Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Hortas e Medicinais’

aromáticas

Temos no Brasil uma exuberância em plantas aromáticas, cujas folhas, caule, flores, frutos, ou raízes, exalam seus odores característicos, que em muitas vezes atraem nossos sentidos de tal modo que vamos logo identificá-las. Essas plantas distinguem pela produção de substâncias ou óleos essenciais, que geralmente são voláteis, principalmente em contato com o sol. Tais aromas e a denominação dessas plantas são extremamente elásticas, pois elas procedem de diferentes famílias, que vai desde os simples arbustos como a erva-cidreira até grandes árvores, a exemplo do eucalipto. Melhor definindo, plantas aromáticas são aquelas que possuem aroma e/ou perfume, capazes de sensibilizar nosso olfato de modo agradável. A percepção dos aromas depende da sensibilidade de cada pessoa: umas são mais sensíveis, podendo até desenvolver alergias e, outras menos sensíveis, desfrutam simplesmente do prazer em sentir o aroma das plantas.

Essa riqueza da flora às vezes se subtrai pela invasão dos roçados e culturas, mas sobrevivem em sua maioria em locais preservados e contribuem para a pesquisa, desde que a maioria delas é medicinal. É interessante perceber, que muitas plantas apresentam três propriedades simultaneamente: são aromáticas, medicinais e condimentares.Desde a antiguidade o homem vem utilizando essas plantas para os mais diversos fins, como chás, cozimentos e banhos. Segundo a lenda, o imperador chinês, Shen Nung, ficou conhecido como “Pai do Chá”, que descobriu ao acaso diante suas observações quando algumas folhas caíram na água que ele fervia, produzindo um agradável aroma e um sabor especial, o que lhe causou ótimo bem-estar ao beber. Baseado em seus experimentos Shen escreveu diversos documentos sobre plantas, difundindo seu uso no oriente. Depois vieram os egípcios que utilizavam as ervas aromáticas na cosmética, culinária e medicina. Eles já usavam plantas que são comuns em nosso dia-a-dia como cebola, coentro, cominho, papoula, tominho e alho. De uma forma geral, os estudiosos costumam apresentar a história das ervas medicinais a partir do Oriente, em um longo caminho que evolui até, mais recentemente, a América. Entretanto, naquele tempo Shen já avisava que os chás aromáticos não devem ser ingeridos a esmo, pois muitas plantas com aromas e sabores excepcionais são, na verdade tóxicas, e podem causar sérios danos à saúde.

Em seguida o uso de ervas aromáticas se difundiu pelo mundo e hoje, uma em três pessoas, não passa sem o uso do chá em seu dia a dia uma vez que o café, embora tido como bebida independente é, na verdade, um tipo de chá.

Observa-se também na cultura popular o uso de plantas aromáticas para fins mais ecléticos. Algumas pessoas acreditam que dormir sobre um travesseiro contendo plantas aromáticas pode fazer bem à saúde, principalmente naquela soneca da tarde. Diz-se que o alecrim tonifica a mente, portanto é ótimo para o cansaço mental; o alfavacão é um excelente antisséptico pulmonar e expectorante; a alfazema serve para insônia e TPM. Além dessas, utiliza-se muito a camomila, o capim limão, a erva doce, que são calmante, o guaco, que é antitussígeno. E a lista vai do hortelã à sávia, passando pelo levante, majericão, melissa, poejo e por aí afora.

mal-me-quer

sementes

A forma mais econômica de cultivar ervas é a partir de sementes, mas isso exige grande paciência e, em geral, produz mais mudas que se precisa. Ervas de crescimento lento, como orégano, tomilho, salsa, hortelã e cebolinho podem ser plantadas dentro de casa, num período de um mês e meio a dois, antes de serem colocadas do lado de fora, ou, nas regiões frias, antes da última geada. Outras espécies não devem ser cultivadas em interiores além do tempo de aproximadamente um mês.
Prepare as bandejas de sementes ou vasos com terra tratada, esterilizada e já misturadas com perlita. Plante as sementes, cubra-as com plástico e ponha-as num lugar aquecido com luz fraca. Devem ser conservadas úmidas até germinar. Se a terra secar, pulverize-a com um regador, ou coloque o recipiente em água morna até que a parte de cima apresente gotas de condensação. Assim que os brotos aparecerem, remova o plástico e ponha as mudas num local claro, mas não sob sol. Só as exponha a pleno sol quando brotarem as primeiras folhas verdadeiras, isto é, o segundo par. Certifique-se de que haja boa ventilação no local escolhido, para evitar que apodreçam devido ao excesso de umidade.
Antes que as mudas se tornem finas e compridas, é preciso fortalecê-las, aclimatá-las gradualmente à exposição ao ar livre. Isso deve ser feito quando a temperatura estiver suficientemente amena para plantá-las no jardim. Você pode pôr as mudas do lado de fora num lugar abrigado ou debaixo de uma tela, protegendo-as do sol quente ou das noites frias, ou do lado de fora durante o dia e dentro de casa à noite. As mudas devem ser transplantadas para o jardim em dias frescos ou nublados.
Salsa, aneto, camomila e anis não são transplantados com facilidade. Se você os semeou dentro de casa, ponha-os em pequenos recipientes de onde possam ser transplantados sem ferir as raízes; ou então ponha as sementes na terra, no lugar em que quer que cresçam, depois de passado todo o perigo do inverno. Prepare uma sementeira para ser posta do lado de fora com terra fina e enriquecida com adubo. Espalhe as sementes com parcimônia em fileiras. Cubra-as de terra fina com cerca de duas vezes o diâmetro das sementes. Conserve-as úmidas até germinarem e ficarem firmes. Desbaste as mudas quando tiverem mais ou menos 3 cm de altura.

