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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

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Alelopatia: a química que existe entre algumas plantas estimula o crescimento e as protege das pragas.

As plantas têm uma maneira muito própria de se defender de pragas e de outras plantas. Elas liberam substâncias no solo ou no ar, processo explicado por uma ciência: a alelopatia. Esses aleloquímicos existem em todas as partes da planta e são liberados pelas raízes, folhas e caule. Já as substâncias presentes nas espécies aromáticas “voam” para as outras plantas sendo absorvidas rapidamente pela “pele” de suas vizinhas. Em outros casos, podem ser condensadas pelo orvalho e penetrarem no solo por onde chegam até as raízes das outras plantas. A principal função de um aleloquímico é defender a planta emissora, mas ele pode cumprir uma função ainda mais nobre. Plantas que liberam uma alta taxa de aleloquímicos de defesa contra pragas podem ajudar a defender outras plantas no mesmo canteiro.

Tenha pelo menos uma delas em seu jardim ou em sua horta
Todas as nove plantas indicadas são companheiras, ou seja, quando plantadas como bordaduras, podem repelir insetos e vermes de todo um canteiro, defendendo as plantas vizinhas:

• Cravo de defunto (Tagetes patula)
• Citronela (Cymbopogum nardus)
• Capuchinha (Tropaeolum majus)
• Arruda (Ruta graveolens)
• Alfazema (Lavandula angustifolia)
• Manjericão (Ocimum gratissimum)
• Sálvia (Sálvia officinalis)
• Urtiga (Urtica dioica)
• Mamona (Ricinus communis)

A “esperteza” das plantas
A alelopatia destaca a perfeição da natureza nos mínimos detalhes. O ácido cítrico que existe no sumo de muitas frutas assegura que as sementes não germinem antes da hora, da mesma forma que o tanino de alguns frutos impedem que eles sejam comidos antes do tempo. Além de proteção, a química das plantas pode funcionar como um bioestimulante. Se você plantar cebolas junto a roseiras, os botões de rosa desabrocharão com um perfume mais acentuado.

As plantas e seus poderes
Através da alelopatia, é possível identificar várias funções das plantas:

• Impedir o crescimento de certas plantas
• Estimular o crescimento de novas espécies
• Evitar o ataque de microrganismos indesejáveis
• Aumentar o vigor vegetativo das espécies vizinhas
• Conservar as sementes
• Provocar uma espécie de auto-intoxicação que controla a população daquela mesma planta
• Ajudar nos processos de nutrição, reprodução e fotossíntese
• Emitir substâncias repelentes, atraentes ou tóxicas para os insetos.

A alelopatia e o ecossistema
A sucessão vegetal que existe naturalmente em matas e florestas é ditada pela alelopatia. O estudo dessa influência nos ecossistemas começou em 1914 nos EUA, com pesquisas sobre a regeneração de terrenos agrícolas abandonados. Ele observou que o revezamento natural das plantas em suas funções era determinado por uma interferência de substâncias químicas.

As primeiras plantas que apareciam e ficavam no solo por dois ou três anos eram ervas daninhas altamente tóxicas que controlavam sua própria população. Em seguida, iniciava se uma fase mais longa, de cerca de nove anos, com plantas perenes que tinham seu crescimento estimulado pelas antecessoras.

Nesse período, as plantas protegiam o solo e exalavam substâncias alelopáticas inibidoras de plantas muito exigentes quanto à fertilidade, por exemplo. Esse processo já preparava o terreno para a terceira fase. Ao iniciar a nova etapa, o solo estava protegido e podia receber o novo grupo de plantas, agora arbustivas, que duraria cerca de 20 anos moldando a fase seguinte. Essa última, rica, diversificada, mostrando as grandes árvores de clímax que compõe as florestas.

Quando a lingua “amarra” os frutos ainda verdes contém tanino, responsável pelo seu gosto desagradável. Essa é uma estratégia da árvore frutífera, pois impede que seus frutos sirvam de alimente antes da hora.

