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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Potinara

Quando você comprar uma orquídea, já plantada há um certo tempo, muitas vezes coberta de musgo, pode estar levando para casa, como brinde, as seguintes dores de cabeça:

Lesmas, caracóis, tatuzinhos; Nematóides; Cochonilhas em raízes, folhas e pseudo-bulbos; Fungos e/ou bactérias.

Os cuidados abaixo, poderão livrar você desses hóspedes indesejáveis.

Se puder desenvasar, lesmas, caracóis e tatuzinhos podem ser eliminados por catação manual, não esquecendo os ovos, caso existam. Ovos de lesmas são esferas transparentes que chegam a atingir 3 mm de diâmetro.

Se o desenvasamento for difícil, um outro meio é imergir o vaso, por cerca de duas horas, num recipiente com água suficiente para atingir a borda do vaso. Como os bichos terão que subir para respirar, poderão facilmente ser eliminados.

Atenção para não encostar o fundo do vaso no fundo do recipiente, pois, muitas vezes, assim como o furo do fundo do vaso é o caminho de entrada, é também o caminho de saída dos bichos. Como podem ainda existir ovos, é preciso repetir o processo algumas vezes a cada semana.

As cochonilhas podem se hospedar nas raízes, sugando-lhes a seiva, ou no verso das folhas ou ficarem escondidas entre as palhas secas que cobrem o pseudobulbo. Parece um pó branco, mas, na verdade, são bichinhos de alguns milímetros que vão sugando a seiva da planta, deixando a região toda amarelada. Se não for combatida a tempo, esta parte da planta estará perdida.

Detectado o problema, faça uma limpeza manual, retire as partes secas e faça uma desinfecção, como está explicado no final do capítulo.

Os Nematóides causam estragos que, a curto ou longo prazo, levam a planta à morte. A reação contra os nematóides varia de planta para planta. Ela pode até não morrer, se as condições lhe forem favoráveis, mas ficará raquítica e não dará flores.

Segundo os especialistas, existem cerca de 5.000 espécies de nematóides parasitos de plantas. O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca e tamanho da ordem de décimos de mm e, quando colocados sobre uma lâmina de um microscópio de baixo aumento com uma gota d’água, serpenteiam, como minhocas. Outros têm anéis e se movem se esticando e se encolhendo, como lagartas.

Eles atacam qualquer parte da planta, mas, em geral, iniciam seu ataque pelas raízes que começam a apodrecer.

Se as condições forem favoráveis para os nematóides (muita umidade), todas as raízes irão apodrecer em curto espaço de tempo. Do contrário, têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos.

. Esta podridão é distinguível da podridão negra (causada pelo fungo Pythium), porque o ataque do nematóide pára quando atinge o cerne duro, enquanto que o Pythium avança pelo rizoma até o pseudo bulbo em questão de dias. Mais ainda, o broto atacado por nematóide fica mole e aquoso, enquanto que o atacado pelo fungo Pythium não perde a consistência.

Se você notar mancha negra ou marrom, começando em geral pelo rizoma ou pseudobulbo, é podridão negra. Corte imediatamente a parte afetada e tente salvar o resto.

Um nematóide fêmea, parasito de plantas, tem uma postura de cerca de 2.000 ovos, de modo que a proliferação é intensa. Através de respingos de água, eles se espalham pela vizinhança. Se atingem um broto, este apodrece.

Não é incomum o cálice entre as folhas tenras superiores de uma Vanda apodrecerem infectados por nematóides

É importante não esquecer jamais de desinfetar o instrumento cortante. O meio mais prático é flambar com uma chama que pode ser até de um isqueiro. Para ter certeza de que a chama atingiu 100 graus centígrados, o instrumento deve chiar ao ser imerso na água.

Um outro meio prático de flambar com um pequeno maçarico que é vendido em lojas de ferragens. Há vírus que suportam temperatura de 92ºC durante vários minutos.

Voltando aos nematóides, se uma raíz tiver uma parte escura e outra branca, os nematóides podem estar ativados neste ponto de transição. Espremendo este ponto e examinando num microscópio de baixo aumento pode-se detectar nematóides no caldo.

Uma outra maneira bem mais prática é fazer uma desinfecção preventiva da seguinte maneira: Em 1 litro de água, com PH entre 5 e 6, dilua um inseticida nematicida de amplo espectro com qualquer fungicida e borrife toda a planta, jorrando no substrato até escorrer pelo fundo.

Este processo elimina caramujo, caracol, tatuzinho, nematóide, cochonilha de raízes, alguns fungos, como a Rhyzoctonia Solani que também é responsável pela podridão das raízes (quando a podridão avança pelo rizoma a causa é este fungo e não nematóide).

Observação: pH é o grau de alcalinidade ou acidez da água. O melhor é ter uma água com um grau de acidez menor que 7. Há defensivos agrícolas que, se diluídos em água de torneira, têm a vida média de 10 minutos, enquanto que, se forem diluídos em água com pH entre 5 e 6, permanecem ativos durante 30 horas. Por isso é importante saber qual o pH de sua água.

