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Vaso ciclame

Gênero botânico pertencente à família Myrsinaceae. O nome o nome popular no Brasil varia entre Ciclame, Ciclame-da-Pérsia, Ciclame-de-Alepo ou Ciclâmen.

Nativa da Europa e da Ásia, essa é uma planta florífera muito cultivada em vasos graças a seu pequeno porte, não ultrapassa 20 cm de estatura, folhas verde escuro e flores coloridas muito vistosas que contrastam com a cor de suas folhas causando um ótimo efeito no ambiente.

A planta é pequena, não ultrapassa 20 cm, e costuma ser cultivada em vasos de interiores. Costuma florescer mais no final do inverno e início da primavera, pode ficar florida o ano todo dependendo da forma de cultivo, porém tende a morrer se passar muito tempo florescendo graças ao enorme desgaste que isso causa a planta.

A planta é de clima ameno, de meia sombra, mas precisa de sol direto durante quatro horas por dia. Desse modo, o ideal é colocá-la próxima à janela, mas protegida do vento. Recomenda-se regar duas vezes por semana.

É uma planta perene, mas tem sido cultivada como anual. Assim, muitas pessoas, quando a vêem murchar, acreditam que ela está morta, mas seu bulbo irá florir dentro de um ano novamente, se hidratado como indicado.

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Como plantar
Geralmente é plantada em vaso, embora possa ser criada em área externa desde que devidamente protegida do sol a pino. Devemos sempre mantê-la em local que receba uma boa quantidade de iluminação indireta, ou então que receba luz direta de manhã ou a tarde. Utilize solo fértil, geralmente o que a planta vier plantada da floricultura já terá a composição ideal, porém se necessitar plantá-la em outro lugar, não esqueça de adicionar um pouco de adubo orgânico e NPK rico em fósforo no começo da floração.

Como cuidar
O ideal é que a planta seja regada em dias alternados, não se deve deixar o solo secar, porém o excesso de água também pode matar essa planta, que alias é bem sensível a doenças. Graças a isso é bom sempre ficar atento em remover ramos mortos que podem ser um prato cheio para a proliferação de bactérias e fungos.

Após o termino da floração a água deve ser reduzida e não adicionar mais fósforo durante alguns meses para que a planta descanse por um tempo, você pode tentar manter a floração dessa planta por mais tempo que o natural através da rega e adubação, porém ela provavelmente morrerá em pouco tempo. Após o tempo de dormência, logo antes do inicio de uma nova época de frio, volte a adicionar um pouco de adubo orgânico e NPK ao solo.

As cores mais comuns entre os ciclames são o branco, o vermelho, o lilás, o rosa e o salmão. Algumas espécies podem apresentar mais de uma cor de cada vez. A sua aparência incomum é um dos seus grandes atrativos. Os botões de ciclame assumem uma forma que se assemelha a um cisne, devido ao longo caule e o seu aspecto que lembra a cabeça pendente de uma ave, com o bico para baixo.

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Quando os botões se abrem, as pétalas mostram-se distribuídas nas pontas das hastes, lembrando uma borboleta com as suas asas fechadas.

A folhagem dessa planta é um espetáculo à parte. As folhas possuem o formato clássico de um coração e têm sido usadas como ornamentação mesmo quando não há flores. O seu tom de verde é bastante forte e apresenta pintas branquinhas que lembram o mármore.

Muitos jardineiros amadores desistem de cultivar essas flores por considerá-las muito complexas. Entretanto especialistas afirmam que o seu cultivo pode ser bastante simples, a partir do momento em que se compreende o seu processo de desenvolvimento.

Elas devem ser mantidas em ambientes ventilados, protegidas da umidade e do calor. A rega deve ser feita a cada três dias, quando a temperatura ambiente estiver mais fria ou mais seca.

Atualmente, os ciclames são algumas das flores mais vendidas do mercado. Elas são usadas para presentear nas mais variadas ocasiões, tanto em vasos quanto em buquês de flores.

As flores presenteadas em arranjos podem durar cerca de quinze dias, se foram colocadas num vaso com água. Já os ciclames que vierem em vasinhos com terra duram ainda mais: cerca de três a quatro semanas, mesmo sem cuidados especiais.

