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jardins (Small) (2)

Todos os dias somos confrontados com todo o tipo de questões e preocupações climáticas, poluição, reciclagem etc. Parte destas questões prende-se com a utilização dos recursos naturais, um deles a água potável: em períodos de maior calor, 80% da água que gastamos é com o jardim.

É possível haver jardins espetaculares com um consumo muito baixo de água. Logicamente pensa-se logo em cactos e alpinas, mas muitas das tradicionais plantas mediterrânicas resistem facilmente à seca uma vez que estejam estabelecidas no terreno.

A Lavandula, mais conhecida por rosmaninho, é imagem de marca dos tradicionais jardins franceses e italianos, e é de novo uma das plantas favoritas entre designers e paisagistas, mesmo em projetos mais contemporâneos, a sua resistência, o seu aroma e utilização em culinária são as suas principais vantagens. Outras plantas como Santolina, Euphorbia, Salvia, Cordyline e Aeonium pertencentes ao leque de plantas mediterrânicas são excelentes escolhas para todos os que se preocupam com o consumo de água no jardim.

A resistência à seca é uma das maiores preocupações a nível de design, e que é bastante evidente nas tendências dos festivais de jardim dos últimos dois anos.

A Equinácea é outra planta a ter em conta para usar no jardim, pois resiste bem a faltas de água.

Em termos ainda de design é desejável menos áreas de relva, plantas com uma manutenção mais baixa, pensar na vida selvagem do jardim, manter o espaço sempre interessante durante o ano, pavimento para áreas de churrascos ou simplesmente para apreciar o jardim. Também dependendo do tamanho do jardim, convém pensar em árvores e arbustos de maior porte que criem áreas de sombra e umidade.

Flores silvestres – Esculturas no meio da vegetação são uma idéia para ter um jardim sempre interessante e criam pontos focais. Um tanque para recolha de águas das chuvas é fundamental e relembro que é melhor ter mais plantas nativas e menos relva impecável.
Jardins selvagens que por vezes vemos em campos junto à estrada são nesta altura do ano especialmente bonitos, flores silvestres são uma ótima opção para zonas de relvado que não são muito usadas.

Campos de flores silvestres na Primavera e no Verão podem constituir um tapete de flores e cores vibrantes.

Cactos – Jardins de rochas ou jardins de cactos são outra opção a não descurar. Existem exemplos de jardins de cactos espetaculares, especialmente na Califórnia onde há uma grande tradição nesta área. Mas este tema será abordado mais tarde.

Passos para consumir menos água no jardim:
- Reciclar água das chuvas no Inverno e Outono;
- Usar o regador para regar as plantas e relva, é uma maneira mais efectiva de irrigação do que com a mangueira, pode dar um pouco mais de trabalho mas acaba por gastar menos água;
- Irrigar só quando o solo estiver um pouco mais seco, a relva deve ser deixada mais longa pois não irá precisar de tanta água.
Evitar plantar no Verão, as plantas quando se estão a estabelecer necessitam de bastante mais água, e se estiver calor ainda mais vão precisar;
- As plantas em vasos devem ser colocadas à sombra nos dias de maior calor, ajuda-as a consumir menos água, e usar pratos para os vasos;
- Colocar casca de pinheiro no final do Inverno em canteiros ajuda a reter por mais tempo a umidade;
- Remover as ervas daninhas pois estas competem com as outras plantas por água.
- Ao escolher os vasos para as plantas no exterior escolher um material menos poroso, pois vai reter mais água.

regado e flores

jardinagem (Small)

O que está a encorajar a jardinagem a tornar-se uma atividade cada vez mais sustentável e produtiva? Existe cada vez um maior número de pessoas interessadas em cultivar plantas e vegetais em vez de jardins meramente ornamentais?

A jardinagem está a atravessar uma fase de mudança no nosso país. E já não era sem tempo. O maior desafio está sem dúvida nas alterações climáticas. Ou faz demasiado calor, ou chove muito em muito pouco tempo, como aliás aconteceu já este ano no sul do país. Existe uma preocupação crescente na utilização de sistemas de rega mais eficientes e no uso de vegetação adaptável às circunstâncias.

Por outro lado, o fato é que a jardinagem rapidamente se está a tornar um fenômeno de moda, com um número crescente de revistas, livros, blogs e até cursos em DVD!!! Já para não falar nos programas de televisão que operam uma mudança rápida no visual dos jardins, entretanto chegados a Portugal, via cabo. A crescente oferta de cursos de jardinagem, um pouco por todo o país, e o fato de que muitos destes cursos esgotam em número de candidatos é também um fenômeno interessante de observar.

