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quaresmeira
Nas grandes cidades, elas ajudam a colorir e alegrar a paisagem cinzenta; nos campos cumpre o seu papel como elemento fundamental para o equilíbrio das espécies; em projetos paisagísticos é um fator decisivo na definição de espaços: em todos os locais as árvores colaboram não só acrescentando beleza, como também participando de maneira decisiva para a preservação de pássaros e na purificação do ar que respiramos. Por isso, a melhor forma de comemorar o seu dia é colaborando com o plantio de árvores, seja na cidade ou no campo.

Como fazer?
* Comece escolhendo corretamente a espécie que será plantada, levando em consideração alguns fatores importantes: porte adequado ao espaço disponível e característica desejada (floríferas, frutíferas, etc.). Certifique-se que não há riscos das raízes causarem danos nas calçadas e os galhos prejudicarem fiações.
* Adquira a muda em casas especializadas ou solicite à prefeitura de sua cidade.
* Não retire a muda do saco plástico no qual vem envolvida, até que o local para o plantio esteja preparado. Abra uma cova de no mínimo 0,60m x 0,60m e 0,60m de profundidade ou use o tamanho do torrão que envolve as raízes como referência: a cova deve conter o torrão com folga. No caso de calçadas, respeite 50 cm a partir da sarjeta.
* No fundo da cova, coloque um pouco de areia e cascalho fino para facilitar a drenagem e aproveite para aplicar composto orgânico ou esterco. Misture a terra retirada com o composto orgânico. E lembre-se que o solo deve estar livre de entulho, pedras e lixo.
* Umedeça um pouco o torrão e retire a muda da embalagem, cortando o saco plástico e coloque-a na cova, centralizando bem e tomando cuidado para que as raízes não fiquem expostas. Não afunde demais a muda, procurando manter o “colo” da árvore no mesmo nível da superfície.
* Aproveite para colocar uma estaca de sustentação, ao lado do torrão da muda. A estaca é muito importante, especialmente no início do desenvolvimento da árvore, para evitar danos com ventos fortes e até para conduzir melhor o seu crescimento.
* Complete a cova com a terra adubada e firme bem ao redor do torrão. Providencie uma proteção para a muda, caso esteja sujeita a atos de vandalismo.
* Regue bem e espere que a terra ceda. Complete o nível do solo com a terra adubada. Faça irrigações diárias, caso esteja atravessando um período seco.
* Durante a fase de crescimento, corte os brotos que surgirem na base da muda, pois concorrem muito em nutrientes.

Como escolher a espécie adequada?
Na hora de escolher a espécie de árvore que será plantada, pense primeiro que a espécie deve ter o porte adequado para o local, só depois leve em conta fatores como floração, tipo de folhagem ou de tronco, etc. Uma árvore de grande porte numa calçada, por exemplo, é um verdadeiro desastre. As espécies utilizadas na arborização de ruas, por exemplo, devem ser muito bem selecionadas, pois ficarão sujeitas à condições adversas. Em seu habitat natural, fatores como porte, tipo e diâmetro da copa, hábito de crescimento das raízes e altura da primeira bifurcação se comportam de forma diferente do que ocorre na cidade. Outro fator a se considerar é a condição de adaptação, sobrevivência e desenvolvimento no local escolhido para plantio.

Nas calçadas, a atenção deve ser redobrada! A copa da árvore deve ter formato, dimensão e engalhamento adequados. A dimensão da copa deve ser compatível com o espaço disponível, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres, evitando danos às fiações, fachadas e bloqueio da sinalização e iluminação. Além disso, o ideal é dar preferência a espécies que não dêem flores ou frutos muito grandes, para evitar acidentes com pedestres.

