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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

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Bonsai significa: arte criada em bandeja: Bon = Bandeja, Sai = árvore. O cultivo de Bonsai teve início no ano de 700 a.C, no Império Chinês, onde apenas a elite da sociedade praticava a  técnica.

Bonsai é uma arte milenar e os estilos, técnicas, manuseio e conservação das plantas deve ser respeitado e reverenciado por todo praticante desta maravilhosa arte.

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1 – Escolha do vaso
A importância de selecionar o vaso certo para plantar o seu bonsai é muitas vezes subestimada. O vaso (bem como as adições, como musgos, samambaias, pedras, estatuetas) são elementos importantes da composição, e devem ser escolhidos cuidadosamente para exibir a árvore.

As árvores que estão sendo estilizadas devem ser colocadas em recipientes maiores, proporcionando às raízes espaço suficiente para que se desenvolvam ajudando a árvore a lidar com as técnicas aplicadas.

As árvores mais velhas, que passam apenas pela poda de manutenção, possuem um sistema radicular mais compacto e podem ser plantadas em vasos menores, as considerações estéticas do vaso (vasos de cerâmica brasileira, chinesa ou japonesa, plástico ou cimento), são mais importantes neste caso.

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2 – Drenagem do vaso
Como os vasos no plantio das árvores são baixos, o sistema de drenagem deve ser simples. O ideal é utilizar um pedaço de manta Bidim ou sombrite apenas para tampar o buraco do vaso.

Deve-se passar um arame de cobre (não sofre oxidações) pelos buracos do vaso, pela tela e prender no sistema radicular da planta para que ela fique firme.

substrato

3 – Substrato ideal de plantio
Substrato é um produto utilizado apenas para substituir a terra. Como o bonsai passa por constantes podas radiculares durante o seu desenvolvimento, o ideal é que, o substrato garanta boa aeração, drenagem e desenvolvimento radicular.

Esse substrato deve possuir ½ camada de pedriscos com uma granulometria abaixo de 4 mm para impedir a compactação do solo.

Deve-se utilizar na mistura do substrato, um condicionador de solo, que possua em sua composição turfa (mesma granulometria aos pedriscos), esterco e nutrientes minerais (fósforo, cálcio, magnésio, potássio, etc.), para dar uma melhor condição ao crescimento das plantas.

O substrato deve ser aplicado após a tela de drenagem deixando o arame exposto para amarração do torrão da planta.

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4 – Escolha da planta
As plantas que irão compor o bonsai podem ser aquelas esquecidas nas floras e viveiros de plantas ornamentais. O ideal é que sejam plantas velhas, tenha musgos e líquens em seus galhos, caules grossos, galhos tortos e que possam ser utilizadas em podas de estilização ou de manutenção.

Podem ser frutíferas, floríferas ou folhagens. O ideal é que possuam lignina (tecido grosso característico de árvores e arvoretas) em seu caule. Os pinheiros, ciprestes e juníperos são as plantas mais difundidas nesta arte.

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5 – Preparo da muda para o plantio
A planta escolhida deve ser retirada do saco plástico, o torrão deve ser esfarelado, deixando as raízes nuas. As raízes devem ser lavadas tomando o máximo de cuidado com elas.

Deve ser feito uma poda nas raízes. Antes da poda, a tesoura deve ser esterilizada em fogo brando. Na poda, deve-se retirar a raiz mais grossa, aplicar canela em pó (a mesma utilizada no arroz doce) para a cicatrização do corte as raízes mais finas devem ser cortadas a 10 cm da base da planta.

Não é necessário o uso da canela nas raízes mais finas. O arame deve ser amarrado no sistema radicular para que a planta fique bem firme. Após a amarração, deve-se completar o restante do vaso com o substrato e pressionar com as mãos para firmá-lo ao vaso.