A alelopatia  e o solo
Os aleloquímicos também podem ser liberados por restos vegetais em decomposição. A prática de deixar os resíduos das culturas sobre o terreno para formar a chamada “cobertura morta” é um dos processos em que a alelopatia pode ser mais utilizada. A ação da matéria vegetal sobre a temperatura e a umidade do solo cria um ambiente favorável ao desenvolvimento de microrganismos úteis na regeneração da terra. Com a decomposição desse material, a liberação dos aleloquímicos e seus efeitos posteriores sobre as plantas se prolongam. Essa química poderosa é uma prova de como as plantas se ajudam. Afinal de contas, amigos são para essas coisas.

botão de rosa vermelha

É necessário gostar de plantas e ter vontade de desenvolver suas próprias espécies.

Antes de adquirir a planta, verifique o local e as condições de temperatura onde ela será cultivada. Há plantas que são ideais para o interior da casa, como dracenas, filodendros e gloxínias. Outras gostam de ambientes externos, como trepadeiras, açafates e gerânios.

Quanto melhor o ambiente natural da espécie for imitado, mais sucesso é garantido no seu cultivo.

Se você dispõe de tempo, opte por espécies que precisam de mais cuidados, como orquídeas, violetas, begônias e avencas, por exemplo. Agora, se seu tempo for limitado, prefira plantas resistentes, como cactos e palmeiras.

Procure saber o máximo sobre a planta escolhida. Para isso, leia revistas e livros especializados e fale com pessoas entendidas no assunto.

Olho clínico é essencial! Observe planta por planta, prestando atenção em:

Folhas murchas: conseqüência do apodrecimento da raiz. Folhas amareladas e caídas: sintoma de superirrigação.

As folhas começam a ficar menores: sinal que está na hora de trocar de vaso.

Plantas murchas e folhas caindo: pode ser que ela não esteja recebendo luz suficiente. Troque a planta de lugar e leve-a para um local mais ensolarado.

Sempre que trocar ou comprar uma planta nova identifique-a imediatamente. Assim, terá uma coleção organizada e com os nomes corretos.

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Os cuidados na hora certa de escolher as plantas e montar seu próprio jardim.

Já diziam os antigos que ter uma planta é o primeiro passo para um dia vir a ter um animal de estimação e um filho. E, a depender dos paisagistas, o ditado é mais do que verdadeiro. Elas precisam de cuidados constantes. É preciso ter disciplina.

Antes de escolher as espécies de plantas, avalie o espaço e a quantidade de luz aonde elas irão ficar.

Boa quantidade de luz natural, água quase que diariamente e fertilizantes a cada dois meses são algumas das obrigações que farão parte do dia-a-dia de quem decide ter seu próprio jardim.

O primeiro passo a se observar é a quantidade de luz em cada canto da casa. A partir dessa informação já é possível selecionar as plantas mais adequadas para os diferentes cômodos.

Em locais com menos luminosidade, dê preferência a folhagens como lírios, raphis, árvores da felicidade, espadas e lanças de São Jorge, que gostam mais de sombra e podem ser usadas em ambientes internos. Deixe as flores para espaços com maior luminosidade.

Planeje-se
Levando a luminosidade e a ventilação em conta, avalie antes o espaço que será destinado para a planta crescer. Veja se o local do plantio é de sombra ou sol e se há espaço para a raiz se desenvolver.

O tamanho a ser alcançado pelas plantas deve ser determinado pelo espaço que ela ocupará na casa. O paisagista lembra que, dependendo da espécie, e de como elas serão conduzidas, é possível controlar o tamanho da planta com o sistema de poda.

Arbustos (50 cm ou mais) podem ser comprados já com um porte médio, assim como as árvores que medem mais de 1,5 m quando adultas. Mudas maiores podem ser plantadas diretamente no jardim para responder rapidamente.

Fique de olho
Na hora da compra, prefira plantas vindas de fornecedores idôneos. Eles oferecem garantia do estado das plantas, as mudas devem estar viçosas e com as folhas vivas.

Se houver brotos ou, no caso de mudas com a raiz embalada com estopa, verifique se eles estão firmes. Se o torrão estiver mole, não compre, pois é sinal de que a muda não está enraizada.

Fique atento também a bichos, pragas e doenças. Eles são visíveis, basta ser um bom observador.

Cuidado com o transplante
Em casa, coloque a muda em um vaso ou direto na terra, levando em conta o tipo de planta. As espécies menores podem ser manuseadas facilmente, pois dificilmente quebram ou murcham durante o transplante, já aquelas da família das alpínias, helicônias e bananeiras não apresentam caule lignificado – ou seja, rico em lignina, substância que garante a dureza dos tecidos – por isso são mais frágeis e murcham facilmente.

