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Posts para categoria ‘Adubos e Substratos’

Substratos

casca de arroz
casca de arroz carbonizada

O substrato serve como suporte onde as plantas fixarão suas raízes; o mesmo retém o líquido que disponibilizará os nutrientes às plantas.

Um substrato, para ser considerado ideal deve apresentar características como:

a – elevada capacidade de retenção de água, tornando-a facilmente disponível;

b – distribuição das partículas de tal modo que, ao mesmo tempo que retenham água, mantenham a aeração para que as raízes não sejam submetidas a baixos níveis de oxigênio, o que compromete o desenvolvimento da cultura;

c -decomposição lenta;

d – que seja disponível para a compra;

e – de baixo custo.

Existem vários tipos de compostos que podem ser utilizados para a formulação de substratos para o cultivo semi-hidropônico. Dentre eles pode-se destacar:

a – casca de arroz carbonizada;

b – mistura com diferentes porcentagens de casca de arroz carbonizada + casca de pinus;

c – mistura, em diferentes porcentagens, de casca de arroz carbonizada + turfa + vermiculita, entre outros.

Uns são materiais orgânicos (casca de arroz, turfa e húmus) e outros, minerais (vermiculita e perlita).

Casca de arroz carbonizada – A casca de arroz carbonizada (Fig. 1) tem sido mais utilizada como substrato, pois é estável física e quimicamente sendo, assim, mais resistente à decomposição. Isso também tem a vantagem de o substrato poder ser usado num segundo ano de produção. Porém, apresenta alta porosidade, que pode ser equilibrada com a mistura de outros elementos (turfa, húmus, vermiculita, etc.).

Turfa - A turfa é um material de origem vegetal. Pesa pouco e tem elevada capacidade de retenção de água. Para ser usada como mistura em substratos deve ser picada. Possui elevada capacidade de troca catiônica (CTC), e valores de pH que variam de 3,5 a 8,5.

Vermiculita - A vermiculita é um mineral com a estrutura da mica que é expandida em fornos de alta temperatura. É utilizada devido à sua alta retenção de água, elevada porosidade, baixa densidade, alta CTC, e pH em torno de 8,0.

Perlita - A perlita é obtida do tratamento térmico que se aplica à rocha de origem vulcânica (grupo das riolitas). Sua porosidade é alta e retém água em até cinco vezes o valor do seu peso; seu pH fica entre 7,0 e 7,5. Pode ser misturada a outros elementos como a turfa e a casca de arroz carbonizada. Sendo um material obtido de lavas vulcânicas, o mesmo não é produzido no Brasil. Isso faz com que se opte por compostos encontrados com facilidade no mercado interno.

Diferentes compostos e composições têm sido motivo de pesquisa. O que se busca é a adequação de um substrato ideal; ou seja, que apresente as características recomendadas no início deste tópico.

painel florzinhas

plantas_coloridas (Small) (Small)
A compostagem é um processo biológico em que os microorganismos transformam a matéria orgânica: estrumes de animais, restos de comida, cascas e restos de fruta, palha, aparas de grama, folhas e restos vegetais, num material semelhante ao solo que chamamos de “composto orgânico,” que deve ser usado como adubo no desenvolvimento das plantas. Portanto, “composto orgânico” é o material obtido pela técnica da compostagem, onde o lixo orgânico, por um processo biológico foi transformado em adubo orgânico para ser utilizado no crescimento e desenvolvimento das plantas. É um material semelhante ao solo, de cor marrom-café e inodoro.
Neste composto orgânico estão todos os nutrientes minerais necessários para o crescimento e desenvolvimento das plantas, tais como: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio que são assimilados pelas raízes, além do ferro, zinco, cobre, manganês e boro assimilados em quantidades menores.
Quanto mais diversificados forem os materiais com os quais a compostagem foi feita, maior será a variedade de nutrientes obtida no composto orgânico.
Os nutrientes desse composto, ao contrário do que ocorre com os adubos químicos sintéticos, são liberados, lentamente, realizando a tão desejada “adubação de disponibilidade controlada.” Em outras palavras, fornecer composto orgânico às plantas é permitir que elas retirem do solo os nutrientes de que precisam, de acordo com as suas necessidades.

