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Posts para categoria ‘Cultivos e Cuidados’

ciclame

A planta Cíclame é própria do tempo frio, resiste de forma magnífica em locais sombrios onde outras plantas não conseguem sobreviver.

Mas é necessário conhecer um ou dois segredos que farão com que os seus Cíclames cresçam e floresçam no jardim ou dentro de casa, de forma continuada e sem grandes preocupações.

É mesmo uma planta fácil de manter, embora quase todo mundo jogue fora o vaso, no fim da estação, o que é no mínimo um desperdício de dinheiro, convenhamos.

Variedades de Cíclames
Há Cíclames que se adaptam bem em canteiros de jardins, como os neopolitanum, e outros que se dão melhor dentro de casa, sobretudo se o clima exterior for muito frio. As regras para cuidar destes dois tipos de Cíclame são porém as mesmas, que passamos a detalhar. O Cíclame do tipo neopolitanum ou Cíclame cuja folha tem a forma de um coração, floresce no outono, reproduz-se continuadamente de ano para ano e por essa razão pode ficar no solo sem que seja necessário interferir na sua reprodução, para além de alguns cuidados que adiante referiremos. Os Cíclames multiplicam-se muito rapidamente e podem ser criados dentro de casa também, em recipiente adequado e neste caso, haverá que separar as plantas no fim da estação.

Como separar Cíclames para propagar novas plantas
Como referido, é possível deixar a planta no jardim e ela multiplicar-se-á durante anos com muita facilidade alargando a sua base, bastando para isso eliminar regularmente as flores e folhas que vão murchando. Quando a planta já está suficientemente grande, com uma pá bem limpa, corta-se pelo meio o ajuntamento das folhas, de cima para baixo, até separar a base em duas plantas distintas. É necessário fazê-lo com o maior cuidado para não danificar demasiado a planta original, separe abanando ligeiramente enquanto aprofunda o corte, para que as raízes se vão separando sem danos demasiados.

Nas zonas mais temperadas é possível deixar qualquer tipo de Cíclame no jardim, durante todo o ano, se bem que durante parte substancial do tempo eles desapareçam da vista sem dar sinal de vida. Continuam porém a desenvolver-se a partir do bolbo/tubérculo[1][1] que se encontra enterrado, nutrindo-o e preparando-o para a próxima estação. Se preferir, pode trazer a planta para dentro de casa num vaso, sobretudo nas regiões onde há mais frio e geada, e mantê-lo com folhas todo o ano, cuidando da planta como se de uma perene se tratasse. Nesse meio tempo o bolbo dividir-se-á em bolbos mais pequenos e cada um desses bolbos prepara-se para dar folhas e mais flores no tempo próprio, ou seja no outono e início do inverno. Desde que exista uma folha a brotar de um bolbo, este continuará a crescer e a multiplicar-se. Tratados desta maneira torna-se muito fácil criar e desenvolver várias plantas de Cíclame, no jardim ou dentro de casa.

Se a planta estiver num vaso independentemente do local, há que manter o solo mais para o seco do que húmido. Uma regra muito útil é esperar que o solo seque um pouco à superfície antes de regar de novo. Retire as folhas velhas e amareladas, corte-as logo que vê que a planta está a preparar-se para um período de descanso, mas enquanto as folhas tiverem bom aspeto e estiverem verdes, com novos brotos a rebentar com facilidade, mantenha-a perto da luz, e continue a aplicar os cuidados próprios de uma planta a desenvolver-se. Nunca é de mais lembrar que o Cíclame prefere a sombra ao sol direto, mesmo que se encontre por detrás do vidro de uma janela.

Em jardins onde existam árvores podem plantar-se Ciclames junto aos troncos das mesmas, desde que penetre alguma luz por meio dos ramos. São plantas que se encontram normalmente na natureza, nas florestas mais antigas, sobretudo o Ciclame mais pequeno, e fica muito bonito ver crescer primeiro as flores em forma de borboleta, nas cores maravilhosas próprias desta espécie e mais tarde as folhinhas escuras, junto dos caminhos ou na base dos troncos de árvores. O maior cuidado com estas plantas é dar a sombra e o descanso de que necessitam durante o tempo mais quente e ir tirando as folhas que vão secando e as flores à medida que vão murchando. Pouco mais pedem…

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Vinagreira Hibiscus sabdariffa

Também conhecida popularmente como Caruru=azedo, Aedinha, Caruru-azedo, Quiabo-azedo, Quiabo róseo, Rosélia, pertence à família Malvaceae é originário da Ásia, Himalaia, Índia. É um arbusto semilenhoso, bianual ou perene, ereto ou ramificado conforme a condução, que pode chegar aos 3 m de altura. É cultivado comercialmente devido às suas propriedades medicinais, mas também tem usos ornamental, têxtil e culinário.

