Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Cymbidium
Orquídeas Cimbidium são orquídeas terrestres que em seu habitat natural, área temperada do sul da Ásia, crescem nas regiões de altas altitudes. Mais precisamente nas florestas chinesas, Japão e sudoeste da Ásia, se estendendo até o sul do equador com algumas espécies na Austrália.

Nessas regiões encontramos clima com períodos de frio e calor bem definidos e solos ricos em matéria orgânica e nutrientes, quesitos necessários para seu pleno desenvolvimento.

Também crescem em condições controladas, em casas de vegetação (estufas), em muitas outras partes do mundo.

O ciclo de noites frias e dias quentes durante os meses de primavera nessas regiões é necessário para a formação do pendão floral. Temperaturas mais quentes no verão estimulam o crescimento e desenvolvimento dos botões florais para a próxima estação (inverno a primavera).

Apresenta crescimento simpodial, isto é, formando rizomas e pseudobulbos horizontalmente. É uma orquídea muito popular no Brasil pois, devido à sua rusticidade e beleza, é largamente comercializada em vasos. Suas folhas são coriáceas e longas e os pseudobulbos são ovóides.

Cimbidium x hybridum

As raízes são grossas e delicadas, quebrando-se ao serem manuseadas sem cuidado.

A maioria dos híbridos de Cymbidium são feitos a partir de meia dúzia de espécies. Estas espécies são nativas do Himalaia e áreas montanhosas de Burma, Tailândia e Vietnã.

Os híbridos comerciais apresentam flores de diversas cores, entre o amarelo, o rosa, o vinho, o branco, etc e combinações, sendo que muitas vezes o labelo apresenta cores mais vibrantes e diferentes.

A inflorescência, formada geralmente na primavera, é grande e composta de muitas flores.

Necessitam de substrato neutro ou mais alcalino, em torno 6.0 a 6.5 de PH, o que pode ser verificado com um papel de PH. Sua correção é conseguida com uma pitada de calcário dolomítico aplicado à água da rega uma vez ao ano.

Devem ser cultivados em locais com grande iluminação.

As regas da planta, como na grande maioria das orquidáceas, devem acontecer somente quando o substrato estiver praticamente seco, uma vez que rega excessiva pode provocar aparecimento de fungos ou simplesmente apodrecer as raízes.

Cimbidium x hybridum

Procure evitar fazer divisões nas plantas, pois elas ficam sentidas e podem entrar em dormência por longos períodos. Só faça divisões quando realmente for necessário.

Use como substrato mistura de fibra de coco com casca de pinus com pedra britada e um pouco de terra preta (com húmus) ou terra preta (com húmus) e areia grossa.

O vaso deve ter uma boa camada de drenagem no fundo, a fim de evitar excesso de umidade e possíveis perdas de novos brotos e hastes florais em desenvolvimento.

Utilize NPK 04-14-08 (Biofert Plus Floração, por exemplo) para estimular a floração. Faça aduções periódicas com torta de mamona e farinha de ossos, principalmente 3 meses antes do período de floração (nos meses do outono)*.

Apesar do Cymbidium não ser um bom gênero de orquídeas para se cultivar dentro de casa, pois requerem bastante luz durante o dia e temperaturas bem frescas, podem perfeitamente ser cultivadas ao ar livre e transferidas para o interior da casa quando a planta estiver florida.

Cymbidium

Um truque para conseguir sua floração nas condições climáticas do nosso país é regá-la com água gelada pela manhã ou colocar pedras de gelo no vaso à noite no início da primavera e deixá-la exposta ao sereno da noite. Cuidado para não colocar o gelo em contato direto com as folhas ou os bulbos, pois isso pode queimá-las.

* Esta regra vale para qualquer orquídea. Saiba a época de floração da espécie e inicie a adubação de floração 3 meses antes.

folhas caindo outono

samambaia-de-metro

Febre nos anos 80, a exótica planta ressurge com destaque em modernos projetos de paisagismo.

