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Posts para categoria ‘Árvores e Palmeiras’

salgueiro-chorão

O Salgueiro-chorão é o nome de uma árvore pertencente à família Salicaceae ou Salgueiros. Parece ser originária do Leste da Ásia. É uma árvore nativa do norte da China, mas cultivada há milênios em vários locais da Ásia, tendo sido disperso pelo homem ao logo da rota da seda até à Babilônia, daí o seu nome científico.

É uma árvore de tamanho médio a grande porte que pode alcançar até 20 a 25 m de altura. É de crescimento rápido mas tem uma curta longevidade. É  caducifólia, perde as folhas no inverno ainda que, por vezes, durem na árvore até irromperem as novas.

É muito pouco exigente com os solos, que apenas têm de ter água suficiente. Desenvolve  muito bem em terrenos muito úmidos, sendo capaz de saneá-los absorvendo a água em excesso.

Apesar de não ser uma espécie muito duradoura, o salgueiro chorão tem alto valor ornamental.

salgueiro-chorão

O tronco tem uma cortiça escura que vai rompendo com os anos. Os rebentos são delgados, longos e muito flexíveis, formando uma copa arredondada. O salgueiro é muito utilizado como ornamental pela beleza e frescura que aporta aos jardins.

As folhas são lanceoladas de 4 a 10 cm de comprimento, serrilhadas, com a página superior cor verde intensa, a página inferior é mais clara e com pêlos que vai perdendo.

As flores são muito pequenas e sem pétalas, formam amentilhos na primavera. São de cor amarelo-esverdeada. Têm flores masculinas e femininas em pés separados (são plantas dioicas).

ilhota

caliandra

São inúmeras as plantas conhecidas popularmente por esponjinhas, por apresentarem flores compostas por uma grande quantidade de estames, que lembram pompons, entre elas estão as Caliandras. No entanto neste grupo estão ainda os ingás, as acácias, o calistemon, entre outros.

As Caliandras pertencem à família Leguminosae. O gênero Calliandra compreende mais de 150 espécies de arbustos ou arvoretas, originárias de zonas tropicais e subtropicais das Américas.

No Brasil podem ser encontradas em seu habitat natural, na região de Cerrado, chegando até as áreas de Caatinga no Nordeste, mas também em outras regiões com climas mais amenos.

Por ser uma leguminosa apresenta folhas bipinadas, ou seja: as folhas das caliandras apresentam-se divididas em folíolos, e estes por sua vez divididos em outras folinhas ainda menores.

Quando se pensa na evolução das plantas, a presença de numerosos estames é indicio de pouca evolução, isto porque requerem grande quantidade de energia, exigindo o consumo de carboidratos e proteínas indispensáveis à planta.

Na realidade, na evolução vegetativa, a redução das estruturas reprodutivas, é consequência da otimização de outras estruturas, como é o caso dos nectários, que atraem os polinizadores.

Uma pergunta fica em questão produzir substâncias açucaradas pelos nectários não exigiria um gasto maior de energia? Por incrível que pareça não, na formação de estruturas como os estames, são utilizadas outras substâncias que não venham a ser carboidratos e para a planta sintetizá-los, há uma grande demanda de energia, já os carboidratos estes são produtos da fotossíntese.

O Nome do gênero também e decorrente da numerosa presença de estames, tem sua origem etimológica no grego e significa estames bonitos.

Curiosidades à parte, as caliandras despertam bastante interesse não somente pelo seu potencial paisagístico, proporcionado pelo aspecto exótico das suas inflorescências, mas também pela sua elevada rusticidade, adaptando-se as mais diferentes paisagens.

Além do valor ornamental, a madeira em algumas espécies e extremamente dura, sendo utilizada para a fabricação de bengalas e cabos de ferramentas. Vem daí outro nome popular dessas plantas: Quebra-foice.

As caliandras gostam de muita luminosidade, preferem sol pleno, ou pelo menos 5 a 6 horas diárias, quanto ao solo é pouquíssima exigente, mas apresenta melhores resultados em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados, deve se tomar o cuidado de não encharcar demais o solo.

