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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Bromelia Neoregelia Vermelha

Há cerca de 3 mil espécies diferentes de bromélias, e diferentes variedades crescem melhor em diferentes níveis de luz solar, temperatura e umidade. Podem ser epífitas (apoiam-se em outro vegetal para obter mais luz e ventilação), terrestres ou rupículas (crescem sobre as pedras).

Se você comprou sua bromélia em uma floricultura, os funcionários da mesma devem conseguir lhe indicar o gênero da planta e o clima apropriado para ela. Um jardineiro, botânico ou livro de identificação de bromélias pode ajudar, especialmente se você souber de onde sua planta é nativa.

A maioria das bromélias sofre no solo normal ou no para envasamentos, visto que os mesmos acumulam muita água e apodrecem as raízes. É melhor usar misturas de envasamento específicas para bromélias, ou criar sua própria combinação para a planta.

Para cuidar bem das flores, é importante não deixá-las expostas à luz direta. O ideal é manter 50% de luminosidade e substrato úmido, mas sem excesso. Elas são mais propensas a morrer por excesso de umidade do que pela falta de água.

Por isso deve ser regada de duas a três vezes por semana, e as flores e folhas nunca devem ser molhadas.

Bromelia Guzmania

Identifique as necessidades de sua bromélia usando estes simples métodos:
* Se sua planta for uma “bromélia aérea”, “epifíca”, “não-terrestre”, então ela cresce em outras plantas, e não no solo. Essas plantas são vendidas presas a um pedaço de madeira, separadamente, ou em um vaso contendo apenas cascas de árvore ou pedras.
* Se sua planta for de variedade “terrestre”, ou parecer um abacaxi, grama ou algo suculento, ela exige uma mistura que retenha um pouco mais de umidade que o normal.  O solo ainda deve ter uma drenagem mais rápida que a da maioria das misturas – portanto, use uma espécie específica para bromélias ou misture 2 partes de composto de envasamento normal com 1 de perlite ou areia.
* Se a sua planta sai de um copo/cilindro central que retém água, ou se ela não tem características específicas claras, use uma mistura de plantio grosseiramente empacotada e bastante absorvente. Compre uma especificamente feita para bromélias, ou produza sua própria combinação com partes iguais de pedaços de casca de pinho (ou húmus), perlite e uma mistura de plantio profissional sem terra. O resultado final deve umedecer rapidamente, mas absorver bem.

Para fortalecer o substrato e ajudar no arejamento das raízes, uma dica é misturar 70% de casca de arroz carbonizada e 30% de casca de árvores. Para ser cultivada dentro de casa, as mais indicadas são as de folhas macias, lisas e esverdeadas. Para jardins ou varandas, as de folhas duras, cinzentas ou avermelhadas.

Bromelia Neoregelia Vinho
Procure observar a temperatura e a umidade médias do ano se for plantar a bromélia no quintal. Se você vive numa área com 50-75% de umidade e sem geadas, será possível manter a bromélia fora de casa o dia todo. A maioria das bromélias que tem, como lugar de origem, os trópicos, e fica mais feliz em temperaturas diurnas que variem entre os 24 e os 32°C. Variações breves e ocasionais dessas temperaturas e noites mais frias não devem prejudicar suas plantas.
* Se as condições externas favorecerem a planta o ano inteiro – mas não no inverno – plante a bromélia em um recipiente enterrado. Antes da vinda das geadas, remova o recipiente; isso facilitará a remoção da planta. Se você não conhece a espécie exata e o tamanho máximo, use um recipiente maior que o necessário para garantir.
* Se sua planta foi vendida com uma identificação ou com um guia, tais elementos podem especificar as temperaturas mais confortáveis para a bromélia.

Bromélia em vaso
Caso cultive a sua bromélia dentro de casa, use um vaso plástico, a não ser que a área seja anormalmente úmida. Um vaso plástico reterá umidade por períodos maiores de tempo, o que é importante em locais aquecidos ou secos. Se você estiver num ambiente interno tipicamente úmido, use um vaso de cerâmica.

Lembre-se de colocar um pires de borda alta embaixo do pote, ou coloque algo que colete o excesso de água. Não se esquecendo de retirar a água desse recipiente para evitar o mosquito da dengue.

Procure colocar a planta em uma área sob a luz indireta do sol. Quase todas as variedades de bromélia são tropicais, e crescem melhor em lugares quentes, mas sombreados. Mesmo que você não conheça o nome de sua espécie, sua planta pode fornecer pistas que podem lhe passar informações mais detalhadas.