Pouca gente sabe, mas a samambaia que todo mundo conhece – e que marcava presença em nove de cada dez lares nos anos 80 – é apenas um dos muitos tipos desta planta. A mais famosa, é a chamada samambaia-de-metro. Outras, conhecidas como avenca, chifre-de-veado, renda-portuguesa e renda-francesa são também samambaias.

Depois de anos esquecida e até mesmo considerada por muitos como algo kitch na decoração (se é que podemos falar em moda quando o assunto são as plantas), ela volta a figurar em projetos de paisagismo contemporâneos, em especial nos jardins verticais.

A samambaia é um dos primeiros DNA’s da Terra. Junto com os musgos, são as plantas mais antigas do planeta. Há anos, voltei a usá-las em jardins verticais não só por sua textura maravilhosa, mas porque de fato trata-se de um clássico, em especial as de metro.

A palavra samambaia significa, do tupi-guarani, “aquilo que se desenrola no próprio tronco”.

renda-portuguesa

Houve época em que jardins impecáveis exibiam rendas portuguesas gigantes forrando o gramado, enquanto as samambaias de metro se despencavam de seus xaxins presos no teto com suas pontas chegando quase a tocar o chão. Hoje, elas estão reconquistando seu espaço, com sua linda gama de verdes.

Xaxim, não, coxim
O xaxim – onde as samambaias eram normalmente plantadas – tem origem em uma variedade nativa da própria planta, a samambaiaçu.

O xaxim era o substrato excelente para as samambaias, porque lhes fornecia os nutrientes necessários. Mas, atualmente, está proibida a venda, em função da sua extração indiscriminada na Mata Atlântica, levando quase à extinção.

xaxim

Assim, a saída encontrada por botânicos e agrônomos foi utilizar um material semelhante ao xaxim para a fabricação de vasos e painéis – empregados nos modernos jardins verticais –, que hoje em dia são feitos com fibra de coco. É o chamado coxim.

O aspecto é parecido, porém a fibra de coco não é um substrato tão bom quanto o xaxim. Portanto, as plantas colocadas em vasos ou placas de fibra de coco devem ser sempre acrescidas de um substrato com terra adubada.

Cuide bem da sua samambaia
* As samambaias normalmente gostam de meia sombra e de ambientes úmidos, reproduzindo o habitat na Mata Atlântica;

* Elas não podem ficar expostas ao sol, caso contrário amarelam totalmente. Se for o caso, que seja o sol da manhã, mas de forma indireta;

* As samambaias gostam de ficar sob um terraço, uma árvore, sempre à meia sombra;

* A rega pode ser feita três vezes por semana, no mínimo. Mas tudo depende da estação do ano. No verão, a água evapora mais rápido, então é preciso regá-la mais. No inverno, a umidade permanece na planta, então pode-se regar menos. O importante é manter o vaso sempre úmido;

* A samambaia de metro ou a amazônica devem ficar penduradas em vasos ou placas de fibra de coco. Já as rendas portuguesas e outras samambaias que não ficam pendentes podem ser plantadas na terra, em canteiros, mas em locais sombreados;

* Esse tipo de planta se desenvolve bem em regiões quentes e úmidas, como a Mata Atlântica;

* Uma muda dessa planta precisa de espaço para crescer. A de metro, como o nome já diz, fica imensa;

* Samambaias devem ser totalmente podadas no inverno. Assim, elas brotam em dobro na primavera;

* Para mantê-las saudáveis, deve-se usar adubos nitrogenados, que favorecem as folhas, além de inseticidas contra pulgões e cochonilhas.

chuva-4

raízes de orquídeas

As raízes são responsáveis pela fixação da orquídea e por 70% ou mais da captação das substancias usadas por ela para vegetar com saúde. É umas das partes que mais evoluiu em relação as raízes de outras plantas mais simples.

Essa evolução vem ocorrendo ao longo dos milhares de anos por uma necessidade das orquídeas terem que adaptar em locais onde outras espécies de plantas não conseguem viver.

