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casca-de-ovo

Se preparadas adequadamente e com o devido complemento, elas podem colaborar com a saúde e o desenvolvimento do seu jardim

Um dos nutrientes essenciais para o crescimento saudável das plantas, o cálcio pode estar bem mais perto do seu canteiro do que você imagina.

Composta por 40% deste elemento – na forma de carbonato de cálcio (CaCO3) – a casca de ovo é uma fonte riquíssima seja para os vasinhos, seja para um jardim inteiro.

Mas não basta simplesmente jogar as cascas sobre a terra e esperar a natureza fazer a sua parte. Há situações em que o excesso de cálcio pode até mesmo prejudicar as raízes, diminuir a qualidade do solo e sobrecarregar as plantinha.

Para saber quando, em que quantidade e em que situações usar a casca de ovo como adubo, a recomendação vem da própria vegetação. O principal indicativo de que o cálcio está em falta no solo são as manchas amarelas que podem aparecer nas folhas.

No entanto, não é preciso esperar que isso aconteça para começar a nutrir sua plantinha. Claro, sem exageros: O ideal é usar um composto orgânico que inclua a casca de ovo uma vez a cada 20 ou 30 dias, para não calcificar demais o solo.

Uma colher de chá de casca de ovo batida no liquidificador com água é suficiente para um vasinho pequeno, e conforme aumenta o tamanho do vaso, aumenta a quantidade.

Não há outras contra indicações, já que a maior parte das espécies se dá bem com a adubação com casca de ovo, embora algumas, como Azaléia e Orquídeas, não apresentem muita evolução com o uso dessa alternativa.

casca-de-ovo-1

Modos de preparo
Apesar de ser positiva para as plantinhas, a casca de ovo não faz milagres sozinha. Por isso, o ideal é associá-la a outros nutrientes necessários para fertilizar organicamente o solo.

O modo mais simples é bater no liquidificador com um pouco de água, o q00ue vai moer a casca e acelerar o processo. Quanto mais triturado, melhor vai ser, pois a casca demora muito tempo para decompor se estiver inteira.

Como o cálcio não é o único nutriente do qual as plantas necessitam e sua falta não é a única causa dos sintomas como as manchas amarelas, a composição mais adequada, segundo ele, é a mistura com casca de banana e borra de café.

Esses ingredientes têm, além do cálcio, também o nitrogênio, o fósforo, o potássio, o chamado NPK, com todos os macronutrientes necessários para a planta. Batidos juntos, eles podem ser jogados no solo e cobertos com folhas secas.

cascas

Mas, a melhor forma é optar pela compostagem caseira e incluir as cascas de ovo entre os ingredientes utilizados. Existe um tripé que é formado pela planta, os microorganismos (como as bactérias) e os nutrientes.

Os microorganismos precisam comer os nutrientes porque é assim que a planta os absorve. Eles são diversos e abundantes, além de eficientes para fermentar o ovo e outros resíduos orgânicos. Isso gera u m “bolo” de compostos que é extremamente nutritivo para o solo.

Resultado do funcionamento da composteira, o “bolo” de ingredientes orgânicos funciona como um adubo mais completo.

Esse combinado de vários nutrientes é muito mais completo e eficiente do que utilizar somente um dos ingredientes. Basta usar algumas colheres deste preparado e as plantas devem ficar nutridas e viçosas.

casinha na chuva

plantio

Aprenda passo a passo como preparar recipientes para receber flores e folhagens e garantir a saúde delas.

Preparar corretamente o vaso antes do plantio é meio caminho andado para que as plantas cresçam vistosas e enfeitem seu jardim por muito tempo.

Alguns procedimentos são indispensáveis, caso da criação de uma camada drenante para que a terra não obstrua o furo por onde o excesso de água escoa e do uso de substrato adequado. Já a impermeabilização interna dos vasos é opcional e depende do efeito estético que se deseja obter com o passar do tempo.