Aí vão dicas muito úteis para evitar erros na escolha das espécies:
Cuidados com a escolha de espécies de grande porte. Elas podem ultrapassar a 8 metros de altura. Evite plantar em locais onde provoquem danos aos fios da rede elétrica:
* Casuarina (Casuarina equisetifolia)
* Paineira (Chorisia especiosa)
* Ipê amarelo (Tabebuia chrysotricha)
* Ipê rosa (Tabebuia avellanedae)
* Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa)
* Suinã (Erythrina falcata)
* Sibipiruna (Caesalpina peltophoroides)
* Tipuana (Tipuana tipu)

As versáteis árvores de pequeno porte medem entre 2 a 4 metros e são indicadas para pequenos espaços. Eis algumas:
* Cerejeira ornamental (Prunus sp.)* Ipê-rosa-anão (Tabebuia avellanedae var.paulensis)
* Jasmim manga (Plumeria alba)
* Resedá (Lagerstroemia indica)

Alguns arbustos podem ser conduzidos por meio de podas, durante o crescimento, e se tornar lindas arvoretas. Um dos melhores exemplos:
* Manacá-de-cheiro (Brunfelsia pauciflora var. calycina)

Ideais para cidades
Estas são as principais árvores ornamentais que podem ser cultivadas em centros urbanos, lembrando que nem todas podem ser usadas nas calçadas e passeios:
· Unha-de-vaca ou pata-de-vaca (Bauhinia variegata)- floresce de julho a outubro. Porte: 8 metros; copa arredondada com diâmetro de mais ou menos 4 metros.
· Alecrim-de-campinas (Holocalyx balansae) – floresce de outubro a fevereiro. Porte: de 15 a 25 metros; copa arredondada com diâmetro de mais ou menos 6 metros.
· Jacarandá mimoso (Jacarandá mimosaefolia) – floresce de setembro a dezembro. Porte: de 8 a 12 metros; copa com diâmetro de mais ou menos 6 metros.
· Resedá (Lagerstroemia indica) – floresce de outubro a março. Porte: de 4 a 6 metros; copa com diâmetro de mais ou menos 4 metros.
· Magnólia-amarela (Michelia champaca)- floresce de setembro a janeiro. Porte: 8 metros; copa piramidal com diâmetro de mais ou menos 5 metros.
· Ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha) – floresce em setembro. Porte: de 5 a 10 metros; copa arredondada com diâmetro de mais ou menos 3 metros.
· Quaresmeira (Tibouchina granulosa) – floresce de junho a agosto e de dezembro a março. Porte: de 6 a 10 metros; copa arredondada com diâmetro de mais ou menos 6 metros.
· Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis) – floresce de novembro a fevereiro. Porte: de 5 a 12 metros; copa arredondada com diâmetro de mais ou menos 4 metros.

Espécies inadequadas para o plantio em regiões urbanas:
· Eucalipto (Eucaliptus spp.) · Guapuruvu (Schizolobium parahyba) · Figueiras em geral (Ficus spp.) · Flamboyant (Delonix regia) · Paineira (Chrorisia speciosa) · Pinheiro (Pinus spp.) · Tulipa africana (Spathodea campanulata) · Grevilea ou grevilha (Grevílea robusta) · Abacateiro (Persea americana) · Mangueira (Mangifera indica) · Chapéu-de-sol (Terminalia catappa) · Casuarina (Casuarina sp.) · Pau-de-novato (Triplaris sp.) · Jaqueira (Artocarpus heterophyllus)

Árvores ideais para calçada:
Ipê (brando, amarelo, lilás); Quaresmeira; Jasmim manga; alguma Palmeira; Pata-de-vaca; Resedá; Chuva de ouro.


estações do ano

renda

A delicadeza da renda-portuguesa faz esta samambaia ser uma das preferidas por quem curte plantas. Da família das Polipodiáceas, pertencente ao gênero Dasvallia, é uma planta que, quando bem tratada, seduz por sua beleza e robustez.

Ideal para locais sombreados, vai muito bem em interiores ou na área externa (com sombra).

Multiplicá-la em novas mudas é muito mais fácil do que se imagina, por seus rizomas (caules) ficarem aéreos. É possível a partir de um “vaso cheio”, realizar novas mudas. Assim, você verá passo a passo, como prepará-las.

Aliás, um vaso de planta cultivado por você mesmo é uma ótima opção para presentear uma pessoa especial!

Material necessário
* Um vaso “pronto” para retirar a muda (você perceberá que ele está carregado de rizomas)
*
* Tesoura afiada
* Terra orgânica
* Areia
* Cacos de telha
* Vaso – dê preferência por xaxim, mas pode ser colocado em um vaso de cerâmica pequeno até a muda “pegar”.

