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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Barlia robertiana

A família Orchidaceae é considerada uma das mais amplas do Reino Vegetal. Composta por mais de 25 000 espécies silvestres conhecidas, facilmente podemos encontrar exemplares em todas as regiões do Globo com excepção das zonas polares e desertos arenosos mais secos.

As orquídeas podem ser classificadas consoante o substrato onde se desenvolvem: terrestres, se crescem sobre o solo; epífitas, se crescem sobre outras plantas; ou trepadoras se crescem agarradas a superfície de muros ou encostas.

Na Península Ibérica apenas foram identificadas orquídeas terrestres e, na nossa última visita ao Parque do Monsanto, podemos observar dois exemplares de orquídeas silvestres, que passarei a descrever:

Barlia robertiana

O nome desta espécie surge em homenagem a dois um botânicos franceses do Séc. XIX, Joseph Barla e Robert. O gênero Barlia compreende apenas duas espécies, a Barlia metlesicsiana que é endêmica da ilha do Tenerife e a espécie acima referida.

A Barlia robertiana é uma orquídea robusta que pode alcançar, em condições ótimas, cerca de 50 a 80 cm de altura sendo, por este motivo, denominada de Orquídea Gigante. O talo e as folhas apresentam uma cor verde brilhante. A inflorescência é larga e densa é composta por aproximadamente 60 a 70 flores de cor púrpura / violácea cuja zona central é branca.

Em toda a corola podem ser observadas manchas e/ou pontuações violáceas. A principal característica das flores desta orquídea é apresentarem um labelo (pétala de maior dimensão centralmente situada na base da flor) de grandes dimensões e trilobado sendo estes lóbulos muitas vezes bifurcados.

Embora a polinização seja assegurada pelas abelhas, ainda não esteja claro se existe produção de néctar ou não pela flor. Esta espécie floresce entre Janeiro a Abril e encontra-se distribuída preferencialmente pela zona Sul ou Mediterrânica da Península Ibérica.

orquidea

bromelias

As bromélias por serem exóticas e donas de uma enorme diversidade de cores e tamanhos, definitivamente conquistaram seu espaço nos projetos de paisagismo. E não é de agora que a planta ganhou destaque no Brasil e no mundo. Um dos maiores exemplos disto é o abacaxi, uma bromélia que chegou à mesa dos europeus após a segunda viagem de Cristóvão Colombo à América.

Mas é na mata que as bromélias são imprescindíveis para garantir o equilíbrio ecológico de toda a região. As bromélias desempenham um papel muito importante no ecossistema. Um biólogo francês descobriu que nas florestas tropicais da América existem verdadeiros pântanos suspensos sobre as árvores, uma variedade enorme de animais aquáticos, típicos habitantes de pântanos e lagoas, vivem a 30 metros de altura, junto às copas das árvores.

Desde microscópicos protozoários, larvas de insetos até pequenos vertebrados, como os sapinhos arborícolas, estes pequenos animais sobrevivem naquela altura graças a pequenas quantidades de água de chuva ou de orvalho acumuladas pelas bromélias. É verdade que uma bromélia pode reter somente poucos os litros de água (com algumas honrosas exceções, como a Vriesia gigantea, por exemplo, que chega a conter 4 litros de água na roseta foliar), mas existem centenas de milhões de bromélias povoando os galhos das árvores em grandes extensões de florestas.

Na Mata Atlântica, por exemplo, em apenas uma árvore é possível encontrar até quinhentas bromélias, cada qual com enorme quantidade de seres abrigados entre as folhas. Somando todas essas unidades obtêm-se o que muito apropriadamente aquele biólogo chamou de “um pântano suspenso”.

É grande a variedade de plantas que servem de criadouro para pequenos animais, mas poucas conseguem hospedar uma fauna tão abundante e diversificada como as bromélias. Suspensas nas árvores, elas não abrigam apenas seres aquáticos. Em suas folhas podem ser encontrados também inesperados habitantes do solo e até do subsolo da floresta.

É que, além da água, uma boa quantidade de folhas caídas fica retida pela bromélia e todo esse material se decompõe lentamente, transformando-se num húmus muito semelhante ao do solo. Ela serve de residência para aranhas, besouros, centopéias, lesmas e até mesmo minhocas.

Assim, não foi apenas o pântano que ficou suspenso com as bromélias: elas levaram para o telhado da floresta um pouco de seu chão e outro pouco do seu porão. Se analisarmos este efeito do ponto de vista ecológico, as bromélias conseguiram, literalmente, virar a mata de cabeça para baixo!