Apesar de a África ser o maior produtor, o maior importador é a Alemanha, que agrega valor aos cálices importados da África. A sua flor é usada no preparo de doces, geléias e xaropes.. Seu fruto é uma cápsula vermelha.

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As folhas são alternadas, serreadas com a forma de uma lança, com a forma de lança com três ou cinco lobos, também lanciolados, são de coloração arroxeada, assim como quase toda a planta.

As flores surgem no outono e inverno, e duram apenas um dia. Elas são solitárias, sésseis, brancas a amarelas, com um cálice robusto e carnoso na base, de cor vermelha intensa. O fruto é uma cápsula, de formato ovalado e cor vermelha, com três a quatro sementes pardas.

A infusão pode ser feita por qualquer parte da planta, mas o melhor sabor está nos cálices, sendo indicada para: antiescorbútica, estomáquica, diurética, emoliente e calmante.

Seus princípios ativos são: ácido oxalato, oxalato de potássio e carboidratos. Na culinária do Maranhão, é muito apreciada, sendo um dos principais ingredientes do arroz de cuxá. Os cálices florais podem ser utilizados para picles em conserva ou ainda para preparação de infusão, o famoso chá de hibisco inglês

No jardim, a vinagreira pode ser usada para plantio isolado ou em grupos, como em maciços por exemplo. Também é uma excelente opção para canteiros junto a muros. Além disso, por ser de rápido crescimento e comportar-se como bienal, é interessante seu uso como uma cerca-viva temporária. Sua folhagem, textura e flores remetem ao estilo tropical.

vinagreira

Em hortas e jardins de ervas é comum seu plantio, por suas propriedades medicinais e partes comestíveis. Ricas em ferro e de sabor picante, as folhas da vinagreira também podem ser utilizadas como verdura, em saladas.

Da ramagem da planta ainda se podem extrair fibras têxteis, com diversas aplicações industriais.

Seu cultivo deve ser a sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Apesar de era uma planta perene, a vinagreira deve ser conduzida como anual ou bienal, pois perde a beleza e o vigor com o tempo, necessitando de replantio. Suscetível ao ataque de nematóides, que enfraquecem as plantas de forma gradual. Por este motivo não é indicado replantá-la anualmente no mesmo local. No tolera frio intenso ou geadas.

Sua multiplicação é feita por sementes postas a germinar em estufa no fim do inverno.

As partes utilizadas são as folhas, flores e raízes.

Obs.: Não é recomendado o uso durante a gravidez e lactação.

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chifre-de-veado

As samambaias-chifre-de-veado (Platycerium spp.), ou apenas chifre-de-veado, são plantas domésticas curiosamente incomuns. A planta tem vários hábitos de crescimento com frondes basais e foliares (folhas grandes divididas). As frondes da base são grandes e redondas, e se fixam a uma superfície que cresce em camadas sobrepostas. As frondes foliares são eretas e se dividem, produzindo estruturas amarronzadas de esporos que podem ser germinadas em novas plantas. O cultivo do chifre-de-veado concede uma estranha beleza à decoração de sua casa.

Composição
O chifre-de-veado cresce em florestas úmidas tropicais e subtropicais, mas pode-se cultivá-las em casa, desde que se entendam alguns fatos básicos sobre a sua composição.
São plantas epífitas (não captam água e nutrientes do solo) que precisam das árvores como apoio. As frondes verdes realizam a fotossíntese para o crescimento. As frondes da base capturam os resíduos que caem, coletando deles os nutrientes. Não tem raízes, mas estas são usadas apenas para sua fixação às estruturas. Não retire as escamas acinzentadas que dão à samambaia uma aparência empoeirada. A função dessas escamas é interromper a evaporação.

Estruturas para fixação
O chifre-de-veado cresce em árvores ou em outras estruturas ao ar livre, se desenvolvem bem em temperaturas de, pelos menos, 21ºC, mas não em temperaturas abaixo de 12ºC. Em outros climas, a planta cresce bem em interiores, em substrato leve e poroso, contendo partes iguais de turfa e musgo de esfagno picado. Adicione um pedaço de cortiça ao vaso para as raízes se prenderem ou cultive a planta em placas de cortiça fixadas a uma parede. Não perturbe a samambaia depois que ela estiver fixada ao seu apoio.