Se a planta possuir folhas grossas e esverdeadas, ela cresce melhor sob a luz brilhante e indireta do sol. Plante-a em um lugar onde ela receba luz sem ficar diretamente exposta aos raios solares, como perto de uma janela virada para o leste ou em um lugar com algumas sombras.

Folhas finas e verdes devem ser mantidas sob a luz baixa e indireta do sol. Plante essa variedade em um local pouco iluminado, como sob uma árvore que forneça uma boa sombra, ou dentro de casa, próxima a uma janela virada para o sul.

A luz solar direta deve ser usada apenas numa pequena parcela de espécies desérticas. Ainda assim, tais variedades normalmente são aéreas, e não terrestres. Se você não estiver certo quanto à identificação, permaneça do lado da luz solar indireta.

Não regue bromélias excessivamente: elas podem suportar climas secos com muita facilidade, mas não fazem o mesmo com raízes ensopadas. Apenas regue assim que 5 cm superiores de terra secarem.

Jamais use um regador de metal para molhar as bromélias. Muitas variedades não conseguem suportar as quantidades residuais de metal que entram na água.

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Se plantar as bromélias dentro de casa, pode ser uma boa ideia remover acúmulos de sal do solo ao regar a planta até a água sair pelos buracos de drenagem. Apenas faça isso se sua planta estiver num solo altamente absorvente, que não fique ensopado por muito tempo.

Muitas bromélias possuem um copo ou cilindro no centro de suas folhas – tais dispositivos servem para capturar água da chuva. Se houver um, mantenha-o cheio com água destilada ou de chuva, sem usar nada que venha da torneira. Evite a água da torneira se ela não for filtrada.

A cada dois meses esvazie o tanque de água e os resíduos e substitua por água fresca para reduzir o risco de apodrecimentos.

Se seus canos, pratos ou pias regularmente criarem uma crosta de depósitos minerais, normalmente branca, sua água da torneira é “dura”, e não deve ser usada para regar as plantas.

Jamais coloque água na superfície da planta durante períodos de altas temperaturas ou de contato direto com o sol, especialmente no final da manhã e no início do anoitecer. A água aquecida pode queimar sua planta.

Bromélias são plantas de crescimento muito lento, e não conseguem se aproveitar de fertilizantes de maneira semelhante a outras plantas. Utilizar excessivamente um fertilizante pode fazer com que folhas finas e longas demais surjam, mas sem melhorar o crescimento útil.

O fertilizante pode até diminuir a cor da planta – portanto, tome cuidado e siga estes passos para fertilizar apropriadamente:
* O fertilizante não deve ser usado em plantas internas, ou durante os meses de inverno.
* O fertilizante funciona melhor em bromélias parecidas com grama ou com plantas adultas cujo florescimento seja desejado.
* Jamais aplique fertilizante diretamente na planta ou no tanque central de água dela, entre as folhas. Isso pode queimar a bromélia.
* Plantas com tanques centrais de água precisam ter seus recipientes esvaziados mensalmente para reduzir o apodrecimento. Porém, as plantas perdem nutrientes assim. Coloque uma pequena quantia de fertilizante de ação lenta ao redor da base da bromélia após esvaziar o tanque.

As bromélias tipicamente florescem uma vez em suas vidas, morrendo logo em seguida. Porém, muitos anos podem se passar até isso acontecer. Antes de morrer, ela deve produzir brotos de plantas novas. Normalmente, os brotos surgem ao redor da base das folhas mais baixas.

Assim que o broto tiver seis meses de crescimento, ou quando a planta mãe começar a morrer, corte-o perto da base com uma faca afiada e desinfetada e plante-o em seu próprio vaso. Desinfete a faca ao esfregar álcool isopropílico na lâmina. Isso também pode ser usado para remover flores mortas ou estruturas coloridas que dão suporte à florescência. Tente não fazer cortes próximos da planta principal.

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A bromélia é uma planta pertencente à família Bromeliaceae. É uma família bem grande, compreendendo 1400 espécies.

Elas são plantas herbáceas de folhas ora largas ora estreitas, lisas ou serrilhadas, por vezes com espinhos, de cor verde, vermelhas, vinho, variegadas, com manchas, listras e pintas.