A propagação pode ser feita de maneira sexuada, isto é colhendo-se as sementes diretamente nos frutos, quando estes se abrem espontaneamente, ou então assexuadamente por estaquia.

As estacas devem ter cerca de 20 cm de comprimento, retiradas de ramos mais lenhosos, sendo conveniente para se aumentar a taxa de ¨pegamento¨ a utilização de hormônios de enraizamento (auxinas). As sementes devem passar por um processo de quebra de dormência, pois estas apresentam um tegumento bastante rígido.

Tendo-se as mudas deve-se abrir covas de 40 cm3 aproximadamente e adicionar partes iguais de areia, argila e material orgânico curtido.

Na época da floração, seu jardim irá ganhar um colorido vistoso e será muito visitado por beija-flores, que parecem ter uma predileção por essas plantas.

Calliandra_01

As espécies mais ornamentais e cultivadas são:
Calliandra harrisii (Lindl.) Beth.

Calliandra-harrisii-Lindl.-Beth.

Arbusto lenhoso, ramificado, ereto, nativo do Brasil, de 1,5 – 2,0m de altura, com florescimento bastante vistoso. Folhas compostas por dois pares de folíolos ovalados, um par maior oblíquo, e outro bem menor, muito reduzido, ou ate mesmo faltando uma das folhas do par menor de uma das plantas.

Inflorescência formada por muitas flores, pequenas, reunidas em capítulos com estames longos, assemelhando-se a uma esponja, de cor vermelho-escura, formadas varias vezes durante o ano, principalmente na primavera-verão.

Cultivada como planta isolada ou em grupos ou renques, a pleno sol, em terra fértil, permeável, irrigada periodicamente. Não tolera geada.

Calliandra brevipes Beth. / Calliandra selloi (Spreng.) J.F. Macbr.


Calliandra-brevipes-Beth.

Arbusto lenhoso, muito ramificado, nativo do Brasil, de 1,0 – 2,0m de altura, de florescimento exuberante. As flores pequenas, reunidas em capítulos densos, com estames cor de rosa e também brancos ou roxos em outras variedades.

O florescimento ocorre durante a primavera-verão, Diz a lenda que ela prenuncia as chuvas no verão.

Cultivada como planta isolada ou formando conjuntos, mas o efeito ornamental mais notável e como cerca-viva podada a intervalos, mantidas sempre a pleno sol. Tolerante a geadas e ao frio, seu florescimento é mais exuberante na região sul do país.

Calliandra foliolosa

Calliandra-foliolosa1

Espécie muito semelhante a Calliandra brevipes Beth., só que de porte bem maior, alcançando de 3 – 4 m de altura. De aparência mais rala, as folhas são recobertas por uma penugem, e as inflorescências de ate 6,0 cm de comprimento, formam pompons de uma tonalidade mais clara de rosa, quase branca.

Calliandra inaequilatera Rusby.

Calliandra-inaequilatera-Rusby.

Arbusto lenhoso, bastante ramificado, ereto, nativo da Amazônia boliviana, com ramos ascendentes, de 2,0 – 4,0 m de altura, muito florífera, com folhas perenes.

As flores são pequenas, reunidas em capítulos grandes, densos com estames longos, de cor vermelha – sanguínea, formadas principalmente na primavera-verão, sendo bastante visitada por beija-flores. Não tolera geada.

Eventualmente existem plantas de flores brancas. Utilizadas no paisagismo de forma isolada ou na forma de renques, suas estacas devem ser preparadas logo após o florescimento.

Calliandra tweedii Benth.

Calliandra-tweedii-Benth.-

Arbusto lenhoso, extremamente ramificado, ereto, nativo do Brasil, de 1,5 – 2,0 m de altura, com florescimento bastante vistoso. Folhas perenes bipinadas, finamente divididas, com ramagem delgada, escandente e ornamental.

Inflorescência formada por muitas flores, pequenas, reunidas em capítulos com estames numerosos e longos, assemelhando-se a uma esponja, de cor vermelho-escura, formadas principalmente na primavera-verão.

Cultivada como planta isolada ou em grupos ou renques, a pleno sol, em terra fértil, permeável, irrigada periodicamente. Tolera geada. Suas estacas devem ser preparadas no fim do inverno.