Outra importante contribuição do composto orgânico é que ele melhora a “saúde” do solo. A matéria orgânica composta se liga às partículas (areia, limo e argila) formando pequenos grânulos que ajudam na retenção e drenagem da água e melhora a aeração do solo. Além disso, a presença de matéria orgânica no solo aumenta o número de minhocas, insetos e microorganismos desejáveis e reduz a incidência de doenças e pragas nas plantas.
Dentre os benefícios proporcionados pela aplicação desse composto no solo, podemos citar:
• Desenvolvimento mais vigoroso das raízes que se tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo.
• Aumento da capacidade de infiltração das águas e redução da erosão.
• Manter estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo (ph).
• Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras.
• Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução dos microorganismos benéficos às culturas agrícolas.
Mas o maior benefício da prática da compostagem é aquele que proporcionamos ao meio ambiente, pois fazendo a transformação do nosso lixo doméstico em adubo estamos contribuindo para que a natureza fique mais limpa e livre das implicações maléficas ocasionadas pelo lixo que produzimos diariamente.
Se cada residência, em todas as cidades, processasse o seu lixo doméstico e fizesse a separação de todos os componentes recicláveis desse lixo, com certeza, estaríamos reduzindo a carga de lixo que vai para os
chamados “aterros sanitários” em 40% do lixo produzido diariamente pelo mundo e evitando que a natureza seja contaminada por todos os maléficos danos ecológicos causados por esses monturos ou “depósitos de lixo.”

Como fazer a compostagem: Muitas pessoas acreditam que um bom composto orgânico é difícil de ser feito ou exige um grande espaço para ser produzido; outras dizem que é um trabalho sujo e atrai muitos animais e insetos indesejáveis. Entretanto, se for bem feito, nenhuma dessas afirmações seria verdadeira. Mesmo em um pequeno quintal ou varanda é possível preparar esse composto e, assim, reduzir o lixo que será retirado pela Prefeitura e colocado nos aterros sanitários que tantos males causa à natureza.
Outro erro muito comum é mandar para a lata de lixo parte dos alimentos que poderiam ir para o prato, tais como as folhas de muitas hortaliças, (como as das cenouras, beterrabas, rabanetes, etc). Talos, cascas de frutas e de ovos e sementes são ricas fontes de fibra e vitaminas minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo humano.
Com um pouco de informação e algum trabalho podemos melhorar a saúde de famílias ricas ou pobres, com medidas simples como o aproveitamento integral dos alimentos e o desenvolvimento de bons hábitos de vida e nutrição.
Mas, para que seja bem feita a compostagem, nada que contenha pesticida ou resquícios químicos como tinta, verniz e outros componentes químicos, deve entrar para a compostagem.
A maneira de fazer uma compostagem é a mesma; o que varia são as medidas usadas para fazer as composteiras que, de acordo com as disponibilidades de local e tipo de moradia, será indicado o tipo e medidas da composteira. São muitos os modelos indicados e muitos deles estão disponíveis para a venda no mercado. As nossas informações são para aquela indicada para ser feita em qualquer residência de casa térrea ou sobrado.

Local escolhido para receber a composteira: Deve ser bem arejado, mas protegido das correntes de vento e da incidência direta dos raios solares. Apesar de o vento fornecer maior quantidade de ar, vento demasiado pode secar e espalhar o material orgânico em processo de compostagem. Do mesmo modo, a luz do sol pode ajudar a aquecer a pilha de compostagem no inverno, mas também pode ressecar o produto.
O local deve ter uma ótima drenagem para que a água não se acumule perto da pilha.
É bom lembrar para deixar uma área não concretada e suficientemente grande para a execução dos trabalhos ao redor da pilha (mais ou menos 2 metros).

Escolhendo o modelo de composteira – Vários são os modelos conhecidos:
• Com estrutura de madeira com três compartimentos, onde você coloca o material novo em um deles; transfere o composto parcialmente pronto para o compartimento do meio e move o composto final para o último compartimento. A estrutura deve ter uma tampa para cobrir o material e minimizar o excesso de água da chuva e reduzir o espalhamento pelo vento.
• Estrutura de madeira, arame ou blocos de concreto, com: 1, 2 ou 3 compartimentos.
• Estrutura simples, de um só compartimento, no qual você adiciona os novos materiais na parte de cima, remexe o composto frequentemente (de dois em 2 dias) e colhe o fertilizante pronto na parte inferior da composteira.
É bom lembrar que a escolha da composteira depende, inteiramente, do esforço e gasto que você deseja dedicar ao projeto de fazer compostagem, bem como a quantidade de fertilizante que você deseja fazer. Da mesma maneira, as disponibilidades locais de espaço e segurança podem indicar que tipo de composteira poderá ser usado.
Para quem reside em Apartamento existem disponível para venda no mercado vasilhames apropriados para este uso que tem a forma de um tambor e que já vem com tampa.