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Crassula ovata
A  Crassula ovata é também conhecida popularmente como Árvore-da-amizade, Planta-da-sorte ou Planta-do-dinheiro.

É uma planta suculenta nativa da África do Sul, e é comum como uma planta de casa em todo o mundo.

Apresenta-se com ramos grossos e suaves, arredondadas folhas carnudas que crescem em pares opostos ao longo dos ramos, de um verde jade rico.

O crescimento do caule novo é da mesma cor e textura das folhas, mas torna-se marrom e lenhosa com a idade. Sob as condições corretas, eles podem produzir pequenas brancas ou rosa estrelas como flores no início da primavera. Presta-se facilmente para bonsai, dentro de casa.

O nome Crassula é o diminutivo do latim crassus que significa grosso ou gordura, referindo-se à natureza carnuda do gênero como um todo. O nome da espécie ovata significa em forma de ovo, referindo-se as folhas.

Há mais de 300 espécies de Crassula e, aproximadamente 150 são encontradas no sul da África, onde elas são comuns.

A planta é um dos maiores símbolos do Feng Shui, usada comumente em entradas de casas e nos jardins.

Apesar de ser uma planta originaria da África, ela se adaptou muito bem em tantas outras regiões inclusive aqui em nosso Brasil.

Crassula_ovata
Cuidados
- Como suculenta, a Crassula ovata requer rega normal quando o solo está seco no verão, e pouca rega no inverno. Muita água fará com que ela perca suas folhas (é fácil identificar rega excessiva pela aparência característica das folhas caídas) e, eventualmente, a haste irá apodrecer.

- Embora possa sobreviver à rega excessiva, o melhor é mantê-lo em um ciclo de 10-20 dias, no verão, e menos ainda (até um mês seco) no inverno. Deixando o solo seco entre as regas é essencial para uma planta saudável.

- Cresce em pleno sol, no entanto não tolera calor ou exposição excessiva ao sol direto,  mostrando os danos que vão desde folhas queimadas à perda de folhas e caules apodrecendo.

- A maioria das espécies comuns irá tolerar um grau limitado de geada, mas a exposição excessiva ao frio irá matá-las.

- A crassula ovata prefere solo bem drenado, e com bastante matéria orgânica misturada a pedriscos para aumentar а porosidade e criar as condições ideais para o crescimento satisfatório da planta.

- Caso ela tome bastante sol tem uma tendência de suas folhas, com o tempo, ficarem avermelhadas, dando uma coloração exótica a toda a planta.

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- Prefere solo bem drenado, e com bastante matéria orgânica misturada a pedriscos para aumentar a porosidade e criar as condições ideais para o crescimento satisfatório da sua planta.

- A questão das regas é bem parecida, por exemplo, dos cactos, no verão regue sempre que o solo estiver bem seco, uma vez ao mês, por exemplo, ou de 20 em 20 dias caso o clima esteja muito seco. E no inverno não regue, a planta do dinheiro tem uma enorme capacidade de armazenamento de água. Por isso fique tranquilo ela já fez sua reserva para passar todo o inverno;

- As crassula ovata tem uma facilidade de adaptação muito grande quanto a luminosidade (o que faz dela uma das prediletas por paisagistas para decorar interiores). Por isso você terá uma grande facilidade ao escolher o local onde sua planta irá permanecer. Caso elas tomem bastante sol tem uma tendência de suas folhas com o tempo ficarem avermelhadas, dando uma coloração exótica a toda a planta;

- As crassula ovata, devem ser podadas sempre na primavera, o que estimulará o seu desenvolvimento e o formato que a planta vai adquirir. Tenha em mente que a vida média de uma crassula ovata é de 30 anos, quando for escolher o vaso e o formato ideal para a poda. Lembre-se também que suas folhas são bastante pesadas, por isso mesmo a necessidade da poda anual, para não comprometer o caule com o peso excessivo das folhas e estimular o crescimento do caule para suportar o peso;

- É sensível à pragas como as cochonilhas que causam uma deformação que impede o crescimento da planta, para evitar esse tipo de praga o melhor é usar uma solução caseira de sabão em pó e água na proporção de ½ colher de sopa de sabão para cada litro de água. Faça isso uma vez por semana enquanto observar que o ataque não cessou de vez. Evite o máximo possível usar pesticidas, porque todas as suculentas são muito sensíveis a pesticidas, o que poderá inclusive vir a matar a planta;

- Quando bem cuidada a crassula ovata floresce uma vez ao ano, normalmente no inverno ou outono, principalmente se estive em um local assombreado.