Nunca use agrotóxico em temperatura acima de 25ºC, sob pena de perder suas plantas. Dê preferência a temperaturas abaixo de 20ºC.

Cuidado com agrotóxicos com grau de toxidez 1, também identificado com uma tarja vermelha no rótulo, pois são produtos de alta toxidez para nós e outros seres vivos. Atualmente está sendo lançado na praça um óleo extraído da semente de uma árvore chamada Nim que tem a vantagem de ser um produto biológico pouco tóxico.

Quem tiver acesso a esta árvore, pode usar 15g de suas folhas, batidas num liquidificador com 1 litro de água e usar como:

a) inseticida contra as principais pragas de orquídeas, como pulgões, cochonilhas, nematóides, ácaros, trips, lagartos, besouros;
b) como fungicida, na rhizoctonia solani (podridão das raízes), fusarium oxysporum (debilidade geral da planta, amarelecimento, podridão das raízes), sclerotium rolfsii (podridão negra);
c) bactericida.

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Vanilla_planifolia

Planta trepadeira, nativa do sudeste do México, da Guatemala e outras regiões da América Central. Da família das orquídeas, é também usada como planta ornamental, de flores verde-amareladas, e cujo fruto é uma vagem alongada.

Clima e solo
É planta de clima tropical, vegetando bem em regiões que apresentam temperatura média superior a 21ºC a precipitação anual de 1.500-2.500 mm. Um período seco de aproximadamente dois meses é fundamental para induzir um bom florescimento. A baunilheira não deve ser plantada a pleno sol, pois não tolera fortes insolações e ventos diretos O solo deve ser fértil, rico em matéria orgânica.

Propagação e plantio
Ë feito por meio de estacas, cujo comprimento tem influência direta ao tempo necessário à iniciação do florescimento e frutificação. As estacas podem ser plantadas diretamente no campo e devem ter, no mínimo, 40 cm de comprimento. Remover de 2 a 3 folhas na extremidade a ser plantada na cova de plantio, deixando para fora pelo menos 2 nós.

Amarrar a porção das hastes acima do solo a suportes, até as raízes aéreas terem bom agarramento ao suporte ou tutor. As estacas podem ser armazenadas ou transportadas por até duas semanas. Para o plantio de 1.0 hectare serão necessárias de 1.000 a 1200 mourões. Plantar entre as árvores de sombra 6 x 4m plantando de 2 estacas por arvore-suporte ou estação.

A maior parte da produção comercializada vem do México e das Ilhas de Madagascar e Comore e na falta de seus polinizadores naturais (insetos existentes em seu habitat de origem), a Vanilla precisa ser polinizada manualmente.

As espécies mais longas atingem 30 m ou mais de comprimento. São plantas terrestres e facilmente reconhecidas pelo seu hábito monopodial de trepadeira com raízes adventícias e flores relativamente grandes.

Com exceção de uma espécie, todas são escandentes. Devido a este tipo de crescimento, todas as espécies precisam de um suporte onde seu caule possa se agarrar, como elas fazem na natureza ao aderir suas raízes às árvores. Quando elevadas, elas deixam seus ramos pendentes e assim florescem.

Vanillas não possuem pseudobulbo e suas folhas são coriáceas, verde-escuros, alternadas, algumas vezes reduzidas simplesmente a vestígios e ocasionalmente ausentes. Opostas às folhas, em cada nó, nascem uma ou mais raízes aéreas, razoavelmente grossas.

As flores, com bastante substância e razoavelmente grandes, são produzidas a partir das axilas das folhas ou dos vestígios delas. Elas podem ser muitas ou poucas, nascendo de rácimos muito pequenos que por sua vez produzem poucas flores. São flores vistosas mas, em quase todas as espécies, são de curta duração e produzidas em sucessão.

Com cerca de 15 centímetros de diâmetro, são na maioria, de coloração amarelo-canário, com labelo de cor mais carregada. Depois de 30 dias, as favas parecem estar quase murchas, mas isso somente se dá após 6 ou 7 meses, quando chega a sua inteira maturação. Quando maduras, é providenciada a colheita dos frutos. Eles chegam a ter de 20 a 25 centímetros de comprimento e 3 centímetros de grossura.

Uma grande dificuldade no seu cultivo destinado à obtenção da vanilina é justamente a necessidade de se fazer a polinização manual principalmente por causa da curta duração de suas flores fazendo com que esta polinização tenha que ser feita dentro de um período muito curto, até mesmo de horas.

Seu cultivo é considerado difícil. São plantas que precisam de luminosidade intensa, umidade constante e freqüentes doses de fertilizantes.
A rega deve ser regularmente mantida durante o ano todo, não havendo período de repouso muito marcado. Ao seu substrato (do tipo terrestre) pode-se acrescentar terra arenosa e detritos vegetais.

Tratos Culturais
As raízes da baunilheira são superficiais, por isso não se recomenda fazer capinas após o plantio. A prática da poda é bastante utilizada, corta-se a extremidade da planta à cerca de 10 cm de comprimento entre janeiro a março para estimular a produção de inflorescências nas axilas das folhas dos ramos pendentes. Após a colheita, podar também podar as hastes velhas e fracas.

