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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

mudas de cidra

Preparo do solo para plantio: fazer uma mistura de 3 partes de terra, para uma de areia e uma de adubo (pode ser esterco ou terra vegetal), uma proporção de 3:1:1. Quando se tem uma terra mais arenosa não há necessidade de adição da areia. Algumas espécies do Cerrado não crescem bem na presença de calcário, por isso, nesses casos, é melhor evitá-lo.

Recipientes: podem ser garrafas pet de 2 litros ou caixas de leite ou suco, furadas embaixo, ou saquinhos comprados em lojas de artigos agrícolas. Em cada um são colocadas duas a três sementes, se forem grandes, aumentando a quantidade se forem pequenas. As sementes devem ser enterradas abaixo do solo de acordo com o tamanho também, isto é, quanto maiores mais fundo são plantadas.

Cuidados: o local ideal é parcialmente sombreado. No caso de viveiros a tela regula a incidência do sol. Têm que ser regadas uma vez ao dia, na época seca.

Em escolas: cada turma pode ser organizada em grupos, e cada grupo ficar responsável por uma ou duas mudas. As tarefas de preparo da terra, dos recipientes, plantio e rega são divididas entre os integrantes dos grupos. Nem todas as mudas vingam, por isso podem ser cultivadas umas 5-10 mudas por turma.

Transplante: deve ser feito na época das chuvas, que no Nordeste é no verão e no Centro-Oeste no inverno. As covas devem ser fundas o suficiente para cobrir os cotilédones (as primeiras folhas – modificadas) e adubadas. Recomenda-se que se diminua a rega das mudas uma semana antes do transplante para que ela vá se acostumando com a falta d`água.

Tratamento de sementes

Sementes duras, com tegumento duro: escarificação mecânica com uma lima ou cortar uma ponta com tesoura de poda. Ex.: Guapuruvu, flamboyant.

Sementes oleaginosas: devem ser armazenadas em sacos plásticos para evitar a perda de água, que diminui a relação água/óleo, prejudicando a germinação. Ex. Seringueira, Baru.

Sementes recalcitrantes: sementes de frutos carnosos costumam perder a viabilidade rapidamente: tirar a polpa e lavar bem as sementes para retirar substâncias inibidoras da germinação e plantar em seguida. Ex.: Mangaba, Cagaita.

Araticum: despolpar, lavar e deixar 36 hs. em ác. giberélico 2500 ppm.

Baru: tem que cortar para germinar (7 dias). Se não cortar o fruto a germinação só ocorre em 150 dias. Armazenar o fruto intacto em saco plástico (oleaginosa).

Buriti: colher os frutos, deixar 48 hs. na água, tirar a casca e a polpa e plantar direto no local definitivo.

Guapuruvu e flamboyant: deixar 30 min. em água quente ou 2 a 3 dias em água.

Gueroba: colher os frutos maduros e plantar logo, pois a relação água:óleo diminui.

Ipês: plantar em até 6 meses depois da coleta.

Murici (Byrsonimia crassa): quebrar a casca e plantar as sementes. Muitos frutos não tem sementes viáveis.

Pequi: deixar os frutos fermentarem durante 3 meses, lavá-los retirando a polpa (não precisa tirar os espinhos), germina em 28 dias. Se for feito um tratamento com ác. giberélico 2000 ppm, a germinação ocorre em 15 dias.

Pindaíba ou Pimenta-de-Macaco: tratamento com ác. giberélico 2500 ppm.

Sucupira: somente 20% dos frutos têm sementes viáveis. É necessário quebrar a casca do fruto e lavar as sementes com água.

Teca: deixar as sementes 48 hs. em água corrente.

Tento e Tamboril: 60 min. em água quente.

Tomate: lavar as sementes em água corrente, retirando o envoltório gelatinoso sem danificá-las (pode ser em uma peneira). Depois de secas podem ser guardadas (não possuo dados precisos de quantos anos, mas já utilizei sementes de mais de dois anos e germinaram). Adubar bem a terra e transplantar as mudas, enterrando-as acima dos cotilédones (primeiras folhas modificadas). Regar diariamente. No Cerrado o melhor mês para plantio é abril, quando pode-se dosar a quantidade de água.

herbário

É uma coleção de plantas prensadas e secas, dispostas segundo determinada ordem e disponíveis para referência ou estudo.
Um herbário pode conter algumas centenas de exemplares colhidos num determinado local, ou, geralmente, ser composto de milhões de exemplares, acumulados ao longo de muitos anos e que documentam a flora de um ou mais continentes.
O objetivo geral da gestão de um herbário é a colheita e conservação de exemplares de plantas com as respectivas etiquetas. Destas etiquetas fazem parte elementos referentes ao local e data da colheita, nome do coletor e a identificação da espécie em questão (binome latino seguido do nome do classificador).

A formação de herbários iniciou-se no século XVI em Itália, como coleções de plantas secas e cosidas em papel.

Lineu (1707-1778), designado como o “pai da taxonomia” aparentemente popularizou a pratica corrente de montar os exemplares em simples folhas de papel e guardá-las horizontalmente. Este botânico foi quem fez uma das principais obras de referência (Species plantarum, 1753), a partir da qual se passaram a designar as plantas pelo binome latino.