Essa evolução permitiu que as orquídeas vegetem na forma aérea sobre as árvores dentro das florestas e campos, no alto das montanhas entre as fendas das rochas onde ficam sob sol escaldante e também na forma terrestre, tanto nas camadas de serrapilheira (folhas mortas do chão da floresta), como em solo de quase todo tipo, até mesmo os mais alagados.

É interessante notar que o cilindro vascular das raízes, a parte mais interna da raiz de uma orquídea, jamais, ou muito raramente, é infectada pelos fungos que vivem nela, pois a planta controla o espaço onde ficam os fungos e como eles tem vida muito curta acabam sendo absorvidos pelas células das orquídeas em forma de minerais e dessa forma a planta controla a quantidade de fungos que vive na raiz.

Quando a raiz está úmida, sua cor fica verde e o velame enche-se passivamente com água, ajudado por micro perfurações nas suas paredes. Quando seca, a cor fica entre o branco e o prateado e o velame faz uma barreira contra a perda de água, evitando a evaporação excessiva. Algumas espécies de orquídea apresentam as raízes de cor acobreada ou amarronzada.

raizes8

A ponta da raiz de uma orquídea é sempre de cor diferente enquanto está crescendo e muita gente já reparou isso, porque o contraste da cor é nítido. É na ponta da raiz que fica o meristema.

O meristema é a parte da raiz que é responsável pela divisão de células e crescimento.

A maioria das orquídeas que tem a ponta em crescimento na cor verde, outras na cor vinho e outras até com pigmentos amarelados. Essa cor da ponta da raiz pode indicar as prováveis cores das flores em muitas espécies e em muitos híbridos também.

Por exemplo, uma raiz de uma planta crescendo com o meristema na cor verde pode indicar flores albas, coeruleas, semi-albas ou flores de cor clara como o creme e o amarelo.

E raízes de ponta escura ou avermelhada indicam flores de cor típica nas espécies, ou cores mais intensas como o vermelho o lilás e o vinho em híbridos.

Aproveite e faça essa observação nas suas plantas. Lembre-se que na orquidofilia, a observação é uma necessidade no cultivo. O meristema da raiz é muito sensível e recebe a proteção da coifa, que é essa ponta arredondada de cor diferente do resto da raiz.

Existem situações que o crescimento das raízes pode parar, por exemplo, se for comido por alguma praga como lesma ou caracóis, se for atacada por nematóide ou se for machucada acidentalmente.

Esse tipo de situação é algo que prejudica demais uma orquídea e por isso temos que ter muito cuidado. Os mais significativos processos vitais, como a preparação e armazenamento de substancias nutritivas e os fenômenos respiratórios das trocas gasosas por exemplo, acontecem dentro das raízes.

Para uma orquídea perder suas raízes é mais de meio caminho para morrer, sendo necessário intervenção com hormônios estimuladores e “internação” em “spa”. com micro clima próprio, ideal para que a planta volte a crescer e enraizar.

O replante de uma orquídea é uma operação delicada e precisa, e com a época certa do ciclo para ser feito com sucesso. Preferencialmente esse procedimento é feito quando a planta começa a emitir raízes novas pois se entende que elas vão crescer e se fixar no substrato novo.

Uma dica no replante é não deixar a planta fica solta, porque as suas raízes em crescimento ficam raspando no substrato podem se danificar, parando o crescimento delas. Utilize tutores se não conseguir travar a planta com o substrato.

raízes

A troca de vaso e substrato é estressante para a planta, e se for efetuado na época certa, logo nos meses seguintes será possível observar o crescimento da planta enraizando no novo substrato, além de não prejudicar a floração.

Para travar a planta no replante deve-se ir colocando o substrato sempre na borda do vaso pressionando a planta com o próprio substrato e dessa forma pressionando ela sem encostar nas raízes e assim evitando que esse procedimento danifique as raízes em crescimento.