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6 – Condições ideais de cultivo
O bonsai é uma árvore conduzida em vaso pequeno, devido às constantes podas, seu crescimento é lento e tamanho reduzido. No entanto, se for plantada no solo, volta ao crescimento, atingindo a altura normal da espécie. Assim, como qualquer planta necessita de luz, água e proteção aos ventos para crescer de forma saudável.

Deve-se evitar que o bonsai receba o sol dos horários mais quentes do dia, o ideal é utilizar um sombrite com 50% de luminosidade. Como qualquer planta, a água é essencial ao crescimento das plantas.

Plantas com excesso de água acarretam a mela do sistema radicular e a sua falta, maior susceptibilidade ao ataque de pragas e desidratação severa da planta. O ideal é que seja feito a rega 1 vez a cada 2 dias ou quando notar que o solo está seco. A água deve escorrer pelo fundo do vaso.

estilo

7 – Estilos de bonsai
O principal objetivo dos estilos de bonsai é é representar nas pequenas árvores toda a realidade da natureza, condições climáticas, solo, neve, ventos, etc. Existe um número infindável de desenhos de árvores na natureza que podem ser imitados.

Seria inviável ou impossível dar nomes a todas estas variações. Sendo assim, os japoneses, de forma bastante criteriosa, definiram alguns estilos que representam a quase maiorias destas formas naturais.

São eles: Hokidachi (vassoura), Chokkan (forma vertical), Fukinagashi (varrido pelo vento), Bunjingi (verde no topo), Kengai (cascata), Han-kengai (Semi cascata), Sokan (tronco duplo na mesma base), Kabudachi (multi tronco na mesma base), Yose-ue (floresta, várias árvores crescendo em harmonia), Sekijoju (raízes nas rochas), Sharimiki (tronco morto), entre outros.

Porém, ao longo dos anos, muitos estilos para classificar árvores de bonsai têm avançado, refletindo circunstâncias muito semelhantes às encontradas na natureza. Estes estilos são abertos à interpretação e criatividade pessoal, o que significa que as árvores não precisam necessariamente obedecer a nenhuma forma.

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8 – Poda da planta
Para o sucesso no cultivo do bonsai, é necessário fazer 3 tipos de poda: poda de manutenção (para manter o formato do bonsai), poda de estilização (para dar um estilo ao bonsai) e poda de raiz (para transo transplante no vaso e engrossamento).

A poda de manutenção é mais simples, retiram-se apenas folhas e galhos mais finos. A poda de estilização é mais trabalhosa, pois se cria a forma ou estilo do bonsai, geralmente, é feita em galhos mais grossos, podendo até, descascar o tronco se o estilo escolhido for o Sharimiki.

A poda de raiz também é conceituada drástica, pois o risco da planta não sobreviver é alto. Porém, a prática leva à perfeição, e para se tornar um bom bonsaísta, é importante trabalhar as podas.

aramação

9 – Aramação
A aramação é um processo importante para dar forma ao bonsai. É através da aramação que é possível conduzir um galho no formato ou estilo que se quer criar para o bonsai.

Porém, para se ter sucesso neste processo, é importante que o galho seja protegido com plástico, borracha (câmara de pneu de bicicleta) ou fibra de bananeira, pois caso contrário, corre-se o risco do arame estrangular os galhos da planta.

A seiva é conduzida por toda a planta através das raízes, caule e galhos, como a aramação é feita de forma firme, para conduzir um galho e o mesmo fica durante muito tempo com o arame, o risco de impedir a passagem da seiva é alto.

nutrição

10 – Nutrição vegetal
O ideal para o desenvolvimento do bonsai é utilizar adubos foliares que, após a aplicação nas folhas, escorram para o solo e possam ser absorvidos pelas raízes. A adubação deve ser com produtos completos na sua formulação, não apenas o NPK, mas macronutrientes secundários (magnésio e enxofre) e micronutrientes (boro, cobre, cobalto, ferro, manganês, molibdênio e zinco), para garantir o maior desenvolvimento das plantas.