Bem, com essas dicas de cuidados, você terá em sua casa, por longos anos sua Crassula ovata.

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Drosera Intermedia
Quando pensamos em plantas, só o que vem à nossa cabeça é a possibilidade delas conseguirem seus nutrientes pelas raízes (água e minerais) e também da fotossíntese. Isso confunde, quando, por exemplo, vemos uma planta que se alimenta de outros animais.

As chamadas plantas carnívoras ou, na sua maioria as plantas insetívoras, são plantas com a capacidade de atrair pequenos animais, incluindo insetos (principais presas), aracnídeos e até mesmo anfíbios, répteis e aves, capturar (através de armadilhas compostas por folhas modificadas), digerir (através de enzimas digestivas) e utilizar os nutrientes (principalmente compostos nitrogenados) de suas presas.

Habitam geralmente solos pobres, encharcados e ácidos (baixo pH) com pouca disponibilidade de nitratos (essenciais para a síntese da molécula de clorofila), dependendo assim do nitrogênio contido nas proteínas dos animais, mas, como todo vegetal, é dependente da energia proveniente da luz para sobreviver.

As plantas carnívoras ocorrem predominantemente na faixa tropical do planeta, ocorrendo grande biodiversidade nas Américas, Austrália e Sudeste Asiático. Um menor número de espécies ocorre no sul da Europa e da África, sendo que as mais bem adaptadas ao seu habitat de ocorrência são encontradas em locais inóspitos como o Alasca, Escandinávia e deserto australiano.

Plantas carnívoras
Como já foi dito acima, tais plantas capturam e se alimentam de insetos e outros animais, para conseguir energia, pois vivem em solos pobres em nitrogênio e a proteína da presa é essencial para produzir compostos essenciais que participam de diversas reações que mantém a planta viva, sendo um destes processos a fotossíntese.

Portanto, estas plantas realizam fotossíntese como tantas outras plantas. A captura é feita por folhas modificadas, mas ela ainda mantém células com cloroplastos. As únicas plantas que não fazem fotossíntese não tem a cor verde característica da clorofila e vivem parasitando outras plantas para sobreviver (Monotropa uniflora e cipó-chumbo).

Monotropa uniflora

Cipó-chumbo (Cuscuta Umbellata)-
Como funciona o mecanismo de captura?
Como existem diferentes famílias (Nepenthaceae, Sarraceniaceae, Droseraceae e Lentibulariaceae) que são as principais e outras com algumas espécies que têm este hábito, também existem diferentes mecanismos de captura. Estas folhas modificadas produzem químicos que atraem as presas e também apresentam estruturas pegajosas que capturam elas.

Algumas formam estruturas foliares em forma de poço onde o inseto ou outro animal não consegue sair ou como em algumas espécies que têm um mecanismo sensível ao toque que, através da perda de água, faz com que a folha se feche e pronto, adeus para o bichinho. Ele será digerido por enzimas que vão dissolver todo o material orgânico, disponibilizando as moléculas necessárias para a sobrevivência da planta.

O interessante é ver que vários tipos diferentes de plantas que não têm nenhuma relação de parentesco evolutivo apresentam tal hábito. Isto quer dizer que plantas insetívoras e/ou carnívoras apresentam uma evolução paralela, em que esta adaptação apareceu diversas vezes durante a história evolutiva. A isto chamamos convergência evolutiva.

