Os cactos com todos os seus espinhos acabam amolecendo o coração de muita gente já que a sua facilidade no cultivo faz com que eles sejam plantas que raramente decepcionam e causam frustrações.

A exceção é no que se diz respeito às flores, já que é preciso tomar alguns cuidados simples e indispensáveis, para que elas apareçam e se mantenham pelo maior tempo possível.

Apesar de teoricamente todas as plantas darem flores, nem todos os cactos florescem facilmente, é por isso que escolher a espécie correta é essencial para que o seu cacto atinja o efeito desejado.

No geral, as flores deles são super delicadas e têm pétalas finas. Já que algumas são mais chamativas e outras nem tanto. Abaixo uma lista de algumas espécies de cactos e seus nomes para te ajudar na hora de escolher os cactos mais floridos:

Rebutia
O gênero é conhecido pelo seu formato redondo e flores impressionantes;

Opuntia violácea (Palmas)
Espécie originária do México com o corpo achatado, tons violetas, espinhos pretos e dá pequenas flores ao redor da sua folha com tons que variam entre violeta e amarelo;

Mammillaria
Gênero botânico é conhecido pela disposição das flores em formato de coroa ao redor da planta quando surgem;

Cereus (Mandacaru)
Esses impressionam pelo tamanho avantajado, assim como a sua flor e cacto branca, que só abrem por uma noite;

Echinopsis
A beleza deste gênero está na desproporção entre o tamanho do cacto (pequeno) e as flores enormes;

Gymnocalycium
Gênero conhecido pelo formato pequeno e redondo e pelas flores delicadas que surgem no centro e nas laterais;

Selenicereus (cacto orquídea)
O que mais chama a atenção é a flor do cacto orquídea, que costuma aparecer à noite, soltar um perfume delicioso e aparecer apenas uma vez;

Cacto-estrela (Stapella)
Apesar do nome popular, esse cacto com flor em formato de estrela mais é uma suculenta do que propriamente um cacto. Com o perdão do trocadilho, ele não é flor que se cheire.

Já que emite um odor desagradável que atrai moscas. A beleza da flor compensa e o fato dele pode ser plantado diretamente no solo também;

Cuidados essenciais para cactos com flores
Se você tem informações concretas sobre a espécie do seu cacto e sabe o mês que ele costuma florir, aproveite para adubar 2 meses antes.

Um bom substrato aumenta as chances de saírem flores no cacto e protege de fungos e problemas relacionados.

Para produzir flores os cactos precisam de muitas horas no sol. Se o seu cacto fica em um lugar que não recebe iluminação natural sempre, o ideal é que você experimente outros lugares.

No entanto, é preciso fazer essa mudança aos poucos para que ele se adapte ao novo ambiente. Para isso, comece deixando-o por algumas horas, duas vezes por semana até mudá-lo permanentemente para o novo lugar;

Outro sinal de que o seu cacto precisa de mais sol é observar o sentido em que ele cresce. Se estiver pendente para algum lado, significa que ele precisa de mais exposição solar;

Durante a primavera e o verão, mantenha a terra mais úmida, porém nunca encharcada (para evitar fungos);

Já no outono e inverno, elas devem receber muito pouca água. Se faz frio, recomenda-se tirá-la da friagem e deixar em um lugar com sol;

Tenha paciência, pode levar anos para que surja a primeira flor no seu cacto, mas a beleza é compensadora.

Mini cactos com flores
Os cuidados e espécies de mini cactos floridos são os mesmos com destaque para a dose de delicadeza extra que deve ser levada em conta na hora de manusear com as versões mini das plantas. Proporcione as quantidades de água (muito pouca), substrato, adubo e até mesmo a exposição solar.

Atenção aos cactos com flores falsas
É comum que os produtores e vendedores espetem flores secas ou flores artificiais para ornamentar os cactos à venda e, de certa forma, enganar os consumidores.

A verdade é que essa espécie de marketing pode machucar os cactos e deixá-los mais suscetíveis ao aparecimento de fungos.

As flores originais têm pétalas delicadas e duram pouco tempo. Se você notou que as flores do seu cacto são secas ou artificiais, utilize uma pinça e remova-as com delicadeza. Para ‘cicatrizar a ferida’, salpique canela em pó sobre os furos, isso evita o aparecimento de fungos e outras doenças.

Vale ressaltar que este é um processo diferente do enxerto, espécie de processo ‘cirúrgico’ que une dois cacos e uma das partes pode ter flor.

