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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

Bulbos
Onde comprar?
Você pode comprar excelentes bulbos em garden-centers, floriculturas e pela internet. As lojas online costumam ser bem especializadas e por não necessitarem expor os produtos em prateleiras, eles ficam bem armazenados e cuidados. Além disso, este tipo de negócio depende muito da confiança e do marketing boca a boca, e costuma enviar produtos de qualidade para conquistar seus clientes. Ao comprar neste tipo de loja você tem chance de planejar sua compra no conforto da sua casa e muitas vezes pode negociar e encomendar quantidades maiores por e-mail ou telefone.

Evite adquirir bulbos em supermercados e lojas de departamentos. Mesmo que sejam de boa procedência, os bulbos nestes locais ficam mal armazenados e tendem a desidratar, apodrecer e mofar com muita rapidez. Além disso, raramente os bulbos velhos e estragados são removidos das prateleiras e dos estoques. Alternativa bastante duvidosa são os sites de leilão. Apesar de interessante à primeira vista, este tipo de comércio de bulbos pode apresentar uma série de irregularidades. A mais freqüente diz respeito à qualidade dos bulbos, que muitas vezes são refugos (lotes velhos ou de bulbos pequenos). Outra, também comum, é a venda de bulbos importados ilegalmente, que têm seu desenvolvimento comprometido, pois não foram aclimatados ao nosso país, e podem carrear uma série de doenças e pragas exóticas, já que não passaram pelo período de quarentena e fiscalização agrícola.

Como escolher?
Aperte levemente o bulbo. Perceba que este é grande, sem brotações e com a túnica perfeita.
Se você tiver a oportunidade de escolher os bulbos pessoalmente, use o bom senso e escolha da mesma forma que seleciona legumes e frutas. Pegue o bulbo nas mãos e verifique se está firme, pesado, sólido, sem pragas, cortes, partes amolecidas, manchadas, mofadas, com brotações pálidas e longas de raízes e folhas, ou exsudando líquidos. Leve em consideração que alguns bulbos são naturalmente mais macios, como os bulbos de mini-amarílis. Outros precisam necessariamente ser cortados, como os rizomas em geral. A túnica (casca que recobre os bulbos) deve estar íntegra de preferência.

As dálias em especial podem conter alguns tubérculos murchos e secos, que nada mais são que os tubérculos mãe que foram gerados no ano passado. Por ser necessária a preservação de uma pequena porção do caule nas dálias, às vezes não é possível remover estes tubérculos murchos do conjunto, o que não compromete a saúde geral dos outros tubérculos novos. Dálias, angélicas, alguns amarílis, alpínias, bulbines, lírios-do-brejo entre outros bulbos tropicais vêm com brotações, o que não compromete o sucesso do seu cultivo. Este fato é bem freqüente em bulbos que estão saindo do período de dormência, ou que são perenes naturalmente, ou seja, não perdem as folhas em um período do ano e permanecem em atividade vegetativa mesmo no ponto de venda. Bulbos com brotações são viáveis, mas não devem ser comprados para armazenar, eles precisam ser plantados o mais breve possível.

Quando comprar?
Uma dúvida frequente é sobre a época de compra dos bulbos. A resposta depende do tipo de bulbo e da região do país em que você se encontra. A maioria dos bulbos no Brasil pode ser adquirida o ano todo, pois são plantas tropicais que não precisam de período de dormência e deste modo estão sempre disponíveis no mercado. Isso inclui todo tipo de antúrio, alpínia, lírio-do-brejo perfumado, helicônia, bastão-do-imperador, gengibre ornamental, caládio, cana, moréia, trevo-da-sorte, etc. No sul do país, assim como em regiões de altitude do sudeste, é conveniente plantar bulbos tropicais na primavera e verão, para que as primeiras brotações não se ressintam com o frio. Alguns bulbos anuais são sensíveis a geadas, mas podem ser plantados mesmo assim, pois você pode protegê-los com um plástico, caso tenham brotado antes da primavera.

Bulbosas de clima subtropical, ou até mesmo algumas de clima temperado, que já estão aclimatadas ao nosso país, podem ser plantadas em regiões tropicais sem problemas. Salvo aquelas que não toleram calor excessivo, a maioria brotará e florescerá, sendo que algumas poderão perenizar, florescendo posteriormente ou não, enquanto outras vão definhar por serem anuais. A experiência é sempre válida e você não precisa abrir mão de tê-las no jardim, mas precisa aceitar o fato de algumas vão se adaptar, enquanto outras não.

