaso, e sempre mantê-lo úmido.

De acordo com a variação do mercado brasileiro ela varia de R$90,00 a R$300,00. É preciso saber que esse valor vale para apenas uma ou duas florações, depois a planta volta a ficar branca. Existem vários sítios e floriculturas que produzem essa modalidade de orquídea, e o preço pode variar bastante também.

Muitas floristas aconselham a cortar as hastes da planta de acordo com sua aparência, quando está debilitada, ou desidratada, etc. Isso devido ao fato que de as Phalaenopsis podem apresentar floração na mesma haste mais de uma vez. Esse processo de floração consome muita energia da planta, por isso quando ela está debilitada gasta a pouca energia para fazer a floração.

Cada produtor tem a sua forma e sua opinião em relação ao corte das hastes das plantas, em alguns casos o corte pode ser necessário pra que a floração seja mais bonita, ou a flor nasça maior e mais colorida (quanto à cor na orquídea azul a pode não influência para que ela dure mais, mas com bons cortes você mantém a planta saudável por mais tempo).

Uma boa dica é cortar a haste cerca de 2 ou 4 cm para cima do terceiro nó, dali provavelmente vão nascer mais um ou dois ramos que florescerão normalmente, mas não espere flores gigantes, como o ramo vai ser novo as flores nascerão de tamanho normal e baixinhas, devido à haste curta. De qualquer forma terá mais meses de floração.

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Como Cortar?
Utilize uma tesoura esterilizada para evitar a entrada de fungos e bactérias pelo corte. Conte até o terceiro nó de baixo para cima e faça o corte uns dois dedos acima do nó. Depois de cortar, passe canela no corte para evitar também a entrada de fungos e bactérias, isso evita que esse tipo de organismo ataque a sua planta, o que pode levá-la a morte.

Flores Azuis
Depois do sucesso que a Orquídea azul fez, por que não arriscar outras espécies na mesma coisa também? Há um sítio em Holambra que produz flores na cor azul injetando uma tinta especial antes de a semente brotar, sendo assim a tinta é absorvida ainda pela raiz esponjosa da nova planta, mas só funciona com plantas brancas. Segundo um dos agrônomos da produtora, as próximas floradas das plantas podem ser em tons mais claros ou até voltar ao branco.

Já em outra floricultura que produz as mesmas flores azuis tem outra técnica, sendo ela a de aplicar anilina no caule da planta, segundo uma das vendedoras a planta absorve a cor em um único dia. Mas é preciso tomar cuidado, pois o caule pode se quebrar na hora de injetar a anilina (no caso das orquídeas, já com rosas é mais tranquilo, pois o caule é mais grosso).

Obs.:
A Orquídea azul (Blue Mystic – Mistério Azul) já está sendo produzida agora no Brasil.
A empresa que está produzindo se chama Sítio Kolibri. Fica em Holambra e não faz venda direto ao público. Este orquidário faz parte de uma cooperativa, que vendem orquídeas em leilões para grandes empresas e atingem o Brasil todo.

Você pode descobrir onde tem uma Blue Mystic perto de você, através do e-mail do produtor: sitiokolibri@sitiokolibri.com.br
Aqui no Rio de Janeiro – RJ, Está sendo vendida na Chácara Tropical, no Itanhanguá.

PARIS