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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

Piracanta-coccinea

A técnica do bonsai é muito antiga e foi desenvolvida na China, mas foi o Japão que a tornou mundialmente famosa, hoje é considerada uma terapia pelos adeptos desse hobby.
Não existe uma altura padrão, para o bonsai, ele pode ter desde alguns poucos centímetros até mais de um metro, ele pode ter uma formação normal, ou pode ser contorcido, como árvores expostas a muito vento.

O primeiro passo é a escolha da planta, o ideal são espécies que possuem pequenas folhas e pequenos galhos, como o Pinheiro-Japonês, Romãzeira, Bouganvíllea, Cerejeira e a Azaléia. Após a escolha da planta, você deve adquirir o vaso, ele deve ser raso e largo, pois ele é o responsável por limitar o crescimento da planta. Deve ter buracos para a drenagem.

A muda a ser plantada deve ser pequena, no máximo com 15 cm. de altura, e deve estar enraizada, é necessário podar o excesso de raiz. O solo deve ter o seguinte substrato, uma parte de terra, uma de areia e uma de húmus de minhoca, misture bem e peneire. Não se esqueça de colocar pedrinhas no fundo do vaso para fazer a drenagem.

Após plantar a mudinha a regue. As regas em geram nunca devem ser em excesso, o ideal é pouca quantidade uma vez ao dia, no verão se necessário duas vezes ao dia (nunca utilize prato embaixo do vaso). O vaso deve ser deixado ao ar livre com bastante incidência de sol. As podas simples podem ser feitas quando aparecer galhos indesejados, quando o tronco estiver mais espesso e muitas raízes, é hora de começar a trabalhar com o Bonsai.

Primeiramente faça um novo substrato, e retire com cuidado a muda do vaso, e troque a terra, fazendo uma poda das raízes mais longas, procure dar uma forma arredondada ao torrão. A coloque novamente no vaso, se ela não ficar firme, passe um arame pelo buraco de drenagem do vaso e amarre a planta, isso vai fazer com que ela fixe melhor.
Conforme a planta for crescendo o vaso deve ser trocado, mas lembre-se que o tamanho do vaso é que vai limitar o tamanho do Bonsai, quanto ao solo ele deve ficar no nível da borda do vaso. Esse procedimento deve ser feito sempre que notar que a raíz já está tomando conta de todo o vaso, de um modo geral, uma vez por ano, de preferência na Primavera.

O próximo passo é a poda da planta, não existe uma regra para isso, mas devemos ter em mente o desejo final, que é a tornar uma miniatura de uma árvore, lembre-se que o excesso de galhos pode gerar ramos finos demais, então devemos manter somente os galhos estratégicos. Comece pelo galho central que deve ser cortado ao meio, os galhos laterais mais grossos devem ser podados mais drasticamente e os galhos finos mais delicadamente. Caso algum galho, esteja interferindo no formato desejado, faça a poda bem rente ao tronco principal.

A formação dos galhos depende das amarrações, utilize somente arame de cobre ou alumínio encapado, para que as plantas não se machuquem, amarrações bruscas podem quebrar algum galho, dê a forma desejada respeitando as limitações da planta.

Agora é só ir cuidando de seu Bonsai, limpando as folhas e galhos periodicamente, musgo e ervas pequenas devem ser deixadas no vaso, A adubação é um dos fatores mais importantes para uma boa floração e um bom desenvolvimento da planta.
A adubação deve ser feita a cada quinze dias, desde o início da primavera até o final do verão, com adubo líquido ou orgânico á base de farinha de osso e torta de mamona. As adubações durante o inverno deve ser evitada.
O segredo maior para se ter um bonsai é a paciência.

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Falsa vinha

Essa é uma tabela com algumas sugestões de combinações de solo para o plantio de bonsai.

