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Posts para categoria ‘Plantas Carnívoras e Daninhas’

dionae

Segundo biólogos, a palavra “carnívora” é uma maneira incorreta para se referir às plantas que comem insetos. Pois na verdade, as plantas carnívoras absorvem somente algumas substâncias dos insetos que ingerem, portanto, é mais correto chamá-las de insetívoras.

Mas há uma razão para este comportamento, acredita-se que uma planta com essa peculiaridade pode ser resultado de uma longa adaptação da espécie a um solo arenoso, ácido, pobre em nitrogênio ou com falta de outros nutrientes. Por esta razão, a planta carnívora sentindo essa ausência de nutrientes, começa a se alimentar de pequenos insetos para que estes forneçam as substâncias necessárias para ela sobreviver. Portanto, é uma questão de sobrevivência ao meio-ambiente em que ela se encontra.

Porém, devido ao processo evolutivo, hoje é possível ter exemplares dessas espécies em diversos ambientes, inclusive naqueles ricos em nitrogênio. É a folha da planta insetívora que come o inseto, e pode apresentar várias formas.

No caso da planta carnívora da espécie nepente, a folha parece uma urna, com pêlos voltados para baixo e uma coloração que atrai o inseto. Ao cair pela abertura superior, o inseto molha as asas num líquido acumulado no fundo e não consegue sair. A folha forma uma parede com pêlos rijos que também impedem que ele suba por ali, e o inseto acaba sendo absorvido pelo líquido que, por sua vez, é lentamente digerido pela planta.

Outras espécies, como a drosera, têm grossos pêlos em suas folhas que produzem uma substância viscosa, às vezes com cheiro peculiar, que serve para atrair, prender e digerir o inseto.

A chamada pega-moscas (Dionea muscipula) possui a aparência mais assustadora entre as insetívoras. Em alguns filmes de terror, já apareceu comendo seres humanos (como no filme A Pequena Loja dos Horrores). Suas folhas, de formas arredondadas, apresentam longos pêlos nas bordas. As folhas ficam abertas como bocas famintas e quando o inseto pousa sobre elas, se fecham rapidamente, aprisionando-os. A planta leva dias para digerir e absorver a sua caça.

carnivora

Arctium lappa

O ser humano convencionou chamar os vegetais que crescem onde não são desejados de “Plantas Daninhas”, “Ervas-Más”, “Mato” ou “Plantas Invasoras das plantações”. Ninguém até hoje definiu cientificamente as ervas daninhas. Essas plantas crescem em geral em áreas revolvidas pelo homem ou pelos animais domésticos. Qualquer planta pode ser daninha. Uma planta que não se tenha pretendido cultivar é daninha, pois cresce onde não queríamos que crescesse. Um tomateiro no meio de um jardim será considerado erva daninha e um lírio o será numa plantação de tomates. O centeio e a aveia nos tempos pré-históricos eram as ervas daninhas dos campos de cultura do trigo e da cevada. As ervas daninhas se espalharam pelo mundo inteiro levadas pelos navios, trens, aviões, etc.

Antes de aparecerem esses meios de transporte, a disseminação das plantas era lenta e restrita. A competição das plantas daninhas com as culturas tem grande influência na produtividade, pois elas concorrem por água, luz e nutrientes, reduzindo a qualidade e a produção das plantas cultivadas. Para o desenvolvimento normal, o algodoeiro, por exemplo, exige solos livres das plantas daninhas que acabam prejudicando o tipo e as características tecnológicas da fibra. Na cultura das plantas aromáticas e medicinais, o controle das plantas daninhas é uma tarefa importante, pois podem misturar-se por ocasião da colheita, ocasionando efeitos tóxicos, alérgicos, etc., e contribuírem negativamente quando da comercialização dos produtos. Muitas plantas daninhas são hospedeiras de insetos, ácaros, nematóides, vírus, bactérias e fungos, muitos deles nocivos às plantas aromáticas e medicinais.