O Opuntia microdasys é um cacto originário do México pertencente a família botânica Cactaceae que deve ser cultivado com muito cuidado. É também conhecido popularmente por opúntia, palma-brava

O tronco verde é dividido em partes (artículos) com muitos pontos equidistantes (espinhos em tufos), possui diversas variedades, dentre as quais podemos citar uma de artículos retorcidos, chamado de monstruosus e uma com artículos em crista, a cristata.

Suas flores amarelas e isoladas surgem nos meses mais quentes do ano.
Seu tamanho reduzido é ideal para formar bacias ou vasos largos e rasos, isoladamente ou em composição com outras cactáceas e suculentas, é ideal para compor jardins rochosos ou desérticos.

Seu cultivo deve ser em locais de sol pleno, em substrato leve e bem drenável, as regas devem ser esporádicas.

É uma espécie tolerante ao frio. Sua multiplicação é feita por estaquia dos artículos.

Espécie típica da caatinga do Nordeste brasileiro, esse cacto é resistente a solos áridos e arenosos. O cacto coroa-de-frade é pequeno e arredondado, tem um aspecto interessante.

As flores formam-se na parte de superior da planta, sob o tronco verde, e são levemente róseas. Normalmente aparecem no verão. São formadas no chapéu vermelho e cilíndrico sobre o tronco verde.

Possui espinhos pontiagudos nas bordas dos gomos que formam o tronco. É uma planta pouco exigente quanto ao solo e à umidade.

Os frutos, quando caem, deixam um buraco, que depois fecha naturalmente. São consumidos por alguns animais, caso dos lagartos.

Também é adequando para vasos como planta isolada ou em composição com outras cactáceas e suculentas em terrário ou diretamente no jardim. Deve ser cultivado a pleno sol, em substrato composto de areia e terra de jardim.

Essa espécie é mais sensível ao frio. Sua polinização acontece através de sementes diminutas, já que não emite brotações.

As regas ficam por conta das chuvas que, caso estejam em excesso, podemos protegê-lo até o tempo melhorar. Sua multiplicação é feita por sementes.

As plantas do gênero Lithops pertencem à família Aizoaceae. São pequenas e curiosas suculentas com aspecto de pedras, que têm o intuito de se camuflar no meio -ambiente. Por este motivo seu nome botânico é constituído pelas palavras “lithos”, que em grego significa pedra, e “opsis” que significa parecido.

Originária de regiões desérticas da África, esta plantas chamam a atenção pela sua anatomia botânica. Seu corpo de aspecto cônico e oblongo, é formado por apenas duas folhas unidas e suculentas, com a superfície plana ou arredondada.

Estas folhas podem apresentar as mais diversas cores, verrugas, manchas, nervuras, estrias e inclusive “janelas” transparentes, para a entrada de luz no interior das folhas, otimizando a fotossíntese.

Entre as folhas da Lithops há uma fissura de onde emerge a inflorescência durante o outono. Suas flores são quase sempre perfumadas, abrem-se à tarde e fecham ao pôr do sol, podem ser de cor amarela ou branca, com aspecto de margarida.

Florescem a partir do terceiro ano após o plantio e anualmente “trocam de roupa”, renovando o par de folhas. Após a floração produzem frutos com numerosas sementes.

De crescimento lento, estas pequenas suculentas são um exercício a paciência e também muito valorizadas. Consideradas como “jóias raras” da natureza, elas alcançam altos preços e são muito visadas por colecionadores.

Os Lithops são um pouco exigentes, mas depois de dominar as suas necessidades não é tão complicado o seu cultivo. Pequenos jardins de pedra, em vasos largos, rasos e bem drenáveis, são ideais para o seu desenvolvimento e apreciação.

Seus cultivos devem ser cultivadas sob meia sombra ou luz difusa, preferencialmente em ambientes internos, estufas ou em peitoris de janelas.

É preciso estar atento ao seu comportamento, quando suas folhas ficarem muito projetadas e alongadas significa que estão em locais com pouca luminosidade. No entanto, em locais com sol forte elas queimam com facilidade.

Quando estiverem enrugados, os Lithops estão precisando de irrigação com urgência. O substrato ideal para o seu cultivo é arenoso ou pedregoso, de textura leve e granulosa e com pouca capacidade de reter água, como uma mistura de arei, cascalho com um pouco de vermiculita e húmus de minhoca.

As regas devem ser esparsas, na primavera, verão e outono e suspensas durante o inverno. Não aprecia umidade, no solo ou no ar, assim como não temperaturas abaixo de 10°C. Sua multiplicação é feita por sementes e dificilmente por estaquia.