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Posts para categoria ‘Cultivos e Cuidados’

Lithops

Ao contrário do que originalmente poderia se pensar, os cactos (e muitas suculentas) necessitam de umidade constante nos primeiros estágios de vida (os primeiros 6 meses), o que determina os cuidados necessários para sucesso na sua propagação por sementes. Sendo assim, vários métodos têm sido propostos, sempre com o intuito de garantir as condições apropriadas para germinação. Na minha experiência pessoal, o maior fator de insucesso são as infecções por fungos, que são favorecidas pelo ambiente úmido e quente. Quanto ao erro mais comum dos iniciantes, é enterrar as sementes ao invés de deixá-las na superfície, o que ocasiona baixas taxas de germinação.

1. Preparo do solo para plantio de sementes de cactos
As misturas para plantio de cactos, tanto adultos quando sementes são muito variáveis entre os colecionadores, mas reservam entre si algumas similaridades:
a) São ricos em areia. Normalmente pelo menos 3 ou 4 partes de areia contra 1 parte de solo de jardim é utilizado. Se o solo de jardim for muito argiloso eu recomendaria 4:1. No meu caso, tenho um trecho de terra muito arenoso em meu terreno, utilizo a terra arenosa daqui diretamente para o plantio.
b) Devem evitar matéria orgânica. A matéria orgânica, no caso dos cactos, vai facilitar o surgimento de doenças por fungos, e o crescimento excessivo de algas na superfície do meio. É melhor utilizar apenas terra com características minerais, com pouca ou nenhuma matéria orgânica.
c) Devem ser esterilizados. Após montar a mistura necessária, esta deve ser perfeitamente esterilizada. Eu utilizo 45 min no forno a 260C (do fogão) em uma forma de alumínio para bolo. Outra possibilidade é adicionar água à mistura e esterilizar no forno de microondas por 10 min. O ideal é fazer esta esterilização no dia em que for fazer o plantio, para evitar que o solo se contamine com esporos de fungos novamente ao ficar exposto ao tempo.

2. Recipientes

Diversos recipientes podem ser utilizados, mas não devem ser muito grandes. Vasos plásticos, copinhos usados de iogurte, embalagens transparentes de margarina, são opções. No caso de aproveitar copos de iogurte e outros recipientes, lembrar que devem ser feitos muitos furos no fundo, para garantir uma boa drenagem. Além dos furos, uma camada de 1-2 cm de pedrisco fino deve ser adicionada ao fundo do vaso para garantir a drenagem.

3. Como manter a umidade
No meu caso, compro caixas plásticas retangulares completamente transparentes de freezer, que cabem normalmente 9 copos de iogurte no seu interior, e têm tampa. Isto se constitui uma câmara ideal para germinação, mantendo a umidade necessária. Repare que é bom utilizar algo que evite ter que efetuar mudanças posteriores, tantos nos recipientes como na câmara, pois as plântulas (também chamadas seedlings) devem ficar cerca de 6 meses nessas condições, antes de serem replantados individualmente. Outro método que tenho visto freqüentemente nas coleções consiste de utilizar uma garrafa PET transparente (ex. Coca-Cola ou Fanta, não utilize as verdes!!!). Corta-se a garrafa mais ou menos a 1/3 a partir da base e faz-se os furos na parte inferior. Após o plantio a parte de cima é encaixada, para servir como mini-estufa para garantir a umidade (a mesma função da caixa do método 1). O método da PET é interessante, pois permite que, após algum tempo, se retire a tampinha da garrafa, o que vai tornar o ambiente um pouco mais seco, e posteriormente retirar a cúpula completamente, para aclimatar as plantas à baixa umidade.

4. Assepsia e fungicidas

Devido às condições de umidade necessárias para a germinação, são freqüentes os problemas com doenças causadas por um fungo de solo (chamado Fusarium sp.). A melhor maneira de evitar isso é ter um solo livre destes patógenos para início e manter o seu controle com fungicida. Para esterilização do solo o mais fácil é o método através do calor, como explicado no item 1. Para melhorar ainda a assepsia, é recomendável esterilizar todo o equipamento restante com água sanitária diluída. A diluição adequada é 1 parte de água sanitária e 9 partes de água. Nesta mistura mergulho todos os vasos, e depois passo um pouco na caixa ou na garrafa PET. Não é necessário enxaguar, já que esta mistura não é tóxica para as sementes. Costumo deixar o pedrisco também dentro da mistura antes de adicionar nos vasos. Como fungicidas, os mais comuns são: sulfato de cobre, mancozeb e captan (uso este último). Dilui-se e coloca-se dentro de um spray (tipo de passar roupa) para ir tratando os vasos esporadicamente ao menor sinal de fungo (é fácil ver algum bolor crescendo sobre sementes não germinadas) ou morte súbita de algumas plântulas.