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bromelias

Origem do nome:
A Bromélia é uma planta ornamental cujo nome origina-se do Grego: BROMOS, que significa Manjar – Comida Saborosa. Grande é o número de espécimes abrangidos pela família das Bromeliaceae, são mais de 400. Os frutos são mais aromáticos que as flores. Umas das espécimes mais conhecidas nacionalmente é o Abacaxi, seguida do Ananás e por fim a Macambira.

MacambiraMacambira:

É uma planta da família das bromeliáceas. Está presente nas áreas secas do Nordeste, desde a Bahia até o Piauí. Tem raízes finas, caule de forma cilíndrica e as folhas (constituídas de duas partes distintas: base dilatada e limbo) distribuídas em torno do caule. O tamanho da planta é variado e o seu fruto é uma baga de três a cinco centímetros de comprimento e diâmetro variando de 10 a 20 milímetros. Quando maduras, as bagas são amarelas, lembrando um cacho de pequenas bananas. A Macambira cresce debaixo de outras árvores ou nas clareiras, formando pequenas ou grandes touceiras. Só é aproveitada na alimentação dos animais (ou até mesmo do homem) durante os longos períodos de seca. Da base das folhas é extraída uma massa, da qual se fabrica um tipo de pão.

Utilização:
Muito procurada para decorar ambientes internos e externos. As Bromélias vêm sendo muito utilizadas para compor jardins tropicais e temáticos, decorar fontes, cascatas e em arranjos e vasos. Por suas cores e formas.

As Rainhas da Hora:
As bromélias são plantas naturais das Américas, particularmente da América do Sul, onde se encontram cerca de 2 mil das 3 mil espécies conhecidas. No Brasil existem cerca de 1.500 espécies, especialmente na mata atlântica, segundo a Sociedade Brasileira de Bromélias ( www.bromelia.org.br). Com exceção de uma única espécie: Pitcairnia feliciana, que é originária da Guiné, África. São classificadas em 56 famílias ou gêneros e divididas em três grupos: as que se fixam em árvores (epífitas), as rupícolas (em pedras e rochas) e as terrestres, de solo. Em nenhum caso elas são parasitas, pois mesmo as epífitas são autônomas, retiram toda sua nutrição no ar úmido, na água retida em suas rosetas, poeiras e bactérias, pois suas raízes são utilizadas apenas para fixação. Assim a solidariedade se forma em torno do seu âmago (ou roseta, a parte central da planta) uma verdadeira comunidade de pequenos seres vivos se forma ali.

Por vezes nascem, vivem e morrem sem nunca botar os pés no chão. Sem falar de visitantes assíduos como as abelhas, besouros, borboletas, passarinhos e até macacos que vão sorver a água retida em suas rosetas. Certos pássaros fazem ninho nas Bromélias usando seus espinhos como proteção. Mas o que torna uma Bromélia especialmente atraente é a água que ela acumula em sua roseta – a quantidade de água acumulada chega a 50 mil litros por hectare de floresta. Uma Neoregélia Cruenta, muito resistente a ambientes inóspitos, é considerada uma verdadeira batedora ecológica, tal a eficiência com propicia condições de vida em lugares difíceis. Todas são valentes. Tanto se desenvolvem bem no chão como em troncos e copas de árvores, fendas de rochas. Nem é preciso se dizer que no Brasil , com tanto território e abundância de matas, possui a metade das três mil espécimes conhecidas. Uma festa de gêneros e variedades para colecionadores, trilheiros e paisagistas. Elas alegram o pais inteiro com suas cores e formas inusitadas.

Tipos de híbridos:
Há dois tipos de Bromélias híbridas no mercado: a comercial, que são produzidas em grande escala por meristemas e induzidas através de adubações químicas a estarem prontas em pouco tempo para venda e as de coleções que são o oposto das ditas comerciais, pois o objetivo do cultivo é o aprimoramento da espécime, é feita a hibridação natural em duas ou mais espécimes nativas na natureza com auxilio dos insetos, dos beija-flores e posteriormente as mãos do próprio homem nos laboratórios e estufas. Busca-se aqui uma nova variação de cores, densas e de alto padrão de linhagem.