Com o uso de um condicionador de solo no substrato, o fornecimento de nutrientes para as raízes já é suficiente, não tendo a necessidade de se utilizar produtos granulados no vaso. Pelo bonsai ser conduzido em vasos pequenos e com pouco solo, o uso de produtos granulados (NPK) aumenta o risco de queima radicular e danos severos à planta.

É importante que a adubação foliar seja feita após a poda radicular com um produto direcionado ao enraizamento das plantas e durante os processos de crescimento da planta (época de crescimento: primavera e verão, florescimento e frutificação) com um produto que possua maior teor de Nitrogênio na sua formulação.

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11 – Controle de Pragas
O bonsai, assim como todas as plantas, estão susceptíveis ao ataque de pragas e doenças. Estes danos podem ocorrer toda vez que a planta estiver em condições de stress, seja hídrico (falta ou excesso de água), luz (sombra ou excesso de sol) ou metabólico (falta ou excesso de nutrientes).

Pela grande atenção que é dada ao bonsai, estes fatores podem ser facilmente contornados se buscarmos no mercado produtos orgânicos e de fácil aplicação.

Para doenças, a simples poda de manutenção, esterilização da tesoura e aplicação de canela em pó (condimento – cicatrizante natural) no galho cortado e sulfato de cobre (fertilizante) nas folhas, são suficientes para o controle.

musgo

12 – Crescimento de musgos
Além do vaso e aspecto da árvore, há outros atributos importantes para melhorar a apresentação visual de uma árvore de bonsai. Cobrir a superfície do solo com musgo é um destes, uma prática muito comum, especialmente ao exibir árvores de bonsai em exposições.

Além da beleza estética, o musgo protege o solo da desidratação e de aves tentando cavar o solo à procura de insetos. Existem 2 técnicas para plantar musgos no vaso de bonsai. A primeira é a coleta do musgo na natureza e plantio direto no vaso, esse musgo deve estar crescendo nas mesmas condições ambientais (claridade) que o bonsai está.

Basta raspar o solo com uma espátula e replantar o musgo no solo do vaso. É importante que o solo do vaso esteja úmido para que o musgo não desidrate. A segunda técnica é colher o musgo quando ele está com a coloração marrom, bater no liquidificador e espalhar o pó sobre o solo do bonsai.

É importante mantê-lo úmido, com pulverizações diárias e, em poucas semanas, o musgo irá germinar.

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samambaia

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa ‘feto’; mais phyton, ‘planta’.

As brotações destas plantas se assemelham a posição de um feto humano no útero materno. As samambaias possuem alto valor como plantas ornamentais e, algumas plantas, podem crescer até 15 m de altura. São plantas comercializadas em substratos.

Os substratos são produtos utilizados para substituir a terra, são leves, e sem capacidade de retenção de umidade e nutrientes, dessa forma, as plantas não conseguem sobreviver por um período superior a 30 dias.

É importante que, assim que adquirir o vaso, seja feito o replantio para garantir o crescimento saudável da samambaia.
1 – A escolha do vaso
As samambaias podem ser plantadas em qualquer vaso desde que o mesmo não retire a umidade ideal para as raízes. No caso de vasos de cerâmica é importante utilizar um impermeabilizante interno para impedir que a própria cerâmica absorva a umidade da terra, desidratando as raízes das plantas.

Um vaso muito utilizado era o de xaxim, porém com a proibição devido ao risco de extinção desta planta, que também é uma samambaia, substituiu-se o mesmo pelo coxim (vasos de fibra de coco). Porém o coxim acumula água em excesso atraindo lesmas e caramujos para as plantas.

2 – Terra ideal
As samambaias são plantas altamente exigentes em umidade no solo. Dessa forma, o ideal é utilizar no plantio um condicionador de solo, pois além de ser orgânico, esse produto possui alta capacidade de retenção de água. Além disso, os condicionadores de solo possuem nutrientes e matéria orgânica em sua composição que garantem às plantas mais saúde e crescimento radicular e foliar por um maior período de tempo.