Calliandra haematocephala

Calliandra_haematocephala

Arbusto lenhoso, de grande porte, ramificado, ereto, comum na região sul do Brasil, de 1,5 – 5,0m de altura, e com quase mesma dimensão de copa, com florescimento bastante vistoso. Folhas grandes em relação as outras espécies.

As flores formam pompons de 6-10 cm de diâmetro, com numerosos estames de cor vermelha. Costumam desabrochar do verão até o meio do outono, deixando a planta com aspecto bastante ornamental. Existe ainda uma variedade com características idênticas, porém com flores completamente brancas; chamada de Calliandra haematocephala Var. Alba.

Algumas Raridades
Existem caliandras que podem ser vistas apenas em coleções particulares, já que são consideradas raras. É o caso da Calliandra confusa, de flores, vermelho–púrpura, e da Calliandra schultzei, originaria da Venezuela, de colorido quase branco.

Calliandra-confusa

calliandra_schultze

A maior raridade é a Calliandra calothyrsus, uma pequena árvore, em que os pompons vermelhos aparecem dispostos ao longo do ramo, num conjunto semelhante a candelabros.

Calliandra_calothyrsus

chuva no rio

ficus_lyrata

A figueira-lira é uma árvore tropical, nativa do oeste da África, e cultivada no mundo inteiro por suas qualidades como ornamental.  Ela pertence à família Moraceae e popularizou-se recentemente o seu uso na decoração de interiores, onde denota grande efeito.

Em seu habitat é comum iniciar sua vida como uma planta epífita, crescendo sobre outras árvores, de forma que com o tempo as plantas hospedeiras são sufocadas pela falta de luz e pela pressão das raízes e podem morrer.

Não possui raízes aéreas, ao contrário de muitas outras espécies do mesmo gênero. O caule geralmente ramifica-se desde a base ou à pouca altura. A copa é arredondada e bem fechada, oferecendo sombra farta.

Suas folhas são grandes, alternas, coriáceas, brilhantes, com nervuras bem marcadas, margens onduladas e formato de lira – o instrumento musical – o que lhe valeu o nome científico “lyrata“.

ficuslyriata

Exemplares bem adaptados produzem figos pequenos, esverdeados e com manchinhas claras, que dificilmente conterão sementes fora do seu habitat, devido à ausência da vespa polinizadora específica da espécie.

É comum sua utilização na arborização urbana, embora as árvores do gênero Ficus não sejam muito indicadas para passeios ou canteiros centrais, devido ao porte adulto e crescimento superficial do sistema radicular, que acaba destruindo a pavimentação.

No entanto ela é perfeita para parques, praças e áreas amplas, onde pode se desenvolver livremente e oferecer sombra fresca aos frequentadores. A figueira-lira também é considerada uma árvore excelente para absorver e bloquear a poluição sonora.

Ficus-Lyrata-1

Assim, é interessante plantá-la na forma de renques para isolar áreas barulhentas. Contudo, a última tendência é seu uso em interiores, sendo bem valorizada em vasos de cerâmica vietnamita, que pode adornar salas de estar, banheiros, quartos, escritórios, halls de entrada, varandas, sacadas, etc.

Neste locais seu crescimento tende a ser mais lento, e sua folhagem mais esparsa, mas muito decorativa. Para manter a árvore com porte adequado a estes ambientes, pode o topo de tempos em tempos.

Seu cultivo deve ser sob sol pleno ou meia sombra, sendo que mesmo em interiores, prefere locais bem iluminados, como próximo a janelas onde bate sol.

O solo para o cultivo deve ter boa capacidade de retenção de umidade, enriquecido com matéria orgânica, arejado e drenável. Irrigue regularmente, sem encharcar.

Evite deixá-la em ambientes com ar condicionado constante, pois o ar seco deixará suas folhas com os bordos queimados. Plantas envasadas se beneficiam de aplicações quinzenais de adubos foliares.

ficuslyriata

Costuma ser bastante resistente a pragas e doenças, mas pode ser acometida por cochonilhas. Árvores plantadas diretamente no jardim necessitam de regas suplementar no primeiro ano de implantação e em períodos de estiagem. Não resiste a geadas ou frio intenso.