Floração e morte:
Após florescer, a bromélia poderá fornecer sementes ou não, em função de ter sido ou não fecundada. Ela lhe oferecerá várias ramificações laterais que são chamadas de “brotos” e que podem ser destacadas e replantadas ao atingirem cerca de um terço do tamanho da planta original. Na maioria dos casos, as ramificações também podem ser deixadas no mesmo vaso, produzindo um belo efeito. Ao produzir as ramificações, a planta mãe transfere para elas os seus nutrientes e, por esta razão, suas folhas vão naturalmente perdendo a cor, o brilho e ao final de algum tempo toda a vitalidade terá sido transferida para as brotações. Isto é um processo natural. Pode-se ir retirando as folhas à medida que elas forem perdendo a beleza original – e chegará um momento em que se poderá podar o que restar da planta original, deixando apenas as suas ramificações, ou, pelo contrário, destacar e replantar as brotações.

Mudas:
Caso se deseje retirar mudas estas deverão ser retiradas do tronco da planta mãe quando tiverem com 1/3 do tamanho da matriz. Com uma faca ou tesoura esterilizada e deve-se proceder o corte rente ao tronco da matriz. Posteriormente deve-se pulverizar o broto com canela em pó e deixar secar por 24 horas para cauterizar. Ao se plantar a nova muda, não se deve plantá-la em vasos grandes de mais. O substrato que irá recebê-la deverá estar previamente úmido. Deve-se evitar molhar as novas mudas por 72 horas. Nos primeiros 15 dias só regas leves e espaçadas. Não se deve deixar sob chuvaradas intensas. Pois quanto mais as plantas são mantidas secas durante o período descrito acima, estimula-se a formação de novas raízes.

Adubação:
Ao se adubar Bromélias, a primeira regra de ouro é: por ser muito sensível todo cuidado é pouco… É preferível errar para menos do que para mais.
É importante lembrar que as Bromélias não suportam o elemento COBRE o que as leva a morte.

Tipos de adubos utilizados:
*  Esterco de gado peneirado – Meio a meio em proporção ao substrato.
* Farelo de mamona – Uma colher de sopa ao mês.
* Osmocote 14.14.14 – Uma colher de sobremesa em dose única.
* Foliar 14.14.14 – ¼ da dosagem normal indicada pelo fabricante, uma vez ao mês.

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Como e quando regá-las?
O modo mais fácil de matar uma orquídea é molhando-a demais. Suas raízes ficam sem oxigênio e morrem, e os fungos se proliferam de forma descontrolada. As regas devem ser feitas de 2 a 3 vezes por semana, dependendo do clima na época.

O melhor jeito é testarmos com o dedo. Cavamos levemente o substrato e sentimos a umidade. Se ainda estiver úmido, não regue, espere até secar. Para elas, é melhor a falta ao excesso de água.

Devemos regá-las de preferência no início da manhã ou final da tarde, até que a água comece a escorrer por baixo do vaso.

Devo adubá-las?
Claro, ela precisa de nutrientes para crescer. O próprio xaxim ou fibra de coco é fornecedor natural de nutrientes.

Podemos adubar no vaso, colocando-se um pouco de adubo em um canto do vaso. Esse adubo irá dissolver-se aos poucos, liberando nutrientes a cada irrigação. Os melhores para isso são os orgânicos, como a torta de mamona e a farinha de osso, mas podemos também usar misturas, como o “Bokashi”, que pode ser encontrado em casas especializadas. Essas adubações podem ter intervalos de 3 meses ou mais.

A adubação foliar pode ser feita a cada 15 dias ou mais, com misturas próprias de adubo mineral, dissolvidos em água e aplicados com borrifadores comuns. Procure em casas especializadas, há diversas formulações, busque mais informações na embalagem dos produtos.

Pragas e doenças
Poucas são as doenças que podem atacar as orquídeas, não havendo muita solução para elas. Alguns insetos podem se tornar problemas, sendo os principais os pulgões e as cochonilhas. Os pulgões podem ser facilmente eliminados borrifando-se uma mistura de água e detergente, ou mesmo inseticidas domésticos à base de água, como o “SBP”.

Já as cochonilhas devem ser removidas manualmente, sob a torneira, raspando-se as folhas com uma escova macia (pode ser escova dental).

Quando renovar o vaso?
Quando a planta estiver excessivamente perfilhada, ou com as raízes ocupando todo o vaso, devemos efetuar a divisão da planta, ou passá-las a um vaso maior, pois suas raízes já não possuirão mais espaço para seu bom desenvolvimento.

Pronto, agora você está pronto para começar seu próprio cultivo de orquídeas, sem maiores dificuldades.

joaninha e girassol