Está a instalar-se rapidamente a noção de que o jardim pode ser uma extensão da casa, como se mais uma divisão se tratasse. Muitas empresas surgiram entretanto providenciando os meios para que tal aconteça, com novos materiais e soluções.

Claro que, no reverso da medalha, surgem aqueles que querem manter o seu jardim fantástico mas não tem os conhecimentos suficientes, acabando por sofrer a tentar manter as suas plantas vivas ou então a desejar que o espaço esteja bem mantido a troco de muito pouco tempo investido.

Sinto que algumas áreas da jardinagem estão a reunir aos poucos uma crescente apetência por parte das pessoas, como por exemplo, a jardinagem produtiva. Chega a envolver chefes de cozinha e restaurantes que plantam as suas próprias hortas e pequenos jardins de ervas aromáticas, ou então jovens casais, em grandes cidades como o Porto e Lisboa, que procuram lotes para instalar hortas e jardins. Temos o caso de sucesso estrondoso do projeto Hortas à Porta (www.hortadaformiga.com), na região do Porto, que visa promover a qualidade de vida da população, através de boas práticas agrícolas. Esta iniciativa passa não só pela criação de espaços verdes dinâmicos mas também pela promoção do contacto com a natureza e de hábitos saudáveis sem esquecer a redução de resíduos. Tem uma lista de espera de centenas de candidatos que aguardam um talhão disponível para cultivar!!!

A procura de sementes e plantas produtivas tem também aumentado. Parece que já não é suficiente que os nossos jardins sejam bonitos, queremos que estes sejam úteis também.

A crescente consciência para as questões ambientais tem sido favorável à jardinagem. Se as pessoas estão a remover o pátio de cimento ou as repetitivas espécies de plantas ornamentais que no nosso país surgem constantemente nos jardins, para cultivar uma bordadura de tomates e alfaces, alfazemas e manjericão, batatas, árvores de fruto, isto poderá significar que estamos a partir na redescoberta das nossas raízes.

Até as grandes companhias que produzem pesticidas e fertilizantes de síntese, sentindo todas estas mudanças, estão já a apostar nas novas tendências, como por exemplo, a utilização de biopesticidas e adubos orgânicos.

De mãos dadas com o crescimento da jardinagem biológica vem a consciência da importância dos jardins como habitats para a fixação da vida selvagem.

Sinto também que outra área de preocupação tem sido as áreas verdes para crianças, sendo que hoje temos hortas e clubes de jardinagem em muitas escolas, que envolvem professores e alunos de várias idades, onde podem desenvolver e praticar o gosto pela jardinagem.

Assim, a jardinagem parece estar a evoluir no sentido da sustentabilidade, com espaços produtivos, tornando-se numa atividade muito mais rica e envolvente. E para que esta nova abordagem tenha seguimento, precisamos de todos os jovens jardineiros que conseguirmos.

bonsai-

O processo de transplante em Bonsai, é uma das fases que requer mais sensibilidade, tanto no que diz respeito à sua realização como aos cuidados a ter após a mesma. Apoiado em métodos horticulturais e artísticos específicos da técnica de Bonsai, é indispensável para o saudável desenvolvimento da árvore.

Teoricamente ele deve ser realizado aproximadamente de dois em dois anos em plantas folhosas e de três em três para coníferas, de Fevereiro a Março para espécies de exterior e dupla localização e de Abril a Maio para as espécies de interior.

Material necessário para o transplante
Vaso;
Redes de drenagem;Arames de fixação;
Solo indicado para a espécie;
Tesoura para podar a copa e tesoura para podar raízes;
Alicate corte de Raízes (se formos cortar raízes muito grossas);
Vitaminas para o pós transplante.

Primeiro passo:
Preparar o vaso colocando-lhe redes a tapar os furos de drenagem e arames de fixação, para podermos prender a planta após transplante (durante cerca de 3 meses), desta forma vamos garantir que a planta não vai ficar com as raízes expostas ao ar provocado por um vendaval ou outro processo.

Depois começamos por remover totalmente o solo antigo, que já se encontra desgastado, sem capacidade de drenar o excesso de água, de reter nutrientes e de permitir a respiração das raízes.
Durante o transplante é analisado o estado de saúde das raízes da planta e são- lhe cortados cerca de 1/3 das raízes (dependendo do estado das mesmas).

O corte das raízes vai permitir criar espaço para que a planta se desenvolva até ao próximo transplante e vai estimular a divisão radicular.

Na altura do transplante tem de se podar fortemente a planta, em algumas espécies dependendo da altura do ano pode mesmo ter de se remover todas as folhas, aproveita-se sempre esta operação para modelar a planta, através da poda e de arames, se necessário.