Passo a Passo para germinar os cactos (baseado nos princípios acima)

Materiais necessários: mistura arenosa, pedrisco, recipientes, caixa plástica ou garrafa PET preparada, água sanitária e fungicida.
1. Esterilize a terra e deixe esfriando.
2. Esterilize os vasos, pedrisco, e caixa de germinação com água sanitária (1:9)
3. Preencha os vasos com 1-2cm de pedrisco e depois a mistura arenosa até 0,5 cm antes da borda superior. A mistura deve ser bem fina, pois se sobrarem pedrinhas, grumos etc, as plântulas podem morrer quando a raizinha fina não conseguir penetrar.
4. Molhe os vasos por baixo, mergulhando o fundo em um potinho com água até a umidade chegar completamente à superfície (adicione um pouco da água sanitária diluída aqui se quiser deixar a mistura completamente esterilizada, isso não atrapalha a germinação desde que seja diluída).
5. Adicione com cuidado as sementes de cactos sobre a superfície (as sementes de cacto requerem luz para germinar e portanto não devem ser enterradas. Espalhe as sementes com cuidado na superfície, deixando cerca de 0,5 cm entre elas, lembrando que as plântulas vão crescer 6 meses antes de haver replante.
6. Toque ligeiramente cada semente para que afunde ligeiramente no substrato, mas ficando ainda exposta à luz (é melhor enterrar de menos do que demais, as vezes até mesmo suprimo esta fase para sementes muito pequenos).
7. Organize e etiquete com os dados da espécie/variedade , fonte das sementes e data de plantio.

De forma geral o cuidado daí em diante consiste de manter a umidade constante (utilizando um spray muito fino. Não se deve regar diretamente os potes, pois as pequenas plântulas morrem se forem deslocadas nas fases iniciais. Atenção também aos fungos. No primeiro mês aplico alguns jatos do fungicida cerca de 2 vezes por semana. Após o primeiro mês, passo a retirar a tampa da caixa no período noturno, de forma a secar gradativamente. As condições de seca típicas de cactos só devem ser aplicadas após o replantio, que varia de espécie para espécie. Com Astrophytum, que apresenta sementes grandes e crescimento rápido, o replantio normalmente ocorre com 6 meses. Com espécies mais lentas pode chegar a um ano. Não se deve ter pressa em retirar as plantinhas dos potes inicias, enquanto nao estiverem realmente amontoadas e lutando por espaço.

rosas

cyrtopodyum

Nada é pior para quem ama cuidar de flores do que as pragas que atacam nossas queridas flores e destroem, em pouco tempo, toda a beleza e a delicadeza que as flores são capazes de nos proporcionar.

Quando você se dedica ao cultivo de orquídeas, as coisas ficam muito. Principalmente se, junto com as orquídeas, você cultiva outras flores no seu jardim. Infelizmente será praticamente impossível consolidar o cultivo delas com as outras flores de forma aberta e extensiva. As orquídeas são flores robustas e resistentes, porém precisam de certos cuidados que a exposição ao tempo num jardim aberto ficaria impossível. Isso sem falar que as outras flores acabarão se transformando em vetores de pragas e de doenças importantes que poderão arruinar as suas orquídeas de forma rápida.

Contudo, nem tudo está perdido. Tomando alguns cuidados com suas orquídeas e com uma atenção redobrada as condições de fitossanidade no local onde você vai iniciar o seu orquidário devem ser suficientes para garantir uma boa saúde e o florescimento de flores belíssimas e de orquídeas saudáveis e de bom tamanho.

Se não conseguir criar as suas orquídeas numa estufa separada, crie um cercado com uma tela em volta delas de forma a evitar que os insetos que venham das outras flores, possam carregar doenças e outros problemas capazes de afetar suas orquídeas em formação.

Apesar de o efeito estético ser ótimo, você nunca deve cultivar suas flores encostadas em paredes, cercas ou muros. Isso evitará que insetos e roedores se aproveitem de frestas e das paredes para terem acesso as suas flores e assim alimentarem-se delas ou levarem parasitas que poderão prejudicá-las em sua florescência.

Manter também os vasos das orquídeas e das flores bem limpos e livres de mofos é uma questão que deve ser observada com extremo cuidado. Limpar muito bem antes de plantar as flores ou as orquídeas com uma solução a base de cloro de forma a eliminar germes patogênicos e parasitas invisíveis que levarão doenças para as orquídeas e para as flores do seu jardim. De preferência, antes mesmo de povoar o local escolhido com as flores e com as orquídeas pulverize com fungicida e com os inseticidas recomendados de maneira a criar uma barreira profilática contra parasitas e microorganismos contaminantes.

jardineira

Pragas que sugam a seiva das plantas devem ser combatidas ferozmente. Pois agindo assim, elas causam fraqueza e impedem que se formem as tão sonhadas e queridas flores das orquídeas e das outras plantas. Além disso, os orifícios que provocam nos caules das plantas podem servir como porta de entrada para inúmeros germes patogênicos que são de difícil tratamento e que podem ocasionar a morte delas.