Só florescem uma vez somente no estado adulto, depois emitem filhotes e terminam o ciclo.
As flores variam conforme a espécie e o gênero, mas são pequenas e podem apresentar-se saindo de espigas (Tillandsia) em rácemos (Aechmea) ou no centro da roseta de folhas (Nidularium).

São em sua grande maioria epífitas, vivendo em árvores numa evolução avançada, mas encontramos também rupícolas crescendo sobre rochas (Dyckia marítima) ou terrestres (Alcantarea).

Dyckia

Dicas para ter sucesso com as bromélias:
* Se as folhas novas são mais longas em relação às mais antigas, o local de cultivo tem sombra demais. Também se a cor das folhas fica somente verde, perdendo o colorido.

* Se as folhas começam a apresentar sinais e manchas pretas há água demais na muda.

* Se aparecerem manchas secas nas folhas, a planta pode ter queimado com sol, também pode ter sido regada e a água agiu como lente sob o sol, queimando a folha.

* Adubação demais pode apresentar sintomas parecidos, mas a queimadura começará nas pontas da folhas.

As bromélias espinhentas, rígidas e de folhas estreitas, folhas cinzentas, avermelhadas ou com centro avermelhado apreciam mais luz, algumas podem receber sol direto pela manhã ou fim da tarde.

As de folhas macias, verdes, apreciam locais à meia sombra. A luz das 13 até às 16 horas, principalmente no verão pode quase paralisar o crescimento da planta.

Tillandsia fasciculata

É  costume em floriculturas falarem de “bromélia de sol”, na verdade são poucas que apreciam muito sol, na mata onde estão fixas nos troncos elas não tem opção e por fotografias pode-se ver o estado das folhas, muito danificadas, queimadas e judiadas.

Se receberem a luz do sol filtrado por folhagens das árvores, sob arbustos, protegidas do sol forte demais, com certeza ficarão mais bonitas.
Sabe-se que a bromélia recebeu sol demais quando as folhas começam a amarelar, o verde fica mais claro, podendo, em casos graves, ficar ressecadas e queimadas.”

Pragas
As pragas mais comuns às bromélias também são as mesmas das outras plantas ornamentais, como cochonilhas, pulgões, aranha vermelha, lesmas e lagartas.

A aplicação de sulfato de nicotina ou óleo de nim é uma solução ecológica e eficiente. Podemos controlar as lesmas com uso de iscas atrativas em potes no canteiro ou viveiro.

Para canteiros em casa, espalhar cinza de lareira ou fogão ao redor, não prejudica as plantas e repele as lesmas. Ambientes úmidos em viveiros são lugares para aparecimento de fungos.

A opção de usar fungicidas é de cada viveirista, mas o amador deve evitar. São venenos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente.

Quando notar aparecimento de fungos, retire do local a planta para evitar transmissão à produção, lavar com água e sabão as folhas (sabão comum) enxaguando bem e deixa-la à sombra de quarentena. O uso de chá de alho costuma ser eficiente.

Aechmea

As flores das Bromélias
Quando atinge o estado adulto as bromélias florescem, algumas levam 3 anos (Guzmania e Billbergia) outras até 20 anos (Alcantarea).

Pode-se induzir o florescimento como os cultivadores de abacaxi, com a aplicação no centro da roseta de um ácido que libera etileno. Daí vem a crença de que colocando uma maçã junto à uma bromélia ela florescerá, pois a maçã amadurece e destila etileno.

As flores das bromélias são completas, isto é, tem os órgãos masculinos e femininos na mesma flor. O conjunto de flores é chamado de inflorescência e pode ter diversas formas.

Em espiga, com brácteas vistosas (Tillandsia), dentro da roseta (Guzmania) e em rácemo (Aechmea). As folhas ao redor da inflorescência são mais coloridas e de cor mais intensa quando está por florescer.

Ao ser polinizada a flor formará o fruto, que pode ser semeado. Insetos fazem o trabalho de polinização e a reprodução cruzada entre flores de plantas diferentes ocorre na maior parte das vezes, aumentando a diversidade e sobrevivência no habitat.

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As orquídeas podem acabar sofrendo com os maus cuidados e terminam sem raízes ou somente desidratadas. Em ambos os casos é necessário recuperá-las e a boa notícia é que é possível fazer isso.

No caso da desidratação da orquídea o processo é bem mais fácil e simples, basta usar soro, aquele que compramos em farmácia e pronto.

