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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

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As flores das Bromélias
Quando atinge o estado adulto as bromélias florescem, algumas levam 3 anos Guzmania e Billbergia) outras até 20 anos (Alcantarea).

Pode-se induzir o florescimento como os cultivadores de abacaxi, com a aplicação no centro da roseta de um ácido que libera etileno. Daí vem a crença de que colocando uma maçã junto à uma bromélia ela florescerá, pois a maçã amadurece e destila etileno.

As flores das bromélias são completas, isto é, tem os órgãos masculinos e femininos na mesma flor.
O conjunto de flores é chamado de inflorescência e pode ter diversas formas.
Em espiga, com brácteas vistosas (Tillandsia), dentro da roseta ( Guzmania) e em racemo (Aechmea).
As folhas ao redor da inflorescência são mais coloridas e de cor mais intensa quando está por florescer.

Ao ser polinizada a flor formará o fruto, que pode ser semeado. Insetos fazem o trabalho de polinização e a reprodução cruzada entre flores de plantas diferentes ocorre na maior parte das vezes, aumentando a diversidade e sobrevivência no habitat.

Muitos pássaros consomem os frutos, ajudando na disseminação das espécies.
Algumas sementes se apresentam em formação de alas e são dispersas pelo vento.

Os frutos podem ser tipo baga (subfamília Bromelioideae) ou cápsula (subfamília Tillandsioideae).
Os frutos tipo baga devem ser plantados depois de secarem naturalmente.

Coloca-se em substrato tipo casca de arroz carbonizada ou musgo sfagno. Na natureza este fruto teria sido comido pelos pássaros e passado pelo intestino, sendo excretado já com “adubo” incluído.

As sementes duras, tipo cápsula tem alas e o vento as leva. Ao roçar na casca de uma árvore, fixa-se facilmente e germinam.
Formas induzidas de frutificação e formas híbridas também têm a mesma facilidade.
A colheita deste tipo deve ser feita assim que o fruto abrir para não perder a semente.

Reprodução in vitro de bromélia
A clonagem é desde muito tempo um modo de reprodução vegetal usada para obter grande número de plantas iguais à planta-mãe.

Em bromélias a reprodução de clones ou reprodução in vitro garante grande número de mudas a um valor relativamente baixo e em grande quantidade, em tempo menor do que a reprodução por sementes. Esta técnica exige mão de obra qualificada, laboratórios e casas de vegetação com pessoal treinado.

A clonagem consiste em retirar um pedaço da planta-mãe, passar por processo de desinfecção e colocar em meio nutritivo.
Algum tempo se passa e este material será capaz de reproduzir inúmeras outras idênticas, através de brotações estimuladas por hormônios vegetais.
Quando crescerem o suficiente, serão repicadas para recipientes maiores até ficarem no tamanho certo para vasos individuais.

O manejo é altamente especializado: temperatura, umidade, iluminação e ventilação dentro de estufas, quantidade de regas e o uso de fertirrigação por gotejamento.
O tempo entre clonagem e a saída para estufa em vasos individuais pode levar até 2 anos contando todas as fases. O desenvolvimento da planta até o estágio adulto não está incluída nesta contagem.

As vantagens da clonagem têm mostrado que a produção fica mais uniforme, a sanidade das plantas é maior e maior também a velocidade de produção que os métodos convencionais. Uma das vantagens é que a produção de híbridos de sementes estéreis fica assim assegurada, já que a reprodução através de filhotes é demorada.

Reprodução vegetativa por perfilhamento
Quando a bromélia cultivada finalmente floresce, a expectativa pelos frutos e posterior semeadura demora algum tempo.
Durante ou após o florescimento a espécie produz filhotes, gemas que nascem junto ao colo da planta-mãe e que enraízam.

A retirada destes filhotes deve ser cuidadosa para não danificar nenhuma das partes, plantando a seguir.
Conforme a espécie, este filhote pode ser retirado logo e a planta não “entende” que terminou seu ciclo e torna a emitir outro e mais outro, à medida que se retira o rebento. Pode-se obter desta forma inúmeros filhos, iguais à planta-mãe.