Nos estados com inverno mais marcado pelo frio, será possível cultivar bulbos que necessitam de vernalização. Alguns bulbos, como os lírios-asiáticos, narcisos e gladíolos precisarão de mais tempo plantados para quebra de dormência, ou armazenamento em câmara fria, pois são anuais e a temperatura no inverno pode não ser suficientemente baixa para induzir uma rápida brotação. Outros como tulipas e jacintos, permanecem sem aclimatação para nosso país, mas podem ser cultivados como anuais sem problemas.

O principal fato que devemos ter em mente é que a maioria dos bulbos podem ser comprados e plantados o ano todo. Mas algumas espécies anuais podem não brotar tão rápido, pois entram em dormência logo que são colhidos. Outros bulbos podem florescer apenas uma vez, o que significa que devem ser tratados como anuais, e serão adquiridos a cada ano, sendo descartados após a floração. Na dúvida pesquise, se informe, pergunte, estude as espécies desejadas. Aqui não existem as regras impostas pela estações do ano nos países de clima frio, por isso pode parecer confuso à primeira vista, mas é maravilhoso. Você pode ter certeza que temos condições de cultivo e uma ampla variedade de bulbosas tropicais e subtropicais invejada por jardineiros do mundo todo.

formiguinha

planta ornamental (Small)

Planta ornamental é toda planta cultivada por sua beleza. São muito usadas na arquitetura de interiores e no paisagismo de de espaços externos. Há indícios que desde os primórdios da humanidade, algumas espécies como o lírio branco (Lilium candidum) eram cultivados para esse fim (o lírio branco, especificamente, foi registrado em pinturas da civilização minóica, sendo este o registro mais antigo do cultivo desta espécie).

As espécies ornamentais foram selecionadas pelos humanos a partir de caracteres visualmente atraentes, como flores e inflorescências vistosas, coloridas e perfumadas, folhagem de cores e texturas distintas, formato do caule, ou por seu aspecto geral. Ao longo do tempo, os homens perceberam que poderiam aprimorar qualidades desejáveis em uma planta a partir de cruzamentos entre indivíduos particularmente bem dotados. Assim começaram a surgir novas variedades, com novas cores, flores maiores e mais duráveis, mais resistência ao clima ou a predadores. As rosas, cultivadas há milênios no Oriente Médio, já não se apresentam mais em seu estado original, mas a imensa variedade de formas e híbridos obtidos ao longo de todos esses anos de cultivo são sintomáticos da capacidade humana de transformar a natureza para atender suas necessidades.

A descoberta da América em 1492 trouxe ao Velho Mundo uma nova fonte de plantas ornamentais completamente diferentes das que se cultivava havia milênios.Bromélias, orquídeas, aráceas e muitas outras foram prontamente levadas à Europa e se tornaram extremamente populares. As expedições a Sudeste Asiático a partir do Século XVI revelaram aos europeus outra grande fonte de espécies desconhecidas e exóticas, que até hoje concorrem com as espécies americanas em popularidade nas estufas e jardins tropicais.

A demanda por plantas ornamentais americanas abriu brecha para a coleta indiscriminada e o tráfico de plantas, que, quando não extinguiu, reduziu drasticamente as populações naturais de tais espécies. Algumas, por outro lado, adaptaram-se perfeitamente aos novos ambientes em que foram introduzidas e tornaram-se plantas daninhas..

Apesar da coleta ilegal ser ainda praticada, as plantas ornamentais são hoje cultivadas em fazendas, e movimentam um mercado bilionário no mundo inteiro, cuja demanda só faz crescer. Algumas cidades brasileiras, como Holambra ou Suzano, vêem na produção de plantas ornamentais uma de suas principais atividades econômicas.

Algumas exemplos dessas plantas são broméllias-de-sol, agaves e palmeiras de interiores.

Tulipas

A Holanda é um dos países em que essa planta é mais comum. E não é por mero acaso. Na Holanda o clima e o solo são ideais para o cultivo dessa flor – além do mais, a cultura holandesa é uma das mais aficcionadas por flores, tornando a tulipa uma verdadeira rainha nesse país.

Apesar do clima e solo brasileiros não serem o ideal para o cultivo das tulipas, aqui também é possível cultivá-las (nem que seja apenas por uma florada). Embora não seja uma técnica simples, é muito recompensadora pelos resultados: lindas tulipas floridas.