Cultura
Mantenha úmido o apoio da samambaia durante o ano inteiro, mas regue bastante nos meses de verão. Na primavera, adicione uma cobertura de adubo fresco para oferecer nutrientes. Cultive a samambaia à luz solar, mas não direta, pois ela cresce naturalmente sob a luz filtrada da floresta tropical. Use luz artificial de, pelo menos, 400 velas. Cultive-as em áreas com muita circulação de ar e pouca umidade para evitar o apodrecimento da raiz.

Propagação
Colha as mudas enraizadas de um chifre-de-veado a partir da base. Plante-as em um vaso com adubo. Mantenha-as posicionadas com um arame dobrado ou estacas de madeira. Conserve o solo úmido até crescerem o suficiente para serem transplantadas. Pode-se também colher os esporos maduros das frondes foliares. Os esporos devem ser de cor marrom-brilhante. Corte um pedaço de fronde com esporos maduros e ponha-o em um saco de papel até os esporos se dispersarem ou ficarem lanosos, com tonalidade amarronzada e seca. Encha um vaso fundo com fragmentos de um vaso de barro e, em cima destes, aplique uma camada de turfa ou esfagno. Espalhe os esporos no alto do substrato e ponha o vaso em um pires com água para fornecer umidade. Transplante-os para vasos novos, a espaços de cerca de 5 cm, quando  estiverem grandes o suficiente para serem manuseados.

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Paphiopedilum

Para muitos, o cultivo de orquídeas é um bicho-de-sete-cabeças, Mas se engana quem pensa assim. Na grande maioria, as orquídeas brasileiras são epífitas, isto é, crescem presas às árvores, sem, contudo, roubar delas quaisquer nutrientes. As raízes são usadas apenas para fixar a planta no caule das árvores.

Ao escolher o que vai cultivar, procure sempre a espécies adaptadas a sua região. Como as orquídeas florescem apenas uma ou duas vezes por ano, é interessante possuir várias espécies diferentes (cujo ciclo de floração costuma ser também diferente). Isso aumenta as chances de ter sempre alguma planta florida.

Procure não coletar ou adquira plantas oriundas das matas, pois as orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas produtoras de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis.

Mantenha o vaso sempre úmido, jamais encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por excesso do que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo do vaso, pois as raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde, quando a planta não estiver sob o sol.

Instale suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no horário da manhã (até as 9 horas) ou no final da tarde (depois das 16 horas). Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não tenham uma sombra muito densa, como as mangueiras. O problema é que, quando florescerem, elas não poderão ser levadas para dentro de casa. Aliás, é recomendável manter os vasos, o máximo possível, na mesma posição e local.

As orquídeas necessitam de locais arejados. Evitar, porém, a ventilação muito forte.

Utilize um desses adubos foliares (líquidos) que se encontram na seção de jardinagem de todos os supermercados. Adicionar algumas gotas à água com que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores. Procure molhar sobretudo a parte inferior das folhas de sua orquídea, pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.

Se as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas estarão mais resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De qualquer modo, previna-se. Um dos grandes inimigos de nossas orquídeas são as cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma coleção maior, haverá necessidade de apelar para os defensivos. Dê preferência às fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. É recomendável consultar uma pessoa que tenha experiência com produtos naturais.

É interessante atribuir-lhe um código (numérico ou alfanumérico, como queira), para facilitar a identificação no caso de uma coleção de médio ou grande porte. Para isso anote o nome da espécie de sua orquídea numa plaqueta. Um desafio que os orquidófilos enfrentam é memorizar o nome de suas plantas, quase todos em Latim ou latinizados – raramente as orquídeas têm nomes populares. Mas isto termina se tornando um excelente exercício de memória. Desenvolva igualmente o hábito de anotar a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de irrigação, luminosidade, ventilação.

Procure freqüentar uma associação de orquidófilos, este é o local mais apropriado para trocar idéias, tirar dúvidas sobre o cultivo de orquídeas e, de quebra, fazer novas amizades. Procure tirar proveito do convívio com os orquidófilos mais experientes. Na grande maioria, eles adoram repartir seus conhecimentos (conhecimentos que, aliás, serão sempre incompletos, pois, em se tratando de orquídeas, eternamente, todos têm algo para aprender).

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