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Posts para categoria ‘conceitos’

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As flores são ramos modificados que contêm os órgãos reprodutores. Sua presença é a principal característica das angiospermas, plantas com flores e frutos pertencentes ao grupo das plantas vasculares (também chamadas de vegetais superiores, onde estão incluídas a maioria das árvores, arbustos e ervas).

Após a reprodução, a flor se transforma em um fruto, que encerra a semente em seu interior. A semente contém um embrião ou planta em miniatura, que germina para produzir uma nova planta. São vegetais de grande importância no meio terrestre, pois servem de alimento aos animais e influem na umidade relativa do ar e no clima da região.

A planta que possui flores dos dois sexos recebe o nome de monóica. Quando as flores de cada um dos sexos estão localizadas em exemplares distintos, a planta é considerada dióica.

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Cavalinha

As plantas e o solo vivem em simbiose, isto é, são interdependentes; deve haver, pois, um bom equilíbrio entre o que eles fornecem e o que recebem. Os elementos nutritivos do solo são absorvidos pelas plantas, sendo depois restituídos ao solo, sob a forma de resíduos de planta, para aí serem reciclados. Quando se retiram do solo os elementos nutritivos e não se substituem totalmente através da aplicação de matérias orgânicas ou minerais, o solo empobrece progressivamente e não é mais capaz de assegurar o crescimento de plantas saudáveis.

Os resíduos de planta devem decompor-se para libertarem os elementos nutritivos. Os microorganismos, os vermes, os fungos e as bactérias que se encontram no solo são responsáveis pela decomposição das matérias orgânicas e pela produção do húmus (a parte fértil do solo). O húmus encontra-se essencialmente na camada arável. A terra do subsolo contém menos matérias orgânicas e é, pois, menos fértil.

Certos elementos nutritivos do solo reagem lentamente e são estáveis (por exemplo, o fósforo). Outros são absorvidos rapidamente e utilizados pelas plantas (por exemplo, o azoto); é necessário substituí-los continuamente para manter um bom equilíbrio entre o fornecimento de nutrientes e a sua utilização pelo solo.

A utilização excessiva de fertilizantes químicos é desaconselhável. Os horticultores devem ser estimulados a utilizar aditivos naturais, tais como diferentes tipos de estrume, a fim de manter o equilíbrio natural entre solo e plantas. Os fertilizantes naturais, como o adubo verde, o composto e o estrume animal, fornecem às plantas elementos fertilizantes, melhorando igualmente a estrutura do solo.

A terra deixa-se por vezes repousar, isto é, não se cultiva para lhe permitir descansar e restaurar a sua fertilidade natural. Contudo, o repouso só é possível se a terra não for um fator limitante. Quando a terra é deixada em repouso, é importante evitar que as ervas daninhas se espalhem por ela. Nesse caso, recomenda-se a utilização de adubo verde ou de plantas de cobertura.

Além disso, recomenda-se também a rotação entre culturas de raízes profundas e as de raízes superficiais, bem como culturas com diferentes necessidades de nutrientes.

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Pau-amargo (picramnia parvifolia)

Uma planta é antagônica para outra quando inibe seu potencial de crescimento: ela libera substâncias no solo ou no ar capazes de invadir o espaço de outras plantas e limitar suas necessidades de luz e água.

Algumas espécies possuem substâncias que afastam ou inibem a ação de insetos, como ocorre, por exemplo, com o piretro, presente no cravo-de-defunto e nos crisântemos. Como qualquer estratégia de manejo agroecológico, o uso de tais plantas não deve ser feito isoladamente e, sim, dentro de uma visão abrangente de promoção do equilibro ecológico em toda a propriedade agrícola. Quanto mais equilibrados estiverem o solo, as plantas e os animais, menor será a necessidade de se apelar para tais estratégias, aproximando a produção orgânica da situação ideal que é a de pouco intervir porque agroecossistema já se tornou capaz de se auto-regular.

a) Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes sp) silvestre.
As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma de extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por “disfarce” das culturas pelo seu forte odor.