Um pacote de soro deverá ser diluído em água, observe as instruções da bula. Outra alternativa é fazer o soro caseiro, a receita da água, açúcar e sal. Com um borrifador você poderá aplicar o líquido na orquídea e recuperá-la em poucos dias.

O soro deverá ser borrifado pelo menos durante 15 dias e observe se o tempo foi necessário ou ainda é melhor esticar o “tratamento” por mais uns dias.

No caso da recuperação de uma orquídea que perdeu as raízes é necessário trabalhar um pouco mais.

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Veja como fazer para recuperar a planta
* Serão necessários os seguintes materiais para fazer o tratamento de recuperação da orquídea: saco plástico limpo, pedaço de vaso de fibra de coco, tesoura, fita para amarrar ou barbante, 3 gotas de “complexo B”, escova de dente macia, sabão de coco, adubo e um borrifador de água.

* Você sabe que a sua orquídea perdeu as raízes quando ela está desnutrida e desidratada. É um sinal evidente.

* Retire da terra da orquídea e corte as raízes mortas com a tesoura separada para isso.

* Pegue o sabão de coco e faça espuma e use uma escova de dente macia para lavar a orquídea.

* A fibra de coco deverá ficar de molho 24 horas dentro da água com adubo. E você deve fazer uma mistura de adubo mais “complexo B” e borrifar na planta e também no vaso de a fibra de coco depois do período de molho.

* Passadas as 24 horas, pegue a tesoura e faça um talho pedaço do vaso de fibra de coco, neste espaço, coloque a orquídea e use a fita ou barbante para amarrar bem forte. É importante que essa fita não passe sobre as gemas.

* Coloque o pedaço do vaso de fibra de coco com a planta dentro do saco plástico, feche com a fita, certifique-se que o saco ficou muito bem fechado. Em seguida, escolha um lugar que tenha iluminação do sol indireta e deixe o saco pendurado neste ponto.

* Deixe passar pelo menos 3 meses para retirar a planta de dentro do saco plástico e depois é só plantá-la normalmente. Atenção: ela não deverá ser retirada do pedaço de fibra de coco. Use e coloque mais substrato.

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Um pouco do cultivo da Orquídea para evitar que ela morra
Usamos muito o ditado “antes prevenir do que remediar” e podemos encaixá-lo no caso das orquídeas. O cuidado com elas para evitar que elas quase morram e seja necessário uma recuperação, deve ser iniciado no cultivo.

O substrato deve ser muito bem feito para garantir que elas cresçam forte. A boa drenagem e porosidade devem ser garantidas. Para obter essa necessidade é aconselhável usar no substrato os seguintes componentes: casca de pinus, pó de carvão, fibra de coco, folhas velhas, areia de rio, piaçava moída, entre outros.

É necessário também observar que tipo de orquídea você tem uma muda em mãos. Elas possuem habitats diferentes e isso deve se respeitado para que elas cresçam da melhor maneira possível.
* As epífitas crescem em árvores agarradas aos troncos e é dali que elas retiram os nutrientes que precisam para sobreviver, mas não só, a fonte de energia principal é a umidade do ambiente.

* As terrestres crescem como as outras plantas e por isso devem ter a raiz forte de onde vem os nutrientes e água.

* No caso das litófilas e as rupícolas (orquídea que cresce ou se desenvolve sobre rochas) o lugar preferido delas para crescer é sobre pedras. Elas conseguem pegar os nutrientes de restos de folhas e outros detritos.

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O Clima também deve ser observado para não perder a orquídea
As plantas têm as suas preferências de clima. No caso das orquídeas, elas ficam bem em um ambiente cuja temperatura fique entre 15 e 28ºC. Observando também a umidade do ar que deve ficar no máximo 80% e como mínimo 50%.

Por isso, com temperaturas superiores, proteja a sua planta e deixe sempre o chão do lugar onde elas estão, úmidos para ajudar.

As orquídeas não gostam de luz direta e nem sombra, o ideal é a luz indireta do sol.

Não se esqueça de quanto o adubo é importante. A cada 15 dias é necessário fazer a fertilização. O ideal é usar o seguinte produto diluído na água: NPK 30-10-10.

Siga todas as indicações sobre as orquídeas e na dúvida consulte os profissionais. As plantas só sobrevivem se elas receberem os cuidados que são necessários para cada um individualmente.