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3 – Plantio
Para se fazer o plantio da Samambaia, é importante antes, fazer uma drenagem do vaso. Essa drenagem pode ser feita colocando-se uma camada de 5 cm de brita, seixos, argila expandida, isopor, etc., ou um pedaço de manta Bidim ou sombrite no fundo do vaso.

Posteriormente, completa-se todo o vaso, até a borda com condicionador de solo. Faz-se um buraco referente ao torrão que contém as raízes da samambaia, planta a muda e aperta em volta para que ela fique bem firme. Depois do plantio, deve-se molhar o vaso e completar com Condicionador de Solo, se houver necessidade.

4 – Condições ideais de crescimento
Samambaias são plantas que crescem na sombra e em locais de alta umidade. Porém não gostam de locais onde há ventos constantes. O vento desidrata a planta mais rápido que o sol, pois retira das folhas a micro camada de umidade formada para manter as mesmas hidratadas. É importante manter o vaso da samambaia sempre úmido. Plantas com pouca rega ficam amareladas e suas folhas secam rapidamente.

5 – Adubação de crescimento
Assim como todas as plantas, as samambaias apresentam excelentes resultados quando recebem nutrientes. É através dos nutrientes que as plantas realizam o seu crescimento radicular e foliar, coloração esverdeada das suas folhas e aumento das brotações.

Essa adubação deve ser feita utilizando-se Fertilizantes foliares diluídos em água e aplicados nas folhas, uma vez a cada 7 ou 15 dias, com o uso de um pulverizador. É importante seguir as recomendações do fabricante do produto.

6 – Cortes de mudas
Como as samambaias são plantas que apresentam muitas folhas, seu crescimento é acelerado após a adubação. É importante que após o enchimento do vaso, seja feito o corte ou separação das mudas, para que esse crescimento não sufoque as novas brotações.

Esse corte deve ser feito diretamente no rizoma (sistema radicular das samambaias), devendo-se deixar 2 a 3 brotos em cada um ou separando-se todo o sistema radicular, em 2 ou 4 partes. O plantio dessas mudas deve ser feito da mesma forma que o plantio inicial.

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7 – Controle de pragas
As samambaias são plantas que apresentam alta concentração de folhas e dessa forma atrai pragas muito agressivas na alimentação foliar. Para o controle das Lagartas, pode ser feito uma catação manual das mesmas.

O controle de lesmas e caracóis deve ser feito com o uso de lesmicida orgânico. Para outras pragas, deve-se deixar dependurado ou colocado nos vasos armadilhas de placas amarelas que são atrativos naturais para os insetos voadores, que ficam grudados no momento do pouso. Já as cochonilhas, pulgões e trips, pode ser utilizados um inseticida orgânico de grande espectro para o controle (vide produtos no site).

Dessa forma, as pragas são controladas de forma orgânica, não havendo o risco de se prejudicar pássaros, animais domésticos e a saúde do aplicador.

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Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Um grupo conhecido como Pteridophyta está entre o grupo de plantas mais antigas do mundo, são conhecidos por serem vegetais vasculares, que produzem frutos, flores e sementes. Essas plantas também são compostas por raiz, folha e caule, que também é constituído por um cormo. É o grupo onde se encontram as samambaias.

Dentre os tipos de samambaias mais conhecidas estão as avencas (Adianthum), samambaia-prateada (Pteris), escadinha-do-céu (Nephrolepsis) e o xaxim (Dicksonia sellowiana).

No lugar das flores e sementes, essas plantas usar esporos como meio de reprodução. Na natureza isso acontece naturalmente, mas em meios de cultivo, nem sempre acontece dessa forma, pois existem algumas condições ambientais que podem estar diferentemente apresentadas para essas plantas o que pode torná-las estéreis.