1. Opte por um rizoma que tenha pelo menos duas gemas ou “olho”, pois é delas que sairão as novas mudas. Corte o rizoma escolhido e deixe-o de lado.

2. Prepare o vaso que vai receber a muda, jogando cacos de telha para melhor drenagem da água nas regas.

3. Coloque a terra orgânica até metade do vaso. Jogue por cima, areia, para que assim não fique compactada e novamente coloque a terra. Misture levemente esta camada.

4. Coloque o rizoma sobre a terra tendo o cuidado de não enterrá-lo, deixando-o de forma inclinada. Pulverize com a terra orgânica, de modo a cobri-lo levemente.

5. Com as pontas dos dedos, pressione a terra que está em volta da muda (rizoma).

6. Pronto! Você já está com uma nova muda de renda-portuguesa.

Dicas:
* Evite deixar o seu vaso de renda portuguesa em locais onde haja vento; suas folhas ficam “queimadas e amareladas”;
* A renda-portuguesa se adapta perfeitamente em banheiros por causa do vapor do chuveiro;
* Mantenha o seu vaso sempre úmido, mas não se esqueça de não deixar água parada no pratinho, a dengue continua rondando a família brasileira!
* Para que o vaso fique sempre bonito, retire manualmente os ramos secos e fique de olho em tatuzinhos e lesmas, retirando-os também manualmente.

buque-de-rosas

cartamo

As sementes apresentam elevada quantidade de óleos utilizados tanto para consumo humano, como para uso industrial. O óleo de cártamo possui altos teores de ácidos linoléico e oléico

Em algumas regiões esta planta é conhecida como açafroa, açafrão-bastardo, açafrão-dos-pobres ou sultana. Trata-se do cártamo (Carthamus tinctorius), pertencente à Família das Compostas, a mesma do girassol e da margarida. A palavra “carthamus” vem do árabe “kurthum” que, por sua vez, vem do hebraico “kartami” que significa “tingir”. Isso nos dá uma boa indicação da antiga utilidade da planta.

Em termos de fornecimento de material para tingimento, o cártamo era tão importante quanto o índigo e só foi substituído lentamente com a descoberta e aplicação dos corantes químicos. Os povos antigos extraíam de suas flores uma espécie de extrato vermelho e amarelo – ambos eram usados para tingir tecidos e também como corantes para uso culinário.
Já os nomes populares açafrão-bastardo e açafrão-dos-pobres têm origem menos nobre: é que suas flores já foram muito usadas como açafrão falsificado.

Como as flores produzem dois pigmentos – um amarelo e outro vermelho – sua aplicação como corante sempre foi muito bem explorada. O pigmento vermelho, por exemplo, misturado com um talco bem fino, era usado como rouge para embelezar a face das mulheres.
Das flores é que são as extraídas as substâncias usadas em tinturaria – especialmente a cartamina – que até hoje é utilizada em pinturas. Já as sementes são muito ricas no famoso óleo de cártamo.
As sementes apresentam elevada quantidade de óleos (35 a 40%) utilizados tanto para consumo humano, como para uso industrial.

O óleo de cártamo possui altos teores de ácidos linoléico (70%) e oléico (20%).
O óleo extraído das sementes do cártamo é ainda usado popularmente para dar alívio a paciente portadores de uma inflamação crônica do intestino conhecida como “doença de Crohn”.
Além das flores e das sementes, as folhas também eram usadas na medicina popular e sua infusão indicada como sudorífera e antitérmica.
Há registros de seu cultivo na Ásia, antes da Era Cristã. Atualmente, o cultivo do cártamo é mais difundido na China, Egito, Estados Unidos, Índia e no México.
A planta é anual e pode medir 1 metro de altura, possui caule ereto e ramificado, folhas serrilhadas e espinhosas. Já os capítulos florais são volumosos, isolados, de coloração amarelo-alaranjada, que surgem de numerosas brácteas. O sistema radicular é bastante desenvolvido e de característica pivotante.