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Uma forma comum de se dividir as orquídeas em categorias é através de seu substrato, que muitas vezes serve de associação ao orquidófilo para determinar as técnicas culturais que serão empregadas para o cultivo e as exigências biológicas das plantas. As orquídeas recebem as seguintes designações quanto ao substrato: Orquídeas epífitas, rupículas ou litófilas, terrestres, humícola.

Rodriguezia venusta.

Orquídeas epífitas
Muitos pesam que este tipo de orquídea seja parasita por viverem fixas em árvores, no entanto usa os troncos das árvores apenas como suporte, sem trazer qualquer dano à árvore hospedeira, pois realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos pelo ar e pela chuva. Portanto, ao contrário do que se pensa, não sugam a seiva da árvore.

Em geral, as epífitas vicejam sobre o tronco das árvores e dispõe de raízes superficiais que se espalham pela casca e que absorvem a matéria orgânica em decomposição disponível.

Muitas vezes, as raízes são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta.

Por vezes, o epífito não absorve matéria prima da superfície da árvore ou arbusto, e suas raízes podem ser atrofiadas ou ausentes, de modo que o epífito utiliza seu hospedeiro apenas como suporte para alcançar seu ambiente ideal nos estratos da floresta.

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Orquídeas rupícolas ou litófilas
Estas orquídeas vivem sobre pedras em pleno sol. Muitas vezes protegem a ponta das raízes mergulhando-as por baixo do limo que nasce nas fendas das rochas.

Mas não é raro ver orquídeas deste tipo vivendo sobre rochas que atingem altas temperaturas, e notar que o calor e insolação não provocam maiores danos às raízes.

Geralmente as orquídeas rupícolas formam touceiras compactas que cobrem pequenas áreas sobre as rochas.

Tudo indica que estas plantas, em geral, apresentam metabolismo que lhes permite evitar a perda de água durante o dia, através da não abertura estomática durante este período, sendo que esta estrutura foliar anexa, apenas se abre durante a noite para a realização das trocas gasosas importantes para a formação de ácidos que serão estocados nos vacúolos das células, e que depois durante o dia serão utilizados nos processos fotossintéticos.

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Orquídeas terrestres
As orquídeas terrestres apresentam um grande número de formas e coloridos variáveis, o que promove um grande fascínio por parte dos orquidófilos, algumas espécies apresentam raízes carnosas que possuem uma enorme quantidade de pêlos “absorventes,” fato que traz certa controvérsia quanto sua classificação”, responsáveis pelo aumento da superfície de contato com as partículas que constituem o solo em até 85%, vegetando em matas sombrias sobre a camada de serrapileira.

Tem uma forma curiosa de se manter em pé, a disposição das raízes carnosas e o seu peso muitas vezes maior que a própria parte aérea forma a sua base de sustentação já que a turfa é um tipo de substrato que não oferece agregação.

Chloraea longipetala
Orquídeas humícolas
Como já dito acima, existem controvérsias quanto a esta classificação, mas ao que parece, é a mais coerente. Portanto, orquídeas humícolas, são aquelas que se nutrem a partir de matéria orgânica em decomposição, mas que ao contrário das saprófitas, possuem clorofila e realizam fotossíntese.

A primeira vista, então poderiam ser confundidas com orquídeas terrestres, mas a principal diferença está na forma radicular. As orquídeas humícolas sempre apresentam raízes extremamente grossas e que se orientam, em geral, paralelamente ao solo, sempre encobertas pela camada de serapilheira das matas, não se aprofundando mais do que alguns poucos centímetros do solo, ao contrário das terrestres.

Rhizanthella_gardneri
Orquídeas saprófitas
Muito raras, são desprovidas de clorofila e nutrem-se de restos vegetais ou animais em decomposição.
Apenas uma orquídea pode ser genuinamente considerada saprófita, trata-se da curiosa Rhizanthella gardneri (muitos orquidófilos a consideram como parasita e não saprófita), coleta pela primeira vez em 1928 na Austrália, e que às vezes floresce dentro do solo.

O termo saprófita vem ao longo dos anos trazendo muita discórdia entre os orquidófilos, pois muitos costumam classificar suas plantas como saprófitas, mesmo quando estas possuem clorofila e, portanto realiza fotossíntese, o que se caracteriza um erro em termos de terminologia biológica.

Outros mais coerentes usam a terminologia humícola, que biologicamente, não traz nenhum erro de conceito, como o termo saprófita, mas que mesmo assim não serve para designar algumas espécies de orquídeas, que não se encaixam muito bem nesta classificação.

Janela-menina