Trata-se de uma planta que necessita de sombreamento em torno de 50 a 70% de luminosidade. Recomenda-se o consórcio com frutífera perenes de valor econômico.

É necessário conduzir a planta a uma altura conveniente para facilitar polinizações e colheitas. Enrolar as hastes em torno dos galhos baixos das árvores que servem de suportes ou sobre tutores inertes de forma a ficarem pendentes.

Nos plantios comerciais, recomenda-se a polinização artificial a fim de aumentar a produção. Na Bahia a floração ocorre entre os meses de setembro a outubro. Geralmente, em plantas vigorosas, são polinizadas de 8 a 10 flores em cada inflorescência e 10 a 20 inflorescências em cada planta. O rendimento médio dessa prática varia de 800 a 900 polinizações diárias.

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MILTONIA

A família Orquidaceae é sem dúvidas uma das mais numerosas de todo o reino Plantae (antigo reino Vegetal). São mais de 25 mil espécies já conhecidas.

As orquídeas epífitas vivem naturalmente sobre as árvores, sob a luz intercalada pelas folhas de sua copa, sob condições de luminosidade, umidade, temperatura e nutrientes ideais ao seu crescimento e florescimento.

Para o cultivo das orquídeas epífitas (a grande maioria das espécies), devemos tentar alcançar as condições encontradas no ambiente natural da orquídea, alcançando seu melhor desenvolvimento.

As 3 principais categorais
Há vários hábitos diferentes no meio ambiente, as 3 principais categorias no Brasil são: as epífitas, as terrestres e as saprófitas.

1 – epífitas
Abrange a maioria das orquídeas cultivadas. São aquelas que ficam sobre os troncos e galhos de árvores. Não são parasitas! Elas utilizam os troncos como suporte, nada mais. Elas retiram os nutrientes das folhas e outros fragmentos que caem próximos às raízes.

Luminosidade natural
Sob as folhas das árvores, as orquídeas recebem a luz do sol que passa entre as folhas, sendo essa a luminosidade ideal ao seu crescimento. Em cultivos comerciais, o efeito é reproduzido com sombrites e ripas, que simulam o sombreamento parcial das folhagens.

As raízes das epífitas são cobertas por uma casca porosa chamada velame , que consegue absorver água do ar. Em ambientes muito úmidos muitas orquídeas dispensam irrigação. O excesso de água gera apodrecimento dessas estruturas.

Alguns fungos chamados microrrízicos se associam às raízes das orquídeas, ajudando na absorção de água e nutrientes. Estudos demonstram que eles são essenciais às orquídeas. Mexer nas raízes das orquídeas constantemente causa quebra dessas estruturas, gerando problemas.

2 – terrestres
São quase a metade das espécies de orquídeas, mas são poucas as cultivadas comercialmente. São as que se desenvolvem no chão, e possuem hábitos semelhantes às outras plantas terrestres. São muitas as espécies no Brasil, e muitas são orquídeas muito decorativas, mas são pouco exploradas comercialmente.

3 – saprófitas
São orquídeas que não fazem fotossíntese, absorvem compostos orgânicos do substrato. Suas flores são pequenas e pálidas, sem grande interesse ornamental, O ambientes natural x ambiente de cultivo.

Como qualquer planta, para as orquídeas expressarem seu máximo potencial, o melhor método é a simulação das suas condições naturais. Fazemos isso com sobreamento artificial, irrigações controladas, substratos adequados, adubações complementares, entre outras.

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Angraecum_sesquipedale

Originárias das úmidas e quentes matas das Filipinas, são mais representadas na África tropical e Ilha de Madagascar.

Muito parecidas com as monopodiais Vandas, com flores em algumas vezes perfumadas, chegando a medir até 15 cm de diâmetro. São plantas que variam muito no tamanho e formato das flores e folhas.

A maioria das espécies é epífita, como a maioria das orquídeas, se apoiando principalmente no tronco lenhoso de árvores, mas encontramos algumas espécies que preferem as rochas como substrato.

Com mais de 220 espécies descritas, ainda hoje estão descobrindo novas formas de Angraecum. Muitas espécies antes pertencentes ao gênero, foram recentemente reclassificadas.

O hábitat destas plantas são as florestas, do nível do mar até as matas úmidas de 2.000 m

A maioria das flores é branca, mas algumas são amarelas, verdes ou ocre. Algumas estão entre as mais magníficas orquídeas. Possui um esporão nectarífero delgado verde-esbranquiçado, pouco aparente. As flores são racemosas e crescem das axilas da folha, na maior parte brancas, mas algumas são amarelas, verdes ou ocres.

Os variados habitats em que se encontram as plantas deste gênero torna muito difícil aconselhar os cuidados de cultivo. O melhor a fazer é identificar a espécie, mas algumas generalidades podem ser ditas.

Gostam de muita luz, sem incidência de sol direto sobre a planta. Mas algumas, como o A soronium, não irão florir sem sol.

É importantíssimo atender as condições ideais de umidade que o Angraecum exige.

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