Sementes
Nem sempre as sementes de bromélias são viáveis.
Os híbridos são na maioria estéreis e os cultivadores usam a reprodução in vitro, de meristema, para produzirem outras plantas iguais à planta-mãe.

Mas quando há sementes viáveis, poderemos tentar a sua reprodução.
Retira-se o fruto da planta, tomando cuidado com a mão, pois algumas têm espinhos agudos. Colocam-se as sementes em substrato feito de palha de arroz carbonizada ou esfagno, mantendo-o úmido e coberto com um saco plástico.
Dentro de semanas poderemos ver as pequenas plântulas.
Aguardar seu crescimento e depois retirar com cuidado para vasos coletivos com substrato preparado de areia, casca de arroz carbonizada, vermiculita e composto orgânico de folhas ou húmus de minhoca. Manter o substrato úmido e fora do sol em cultivo protegido.

Problema com proliferação de mosquitos
A preocupação justificada de evitar a proliferação de larvas de mosquitos no tanque da bromélia levou pesquisadores da Fiacruz do Rio de Janeiro a testar a periculosidade das bromélias.

Acontece que o jardim caseiro ou mesmo parques e matas têm uma fauna selvagem muito rica, por vezes invisível aos nossos olhos.
Pequenas rãs, sapos, insetos predadores e pássaros estão ativos, na caçada de vida ou morte que acontece nestes espaços sem que a gente perceba.

Para aqueles que têm uma preocupação maior, coloque na água do tanque uma gota de hipoclorito de sódio, a velha e boa água sanitária, se não matar as larvas torna o ambiente hostil para futuras oviposições.

O uso de chá de alho costuma ser eficiente.

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Phloeophylla pubecens

Curiosa planta epífita da Serra da Mantiqueira e o Mar, de crescimento rastejante. Rizoma grosso e vigoroso portando folhas de 3 cm de altura, cilíndrica, muito espessa, carnosa, levemente acuminadas e munidas de sulco mediano longitudinal.

São verdes, levemente pintalgadas de lilás. Flores globulosas de cor verde-lilacínea, com pequenas aberturas nsa pontas das pétalas e sépalas.

É pouco cultivada. Floresce na Primavera.

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Aechmea_fasciata

A família das bromélias tem cerca de 3000 espécies e 56 gêneros com aproximadamente 40% de tipos no Brasil, principalmente na Floresta Amazônica, Mata Atlântica, região da Caatinga, campos de altitude e restingas.

As bromélias têm atualmente uma grande importância no mercado de ornamentais.
Da época do extrativismo desenfreado e predatório evoluiu-se para a produção através de sementes, gerando híbridos, propagação vegetativa até a novidade mais recente, o cultivo in vitro.

A produção de bromélias é uma atividade rentável e a qualidade das mudas produzidas em viveiros tem superioridade em relação às que são oriundas de coletas predatórias.

Nos jardins sobre as árvores, no chão formando conjuntos, em vasos, as bromélias fazem hoje parte do paisagismo tropical e é difícil encontrar projetos que não incluam estas plantas.

Família Bromeliaceae
É uma família muito grande, compreendendo 1.400 espécies em 57 diversas subfamílias:

1. Pitcairnioideae, com os gêneros Brocchinia, Connelia, Dyckia, Encholirium, Hetchtia, Navia, Pitcairnia e Duya.

2. Bromelioideae, com os gêneros mais conhecidos: Aechmea, Billbergia, Bromélia Canistrum, Cryptanthus, Fernseea, Greigia, Hohenbergia, Neoregelia, Neoglaziovia, Nidularium, Pseudoananas, Quesnelia, Streptocalyx, Wittrockia.

3. Tillandsioideae: Alcantarea, Catopsis, Guzania, Tillandsia, Viesia.

Curiosidade: Os estudiosos consideram o gênero Catopsis e Brochinia reducta como bromélias carnívoras.