O primeiro passo importante para seu cultivo é comprar uma planta (a partir da qual vão ser retirados os próximos bulbos). Prefira vasos com flores em botão. É importante que a terra do vaso seja bem drenada – do contrário, os bulbos podem apodrecer dentro da terra.

Mantenha a Tulipa em um local arejado e com boa iluminação. Mas cuidado, como as tulipas estão adaptadas à um clima mais frio, é essencial que o local seja realmente bem fresco e bem longe de sol forte. Para simular melhor o ambiente natural das Tulipas, você pode colocar algumas pedras de gelo sobre o solo duas vezes por dia.

Após a primeira floração, depois que flores estiverem bem murchas, pode a planta. Mas, cuidado, é necessário retirar somente as flores e folhas, deixando uma boa parte do caule intacta. Retire os bulbos da terra e limpe-os com uma escova macia. Agora vem a primeira parte difícil: deixe os bulbos fora da terra, em local fresco, seco e arejado, por aproximadamente três meses.

Após esses meses, plante novamente os bulbos. Mas desta vez em um vaso plástico com terra levemente umidecida. Coloque o vaso dentro de um saco plástico, feche, e leve ao congelador. Agora vem a segunda parte difícil: o vaso deve ficar dentro do congelador por 6 meses, com a temperatura entre  2 e 5 graus.

Depois desses seis meses, retire o vaso da geladeira e o coloque novamente em um local fresco e de boa luminosidade. De preferência, no mesmo local que as flores estavam antes de serem podadas. A terra do vaso deve estar constantemente úmida, mas tome cuidado para não encharcar o vaso. Parte difícil número três: essa etapa dura apenas dois meses.

Passados os 2 meses, coloque novamente o vaso dentro do congelador – da mesma maneira que anteriormente, dentro de um saco plástico e novamente por 6 meses.

Parte fácil número um: Leve novamente o vaso para o local fresco e iluminado. Se as etapas anteriores surtiram efeito, você terá flores depois de um ou dois meses.

Algumas Curiosidades
As tulipas foram foram catalogadas, em 1559, pelo botânico Conrad von Gesner, através de exempladores catalogados por Conrad foram retirados de Constantinopla, atual Istambul. Seu nome é derivado da palavra persa tulbänd (turbante) e seu nome em latim é tulipa – nome que acabou sendo utlizado até os dias de hoje. Entretanto, ainda existem divergências quanto à sua origem.

Segundo a maioria dos registros, as Tulipas são originárias das montanhas da antiga Pérsia – indo para outros países a partir da antiga rota da seda, através de viajantes e comerciantes. Porém, existem registros que afirmam que as tulipas têm sua origem na China e só posteriormente haviam sido levadas as montanhas do Cáucaso e Pérsia.

Na Turquia as tulipas eram equivalentes a jóias e pedras preciosas, sendo cultivada apenas em jardins reais – sendo motivo de desenhos em paredes de mesquitas, palávios, decoração de tapetes, motivo de azulejos e louças – alem de muitos outros.

Ao chegar na Holanda, a tulipa foi considerada um sinal de poder e prestígio e foi adquirindo força até o século XVII – quando passou a ser um artigo muito cobiçado pelo povo holandês. Essa fase foi chamada de Tulipomania e teve grande importância no país, pois foi a partir daí que o comércio e cultura de flores adquiriu uma grande importância na economia do povo holandês. Aliás, a paixão pelas tulipas era tanta que gerou até especulação financeira, levando o governo a proibir seu comércio. Conta-se que um morador de Amsterdã chegou a trocar sua casa inteira por um único bulbo dessa flor.

Aliás, outro uso encontrado para as tulipas foi na culinária. Na segunda guerra, devido à escassez de alimentos, seus bulbos eram cozidos para complementar a alimentação – através de pães e bolos. Quando torrados, eram utilizados em uma espécie café.

Outra informação bem interessante sobre as tulipas é que, dada a sua história, o significado das flores é surpreendente. De forma geral, expressam o amor perfeito. Mas as tulipas vermelhas são a que melhor o representam. As tulipas roxas representam o luxo, e as amarelas, por sua vez, prosperidade.

Independente de origem, nome e clima, o fato é que as tulipas são, de longe, uma das flores mais cultivadas e amadas no mundo inteiro – mesmo com todas as suas particularidades de cultivo.