A não impermeabilização resulta em um vaso ainda mais rústico, coberto por musgo e com variação de tonalidades.

vasos rústicos

Rústico ou com cara de novo
Disponíveis em tamanhos e formatos variados, os vasos de barro são econômicos e, por serem porosos, permitem a respiração das raízes das plantas. Essa característica, porém, também favorece o acúmulo de musgo nas paredes do recipiente, que ficam constantemente úmidas.

Enquanto alguns adoram esse visual bem natural, outros preferem manter o vaso intacto, com jeito de novo. A solução para tanto é impermeabilizar o interior do recipiente com um produto à base de piche, normalmente usado no preparo de lajes. A aplicação é feita com um pincel e, depois de seco o impermeabilizante, é só plantar as espécies.

Disponíveis em tamanhos e formatos variados, os vasos de barro são econômicos e, por serem porosos, permitem a respiração das raízes das plantas. Essa característica, porém, também favorece o acúmulo de musgo nas paredes do recipiente, que ficam constantemente úmidas.

Enquanto alguns adoram esse visual bem natural, outros preferem manter o vaso intacto, com jeito de novo. A solução para tanto é impermeabilizar o interior do recipiente com um produto à base de piche, normalmente usado no preparo de lajes. A aplicação é feita com um pincel e, depois de seco o impermeabilizante, é só plantar as espécies.

vaso

Raio x do plantio perfeito
Para plantar flores em vaso você vai precisar, além das mudas, de um pedaço de telha, um pouco de argila expandida, manta bidim ou areia e substrato pronto para plantio.

Acompanhe as instruções:
* Cubra o furo de drenagem com um pedaço de telha, deixando espaço para a passagem da água. O objetivo é impedir que o buraco seja obstruído com o tempo.

* Preencha cerca de 2/3 do vaso com argila expandida para criar uma camada drenante.

* Em seguida, cubra a argila com manta bidim ou com uma camada de 3 cm de areia. Isso evitará que a terra saia do vaso junto com o excesso de água das regas.

* Coloque substrato em quantidade suficiente para que a base da muda fique a 2 cm da borda do vaso

* Acomode a muda e preencha o restante do recipiente com o substrato.

Opções de arremate
Para deixar o vaso mais vistoso, após o plantio, você pode cobrir o substrato com materiais como argila expandida, pedras, seixos, barba-de-bode ou casca de árvores.

Além de esconder a terra e arrematar a composição, a medida tem uma vantagem prática: ajuda na retenção de umidade no substrato e diminui a necessidade de regas.

Todas as coberturas citadas têm o mesmo papel e a escolha é apenas estética: enquanto os seixos harmonizam com composições delicadas, a barba-de-bode e as cascas de árvore criam um efeito.

folhas no outono

rústico.

baldreoga

Odiadas por muitos jardineiros, as ervas daninhas são difíceis de eliminar, mas podem ser controladas e ainda servir de aliadas para descobrir como está a qualidade do solo.

Elas aparecem no jardim  sem ser convidadas.  Surgem em meio às espécies plantadas em canteiros, jardineiras e principalmente no gramado. Algumas são ornamentais, com flores graciosas. Outras têm propriedades medicinais.

Porém são popularmente chamadas de daninhas por serem plantas invasoras, que brotam naturalmente, sem que ninguém as plante, e competem por água, luz e nutrientes com as demais espécies.

Quando não são removidas, se propagam rapidamente. Mas também podem servir de aliadas, já que são um importante indicativo da qualidade do solo e dão pistas dos nutrientes que podem estar em falta ou excesso.

As ervas daninhas sempre aparecem em infestações. Isso acontece porque elas se multiplicam rapidamente e suas sementes são de fácil dispersão. Espécies como o dente-de-leão, por exemplo, têm sementes leves que são levadas pelo vento, as chamadas sementes voadoras.

Outras, como o picão, fixam suas sementes nas roupas de quem passa pelo jardim, facilitando a propagação. Os animais – principalmente pássaros – também ajudam a espalhar as sementes, pois exercem o papel de agentes de transporte: comem as sementes – que não são digeridas – e depois as deixam por onde passam.