Uma outra forma que essas plantas têm de se reproduzir são através divisão de rizomas, touceiras ou bulbilhos e filhotes.

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Ciclo de reprodução da Samambaia
O ciclo de reprodução das samambaias pode acontecer em duas fases: o primeiro estágio é o assexuado onde a planta é portadora de esporófitos, que geralmente é o mais comum à maioria das plantas cultivadas. O esporófito produtor de esporos usa o vento para a dispersão.

São estruturas muito pequenas que contêm cápsulas de esporângios, que ficam maduros até serem libertados. Dá para visualizar este estágio, que parecem micro bolinhas marrons cobertas de pó, geralmente ficam localizadas na parte debaixo das folhas de avencas e samambaias.

Os esporos possuem apenas metade dos cromossomos do esporófito, sendo assim haplóide (n), conforme acontece a sua dispersão em ambientes favoráveis sendo em cima de plantas para germinação onde se inicia o desenvolvimento das raízes.

Nessa fase são chamados de protalo, mas vivem muito pouco, enquanto os seus gametas fazem uma nova planta. Sendo assim há também a produção das estruturas sexuadas as femininas são chamadas de oosfera e as masculinas anterozóides.

A fecundação propriamente dita acontece quanto há bastante umidade no ambiente, para que essas estruturas possam se locomover e cruzar, tendo como produto final o zigoto, que já possui a quantidade de cromossomos certa (2n). O protalo serve como alimento ao ovo fertilizado enquanto o embrião começa a se desenvolver.

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Como fazer a propagação dos esporos
Os esporos pertencentes a espécies tropicais costumam amadurecer próximo ao fim do verão. Os soros que costumam ser estruturas compostas de esporos mais visíveis nas folhas assumem uma coloração mais amarronzada quando estão maduros e têm uma textura aveludada.

Para que a propagação seja feita, muitas vezes é preciso colocar em baixo um pedaço de papel ou tecido. E sacudir as folhas onde haja esporos, eles irão cair, ou parte dessas estruturas secas, e elas devem ser descartadas.

Procure transferir sempre esses esporos através de um papel limpo, e sem deixar cair, pois eles poderão ser contaminados por fungos o que pode comprometer o trabalho e levar a planta a desenvolver alguma doença.

Passe os esporos em uma solução de 10% de água sanitária (hipoclorito de sódio) junto com água destilada, depois lave com água morna, quase quente. Coloque sobre um filtro de papel para secar.

Avenca (Adiantum tenerum 'Lady Moxam')

Substrato de semeadura
Os substratos mais simples de semeadura costuma ser a mistura de turfa, areia de construção lavada e limpa, e musgo seco tudo em partes iguais. Depois de fazer a desinfecção do composto de água fervendo, misture com a água sanitária. Deixo coberto por um plástico para evitar que contamine enquanto esfrie.

Deixe as sementes dentro de um papel dobrado e faça a semeadura o mais uniforme possível. Cubra novamente com o plástico e mantenha o cultivo protegido por enquanto. Lembrando que o substrato deve estar sempre úmido.

Dicas
Após algumas semanas, aparecerá uma cama verde aveludada em cima do substrato, são os protalos jovens. Caso a aparência seja um pouco viscosa, significa que estão contaminados por algas, muitos dos produtores descartariam esse material.

Por causa do ambiente propício, o musgo geralmente rebrota, nesse caso ele deve ser retirado delicadamente com uma pinça.

Samambaia-prateada (Pteris)

Transplante das mudas
Depois que eles estão maiores, deve-se separar os protalos em alguns pedaços e ir colocando em vasos onde haja o cultivo coletivo, com um substrato já esterilizado. Tampe com plástico e deixe em algum local que bata luz indireta, sem raios de luz diretos.

Nessa etapa, além de borrifar água onde foi dissolvido adubos granulados, uma formulação de NPK 10-10-10, é essencial, nada mais do que 1 colherinha de chá para 1 litro de água que esteja em temperatura ambiente. Dissolva bem o adubo e borrife com um aspersos bem fininho na hora de regar.