Não é obrigatório trocar o vaso em cada transplante, só o devemos fazer quando após retirado o solo velho e cortadas as raízes nos apercebemos que o espaço livre não vai ser suficiente para o saudável desenvolvimento até à próxima época de transplante.

Quanto mais velha é a planta, menores vão sendo os “aumentos” de vaso, mas devemos respeitar sempre os intervalos de substituição de solo.

Em alguns casos podemos mesmo ter de optar por uma redução do vaso, optando por um que se enquadre melhor esteticamente, o vaso utilizado tem sempre de ser especifico para Bonsai, pois só estes reúnem as características físicas e químicas indispensáveis a manutenção e sobrevivência do Bonsai.

Tendo em conta que regra geral a planta ainda se encontra no solo original, aconselhamos a transplantar o seu Bonsai na próxima época de transplante a seguir a sua aquisição.
Embora possa parecer complicado, o transplante quando realizado por uma pessoa experiente e numa planta saudável, é um processo praticamente sem riscos.

Cuidados após o transplante
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Após ter transplantado o seu Bonsai durante aproximadamente um mês deve:

- Protegê-lo do sol direto nas horas de sol forte.

- Protegê-lo dos ventos fortes.

- Redobrar a atenção com a rega, não permitindo que a planta passe por longos períodos de sede, mas deixando a camada superficial do solo secar ligeiramente entre regas, para que as raízes da planta possam respirar e não apodreçam por excesso de água.

- Interromper o processo de adubação, só o iniciando quando a planta demonstre Ter recomeçado o seu normal crescimento ( nunca começar a adubar antes de decorridos os 30 dias).

- Aplicar uma vitamina em dose após transplante, que facilitará a produção de novas raízes.

flores em série

A terra é, ao mesmo tempo suporte e alimento para as plantas.
Antes de começar a preparar ou idealizar o seu jardim, é indispensável conhecer as características do solo, a sua composição física e química. Não tem tido bons resultados com determinadas plantas? Amarelecem? Definham? Descubra o que a terra do seu jardim tem a ver com isso.

Tipos de terra
A terra ideal é composta por cerca de 60% de areia, 23% de argila, 12% de calcário e 5% húmus (substância escura composta por folhas secas, plantas e matérias orgânicas).

Solos Argilosos
Retém muita água e fixam bem os adubos. Serão necessários aportes regulares de matéria orgânica. Pode acrescentar a esta terra areia (nunca da praia) para obter uma terra com melhor drenagem.

Solos Calcários
Ao contrário dos argilosos, estes têm tendência a neutralizar a acidez. Deverá prever um aporte de matéria orgânica ácida.

Solos Arenosos
Estes, são fáceis de trabalhar, mas têm dificuldade em reter a água. Pode adubá-los com terra preta ou com uma mistura de terra preta e argila.

Como reconhecer o tipo de solo do seu jardim ou horta
Numa primeira fase, e tendo uma indicação geral sobre o solo na sua zona, pode seguir estes passos:

* Recolha uma porção de terra e examine-a atentamente;
* Se for escura, granulosa, e apresentar restos de vegetais, será uma terra rica em húmus;
* Se for de cor clara, será certamente mais rica em argila;
* Aperte a terra entre as mãos e deixe-a cair sobre uma superfície dura. Se ao cair se mantiver unida, é uma terra rica em argila, se é difícil de compactar entre as mãos e ao cair se desfaz, espalhando-se, é rica em areia. Uma bola de terra que se une bem entre as mãos e se abre, ao chegar ao chão, está próxima da terra ideal;
* Estas são astúcias que poderá usar. Pode no entanto recorrer facilmente a kits de testes que existem no mercado ou até a um laboratório especializado para saber qual a composição da terra do seu jardim.

Quanto à reações químicas
Na escala de medida do pH, 7 é o neutro. Algumas plantas preferem solos ácidos, outras alcalinos. No entanto, a maior parte das plantas cresce confortavelmente em solo neutro.

Os solos arenosos e ricos em húmus serão um pouco mais ácidos e os calcários alcalinos. Isto apenas a título indicativo, porque todos os solos terão tendência a ser uma ou outra coisa, em maior ou menor grau.

Importante é que conheça as características da sua terra e faça as escolhas de plantas e produtos, de acordo com essa informação, para obter cada vez melhores resultados e retirar mais prazer da jardinagem. Pode optar por equilibrar a terra em função das plantas que quer ter na sua horta ou no seu jardim. Pode ao contrário, escolher as plantas em função do solo.

Seja qual for o tipo de solo, as minhocas são excelentes aliados para o manter equilibrado.

formiguinha