O firmino e o limpador de fugas auxiliam na remoção manual de ervas daninhas. O controle químico só é indicado em grandes infestações

O ideal é remover as daninhas manualmente assim que elas começam a nascer, literalmente arrancando o mal pela raiz. Se a espécie ainda for pequena e não tiver florescido, a alternativa mais viável é retirá-la com as próprias mãos. Basta cavar até encontrar a raiz e arrancá-la.

Se elas já estiverem maiores e com flores, é necessário usar um firmino – ferramenta comprida com dois dentes na ponta – para cavar a terra até arrancar as raízes.

Para remover as daninhas que nascerem entre pisos e perto de paredes, uma ferramenta chamada limpador de fugas pode ajudar. Já em casos de grandes infestações, o jeito é recorrer a produtos químicos de uso controlado que só podem ser receitados por engenheiros agrônomos.

Oxalis debilis var. corymbosa (Medium)

Azedinha (Oxalis debilis var. corymbosa)
Muito encontrada em jardins, gramados e pomares, a azedinha tem flores cor-de-rosa e folhas levemente arredondadas. É de difícil controle pois se propaga tanto por sementes quanto por bulbos. Sua presença indica solos férteis e com boa umidade, e ela nasce principalmente em áreas sombreadas.

Sonchus oleraceus

Chicória-brava (Sonchus oleraceus)
Com uma aparência que lembra o dente-de-leão, a chicória-brava é uma planta difícil de eliminar porque suas sementes permanecem viáveis no solo por cerca de oito anos, esperando a melhor hora para brotar. A planta tem propriedades medicinais e suas folhas podem ser consumidas na forma de salada.

Bidens pilosa

Picão (Bidens pilosa)
As sementes desta daninha grudam nas roupas e pele de animais, que acabam espalhando-as. Outra característica que ajuda nas infestações é o ciclo curto da planta, que pode produzir até três gerações em um ano. Ela nasce em solos férteis e equilibrados.

Taraxacum officinale

Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
Planta daninha invernal, o dente-de-leão é conhecido por conta dos pompons que as crianças adoram assoprar, espalhando assim as sementes aladas da planta. Infesta gramados, jardins e hortas em todo o país, principalmente na região Sul, e é um forte indicador de solo rico e com pH equilibrado.

Indicadoras de solo
Algumas daninhas são tão rústicas que crescem até em vãos de pavimentos.
Mesmo depois de arrancadas pela raiz, as daninhas podem voltar a aparecer. Isso acontece porque as sementes já terão se espalhado pelo ambiente. Mas é importante lembrar que as plantas invasoras só vão nascer se encontrarem condições apropriadas para seu desenvolvimento.

Enquanto algumas só aparecem em solos férteis e equilibrados, outras nascem apenas se ele estiver ácido. Há também as que preferem substrato compactado. É por isso que elas são consideradas indicadoras da qualidade do solo. Observar e conhecer as ervas daninhas é um jeito prático de entender as deficiências do seu terreno e corrigi-las.

Cyperus rotundus

Tiririca (Cyperus rotundus)
Caracterizada pelo caule verde, de onde surgem ramos marrons, a tiririca é a planta daninha mais disseminada no mundo. A propagação acontece por meio das sementes e de tubérculos, que se multiplicam. Ela gosta de solo compactado e é muito difícil de combater, mas seu principal prejuízo para o jardim é o efeito inibidor que impede
a brotação de algumas espécies.

Hydrocotyle bonariensis

Acariçoba (Hydrocotyle bonariensis)
Versátil, pode ser encontrada na água, em solos pantanosos, em terrenos secos, na areia da restinga de praias e, é claro, nos gramados e jardins. Sua principal característica são as folhas sustentadas por um longo e delgado pecíolo. Se reproduz por sementes e rizomas.