sementes

cestaPense na idéia de plantar ervas de uso culinário o mais perto possível da cozinha, para poder tirar uma ou duas flhas mesmo no escuro ou na chuva. Um jardim como esse não precisa ser grande. Meio metro basta para seis ervas muito usadas: manjericão, cebolinho, salsa, alecrim, tomilho e hortelã. Se quiser fazer um jardim maior, acrescente à lista aneto, orégano, louro, gerânio, segurelha e estragão; as duas últimas pela cor e aroma.

Uma faixa estreita de terreno ao longo de uma parede é um excelente local para o jardim de ervas culinárias; o calor refletido torna mais intenso o sabor e o aroma das ervas que gostam de sol.

Para criar um jardim definitivo, e muito fácil de cuidar, examine a possibilidade de plantar ervas entre os degraus de uma escada, entre os aros da roda de uma velha carroça, ou até mesmo entre a moldura envidraçada de uma pequena janela velha. Apóie a moldura de madeira com um ou dois tijolos sobrepostos e preencha cada espaço com a mistura de solo apropriada à erva a ser plantada ali. Para salsa, cebolinha, hortelã, segurelha e aneto, utilize terra enriquecida, cheia de húmus, e para a maioria das outras ervas, terra fofa e arenosa.

A maioria das ervas culinárias, especialmente manjericão, cebolinho, aneto e sálvia, produzem folhas maiores e melhores quando aparadas. Se aparar demais, cave em volta e ponha um pouco de adubo ou acrescente, na próxima vez que for regar, um pouco de farinha de peixe, para estimular o novo crescimento.

condimentos

erva

As ervas demandam menos cuidados, mas você deve transplantá-las e remover do jardim os espécimes doentes e as ervas daninhas. Num jardim pequeno, é possível controlar de maneira eficaz as ervas daninhas, revolvendo de vez em quando a terra em volta das plantas. Num jardim maior, a cobertura com palha é a opção mais prática.

Ao redor de plantas que preferem solo rico, úmido (por exemplo, manjericão, aneto, cerefólio, cebolinho, hortelã e segurelha), use uma camada fina de cobertura orgânica leve, como folhas mortas, mofo de folha, aparas de madeira, lascas de casca de pinheiro ou adubo. Cascalho pequeno é melhor para as ervas que requerem um solo mais seco e menos rico (alfazema, alecrim e tomilho, por exemplo).

A não ser que o clima seja muito seco, regue apenas as ervas que gostam de umidade, como o hortelã, o manjericão, o cebolinho e qualquer outra plantada em pequenos recipientes.Muitas ervas de uso culinário perdem o auge do sabor logo após a floração, e as anuais começam a fenecer nessa fase. Fique atento para colher botões em florescimento e hastes das ervas comestíveis antes de as sementes se desenvolverem.

Embora a maioria das ervas seja razoavelmente resistente às pragas, algumas são sensíveis a fungos, ferrugem ou ácaros, e outras “adoradas” por lagartas. Você pode aproveitar as qualidades repelentes naturais de certas ervas para produzir seu próprio borrifador não-venenoso e usá-lo nas plantas contaminadas. Colha algumas folhas de ervas que parecem nunca ser atingidas por pragas – por exemplo hortelã-verde ou arruda. Depois, despeje água fervente sobre as folhas (três partes de água para uma de ervas) e deixe em infusão durante 15 minutos. Quando esfriar, coe a mistura em pano fino e pulverize as plantas contaminadas. Repita o processo uma vez por semana e depois da chuva, usando a cada vez uma nova fervura da mistura.

Loureiro, alecrim e cidrão são ervas perenes mas que toleram apenas leves geadas. Se o inverno na sua região é muito frio, você terá de pôr as plantas em lugares cobertos durante esse período. Talvez seja melhor deixá-las no vaso, em vez de replantá-las a cada estação.
Para preparar outras ervas perenes para um inverno mais frio, cubra-as bem com uma camada grossa de folhas, palha ou gravetos. Não remova a cobertura até passar tudo perigo de geada. Na primavera, dê uma olhada embaixo da cobertura. Se achar que as novas plantas estão ficando amareladas, descubra-as nos dias ensolarados e cubra-as nas noites mais frias. As ervas de folhas prateadas, em particular, tendem a apodrecer quando as condições atmosféricas desfavoráveis, combinadas com a cobertura, retêm excesso de umidade em volta delas. Isso pode ocorrer mesmo em regiões de inverno ameno, onde o orvalho forte da noite ou a chuva causam umidade freqüente.botão amarelo