As famílias

Nepenthaceae

Nepenthes sibuyanensis
É uma família de plantas carnívoras angiospérmicas (plantas com flor). O grupo é monotípico e conta apenas com um gênero, Nepenthes, que ocorre nos trópicos do Velho Mundo, nomeadamente no sul da China, Indonésia e Filipina, Austrália Índia e Nova Caledônia.

As plantas desta família possuem na ponta de suas folhas estruturas semelhantes a jarros, sendo na verdade continuações da própria folha modificadas, com as bordas do limbo unidas formando uma ânfora.

Sobre a abertura desta ânfora encontra-se uma estrutura semelhante a uma “tampa”, normalmente colorida, servindo de proteção estática para que a armadilha não se encharque. Isso faz com que apenas uma porção de líquido encontre-se em seu interior, e é neste líquido que insetos, aranhas e mesmo pequenos pássaros ficam presos ao escorregarem para dentro do tubo – atraídos pelas cores e pelos odores segregados pelas glândulas situadas na base da tampa.

Uma vez dentro, uma parede cerosa e pêlos no interior da folha voltados para baixo evitam que esta possa ser escalada, e ali os animais são digeridos. Esta família possui os maiores espécimes de plantas carnívoras, e tem a forma de uma trepadeira (sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras).

Esta família possui algumas das maiores espécies de plantas carnívoras e tem a forma de uma trepadeira, sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras.

Sarraceniaceae
É uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor). O grupo compreende 15 espécies, classificadas em três gêneros de plantas carnívoras. As sarraceneáceas atraem as presas através do cheiro característico do seu néctar e aprisionam-nas dentro de folhas de formato tubular, cheias de água e enzimas digestivas (bactérias no caso de Darlingtonia).

Darlingtonia

Sarracenia

Heliamphora neblinae
Os gêneros Darlingtonia e Sarracenia são oriundos da América do Norte, enquanto que as espécies de Heliamphora são nativas da América do Sul.

As Sarraceneáceas crescem em solos pobres em nutrientes, de características ácidas, e usam os insetos capturados como suplemento nutricional. São plantas perenes, que crescem todos os anos a partir de um rizoma e que desaparecem durante o Inverno.

Esta família consiste de plantas carnívoras com folhas saindo de um rizoma subterrâneo, folhas estas unidas pelas bordas formando um comprido jarro, semelhante à família Nepenthaceae. São encontradas na sua maioria em climas temperados, e entram em um período de dormência nas épocas mais frias do ano.

Algumas espécies de aranhas-caranguejeiras podem viver em suas armadinhas para caçar suas presas, mas como apenas sugam os fluidos dos insetos, nem a planta nem a aranha saem prejudicadas.

Droseraceae
É uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor). A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída na classe Magnoliopsida (Dicotiledôneas): desenvolvem, portanto embriões com dois ou mais cotilédones.

As droseráceas são plantas carnívoras que se alimentam de uma forma singular, as plantas possuem gotículas de uma substância pegajosa em suas folhas e caule, de modo que se um inseto pousar nela, a planta se dobra na região em que o ser pousou e suga os seus corpos.

Drosera paleacea ssp

Dionaea

Aldrovanda vesiculosa
A família abriga os gêneros Drosera, Dionaea e Aldrovanda (Aldrovanda vesiculosa). As plantas do gênero Drosera, o único da família com mais de uma espécie, possuem tricomas glandulares (”tentáculos”) que recobrem principalmente suas folhas e que, ao secretarem uma substância pegajosa, atraem suas presas. Estas ficam aprisionadas nas armadilhas adesivas onde morrem e são lentamente digeridas, tendo os nutrientes de seus corpos absorvidos pela superfície das folhas. O gênero Dionaea é composto apenas pela espécie Dionaea muscipula, a popular “papa-moscas”.

Lentibulariaceae
É uma família composta por aproximadamente 340 espécies de plantas carnívoras, fragmentadas em 3 gêneros, Pinguicula, Genlisea e Utricularia, com ocorrência principalmente nas regiões tropicais e temperadas.