Existem raízes de orquídeas que são mais grossas e raízes que são mais finas, e isso depende da espécie e do seu habitat. De maneira simples, as raizes grossas reservam mais agua que raizes finas e por isso o tamanho e o tipo do substrato influenciam diretamente no sucesso do cultivo da espécie de orquídea.

Plantas de raízes finas tendem a sentir muito mais o replantio. Os dendrobiuns são um exemplo de raízes mais finas e tem no seu replante a chave do sucesso do cultivo deles. Em geral começam a emitir novas raízes após a floração quando os brotos novos estão em desenvolvimento.

Se perder essa fase e fizer o replante em outra época, a planta pode ficar sem florir no outro ano e até entrar em dormência, ou mesmo acabar morrendo, alem de ficar solta no vaso por falta de raízes que a fixem ao substrato.

Na hora de adquirir uma planta jovem em orquidários ou exposições é comum se deparar com uma nomenclatura além do nome dessas plantas. É uma definição do tipo de cruzamento da planta e isso indica muito sobre a planta depois de adulta.

Veja abaixo os exemplos:

raízes

Planta chamada de Meristema: São plântulas geradas através da cultura de tecidos retirados de uma planta adulta e que se deseja “copiar”(clonar). Dessa forma todas as características das plantas que germinarem serão idênticas à planta-mãe.

Planta chamada de Seedlings: são plântulas obtidas através de sementes, podendo variar em cor, tamanho e quantidade de flores, de acordo com características genéticas dos pais. Uma “loteria”.

Planta chamada de Sibling: orquídea resultante de um cruzamento selecionado de plantas da mesma cápsula ou sementeira, isto é, plantas irmãs que acabam gerando melhores resultados na qualidade das plantas.

A ponta em crescimento de uma raiz pode fazer a fotossíntese se receber luz, e assim ajudar a planta a gerar energia.  Muitos enraizamentos costumam sair para fora do vaso também, mas sempre vão na direção em que a umidade é maior e a luz menor.

Quando as raízes estão crescendo dentro do substrato, elas tornam-se pálidas e dilatadas e se submetidas a muita umidade por muito tempo podem apodrecer mais facilmente.

O correto funcionamento das raizes das orquídeas epífitas ocorre com o processo de absorção e secagem delas e por isso a necessidade de secagem do substrato.

As orquídeas terrestres e rupícolas na sua maioria têm raízes capilares e são mais tolerantes às condições de maior umidade, mas mesmo assim exigem uma boa drenagem do substrato.

raizes-5

Uma grande dificuldade no inicio do cultivo é a falta de conhecimento sobre as raízes e também a falta de conhecimento sobre a alimentação das plantas, que é o que a planta precisa para ter capacidade de emitir muitas raizes.

No mercado de adubos existem muitas opções de enraizadores, vitaminas e hormônios sintéticos que estimulam o crescimento das raízes.

Muitos desses produtos “bombam” as plantas e se usados de forma empírica e sem conhecimento podem também prejudicar e até condená-las. Quem já cultiva há amais tempo sabe muito bem disso.

Siga estas dicas simples para ter orquídeas sempre saudáveis.
- Ao plantar uma orquídea, amarre o bulbo a um tronco, uma pedra ou rocha para que as raízes possam se desenvolver.

- Proteja os pequenos cormos verdes situados na base do bulbo, porque as raízes crescerão deles.

- Mantenha a umidade das raízes constante, borrifando água diariamente. Mas não abuse deste recurso, para evitar que elas apodreçam ou criem fungos

- Evite o ataque de pragas (principalmente lesmas e caracóis), que causam um grande estrago nas orquídeas em pouco tempo.

- Observe se as raízes se mantêm sempre inchadas, com tom esbranquiçado e pontas verdes. Esse é o aspecto saudável.

- Se aparecerem estrias ou manchas nas folhas, o problema estará na carência ou no excesso de rega das raízes.

- As raízes das orquídeas costumam crescer em várias direções, inclusive para cima, e podem adquirir espessuras diferentes, de acordo com a espécie.

- Os sintomas de qualquer doença das orquídeas se expressam a partir das raízes.

chuva_b