Descrição das bromélias
As bromélias são plantas herbáceas de folhas ora largas ora estreitas, lisas ou serrilhadas, por vezes com espinhos, de cor verde, vermelhas, vinho, variegadas, com manchas, listras e pintas.

Só florescem uma vez somente no estado adulto, depois emitem filhotes e terminam o ciclo.

As flores variam conforme a espécie e o gênero, mas são pequenas e podem apresentar-se saindo de espigas (Tillandsia) em racemos (Aechmea) ou no centro da roseta de folhas (Nidularium).

São em sua grande maioria epífitas, vivendo em árvores numa evolução avançada, mas encontramos também ripícolas crescendo sobre rochas (Dyckia marítima) ou terrestres (Alcantarea).
As plantas epífitas têm maior capacidade de fixação ao seu substrato e alimentam-se do ar e partículas que caem em seu tanque central que retém água da chuva e orvalho.
As Tillandsias desenvolveram um sistema de sobrevivência epífita, usando suas raízes apenas para fixar-se e suas escamas absorvem o ar, a luz e a água, nutrindo-se destes elementos.
O substrato de cultivo deste gênero de bromélia não necessita ser nutritivo, desenvolvem-se melhor em placas, tocos e galhos de árvore.

Substrato de cultivo das bromélias
As bromélias são plantas de locais com alto teor de nutrientes orgânicos e pH mais alto. O substrato deve ter baixa densidade para garantir boa aeração e drenagem da água de chuvas e regas. O pH de cultivo fica em torno de 5,8 a 6,3, mas estudos feitos com a Alcantarea mostraram seu melhor desenvolvimento em pH 7,1.

1. Estudos mostram que algumas se desenvolvem bem em substrato de fibra de coco e esterco bovino em quantidades iguais (Vriesia e Neoregelia).
Mas pode também ser uma mistura de terra comum de canteiro com casca de arroz carbonizada, na proporção de 1:1. Mas testes efetuados para uma mistura mais completa, chegaram a: terra 25% + Areia 25% + Húmus de minhoca 25% + pó de cascas (fibra de coco, casca de pinheiro e serragem decomposta ou casca de acácia).

2. Terra, areia, húmus de minhoca e pó de fibras de coco ou casca de pinus decomposta é outra receita que dá certo.
As cascas devem ser em pequenos pedaços, é preciso deixar de molho em água para diluir os compostos fenólicos que podem prejudicar as plantas.
Para os gêneros Dyckia e Orthophytum adicionar mais areia.

3. Bromélias epífitas como as do gênero Tillandsia não usam substrato.

4. O substrato que melhor apresenta resultados para a propagação de sementes é a casca de arroz carbonizada pela sua boa drenagem.
É um produto oriundo do beneficiamento do arroz e encontrado em regiões de produção deste cereal. Pode ser adquirido in natura e queimado dentro de latas em combustão incompleta.
Para regiões que não tenham este tipo de material pode ser usada a vermiculita.

5. A casca de coco é um substrato usado há pouco tempo, oriundo da indústria de beneficiamento do coco.
É um produto que deve ser lavado muitas vezes para retirada de composto tóxicos para as plantas.
Deixe de molho em água limpa e troque todos os dias durante uma semana. Depois, pode deixar secar e empregar.

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Pleurothallis teres

Espécie rupícola que vegeta no campo sobre pedras, em pleno sol, nas altas montanhas de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, formando imensos tapetes.

Folhas pontudas, espessas, carnosas e arredondadas, sulcadas num dos seus lados e com 10 cm de altura. Seu habitat impressiona, pois parece uma imensa quantidade de pequenas bananinhas em pé.

Curioso também é que essas folhas são verdes ou roxo-bronzeadas independentes da insolação que recebem.

Hastes florais de 10 cm de altura com até oito minúsculas flores de três mm de diâmetro. Pétalas e sépalas pontudas, amarelo-ouro, e linhas longitudinais de cor marrom-bronzeada.

Floresce entre Setembro e Novembro.

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