Quando eles estiverem maior para poder ser manuseados, você pode transplantar para vasos individuais. E novamente faça uma adubação com a formula recomendada e mantenha em local claro, mas sem contato com a luz direta e sempre coberto por plástico.

Leva cerca de 2 a 3 anos para que atinjam o tamanho necessário para ir para vasos ripados com um cultivo protegido e na sombra, dependendo das condições climáticas.

Porque que algumas plantas não têm sementes
Samambaias e musgos são exemplos de vegetais que não possuem sementes, que é responsável pela reprodução. Como eles se reproduzem? Através da propagação de esporos.

Existe um pozinho marrom que fica embaixo das folhas das samambaias. Nesse pó existem milhares de esporos, que são estruturas que cumprem algumas funções parecidas as das sementes, que é a reprodução.

A partir dessa germinação com esporos, que muitas vezes também podem ser levados pelo vento, que as samambaias e outras plantas sem sementes deixam seus descendentes. No caso das samambaias, quando os esporos caem na terra, eles germinam e nasce uma estrutura mais esverdeada, é o gametófito. Não é fácil de vê-lo pois ele possui um tamanho muito reduzido.

Esse gametófito produz os gametas masculino e feminino, e estes quando se juntam forma um embrião, que fica alojado no interior do gametófito e não dentro da semente. Depois de muito se desenvolver, o embrião cria uma segunda estrutura, que é o esporófito. Ele  já é formado por caule, raiz e folhas, uma planta já praticamente formada. Essas folhas irão crescer e produzir novos esporos e irão cair no solo e recomeçar todo o ciclo.

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A Samambaia-americana é uma planta típica de clima tropical, sendo nativa da Amárica do Norte, América do Sul, América Central, África, Ásia (Indonésia).

Além do nome samambaia-americana, a espécie vegetal é popularmente conhecida por: lâmina-de-espada, samambaia-espada e samambaia-de-boston.

A espécie possui o nome popular de samambaia-de-boston, por uma série de fatores:
* Por uma espécie ter sido descoberta na cidade;
* Por ser uma planta bastante cultivada e popular na cidade norte americana;
* E por essa espécie ter passado por um trabalho de melhorias genéticas nessa cidade;

A samambaia-americana é uma planta bastante cultivada em ambientes interiores, e esse uso é uma das formas de exploração das características ornamentais dessa planta. A espécie vegetal pertencente a família Davalliaceae.

A família Davalliaceae
A família de plantas Davalliaceae é considerada como a família das samambaias. Essa família abriga o gênero Nephrolepis, que possui cerca de 40 (quarenta) espécies diferentes de samambaias. O nome do gênero significa em forma de rim.

Essas espécies vegetais podem ser terrestres ou epífitas (plantas que vivem sobre outras plantas) e se caracterizam por serem resistentes e resilientes (capacidade de se recuperar quando sofrem danos).

As espécies dessa família possuem rizomas (tipo de caule subterrâneo que consegue acumular nutrientes para a sobrevivência da planta). Essas espécies possuem folhas longas afiladas e alternadas. Devem ser cultivadas em áreas que contenham sombra, em solo preferencialmente úmido e rico em nutrientes (húmus) e que possuam uma alta umidade. Normalmente, as espécies desta família (as samambaias) são cultivadas como plantas de ambientes interiores.

A samambaia-americana é uma espécie de planta herbácea, que se caracteriza por apresentar um crescimento curto e um caule macio e não lenhoso, pois não possui a presença de lignina (substância que concede a aparência lenhosa para a planta).

A espécie também apresenta a característica de ser uma planta rizomatosa, isto é, possui rizomas que além de terem a função de armazenar nutrientes e alimentos que irão sustentar a planta, os rizomas (através da sua divisão) irão ajudar no processo de multiplicação e propagação da espécie.