Maneira de fazer a compostagem:
1) Iniciar a construção da pilha colocando uma camada de material vegetal seco de, aproximadamente, 15 a 20 centímetros com folhas, palhadas e capim seco. Regar esta camada e umedecê-la bem, mas sem encharcá-la.
2) Na segunda camada coloque os restos de cozinha, tais como restos e talos de verduras, aparas de grama, restos de comida, saquinhos utilizados de chá, borra de café, guardanapos utilizados de papel, etc.
3) A terceira camada deve ser de esterco. Se o esterco for de origem bovina a espessura da camada de esterco deve ser de 5 centímetros; se de galinha deve ser de, no máximo, de 3 centímetros.
4) A quarta camada deve ser de terra enriquecida com “húmus” ou terra vegetal gorda em elementos orgânicos.

Muito importante: Depois de cada camada estendida, conforme descritos nos itens 1 a 4, deve ser feita a rega desse material umedecendo, uniformemente, toda a camada mas sem encharcá-la.
As operações descritas nos itens 1 a 4 devem ser repetidas até que a pilha atinja a altura máxima de 1,5 metros ou outra altura menor preferida.
A última camada superior deve ser quase plana para evitar a perda de calor e umidade, tomando o cuidado para evitar a formação de “acumulação” das águas de chuvas.
É bom lembrar que, durante a compostagem, há uma seqüência de trabalhos dos microorganismos que decompõem a matéria orgânica, até o produto final que é o Húmus maduro. Todo esse processo acontece em etapas, nas quais os fungos, bactérias, microorganismos e minhocas decompõem as fibras vegetais e tornam os nutrientes presentes na matéria orgânica disponíveis para as plantas.

Atenção: A freqüência do revolvimento de toda a pilha depende de como você pretende conduzir o processo da sua compostagem. Pode ser diariamente ou, no máximo, de dois em dois dias.

lixo orgânicolixo orgânico

As plantas obtêm a maior parte de seus nutrientes do composto orgânico – húmus – ou seja, do material orgânico que se decompõe no solo. Ao adicionar mais húmus ao solo, mantendo uma composteira, você revitaliza seu jardim e pode reduzir em até 30% a quantidade de dejetos que vai para o aterro sanitário.

Os preparativos
* Se possível, faça a composteira perto da cozinha; assim fica mais fácil o descarte de restos de comida.

* Use, por exemplo, uma lixeira de plástico velha para fazer a composteira – uma opção fácil e econômica. Retire o fundo, finque a lixeira no solo e mantenha-a coberta com a tampa.

* Para ajudar na drenagem e fornecer acesso aos organismos do solo, posicione a lixeira numa área plana e bem drenada, de forma que ela fique em contato com a terra.

* Se você fizer sua própria composteira, construa uma estrutura de quatro lados, aberta no topo, com pelo menos um metro de altura. Um lado deve ser fácil de remover, para que você possa revolver a pilha e recolher o composto pronto.

* Se você decidir comprar uma composteira, opte por um misturador de plástico. É um tambor que, quando gira, oxigena o composto de forma bem eficiente. Um misturador cheio produz composto de boa qualidade rapidamente. Se você descarta com regularidade uma grande quantidade de material, compre um bem grande.

* Certifique-se de que sua composteira, misturador ou lixeira fique na sombra durante o dia, porque o húmus não deve ressecar com rapidez, nem a temperatura deve se elevar muito para que os organismos do solo não morram.

Problemas contornáveis

Sintoma -  Cheiro de Amônia
Problema Excesso de Nitrogênio
Solução – Adicione mais carbono na forma de palha, jornais ou feno.

Sintoma - Cheiro de ôvo estragado
Problema - Pilha muito úmida ou compacta.
Solução - Oxigene a pilha. Adicione mais material seco. Misture partículas pequenas com as grandes. Adicione cal e revire o material.

Sintoma - Decomposição lenta
Problema - Material muito seco ou pilha muito pequena. Pode ser por causa da falta de nitrogênio ou de oxigênio.
Solução - Adicione água. Faça uma pilha maior. Acrescente materiais ricos em nitrogênio, como restos de poda verdes e sobras de hortaliças. Oxigene regularmente.