Você pode utilizar solos diferentes dos aqui listados e tentar descobrir melhores combinações se quiser, essa é apenas uma lista de referência com alguns solos de eficácia comprovada para auxiliar novos praticantes da arte do bonsai.
- Azaléa, Hibisco, Scheflera, Sequóia
1 parte de areia grossa ou pedrisco 2/3mm;
1 parte de terra preta grossa ou terra de cupim;
2 partes de terra vegetal ou húmus de folhas

- Caliandra, Acer, Ipê, Carmona, Bétula, Buxus, Olmo (Ulmus), Faia, Zelcova, Duranta, Ficus, Floríferas em geral, Ume, Primavera (Bougainville), Serissa, Tamarino, Magnólia.
1 parte de areia grossa ou pedrisco 2/3 mm
1 parte de terra preta grossa ou terra de cupim
1 parte de terra vegetal ou húmus de folhas

- Piracanto, Figo, Pitanga, Wisteria, Pêssego, Azevinho, Jaboticaba, Cotoneaster, Maçã, Siriguela, Pêra, Taxus, Coníferas, Ameixa, Cereja, Tuias.
2 parte de areia grossa ou pedrisco 2/3mm;
1 parte de terra preta grossa ou terra de cupim;
1 parte de terra vegetal ou húmus de folhas.
Nota: Para Tuia Nanã trocar a terra preta por barro e não usar terra vegetal/humus

- Ginkgo, Cipreste, Criptoméria, Cedro, Lariço, Acácia
2 parte de areia grossa ou pedrisco 2/3mm;
½  parte de terra preta grossa ou terra de cupim;
½ parte de terra vegetal ou húmus de folhas.

- Carvalho, Shimpaku, Pinheiros, Eucalípto, Junípero Rígida (Tuia Jacaré), Juníperos.
3 parte de areia grossa ou pedrisco 2/3mm;
½ parte de terra preta grossa ou terra de cupim;
½ parte de terra vegetal ou húmus de folhas.

- Azaléa – solo alternativo
1 parte terra preta grossa ou terra de cupim;
2 parte de terra vegetal ou húmus de folhas;
1 parte de areia grossa ou pedrisco 2/3 mm;
1 parte de barro grosso.

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pinheiro branco japones (pentaphyla)

O pinheiro, mais conhecido como pinus entre os criadores de bonsais, é uma das espécies mais apreciadas por colecionadores e amantes dessa arte, bem como uma das espécies mais difíceis de se educar como bonsai. Podem chegar a viver centenas de anos. Aprender o seu manejo é subir um importante degrau no cultivo desta arte milenar.

Os Pinus são árvores que possuem folhas em forma de agulhas e tronco lenhoso, que adquirem aspecto bastante interessante com a idade.

Como cuidar
Como são plantas de exterior, necessitam de exposição ao sol um mínimo de 6 horas diárias. Não se faz necessário o uso constante de adubo, mas podemos usar adubos orgânicos a cada 30 dias da primavera ao outono, não devendo adubar no inverno.

O transplante pode ser feito no final do inverno, a cada 2 anos para plantas novas e a cada 5 anos para plantas mais velhas, removendo-se cerca de 1/3 do torrão. Os solos devem fornecer uma boa drenagem. Devemos ter o cuidado, a cada transplante de repor no fundo do vaso um fungo branco chamado de Mycorrhizas, que vive em simbiose com os pini. Pode-se fazer uso de produto enraizador a base de tiamina no período seguinte ao transplante.

A poda radical deve ser feita no inverno, deixando-se sempre um toco que poderá ser retirado quando estiver seco. Com relação a poda de manutenção, devemos ter em mente que só se desenvolvem galhos a partir de agulhas existentes. Se removermos todas as agulhas de um galho, ele certamente morrerá.

As velas primárias, que surgem do início da primavera ao início do verão, devem ser podadas totalmente em pequenas podas intervaladas de 20 em 20 dias entre os meses de dezembro e janeiro. No local onde foram removidas as velas primárias, irão surgir diversas outras, que são chamadas de secundárias. Após terem crescido cerca de 2 a 3 cm deveremos deixar 2 no máximo e eliminar todas as demais, pois em caso contrário irá formar um calo que ficará desproporcional à planta. Esse crescimento secundário poderá a cada 2 anos ser removido à metade, ou seja, em um ano deixamos crescer e no ano seguinte podamos à metade. A poda das agulhas pode ser feita no início do verão, pinçando as superiores e as inferiores, mantendo-se as laterais, que poderão vir a se tornar novos galhos (bifurcação). Podemos tentar forçar uma brotação interna dos galhos, fazendo uma pinçagem contínua das novas brotações terminais, mas nunca devemos remover todas as agulhas.