Sua multiplicação é feita por estaquia e alporquia.

liquen

paineira

A paineira pertence à família  Malvaceae e é originária do Brasil e Argentina. Ela ocorre em outros países além do Brasil e possui muitos nomes comuns que variam conforme a região: barriguda, árvore-de-lã, árvore-de-paina, paineira-rosa, paineira-branca, paineira-fêmea, samaúma, paina-de-seda, entre outros.

Sua presença é quase materna, e não se trata de uma referência ao gênero feminino e masculino explícitos na sua flor, que possui tanto estruturas masculinas como femininas.

Trata-se de uma árvore ornamental de flores grandes e vistosas, e produz frutos semelhantes a abacates, só que de casca muito dura.

É difícil encontrá-los ainda fechados no chão: eles se abrem ainda no pé, nos galhos mais altos, estourando a casca depois de muitos dias de exposição ao sol. Assim, maduros, estão prontos para serem fuçados pelos passarinhos que, como o vento, são os responsáveis pela dispersão das sementes.

O tronco das paineiras tem boa capacidade de sintetizar clorofila (fazer fotossíntese) e tem coloração esverdeada até quando tem um bom porte; isto auxilia o crescimento mesmo quando a árvore está despida de folhas; é comum, também, paineiras apresentarem uma espécie de alargamento na base do caule, daí o apelido “barriguda”.

flor da paineira

De beija-flores a periquitos e maritacas, é grande o número de aves que recheia seus ninhos com paina – uma maneira muito confortável de manter os ovos aquecidos e protegidos de umidade.

A lã da paina serve para forrar travesseiros, e o tronco da paineira é leve e mole.

Presente em praças e canteiros de Goiás, Paraná, São Paulo, Minhas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, a paineira é rústica e tem crescimento rápido, o que a torna forte candidata na recuperação de áreas degradadas.

Seu tronco, que pode passar dos 25 m de altura, tem saliências pontiagudas semelhantes a espinhos grossos, uma característica que facilita a identificação da árvore.

A partir dos 20 anos de idade, aproximadamente (sudeste brasileiro), os espinhos costumam começar a cair na parte baixa do caule e, gradualmente, também caem nas partes mais altas da árvore, com o engrossamento da casca.

Diz-se, no Brasil, que isto permite à árvore receber ninhos de pássaros, o que seria impossível de acontecer quando esta tinha espinhos longos e pontiagudos; assim, flores e frutos já não estão presentes, mas a árvore continua a dar sua contribuição à natureza hospedando os passarinhos.

Esta não é uma regra para todas as paineiras; algumas paineiras com mais de 20 m, por exemplo, continuam com espinhos muito grandes na parte baixa, provavelmente como defesa de insetos do local.

espinhos

Leve, mole e de baixa durabilidade, a madeira é usada em canoas, caixotes e tamancos, além de compor a pasta celulósica, material mais comumente utilizado na fabricação de papel.

A melhor forma de plantar uma paineira
Em primeiro lugar colha os frutos ainda fechados e deixe-os no sol até que a casca estoure – peça para a molecada pisar em cima para checar.

Abra a baga com cuidado e aproveite para observar a beleza da lá ainda úmida, toda compartimentada, como uma espiga de milho felpuda.

Essa é a melhor hora para retirar as sementes, uma vez que, com a lã seca e volumosa, os grãos se enroscam e tornam a tarefa mais trabalhosa. Para se ter uma ideia de rendimento, um quilo de paina contém quase 6 mil sementinhas.

paina

Como deve ser o solo para plantar as sementes da paineira
Coloque as sementes para germinar em sementeira ou saquinhos individuais, em terra misturada a areia e composto orgânico em partes iguais, mantendo-as à meia sombra.

Cubra com um pouco de substrato peneirado e regue duas vezes ao dia, sem encharcar. Em menos de quatro meses, as mudas estarão prontas para o plantio em local definitivo – que deve ser bem espaçoso, para dar conta de uma árvore tão grande.

campoflorido