Para que serve?  Para referenciar e permitir identificar facilmente as plantas. A identificação é feita com base em floras, que são livros que contêm chaves e descrições que permitem distinguir as várias famílias, gêneros, espécies, entre outras categorias taxonômicas.
As chaves de identificação são feitas com conjuntos de caracteres morfológicos das plantas. Para observar estes caracteres, por vezes, é necessário recorrer a lupas. As plantas têm um nome científico (composto por duas palavras em latim, a 1ª referente ao gênero e a 2ª à espécie, seguidas do nome do classificador), que é o mesmo em qualquer parte do mundo. As designações vulgares variam regionalmente e podem não corresponder a uma única planta.

Como se faz uma prensa para secar o material para conservar no herbário?

Material necessário:
- 2 placas de madeira (dimensões sugeridas – 40×30 cm), com um furo a 2,5 cm de cada um dos quatros cantos
- 4 parafusos compridos com porcas de orelhas e jornais.

Procedimento – Sobre uma das placas de madeira colocar vários jornais, depois um exemplar completo da espécie a herborizar (com caule, folhas e flores/frutos, eventualmente raízes) dentro de um jornal e, novamente, jornais vazios. Não esquecer de colocar junto a cada planta colhida uma etiqueta com os seguintes elementos: nome da planta (científico, se conhecido, ou vulgar), local da colheita (o mais pormenorizado possível, com distrito, conselho, lugar, ecologia, se é seco úmido, próximo de caminhos, altitude, etc.) data da colheita, nome do coletor.

É importante haver jornais sem plantas entre exemplares herborizados, para a umidade que sai das plantas e que é absorvida pelos jornais não passar dum exemplar para outro. Assim, evita-se o crescimento de fungos (bolores) nas plantas e fermentações, que as danificavam, não permitindo a sua conservação.

Depois de prensadas todas as plantas colhidas coloca-se a outra placa de madeira e apertam-se as porcas de orelhas dos parafusos, até sentir alguma pressão, de modo que as plantas fiquem espalmadas, mas não esborrachadas!!!. Têm que se mudar os jornais com frequência, de início todos os dias e, posteriormente, à medida que a planta vai secando, vai-se diminuindo a frequência de substituição dos mesmos.

estufa
Se você é um amante das plantas e gosta de apreciá-las, metendo a mão na terra e cuidando pessoalmente de tudo, crie um viveiro para elas.

O viveiro é uma espécie de encubadeira de plantas, onde você protege as mudas e as espécies já adultas das intempéries, das pragas e doenças, mantendo as condições do tempo constantes e adequadas ao bom desenvolvimento das plantas.

Para a construção de seu viveiro você deve garantir, em primeiro lugar, que o local tenha boas condições de umidade do solo. As plantas adultas devem ser regadas diariamente e com moderação. Já as mudinhas precisam ser pulverizadas com água duas a três vezes ao dia.

As plantas devem ser dispostas em prateleiras de madeira, que são indicadas para qualquer tipo de viveiro. Deixe sempre os lugares mais altos para as plantas pendentes.

Se você mora em local de clima frio crie uma estufa. As estufas possuem um sistema de aquecimento artificial, que mantém a temperatura por volta de 25oC e a umidade em torno de 80%. O sistema consiste na obtenção de vapor d’água que é produzido por uma caldeira e distribuído por uma serpentina.

A estufa, que deve ter orientação norte-sul, pode ter estrutura de madeira ou ferro soldado, com laterais de tijolo ou vidro. O piso mais apropriado deve ser em terra, cimento ou cascalho. A cobertura controla o excesso de luz e deve ser em vidro, plástico ou telha de vidro; ela pode receber uma tela (viveiro de sombrite), que proporciona até 80% de sombra, ou uma camada de tinta bem diluída branca (verão) e preta (inverno).

vasinhos de plantas
Se a temperatura subiu de repente e as suas plantas ficaram muito expostas e acabaram murchando, pode-se dizer que elas sofreram um “golpe de calor”. Na maioria dos casos você poderá recuperá-las seguindo os conselhos abaixo.

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1 – Pode as partes secas ou murchas, de fora para dentro;

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2 – Introduza os vasos e/ou jardineiras de barro em recipientes com água e deixe até não saírem mais bolhas de ar (cerca de dez minutos). Assim o torrão ficará úmido;

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3 – Tire os vasos da água, deixe escorrer e coloque uma camada de cascalho, casca de pinheiro ou palha na superfície dos vasos, para evitar que a água evapore do substrato;

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4 – Coloque as plantas em um lugar de sombra e longe de correntes de ar. Procure deixar grupos de vasos juntos para criar um canto de ar fresco;

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5 – Borrife as folhas, os caules e os ramos com água, várias vezes por dia, para hidratá-los;

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6 – Retome as regas habituais, mas não coloque adubo nas plantas até elas voltarem a ter um bom aspecto.

Uma dica: Você pode evitar golpes de calor agrupando plantas de tamanhos diferentes para que uma faça sombra na outra, e afofando a terra da superfície para preservar a umidade.