Fórmula Geral: 200 gramas de planta verde, mascerados por 12 (doze) horas em álcool (aproximadamento 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para pulverização)

b) Cinamomo (Melia azedorach L., família Meliaceae)
O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos (ambos na dosagem média de 200 gramas para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados.
Observação: É uma árvore ornamental comum no sul do Brasil, de origem asiática.

c) c) Saboneteira ( Sapindus saponaria L.)
Árvore nativa da América Tropical, usada como ornamental , possui nos frutos um efeito inseticida. Para se ter uma idéia de seu poder de ação, vale mencionar que seis frutos bastam para preservar 60 quilos de grãos armazenados.
Os estratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água (uso imediato) ou conservados por extração acetônica e/ou alcoólica. Em ambos os casos, 200 gramas são suficientes para o volume de 20 litros de um pulverizador costal.

d) Quássia ou Pau-amargo (Quassia amara, família Simarubaceae)
Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida especialmente contra moscas e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Estas partes podem ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando apenas a concentração: 200 gramas de cascas ou madeira moída.

e) Mucuna-preta (Mucuna sp ou Stizolobium oterrium)
Plantada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação dos gorgulhos nas espigas

Atrativos ou “Plantas-Armadilhas”
Muitas plantas possuem substâncias atrativas específicas para alguns insetos, que podem ser utilizadas como plantas-armadilha para várias pragas. A simples concentração dessas pragas já as torna mais vulneráveis a parasitas e predadores, assim como mais sujeitas a doenças, permitindo também a utilização de métodos agroecológicos de manejo de pragas e doenças.

Alguns exemplos de plantas atrativas de comprovada utilidade na horticultura
Purungo ou Cabaça (Lagenaria vulgaris)

Plantado em bordadura (em forma de cercas-vivas) ou com seus frutos cortados e espalhados na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha verde-amarela (Diabrotica speciosa).

Tajujá (Cayaponia tayuya)
Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste no fato de que as raízes que são a parte mais útil da planta, são de cultivo mais difícil que o do Purungo.

bebedouros de pássaros

folha

Folha de Tília

As folhas são órgãos vegetativos das plantas, geralmente verdes, cujas principais funções são a de realizar a fotossíntese e as trocas gasosas com o meio.

Origem
As folhas se originam de primórdios foliares localizados nas extremidades dos caules e dos ramos. Seu crescimento é limitado, parando de crescer depois de algum tempo, com exceção para as folhas das samambaias que, muitas vezes, têm crescimento indeterminado.

É quase impossível imaginar uma planta sem vir a nossa lembrança as folhas verdes sendo incomodadas pelo vento. A folha, aparentemente uma estrutura simples e desnecessária, uma vez que se desprende dos galhos até com certa facilidade, têm um papel fisiológico importantíssimo para as plantas.

Temos que destacar que nem todas as plantas apresentam folhas, como as briófitas que possuem filóides ou mesmo alguns cactos que são cladódios, sendo que a fotossíntese ocorre através de seus caules e têm suas folhas transformadas em espinhos.

A folha tem a função de produzir, através de suas células clorofiladas, alimento para a planta. Em relação a sua anatomia apresenta grandes variações de acordo com a necessidade adaptativa apresentada pela planta, mas comumente temos sua morfologia descrita assim:

. Limbo – seria a própria folha, uma expansão também conhecida como lâmina foliar.
. Pedúnculo – estrutura pela qual o limbo se prende ao caule.

Desta forma, podemos encontrar folhas completas, com pecíolo e folhas sésseis (incompletas) sem a presença do pecíolo, partindo o limbo diretamente do caule. Outras partes que podem ser visualizadas são, a bainha (que é uma porção mais alargada na base de inserção no caule) e as estípulas (projeções que ocorrem na base do pecíolo).

A folha, como um órgão vegetal, é composto por diferentes tipos de células que determinam a formação dos diversos tipos de tecidos. Dessa maneira, externamente revestindo a folha temos a presença da epiderme foliar; internamente, o mesófilo, onde está presente o colênquima, que são células ricas em clorofila. Junto ao mesênquima, no centro da estrutura da folha, existem inúmeros feixes de condução de seiva e tecidos de sustentação.

Na parte posterior ou embaixo da folha encontramos evidentes as nervuras, estruturas formadas por tecidos condutores que se encontram agrupados, podendo estar associados a tecidos de sustentação. Essas nervuras basicamente são prolongamentos originados dos feixes do caule tendo em sua parte superior a condução da seiva bruta (xilema); e na parte inferior, a condução da seiva elaborada (floema).

Nas monocotiledôneas a disposição das nervuras é paralela entre si, enquanto que nas angiospermas o padrão de disposição das nervuras é diferente com ramificações sucessivas, recebendo nome de reticulada ou peninérvea.

outono