Sintomas - Ratos e camundongos
Problemas - Uso de material errado.
Solução - Não use carne, peixe ou pedaços de gordura. Construa uma lixeira à prova de roedores.

Sintoma – Vapor
Problemas - Excesso de nitrogênio. Ou a pilha está muito grande para ser removida de forma apropriada, deixando o meio muito quente.
Solução - Adicione mais material rico em carbono (palha, feno ou serragem). Reduza o tamanho da pilha.

Veja como fazer para preparar composto orgânico, fertilizante orgânico líquido e inseticidas caseiros e naturais.

Ingredientes: esterco bovino fresco e água não clorada.

Como preparar:
1. Em um recipiente de 500 litros, colocar partes iguais de esterco bovino fresco e água não clorada, deixando um espaço vazio de 15 a 20 cm.

2. Adaptar uma mangueira à tampa do tambor, cuja extremidade externa deverá ser imersa em uma vasilha com água, para que ocorra um processo de fermentação anaeróbico (sem a presença de ar). Deve-se tomar cuidado para a mangueira não ficar imersa no líquido em fermentação ou entupir, pois os gases produzidos pelo processo de fermentação poderão estourar o tambor.

3. Deixar o líquido fermentar por aproximadamente 90 dias, quando estará pronto para ser usado. O armazenamento do produto final não deve exceder a 30 dias depois de pronto, pois com o tempo ele diminui sua eficiência fitossanitária.

Como usar:
1. O produto fermentado pode ser utilizado de várias maneiras, porém o método mais eficiente é em pulverização foliar, que promove um efeito mais rápido. Neste caso, ele deve ser coado antes do uso e diluído em água na proporção de 01 litro de biofertilizante para 100 litros de água, e pulverizado nas plantas, chegando a ponto de escorrimento, para que cubra totalmente suas folhas e ramos.

2. Pode ser usado também no tratamento de sementes, as quais são mergulhadas na solução do biofertilizante puro por um período de 1 a 10 minutos, devendo secá-las á sombra por duas horas e plantá-las em seguida. As sementes tratadas não devem ser armazenadas, pois perdem muito rapidamente sua capacidade germinativa.

3. No caso de estacas, bulbos e tubérculos, pode-se utilizar o mesmo tratamento acima e se fazer o plantio imediato, o que aumenta o enraizamento das plantas.

4. Na produção de mudas, pode ser utilizado na rega de canteiros ou de sacos de plantio, e quando aplicado puro tem um excelente efeito bactericida. A parte sólida resultante da coagem pode ser usada nas covas de plantio, na compostagem, ou ainda na alimentação de peixes e suínos. No caso dos suínos, deve ser devidamente desidratada e adicionada à ração, na proporção máxima de 20%.

Para que serve:
1. Os testes com fertilizante orgânico comprovaram seu efeito na redução de incidência de pragas e doenças, além do aumento da produção e da produtividade das culturas onde foi utilizado.

2. Quando aplicado em pulverizações foliares, em diluições de 10 a 30% tem efeito fertilizante, contribuindo para o aumento da produtividade e dando mais resistência às plantas.

3. Em plantas frutíferas dever ser aplicado mensalmente nos períodos pós-colheita, quando apresentam deficiência ou desequilíbrio nutricional.

4. Para a fixação de flores e frutos deve ser aplicado o produto nas mesmas concentrações do período pós-colheita, prática que contribui para a elevação da produtividade.

5. Em plantas olerícolas (soja, mamona) as pulverizações devem ser semanais.

6. Com o uso do fertilizante orgânico observou-se que as plantas frutíferas têm uma florada mais intensa e uma ramagem mais abundante, ocorrendo um prolongamento do período de colheita.

7. No tratamento de estacas, rizomas e manivas ocorre uma grande emissão de raízes, favorecendo seu pegamento e seu vigor vegetativo.

8. Em plantas ornamentais estimula a emissão de flores fora de época, principalmente em violetas, roseiras e hortênsias.

9. No caso das olerícolas e folhosas, as plantas ficam mais sensíveis à falta de água, havendo a necessidade de maiores cuidados com a irrigação.

10. Em relação ás doenças fúngicas, o fertilizante orgânico reduziu a incidência da antracnose no jiló, da podridão do abacaxi, do mofo verde da laranja, das manchas deprimidas do maracujá, dentre outras.

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