O aramamento mais radical deve ser feito preferencialmente no outono, devendo ser retirado no início da primavera. Quando novos os galhos são fáceis de moldar.

A propagação é feita mais facilmente a partir de sementes.

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Platycerium superbum

A maioria das espécies da samambaia Platycerium vive nas Regiões Tropicais do Brasil, o seu cultivo é relativamente fácil devido ao clima que é bem favorável, parecendo muito com o habitat onde vivem.
São plantas extremamente exóticas, chamando sempre muita atenção aonde se encontra, pode ser cultivada em varandas, jardim de inverno, em qualquer local onde tenha bastante luminosidade, planta-se também em troncos de árvores ou em vasos. Na natureza ela tem como suporte os troncos das árvores, são consideradas verdadeiras epífitas. Tanto na natureza como em cultivo doméstico o seu crescimento é bem lento, possuindo uma fase de crescimento geralmente no começo da primavera e outra de repouso sempre no inverno.

Água
De modo geral o ideal é deixar o substrato sempre meio úmido, mas não encharcado, pois isso poderá favorecer o apodrecimento da raiz e conseqüentemente a morte da planta. Muitas pessoas cultivam com sucesso, sempre deixando secar o substrato para depois molhar novamente. Eu particularmente deixo o substrato sempre úmido, principalmente na faze de crescimento, diminuindo bastante a rega na época do inverno. Na natureza muitas espécies têm uma estação molhada e outra seca bastante pronunciada, mas fica difícil em cultivo tentar dar estas condições, o ideal é diminuir a rega quando observar que o crescimento vegetativo parou.

Temperatura
A maioria das espécies vivem bem em temperatura entre 30 a 21ºC que é o ideal , mas no inverno podem agüentar temperatura até abaixo de 10ºC, algumas espécies até 0ºC sem qualquer efeito prejudicial. O mais sensível ao frio é o Platycerium ridleyi, que agüenta temperatura mínima em torno de 10ºC.

Luminosidade
As samambaias Platycerium gostam de áreas bem iluminadas, mas nunca sol direto, que pode provocar queimaduras nas folhas, o ideal é em torno de 70 a 60% de sombreamento. A única espécie que quando bem adaptado pode receber sol direto é o Platycerium veitchii, na natureza vive em blocos de rochas onde recebe luz solar o dia todo. Todas as espécies apreciam uma boa ventilação, quase todas as espécies em seu habitat natural vivem no alto das arvores, recebendo sempre uma leve brisa.

Umidade
Todos os Platycerium vão bem quando cultivadas em local de umidade alta, em torno de 60% é o ideal, mas muitos cultivam em locais com nível de umidade bastante baixo, tendo também grande sucesso no seu cultivo. Mas algumas espécies são bem exigentes quanto a esse requisito.

Meio de crescimento
Como são plantas epífitas, elas crescem em meio orgânico, na natureza elas vivem grudadas nos troncos das árvores e retiram seu nutriente através da decomposição das folhas, galhos que caem atrás das folhas de proteção. O ideal são as placas de xaxim, mas como estas samambaias arbóreas estão em via de extinção, podemos usar outros materiais. Muitas pessoas principalmente na Europa e EUA, plantam os Platycerium em tabuas de madeiras, usando como substrato o sphagnum, este é um musgo muito usado na floricultura, pois retém bastante umidade. Atualmente estou cultivando desse modo, obtendo bons resultados, também podem ser usado pedaço do tronco de árvores já seco, dando um efeito visual muito bonito.

Adubação
O ideal é usar adubo líquido, misturando com a água de regar, pelo menos uma vez ao mês, o sphagnum praticamente não tem nenhum nutriente por isso é importante o uso de adubo para um bom desenvolvimento. Muitos usam a dosagem NPK 20-20-20, atualmente também esta sendo muito usado um adubo de liberação lenta, Osmocote, que são bolinhas cheias de adubo que vai sendo liberado lentamente. Resumidamente, pode se dizer que os Platycerium são plantas muito versáteis e pouco exigentes, dando sempre um bonito visual em qualquer lugar que ela esteja presente.

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