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Formas

O jardineiro imaginativo consegue sempre tirar partido das variadíssimas formas e dimensões das plantas de interior. Com efeito, é precisamente essa variedade que proporciona arranjos harmoniosos. Uma plantas baixa que se desenvolve para os lados, por exemplo, ganha em estatura quando plantada por baixo de um espécime rígido e ereto, atenuando ao mesmo tempo a forma a planta mais alta. Há seis tipos básicos de formas e a maioria das plantas de interior enquadra-se mais ou menos num deles. Uma planta pode crescer formando uma roseta densa; pode assemelhar-se a um arbusto; pode ser ereta, crescendo praticamente na vertical; pode ser graminiforme, arboriforme, rastejante, trepadeira, etc

Forma de roseta – aspecto de uma plantas que se desenvolve em roseta é um aglomerado mais ou menos circular de folhas que irradiam de um ponto de crescimento central. Muitas plantas de pequenas dimensões – as saintpaulias e algumas sinínguias, por exemplo – formam rosetas baixas que emergem diretamente do colo da planta e que combinam bem com plantas graminiformes, arbustiformes ou trepadeiras.

Arbustiforme - as plantas arbustiformes não apresentam um tronco único, mas ramificam-se desde a base, o que as torna quase tão largas como altas. Por este motivo, usam-se com mais frequência isoladas do que em conjuntos. Algumas, como os cóleos, necessitam de ser despontados periodicamente para provocar uma ramificação vigorosa e compacta. Outras plantas há que se ramificam espontaneamente.

Graminiforme - a característica principal das verdadeiras gramíneas são os caules finos mas resistentes envolvidos por folhas estreitas e pontiagudas. Há contudo plantas de interior que se lhes assemelham e que são muitos apreciadas, porque contrastam graciosamente na textura e contornos com todas as outras plantas de folhagem. As plantas graminiformes podem ser erectas, arqueadas ou mesmo rastejantes. O ácoro, por exemplo, forma um maciço de folhas lineares e longas e, tal como o clorófito, torna mais atraente em arranjo de plantas.

Ereta – as plantas que formam roseta e as arbustiformes têm tendência para crescer mais em largura do que em altura. Em contrapartida, há numerosas espécies que se desenvolvem mais no sentido vertical que no horizontal. Estas plantas erectas são frequentemente constituídas por caules não lenhosos que apresentam folhas em toda a sua extensão. Algumas espécies têm um único caule, outras possuem vários. No entanto, nem todas as plantas erectas têm caules e folhas. A Sansevieria trifasciata, por exemplo, é acaule e as suas folhas pontiagudas erguem-se na vertical. As plantas erectas contrastam admiravelmente bem com rosetas e plantas rastejantes.

Arboriforme - uma árvore típica tem um único tronco erecto coroado de ramos e folhas. Numerosas plantas que crescem em vasos tornar-se-iam árvores se lhes fosse permitido desenvolver-se livremente. A Ficus benjamina, por exemplo, atinge 6m de altura no seu habitat natural. Como planta de interior raramente excede 1,80m de altura, mas o seu aspecto é o se uma árvore. Embora apenas um pequeno número de plantas arbóreas atinja a maturidade em vasos, encontram-se com frequência várias espécies arboriformes entre as plantas de interior.

Forma trepadeira e rastejanteas plantas trepadeiras crescem normalmente em qualquer direcção onde encontrem algo a que se possam agarrar. As trepadeiras desenvolvem-se rapidamente e são fáceis de cultivar em interior, mas necessitam no entanto de suportes, quer sejam eles grades, estacas, tutores de musgo ou simplesmente um fio. Existem porém numerosas trepadeiras que se desenvolvem igualmente bem como rastejantes. Também muitas plantas, por natureza rastejantes, podem ser educadas como trepadeiras. Todas estas plantas têm como característica comum um caule demasiado débil para, sem apoio, conseguir crescer na vertical. Algumas trepadeiras como a Cissus artarctica apresentam gavinhas por meio das quais se fixam aos tutores. As trepadeiras menos vigorosas combinam bem com grupos pequenos ou médios de rosetas e plantas arbustiformes. As plantas naturalmente rastejantes como as zebrinas e os asparagus devem ser colocadas numa posição elevada para que se possa tirar o máximo efeito das suas formas em cascata.