Para o plantio e poda, as ferramentas básicas são tesoura, pá, garfo, além de terra adubada, vasos com dreno (furo), um regador e luvas. Vitaminas, como o NPK 10-10-10 para manutenção e NPK 4-14-8 para ser misturada ao bulbo no plantio, também são aconselháveis.

No dia-a-dia
No início, molhe as plantas, de modo que a terra fique úmida – não encharcada -, exceto cactos e suculentas, cujas raízes, talo e folhas são rígidos, como a babosa. Uma planta recém comprada e plantada ainda não está enraizada no novo local, por isso precisa de um pouco mais de água do que o normal.

Se pulgões e cochonilhas aparecerem recorra a remédios apropriados para o uso doméstico, à venda em supermercados e lojas de jardinagem.

barrinha de frutinhas

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Misturar duas espécies nem sempre é um bom negócio, afinal uma pode precisar de luz, outra não. E, colocá-las no mesmo vaso é problema na certa.

Para ter um vaso florido e cheio de vida iluminando a sua casa não basta só adubo e água. É preciso também ter cuidado para não misturar espécies que têm necessidades distintas. Como fica uma planta se a outra precisa de muito sol e ela não? Ou então se uma deve receber mais complementos orgânicos que a outra? Para se darem bem nos vasos, as plantas precisam apresentar as mesmas necessidades de umidade e características de solo.

Essa técnica de associações vegetais favoráveis é comumente usada para que as plantas produzam forças para crescerem melhor, como é feito na agricultura orgânica. Mas no jardim, misturá-las pode criar um conflito. O bambuzinho, por exemplo, consome muita água e acaba consumindo a parte da outra planta que estiver ao seu lado.

Outro exemplo é a trepadeira, com raízes agressivas. Ela se espalha com facilidade e invade o espaço de outras plantas, sufocando-as e levando-as à morte. Para evitar problemas assim no jardim, é importante manter uma distância entre 30 a 60 cm de cada uma e sempre observar como elas estão.

Dividindo o mesmo espaço
Cada espécie explora o solo de maneira diferente, extraindo as substâncias orgânicas para sua sobrevivência. Observar a reação de cada uma delas ao entrar em contato com a outra é uma boa dica para descobrir as que são amigas ou as inimigas. Outra saída é informar-se com um especialista antes de comprar e plantar no mesmo vaso.

Ao escolher, prefira as que precisam do mesmo solo, que tenham a mesma necessidade de água e que o crescimento seja adequado ao tamanho do vaso, sempre prevendo esse crescimento de um a cinco anos. O vaso deve ser colocado em local adequado, garantindo o sombreamento ou isolação de acordo com suas necessidades.

Há ainda plantas que, para se defenderem de pragas e insetos, acabam soltando no ar uma substância repelente. Esse é o caso do dente-de-leão, considerada como medicinal, que exala etileno. Só que, se colocada ao lado de outra espécie, o etileno inibe o crescimento de flores e frutos desta outra planta. Até mesmo as raízes podem expelir substâncias que tem efeitos positivos ou negativos sobre o subsolo e a micro vida.

Cuidados essenciais
Sol, sombra, água ou adubo. As necessidades de cada espécie variam e é preciso diferenciar também os cuidados diários. Espécies de sol precisam de mais água do que as de sombra e devem ser regadas três vezes por semana. As outras devem ser regadas uma vez só por semana.

Mas a beleza da planta não depende somente da harmonia das espécies e de água. Para crescerem bonitas, seja em jardim ou em vasos, é preciso também adubar a terra com produtos orgânicos e químicos.

A quantidade vai depender das necessidades de cada uma. Para as que estão florescendo, por exemplo, é recomendado adubar antes do inverno, para dar força para as flores na chegada da primavera, e adubar logo após a floração, no final do verão.

E para quem pensa em montar um vaso para colocar dentro de casa, uma dica: Além de escolher plantas compatíveis, opte por espécies adequadas para interiores, colocando-as em um vaso apropriado para o tamanho das raízes (torrão) e com quantidade de terra suficiente. O sistema de drenagem também é importante, e deve contar com argila expandida e manta. Sob o vaso, deve-se colocar um prato para a coleta de água, como forma de preservar o piso.

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