Algumas crescem em abundância quando o solo é rico em matéria orgânica, como o caruru (Amaranthus) e a beldroega (Portulaca oleracea) rica em sais minerais, ferro, cálcio e fósforo. Uma única planta pode produzir 10 mil sementes que podem permanecer dormentes no solo por mais de 20 anos. Outro exemplo é a erva-de-são-joão, também conhecida por picão-roxo (Ageratum conyzoides) uma única planta chega a produzir cerca de 40 mil sementes. Outras invasoras são comestíveis como a serralha (Sonchus oleraceus), a serralhinha (Emilia sonchifolia), o mastruço (Lepidium sp) e o melão-desão-caetano (Marmodica charontia).

As plantas chamadas de daninhas desenvolveram mecanismos próprios de sobrevivência como: elevada produção de sementes com grande facilidade de dispersão e longevidade das mesmas, o que faz delas elementos de alta agressividade, competitivas em relação às plantas cultivadas pelo homem e isso lhes garante a perpetuação da espécie. A maior parte das sementes produzidas por uma planta daninha se conserva em estado de dormência temporária, vindo a germinar muitos anos mais tarde, ao contrário das sementes das plantas cultivadas, que têm a sua viabilidade germinativa apenas durante alguns meses.

No Brasil, cujo clima equatorial tropical, subtropical e temperado, onde chove muito, o agricultor “pena muito” para manter suas plantações livres de ervas daninhas, tendo que para isso, capinar com muita freqüência. A tiririca (Cyperus) de origem indiana, já é cosmopolita. A erva-macaé (Leonurus sibiricus) de origem asiática, causa inúmeros danos às plantações. As plantas chamadas “daninhas” vivem também em meios aquáticos, como as aguapés (Eichornia crassipes) e até como parasitas-cipó-chumbo (Cuscuta racemosa).

Nem todas as ervas chamadas de daninhas devem ser eliminadas. Algumas são medicinais, comestíveis, outras ajudam a sanear solos decaídos e há até aquelas que atuam como repelentes. As “plantas invasoras” surgem em circunstâncias bem definidas como indicadoras de carência ou excessos de elementos do solo. Para combater as invasoras, não basta capinar para eliminá-las. É preciso saber por que elas aparecem.

Conhecendo as razões do seu aparecimento, ficamos mais preparados para combatê-las ou corrigir os desequilíbrios do solo.

flor azul

nepenthes híbrido (Small)Nepenthes Híbrido, um dos exemplares da “natureza selvagem”

Deixe o preconceito de lado e invista no exotismo dessas espécies para ter um jardim diferenciado

Apesar de ter angariado um o estereótipo ruim ao longo dos anos, as plantas carnívoras não devem ser descartadas na hora de compor um belo projeto paisagístico. Exótica e cheia de charme, elas podem ser uma boa opção para diferenciar seu jardim.

Diferentemente do que se pensa, a maioria das plantas carnívoras não come carne, mas se alimenta apenas de insetos.

O título veio da generalização da capacidade de algumas espécies, como a Nepenthes, de capturar pequenos anfíbios. Isso significa que esse tipo de planta em casa não traz perigo para a família ou animais de estimação.

Jardins com plantas carnívoras são mais comuns na casas de pessoas que buscam conceitos naturalistas, que gostam da natureza selvagem.

Variedade e cuidados
No mundo, existem cerca de 500 espécies de plantas carnívoras, sendo que a Austrália é o país com maior diversidade, seguindo do Brasil, onde se pode encontrar 80 tipos diferentes. “A mais procurada é a Dionaeas,”.

Qualquer pessoa pode ter uma planta carnívora em casa, seja na janela, na varanda ou no quintal.

Como todas as plantas, elas necessitam de cuidados. Levando em conta a facilidade de cultivo e a durabilidade, quem quer começar o cultivo deve optar pelas Dionaeas, Nepenthes, Drosera binata, Drosera capensis, Drosera spatulata e Drosera adelae e Sarracenias”.