A samambaia-americana se caracteriza por ser uma espécie vegetal que possui ciclo de vida perene, que significa dizer que a planta possui um ciclo de vida grande, longo, nos termos do reino vegetal.

Esta espécie vegetal se caracteriza por ser uma planta de pequeno porte que atinge uma altura média de 60 cm.

As folhas da samambaia americana se caracterizam por serem longas e subdivididas em folíolos lisos e retilíneos. Elas possuem coloração verde clara e elas possuem um aspecto compacto. De uma maneira geral, as folhas formam touceiras de grande volume, o que fazem com que elas demonstrem uma textura muito bonita.

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Cultivo da Samambaia-americana
A planta aprecia o clima quente e úmido, sendo típica de clima tropical, no entanto ela consegue se adaptar ao cultivo em regiões que apresentam outros climas como por exemplo: equatorial e subtropical.

Deve ser cultivada sob a condição de iluminação de meia sombra ou luz difusa, nunca devendo ficar exposta ao sol por bastante tempo, por isso mesmo ela é bastante cultivada em ambientes interiores, bastante que a planta consiga receber iluminação por alguns períodos do dia para que continue a se desenvolver e viver bem.

É uma planta rústica, isto é, conseguem se desenvolver sem a necessidade de maiores cuidados da parte de quem cultiva a espécie. Contudo, quem cultiva esse tipo de planta precisa ter conhecimento que a espécie não tolera frio intenso.

A realização de aplicação de material orgânico para que o solo fique rico em húmus, pode ser feitas quinzenalmente, pois isso irá ajudar a samambaia-americana a manter um verde brilhante e vivo, dando maior beleza a planta.

Normalmente, essa espécie vegetal é cultivada em vasos e em jardineiras ou cestas suspensas, e esta precisa ser regada com grande frequência e regularidade.

A planta aprecia a alta umidade, pois essa condição beneficia o desenvolvimento da espécie. Quando o clima estiver passando por períodos secos, a realização de pulverizações de água ajuda a manter a umidade do ambiente para que a planta não sinta tanto as dificuldades que estão sendo geradas pelo clima.

Os vasos onde a samambaia-americana é cultivada devem possuir boa condição de drenagem para o desenvolvimento e manutenção da planta.

Normalmente, os vasos onde são cultivadas a planta são aqueles feito de xaxim, no entanto essa espécie está correndo perigo de sofrer extinção, por isso é condenado a utilização e compra desses vasos. Hoje em dia, estão recomendando o uso de vasos fabricados com a fibra do coco.

Contudo os cultivadores e apreciadores de plantas epífitas afirmam que a fibra de coco não possui as mesmas qualidades e condições do xaxim. Contudo, nesse momento de vivência da conscientização ecológica, e preservação do meio ambiente, devemos preservar e respeitar a cultura do xaxim, usando outros tipos de substratos, até que os estudiosos consigam encontrar um que apresente similaridade de características e condições a essa espécie em extinção.

A samambaia-americana é muito usada na decoração de ambientes interiores, e é uma das espécies vegetais mais usadas como planta ornamental em nosso país. As espécies que normalmente são vendidas nas lojas, são as samambaias-americanas que sofreram alterações e melhorias genéticas feitas na cidade de Boston.

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Multiplicação da Samambaia-americana
A espécie vegetal se multiplica através da divisão de suas touceiras, que é um dos processos de reprodução vegetativas das plantas ornamentais mais conhecidos que existe.

Ela consiste em realizar cortes nos rizomas, para criação de mudas preservando rizomas, raízes e folhas para que a muda crie condições de desenvolver uma nova espécie.

A época ideal para a planta se multiplicar é o inverno e a espécie é encontrada nas florestas úmidas da Flórida, América do Sul, México, América Central, África, Índias Ocidentais e Polinésia. Isto é, a samambaia-americana está espalhada por todo o mundo.

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