Emilia fosbergii

Serralha (Emilia fosbergii)
Ela aparece nos jardins e hortas caseiras principalmente durante o verão e “pinta” o ambiente com suas flores rosa-avermelhadas. A serralha se propaga apenas por sementes e tem propriedades medicinais. Em alguns lugares é usada como ingrediente em saladas.

Família das gramíneas
Chamadas popularmente de capins, a maioria das espécies daninhas da família das gramíneas (Poaceae) surge em terrenos baldios, pastagens, lavouras e perto de estradas.

Elas são entouceiradas e se multiplicam por sementes e rizomas. Alguns exemplos são o capim-colchão (Digitaria horizantalis), ilustrado acima; o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica); o capim-de-burro (Cynodon dactylon); e a braquiária (Brachiaria decumbens).

Oxalis corniculata

Azedinha (Oxalis corniculata)
Apesar de ter o mesmo nome popular da Oxalis debilis var. corymbosa, a Oxalis corniculata apresenta algumas diferenças: suas flores são amarelas e o porte, menor, o que dificulta sua remoção. Ela prefere solos férteis e úmidos e se propaga por sementes e estolões.

Chenopodium album

Ançarinha-branca (Chenopodium album)
Uma das plantas daninhas mais disseminadas pelo mundo, a ançarinha-branca pode produzir 500 mil sementes, que permanecem em estado de dormência no solo por até 40 anos.

Ela é ornamental e produz delicadas inflorescências brancas. Geralmente nasce em solos compactados.

Youngia japonica

Barba-de-falcão (Youngia japonica)
Muito comum em viveiros, esta daninha chega aos jardins e hortas residenciais embutida no substrato das plantas compradas. Ela é difícil de controlar pois se reproduz por sementes que são facilmente levadas pelo vento. Surge em ambientes de meia-sombra e terrenos com solo fértil e úmido.

folhas caindo_1

hibisco_colibri

O que é bonito deve ser multiplicado. A frase não poderia ser mais adequada para os hibiscos-colibri. Belos por Natureza, eles florescem durante todo o ano, têm diversos usos no jardim e são muito fáceis de reproduzir.

O processo adotado para tanto é a estaquia, técnica que consiste em cortar uma parte da planta – no caso específico do hibisco-colibri é usado um ramo – para criar uma nova muda. Acompanhe o passo a passo a seguir e garanta novos exemplares para seu jardim ou mudinhas para presentear.

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Passo a passo
1 – Com uma tesoura de poda, corte um dos ramos secundários da planta. O corte deve ser feito bem rente ao ramo principal.

2 - Pegue o ramo cortado e divida-o em dois, deixando a parte de baixo – aquela mais grossa e que estava presa ao ramo principal – com entre 30 cm e 40 cm. Faça o corte logo acima de um nó – ponto de onde saem as folhas. A ponta do ramo pode ser descartada.

3 – Caso o ramo seja totalmente lenhoso – firme como madeira – tire todas suas folhas. Já se ele for semilenhoso – firme na parte de baixo e mais tenro na de cima –, mantenha uma ou duas folhas cortadas pela metade no topo. Isso vai garantir que o ramo continue fazendo fotossíntese.

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4 – Coloque a estaca em um copo com água e mantenha-o em local sombreado, arejado e fresco. É importante trocar a água, no máximo, a cada dois dias.

5 – Passados 40 dias, novas folhas terão brotado e as raízes estarão começando a se desenvolver. É hora de transplantar a estaca para um vaso.

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6 – Coloque a estaca em um recipiente de 15 cm de altura preenchido com substrato pronto e mantenha-o em local sombreado. Após dois ou três meses, a muda poderá ser transplantada para o local definitivo.

A técnica usada para multiplicar hibiscos-colibri também funciona com outras espécies. A violeteira (Duranta erecta) – arbusto muito ornamental, que encanta por suas flores e frutos – e a budleia (Buddleja davidii), famosa por suas inflorescências exuberantes, são duas delas.

lguinho