Como cuidar das plantas carnívoras:
A Dionaeas é uma das variedades mais fáceis de se cultivar

- Mantenha-as em vasos plásticos. Isso ajuda a reter a umidade do substrato por mais tempo;

- Não use terra comum para plantá-las. Prefira substrato de musgo “sphagnum” puro ou misturado com pó de coco;

- Molhe de uma a duas vezes por dia. O substrato deve estar sempre úmido;

- Plantas carnívoras se alimentam de insetos porque o solo onde vivem é pobre em nutrientes. Portanto, não adube a base;

- Podar não é necessário. Apenas corte as folhas mortas;

- Evite deixá-las em lugares onde venta muito, pois isso ele seca a mucilagem (substância viscosa) das Droseras;

- Nunca use água clorada ou mineral. Prefira água destilada ou de chuva. Se só tiver a água de torneira disponível, deixe-a descansando em um recipiente aberto, protegido por um pano fino, por 72 horas para que o cloro evapore;

- Não se preocupe em alimentá-las com insetos. Elas são preparadas para capturá-los. Se perceber que isso não está acontecendo, coloque uma fruta próxima para atrair o alimento.

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Há somente uma espécie nesse gênero, a Dionaea muscipula, nativa de pântanos da planície costeira dos estados North Carolina e South Carolina, EUA. Embora sua extensão na natureza seja bem pequena, é a planta carnívora mais famosa e mais comum em cultivo dentre todas. Isso é devido, provavelmente, ao seu aspecto bem “carnívoro” de suas armadilhas.

A planta cresce em forma de roseta. Cada folha da roseta é constituída de um curto pecíolo, e, no extremo, a armadilha: dois lóbulos conectados pela veia central, providos de numerosas projeções nas bordas, como se fossem dentes. Em cada lóbulo há ao menos três pontiagudos “gatilhos”,

As presas são atraídas pelo odor do néctar secretado por minúsculas e numerosas glândulas, presentes em maior quantidade na superfície interna da armadilha. Quando sugando o néctar, é difícil não tocar nos “gatilhos”.

Para que a armadilha seja acionada, um mesmo “gatilho” deve ser estimulado duas vezes num curto período, ou dois diferentes acionados uma vez cada, também num curto período de tempo. Então os lóbulos se fecham sobre a presa em questão de décimos de segundo (se a planta não estiver muito saudável, este tempo poderá ser bem grande, impossibilitando a captura). Do modo como se fecham, os cílios se entrecruzam, formando uma espécie de jaula, da qual a presa não consegue escapar.

Se nada foi capturado, terá início o processo de reabertura (leva uns dois dias, aproximadamente) que, muitas vezes, dispende grande quantidade de energia. A obrigatoriedade de dois estímulos ajuda a evitar que as armadilhas se fechem à toa. Tal poderia acontecer, por exemplo, numa chuva: as gotas de água caem sobre os “gatilhos”, estimulando-os.

Mas se algo foi capturado, a presa tenta forçar a saída: ela se mexe mais e mais, estimulando ainda mais os gatilhos. Por isso, os lóbulos são fortemente pressionados um contra o outro, em toda sua extensão (antes, apenas as bordas se encostavam). Neste processo, a presa eventualmente morre esmagada. Daí é criado um ambiente hermeticamente fechado; as enzimas digestivas são lançadas sobre a presa e dá-se início ao processo digestivo.

Dependendo do tamanho da presa captura, a armadilha permanece fechada até 10 dias, e pode até morrer se a presa for muito grande. Terminadas a digestão e a absorção dos nutrientes, a armadilha reabre, revelando restos não digeridos da presa – geralmente a carcaça; resta ao vento ou à chuva fazer seu papel de levar embora estes restos.

Somente depois de algum tempo a armadilha volta a ficar ativa. A reabertura é um processo lento, durante o qual os “gatilhos” permanecem desativados. Na verdade, a reabertura depende do crescimento, ao contrário do fechamento que é extremamente r&aacutepido por envolver processos mecânicos (funciona graças à diferenças de pressão da água presente no interior dos lóbulos).

Cada armadilha tem um período de vida limitado. Estima-se que seja capaz de capturar e digerir no máximo três presas, então ela apodrece e morre. Se eventualmente capturar uma presa grande, esta pode ser a sua única. Novas armadilhas estão sempre sendo formadas conforme a planta cresce. Veja mais »