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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

buriti_inteiro

Nome Popular: Buriti, buritizeiro, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu
Família: Arecaceae
Divisão: Magnoliophyta
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Perene

Nas regiões onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras palmeiras. É abundante no Cerrado e um indicativo infalível da existência de água na região. Como o Cerrado é rico em água, lá estão os Buritis, emoldurando as veredas, riachos e cachoeiras, inseridos nos brejos e nascentes. A relação com a água não é à toa. Ao caírem nos riachos, os frutos de seus generosos cachos são transportados pela água, ajudando a dispersar a espécie em toda a região.

Na natureza, tudo funciona na base da cooperação mútua. Os buritis também embelezam a paisagem do Cerrado e são fonte de inspiração para a literatura, a poesia, a música e as artes visuais.
Os cachos carregados de frutos e as folhas de que necessita, são apanhados lá no alto, cortados no talo com facão bem afiado para não machucar a palmeira.
Depois disso, o experiente sertanejo pula, usando as largas folhas do buriti como se fossem pára-quedas, pousando suavemente na água.

Para o homem, o buriti também é muito generoso. Seu fruto é uma fonte de alimento privilegiada, com as folhas crescidas, suas fibras e  seus brotos, pode-se fazer de tudo:  o tapiti de espremer massa de mandioca, o paneiro de empaiolar farinha, uma gradação de balaios, as esteiras, as mantas, as redes de dormir, as cordas e os abanos. Também é utilizada na cobertura de casas – telhados.
Geram fibras usadas no artesanato, tais como bolsas, tapetes, toalhas de mesa, brinquedos e bijuterias. Os talos das folhas servem para a fabricação de móveis. Além de serem leves, as mobílias feitas com o buriti são resistentes e muito bonitas.

As folhas jovens também produzem uma fibra muito fina, a “seda” do buriti, usada pelos artesãos na fabricação de peças feitas com o capim-dourado.
Do buriti, se aproveita tudo. Até o nome, emprestado a milhares de lugares, estabelecimentos e até embarcações que levam a fama da palmeira por todos os lugares.

É propagada por sementes, que perdem o poder germinativo em poucas semanas; contudo, as sementes recém-colhidas alcançam 100% de germinação, que ocorre aos 75 dias.
A produção do buriti é anual e em indivíduos femininos ocorre a cada dois anos, no final do período chuvoso.

O número de inflorescência ou de cachos com frutos varia de 5 a 7 por planta por ano, com cerca de 400 a 500 frutos por cacho.
A floração ocorre de Abril a Agosto, frutificando após 9 meses.

É uma palmeira que aprecia locais ensolarados, clima quente e necessita de terrenos ricos em matéria orgânica e levemente úmida. Para plantar, abrir uma cova grande, mais larga que funda maior que o torrão da muda.

Pode ser regada com frequência, pois ela ocorre em áreas de brejo. Colocar adubo de curral curtido, cerca de 3 litros/ cova, acrescido de adubo granulado formulação NPK 10-10-10, cerca de 300 gramas. Misturar com composto orgânico antes de colocar o torrão. Regar a cova antes do plantio.

Colocar o torrão, adicionar mais composto orgânico e colocar os tutores em número de três, amarrando com cordão de juta para manter no lugar. Regar todos os dias, inclusive o ponteiro da copa todos os dias por, pelo menos, 10 dias após o plantio. Para cultivá-lo em terreno seco deve receber muita água na sua fase juvenil.

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Família: Fabaceae (Leguminosae)
Origem: Nativa da Mata Atlântica do Brasil.

Sua ocorrência natural é no Brasil, do Pará ao Rio Grande do Sul. Na América do Sul, em países como Colômbia, Peru, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Esta árvore, conhecida também como timbaúva, chambó, tamboré e tambor, entre outros nomes, ainda é uma das principais fontes de madeira para a construção de canoas inteiriças.

Com tamanho médio entre 20 e 35 m, o tronco desta árvore possui de 80 a 160 cm de diâmetro.

Em razão disso, chama a atenção a dimensão de seu tronco (curtos e largos), e também a sua copa em forma de guarda-chuva e, sobretudo, as vagens de sua frutificação, que lhe conferem o principal nome popular (e se parecem mesmo com uma orelha de macaco).

Pesa ainda a seu favor o crescimento rápido em formações secundárias, servindo para recuperar áreas degradadas ou de solo pobre. É apícola (usada na apicultura) e muito empregada também para a fabricação de papel (tem celulose).

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Família: Angiospermae – Fabaceae – Faboideae (Leguminosae)
Origem: Brasil

Sua ocorrência natural é na: Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul (até Santa Catarina).

Árvore de copa ampla e globosa, chegando a medir 20 m de altura, com tronco entre 50 e 70 cm de diâmetro. Suas folhas são compostas e as flores, roxas. O fruto apresenta de uma a três sementes, de cor vermelha e negra (que justifica o seu nome popular).

Natural de duas florestas – a pluvial atlântica e a latifoliada semidecídua – essa árvore possui madeira moderadamente pesada e resistente. Tanto que é empregada na confecção de móveis de qualidade e em acabamentos da construção civil.

Suas sementes, em função da beleza de sua dupla cor (vermelha e negra), são muito usadas na confecção de peças artesanais. Mas afora essas “aplicações práticas”, a olho-de-cabra tem muitos atrativos para mantê-la intacta, nos campos: as sombras generosas que proporciona, a sua beleza plástica e a própria aplicação paisagística.