Um grande problema em cultivar orquídeas e flores de outras espécies em jardins sem proteção ou abertos são as formigas. Implacavelmente dotadas de uma disciplina sem igual, as formigas podem se alimentar das plantas ou trazer outros animais para alimentarem-se das orquídeas e produzir um néctar que lhes é aprazível (algumas espécies de formigas criam pulgões da mesma maneira que humanos criam bois e vacas). O resultado, em qualquer uma das duas modalidades de infestação, é dramático e pode levar a morte das plantas. Impedindo que as orquídeas dêem flores.

Combater essas pagas e manter a sanidade do jardim não é uma tarefa muito fácil e que não acaba nunca. Mas tomar esses cuidados com suas orquídeas e flores tem uma recompensa óbvia e que vale qualquer sacrifício: flores e orquídeas belíssimas.

joaninhas

Iris-caminhante
Bonita planta usada em jardineiras e bordaduras de jardins, e mais conhecida como Íris-caminhante ou Falsa-íris.

Planta perene, nativa do Brasil e sudeste do México, aprecia solo rico em matéria orgânica, bem drenado e que mantenha umidade relativa; sol pleno até meio-dia e meia-sombra no restante do dia proporcionam um melhor  processo vegetativo.

Prefere climas mais quentes, na região sul do Brasil encontra maior dificuldade no crescimento e floração, se comparada com plantas do sudeste ou centro-oeste brasileiro.

Sua folhagem é longa e flexível, apresentando nos ponteiros das hastes lindas flores efêmeras. Murcham no mesmo dia, em compensação a mesma haste florirá  múltiplas vezes.

Sua propagação é feita por sementes, divisão da planta ou removendo as plântulas enraizadas que nascem nos ponteiros.

O nome “íris-caminhante” deve-se ao fato de que, sendo suas hastes flexíveis, após floração e surgimento de novas plântulas no ápice , com o peso dobra-se ao chão, onde essas novas mudas  enraizarão formando novas plantas e assim sucessivamente – espalhando-se, literalmente “caminhante” nesse meio de propagação.

Acaba tomando conta do terreno ou jardim onde estiver plantada,  caso não haja um controle. Por causa dessa propagação é considerada planta invasora.

Existem diversas espécies de Neomarica, uma outra bem conhecida é a cerúlea ou caerulea, cujas pétalas apresentam um tom azulado em sua totalidade, diferente da gracilis, com pétalas externas num branco que varia do puro ao creme suave. Algumas possuem flores menores,  como aquelas nativas do litoral brasileiro.

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Verbenas

Verbena

As verbenas tiveram origem na América do Sul e são conhecidas popularmente pelo nome “camaradinha”. Fazem parte da família Verbenaceae e as duas espécies mais conhecidas são: a Verbena hybrida e a Verbena officinalis.

Estas plantas têm ciclo de vida perene e alcançam até trinta centímetros de altura. Os caules são flexíveis em formato quadrangular com coloração verde arroxeada e as folhas são alternadas entre ovais pontiagudas e serrilhadas com pelos.

As flores são bem pequenas em formato de tubos ficam reunidas nas pontas dos vários ramos. É possível encontrar flores nas cores: lilás, vermelho-escuro, branco, rosa e roxo.

Elas devem ser cultivadas em solo fértil, rico em matéria orgânica e bem drenado. São tolerantes ao frio, mas preferem ficar a pleno sol. Mesmo sendo perenes, as verbenas precisam ser tratadas como bienais (clico que dura dois anos), pois perdem a força vegetativa com o passar do tempo. Devem receber regas regulares, pois não apreciam solos secos.

Uma boa dica é quando as verbenas são plantadas em canteiros, além de o solo ter que ser adubado com frequência, elas precisam de um espaçamento de dez a vinte centímetros de distância.

Florescem praticamente o ano todo e podem ser plantadas em vasos, jardineiras, canteiros ou em maciços (neste último ficam parecendo um denso tapete colorido – se alastram rapidamente cobrindo todo o solo).

Verbenas têm propriedades afrodisíacas, calmantes, digestivas e diuréticas.

Curiosamente esta planta é usada para aromatizar cafés e chás ou como perfume e, também, para ser usada como condimento de alimentos (tempero). Considerada sagrada por muitas culturas a verbena atua na proteção, paz, purificação e ansiedade.

A propagação das verbenas é feita através de sementes ou ramos do caule (mudas). Esta plantinha de ramagem tão delicada que fornece um ar campestre ao jardim ode ser encontrada em floriculturas, floriculturas online e lojas de jardinagem em mudas, canteirinhos ou vasos prontos, arranjos como buquês e, principalmente, em sementes para o plantio próprio.

gatinho