Pinguicula-esseriana

Genlisea flexuosa

Utricularia pubescens
Frequentemente são responsáveis por formarem grandes populações em áreas de brejo, sendo assim complementam a massa de matéria orgânica, nesses ambientes, indicando sua grande importância ecológica. No Brasil a família está representada pelos gêneros Genlisea e Utricularia. Destacamos o gênero Utricularia, com aproximadamente 220 espécies distribuídas por todo o mundo, exceto em regiões áridas e ilhas oceânicas, ocorrendo em sua grande maioria na  América do Sul..

Essa família apresenta tricomas do tipo glandular ou sésseis. Tricomas que são encontrados em toda a folha. As suas folhas são alternas ou verticiladas, ausência de estípulas. Possui inflorescências que são racemos terminais, as vezes resumidas em uma única flor.

Apresentam flores bissexuais, com cálice com quatro a cinco sépalas e corola bilabiada. A antera possui apenas um lóculo e o ovário sincárpico, com placentação central-livre e ínfero.

O gênero Pinguicula pertence à família Lentibulariaceae, mas possui estratégia parecida com as Droseras. Esta família também possui estratégias passivas e ativas. Em Utricularia, gênero de plantas basicamente aquáticas, a maior parte das folhas (senão todas) são submersas e extremamente modificadas em filamentos muito ramificados.

Em alguns pontos destes filamentos, encontram-se pequenas câmaras vazias, seladas por uma válvula e guarnecidas por pêlos. Larvas ou animais planctônicos, ao encostarem nestes pêlos, detonam um processo semelhante ao da Dionaea, abrindo a válvula e provocando uma súbita corrente de água para o interior das câmaras, carregando o animal consigo, onde ele será digerido.

Outras famílias
Além destas quatro famílias, há plantas carnívoras menos conhecidas em outras famílias:

Cephalotaceae Neger
Cephalotaceae
É uma família cuja única espécie é Cephalotus follicularis. Esta espécie possui uma elaborada, mas pequena, armadilha do tipo ânfora (uns poucos centímetros no máximo), e está restrita ao sudoeste da Austrália.

Drosophyllum lusitanicum

Drosophyllaceae
Essa família inclui o Drosophyllum lusitanicum, uma planta carnívora endêmica de Portugal, Espanha e norte de Marrocos.

Há também algumas espécies de Bromeliaceae, como a  Brocchinia reducta e Catopsis berteroniana, que são reconhecidamente plantas carnívoras.

Brocchinia reducta

Catopsis berteroniana

As Bromélias são monocotiledôneas, e como são naturalmente plantas coletoras de chuva pela forma de sua folhagem, e muitas espécies são epífitas e coletam detritos (Bromélia tanque), não é de se espantar que algumas tenham desenvolvido um hábito em direção à carnivoria ao adicionar cera, glândulas digestivas e pêlos voltados para baixo à sua estrutura.

Como a maioria das carnívoras, Cephalotus e Bromélias carnívoras são encontradas em regiões de solos pobres (ou com deficiência de nutrientes, como ocorre com as bromélias epífitas), alta luminosidade, muita umidade e incêndios naturais regulares ou outras perturbações do habitat. Elas realizam a fotossíntese, mas mesmo assim precisam se alimentarem de animais pequenos para suprir suas necessidades biológicas, esses insetos possuem nitrogênio, muito importante para a planta, e a fotossíntese fica responsável pelos açúcares.

Como a presa é atraída?
Na hora de atrair a presa, a planta carnívora se utiliza de um tipo muito particular de estratégia. O odor mais forte e a cor vibrante são elementos muito centrais nesse momento. Porém, quando se trata de um animal, não é suficiente apenas apostar na cor e cheiro. Assim, a planta carnívora se vale do próprio corpo. Como? Adequando sua folhagem para que esta se torne uma espécie de armadilha.

Em todo o mundo, há pesquisas que apontam para a existência de quase 600 espécies de plantas com esse padrão. A diversidade de armadilhas é bem ampla: há algumas folhas que se fecham, outras liberam substâncias e líquidos pegajosos que tornam a presa cativa. Há ainda as plantas que se revestem de pelos “colantes”.

Mais recentemente, a ciência catalogou uma espécie de carnívora que possui folha pegajosa abaixo do solo. Assim, consegue capturar germes. Chamada de Philcoxia minensis, pode ser observada no Cerrado brasileiro.