Pode também ser empregada para plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. O único problema é o desenvolvimento lento de suas mudas (idem para o seu crescimento no campo, de 2,5 m aos 2 anos). A espécie floresce em Outubro e Novembro. E seus frutos, embora amadureçam de Setembro a Outubro, permanecem na árvore por muitos meses.

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Raiz:
Uma vez que a maioria das raízes são subterrâneas e portanto não facilmente visíveis, nossa tendência é ignorá-las e desmerecê-las. A primeira raiz do vegetal vem do embrião, chamada de raiz primaria, ou raiz principal. Ela pode ser pivotante (cresce principalmente para baixo) ou tabular (cresce principalmente lateralmente).
A raiz possui órgãos especializados para sustentação, absorção, armazenamento e condução da seiva, e é responsável pela retirada de água e nutrientes do solo.
A água e nutrientes absorvidos compõem a seiva bruta. Essa seiva bruta é transportada, da raiz para as folhas pelo xilema (conjunto de vasos encontrados no caule da planta).

Caule:

Uma curiosidade é que as plantas primitivas só tinham caule ! Estes são tidos como precursores das folhas e assim ancestrais do próprio sistema caulinar.
O caule promove interligação entre raiz e folha, levando a seiva bruta da raiz para as folhas, através de um conjunto de vasos condutores, chamado de xilema, e levando a seiva elaborada das folhas até o restante da planta, por um conjunto de vasos condutores, chamado de flolema.
Durante a descida, o floema fornece alimento aos demais órgãos.
Os troncos das árvores variam em tamanho, forma, textura e cor.
É do tronco de algumas árvores que é extraída a madeira que usamos em nossas casas, em móveis, ferramentas, pisos e até mesmo lápis. É também do tronco de algumas árvores que é extraída a matéria prima para fazer o papel – a celulose.
Comece a pensar quantas árvores são derrubadas para satisfazer nossas necessidades do dia-a-dia, só relacionadas ao caule !

Folha:

Nas folhas, ocorre a fotossíntese, que é um processo de produção de glicose e oxigênio. Este processo tem como um de seus componentes a luz do sol. A luz é formada por feixes de diferentes comprimentos onda. Cada comprimento é de uma cor. Essas são as cores primárias.
Os comprimentos de onda que são absorvidos pelas folhas variam de acordo com as espécies. Em geral o comprimento de onda de cor verde não é absorvido pelas folhas, sendo assim refletido, dando a coloração verde às folhas.
A glicose produzida compõe a seiva elaborada conhecida como alimento da planta. A seiva elaborada é transportada, das folhas para toda a planta, pelo floema, como vimos a cima.
Também ocorre a transpiração e a perda de água para o meio ambiente na forma de vapor. É possível observar névoas em grandes florestas ao amanhecer. Esta névoa nada mais é que a evaporação da umidade da floresta. Uma parte desta umidade é produzida através desta transpiração que ocorre em cada folha.

Flor:

A flor é uma folha modificada do vegetal, de crescimento limitado, contendo as estruturas reprodutivas da planta Giniceu (parte feminina), Androceu (parte masculina).
A pétala funciona como atrativo.Cada espécie evoluiu suas flores em tamanho, forma e cor, para se adaptar aos seus determinados polinizadores.

Essa evolução garante a perpetuação da espécie, e a biodiversidade através dos polinizadores.
Biodiversidade, é a diversidade da vida (bio). Com a flor, as Angiospermas adquiriram a capacidade de se reproduzirem a partir do cruzamento entre dois indivíduos.
A grande maioria da flores das Angiospermas é hermafrodita, facilitando a autofecundação. Mas a autofecundação apresenta desvantagem para as espécies, impedindo a variabilidade de caracteres. Para impedir a autofecundação, as flores possuem adaptações que impedem o processo, e facilitam a fecundação cruzada (entre flores de indivíduos diferentes), tais como:
- Hercogamia = alturas diferentes da antera (androceu) e o estigma (giniceu).
- Protandria = o androceu amadurece antes do gineceu.
- Protaginia = giniceu amadurece antes do androceu.

Fruto:

Ocorrendo a fecundação, o óvulo origina a semente, e o ovário, o fruto. O fruto protege as sementes e prepara o solo, facilitando a germinação, os frutos podem ser verdadeiros (quando se formarem a partir do ovário, como o abacate); ou falsos (quando se formam de outras partes da planta como o caju, maçã, figo, abacaxi e framboesa).

Sementes:

A semente é uma estrutura de propagação da planta; é a unidade reprodutiva que dá início a uma nova geração da espécie. Esta estrutura contém o embrião e protege-o contra a dessecação, danos mecânicos e ataques de organismos diversos.
- Dormência

Fotossíntese:

Os seres fotossintetizantes, que não são apenas as plantas, são autótrofos, isto é, produzem seu próprio alimento.
A fotossíntese é o processo pelo qual a planta transforma a seiva bruta em seiva elaborada – seu alimento!.
Ela ocorre na folha, utilizando gás carbono (CO2), água (H2O) e luz, transforma-os em carboidratos (C6H12O6) e oxigênio (O2), que é liberado na atmosfera. Apesar da glicose ser representada como carboidrato nas células fotossintetizantes, o produto mais imediato são carboidratos com 3 carbonos, conhecidos como trioses.

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