Philcoxia minensis
A Philcoxia minensis mostrou ser letal com os vermes. O gênero tem espécies em Minas Gerais, na Bahia e em Goiás, que também podem ser carnívoras. Ela esconde sob a areia minúsculas folhinhas grudentas que usa para capturar vermes

A planta carnívora, diferente do que é mostrado nos filmes, não é sempre gigantesca. A maioria delas possui média de 15 cm de altura. Em alguns casos, chegam a ter mais de metro. Como são menores, dão preferência às presas inseridas no universo dos insetos. Daí alguns pesquisadores até chamarem esse tipo de espécie de insectívora. As chamadas de Nepenthes são maiores e podem capturar animais de maior porte. Mas, não há condições de se alimentarem de pessoas.

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O tabaco-ornamental é uma planta herbácea, perene e muito florífera. Pertence à família Solanaceae e é originária da América do Sul, Argentina e Brasil.

A planta cresce de 30 até 1,80 m de altura com folhas pequenas e espatuladas, verdes e apresentam pecíolos alados.

Floresce na primavera e verão, em profusão. As lindas flores tubulares, lembram pequenas estrelas atraem os beija-flores com suas cores e também os jardineiros. São bem delicadas e liberam uma fragrância à tardinha e à noite.

Elas ainda têm o grande poder de atrair lindas borboletas e beija-flores. A cor típica é branca, mas atualmente há diversas cultivares de cor verde-limão, rosa, salmão, vermelho e roxo.

A planta é interessante em maciços e bordaduras em jardins semi-sombreados. Locais em que muitas vezes outras plantas não floresceriam.

Plantar essa flor no jardim é um hábito difícil de parar. A natureza pouco exigente delas é apreciada e tornaram-se as favoritas anuais para canteiros, floreiras e vasos de janela.

Também vai muito bem acrescentando volume em jardins de rosas. Pode ainda ser plantada em vasos e jardineiras, adornando pátios e varandas.

A variedade de flores brancas ‘Grandiflora’ é muito perfumada e a escolha perfeita para jardins que serão admirados à noite, pois suas flores brilham em noites com a claridade da lua.

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O tabaco-ornamental é uma planta nativa, rústica e versátil, que poderia ser melhor explorada no paisagismo brasileiro. Nos Estados Unidos já foram desenvolvidas muitas variedades e híbridos, com mais ou menos perfume e de cores e portes diversos.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Prefere à meia-sombra ou sombra filtrada, em local fresco.

Em locais de clima temperado é conduzida com anual, pois não resiste ao frio invernal. O beliscamento da ponteira de planta, propicia o crescimento lateral, deixando-a com aspecto mais cheio. É bom remover as flores velhas, estimulando assim uma nova floração.

Instruções para plantio
- Escolha um local onde sua fragrância noturna possa ser apreciada e receba incidência total de sol, ou uma sombra parcial. Ao escolher o local antes de comprá-las é possível determinar antes a quantidade necessária;

- Compre mudas individuais da planta que estão disponíveis em viveiros e lojas de jardinagem na primavera. As cores geralmente são branca, rosa, vermelho, roxo ou salmão. Elas são anuais e resistentes em todas estações e florescem do verão até a primeira geada;

- Para plantar as mudas utilize uma espátula para cavar um buraco pequeno, ligeiramente mais largo que as raízes e na mesma profundidade em que estavam crescendo. Gentilmente devolva o solo original e firme-o em volta da muda plantada com as mãos.

- Irrigue as plantas regularmente

Sua multiplicação é feita através de sementes, estacas e divisão das touceiras. É comum encontrarmos pequenas mudas em torno da planta mãe, resultado da queda natural das sementes no solo.

Advertências
- O tabaco-ornamental é uma auto semeadora e voltará na próxima estação;

-. As variedades menores geralmente são menos perfumadas. As maiores são melhores localizadas no fundo do jardim e podem precisar de uma estaca. Verifique os rótulos ou embalagens quando comprar as plantas e sementes para informações detalhadas da variedade escolhida.

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