Útil e medicinal
O cártamo é uma planta rústica e resistente à seca, às altas temperaturas e aos ventos fortes. Sua capacidade de adaptação a diferentes condições de solo e clima também merece destaque. Multiplica-se a partir de sementes e seu cultivo em larga escala é feito em sulcos, no espaçamento de 70 a 90cm. O cultivo do cártamo tem se destacado atualmente não apenas com a finalidade de produção de óleo para consumo humano, mas também como alternativa para a indústria (especialmente na fabricação de tintas, esmaltes e sabões) e na produção de biodiesel.

Recentemente, o óleo de cártamo ganhou ainda mais destaque, desta vez contribuindo também para estética humana, além da saúde. Cápsulas à base de óleo de cártamo, estão sendo estudadas por suas propriedades na redução do apetite, queima gordura, enrijecimento dos músculos e ainda no combate ao mau colesterol
O óleo, segundo os estudos, ajuda o organismo a queimar a gordura acumulada, além de liberar uma substância que ajuda a reduzir o apetite, enviando ao cérebro comandos de saciedade. Além disso, o óleo de cártamo teria a capacidade de auxiliar na definição da musculatura.

O grande trunfo da planta neste aspecto é que suas sementes são ricas em ácidos oléico e linoléico. O ácido oléico é um ácido graxo que recebe o nome de ômega 9 e é encontrado em boas quantidades no azeite de oliva. . Seu consumo traz grandes benefícios para a saúde, pois ele ajuda a equilibrar os níveis de colesterol e desempenha um papel importante ao regular os processos metabólicos do organismo. Estudo realizado na Universidade da Califórnia (EUA) comprovou que o ácido oléico estimula a produção do lipídio oleiletanolamida, substância que reduz o apetite, aumenta a perda de peso e diminui a produção de LDL, o chamado “mau colesterol”.

Já seu companheiro, o ácido linoléico é o chamado ômega 6, também utilizado como auxiliar na queima de gordura e tonificação dos músculos. O ácido linoléico é encontrado naturalmente nas carnes vermelhas, nos laticínios e em óleos como o do cártamo.
As cápsulas à base de óleo de cártamo, ricas em ácido linoléico são indicadas para quem vive em “guerra” com a balança ou busca uma opção para tonificar a musculatura. Ao inibir o aumento do tecido adiposo, o óleo de cártamo faz com que o organismo acumule menos gordura e, consequentemente obriga o corpo a queimar suas reservas.
Mas nem tudo é milagre! O uso do óleo de cártamo, segundo os estudos, pode mesmo ajudar na aceleração do emagrecimento e na tonificação muscular, desde que – é claro – seja acompanhado de uma dieta equilibrada e da prática de exercícios físicos.
E antes de encerrar, uma curiosidade: na Índia, onde é conhecido como “kusumba”, o cártamo é muito usado na medicina popular: de suas flores secas é preparado um chá para tratar a icterícia; além disso, o óleo de gergelim aquecido com pedaços da planta é usado para tratar dores reumáticas e artrite.

florzinha

Zamioculcas

Zamioculcas

Se a natureza não fosse tão generosa, o que seria de um “amante das plantas” que mora num apartamento sem sacada, onde não pega nem um pingo de sol direto dentro da sala? Mas, como dizia minha avó: “prá todo mal, a natureza tem um remédio!”. Para o caso da falta de sol, a solução pode ser uma planta exótica de nome bem estranho: a Zamioculcas (Zamioculcas zamiifolia).

A Zamioculcas é originária da Tanzânia, na África. Planta da família da Aráceas, ela se adapta bem a ambientes internos, pois não necessita de muita luz, nem de locais abertos.

Ou seja, é a solução perfeita para aquele cantinho da sala que consideramos “condenado” a passar sem o verde e a alegria das plantas. Sucesso na Europa, esta planta além de não exigir muita luminosidade, é bem resistente, durável e pouco exigente com relação às regas também.

O crescimento da Zamioculcas é um tanto lento. Ela leva cerca de uns dois anos para atingir 1 metro, sua altura máxima média. Porém, o visual compensa a demora. Não são as flores que chamam a atenção na planta, mas sim suas folhas verdes e brilhantes, que nascem bem claras e vão escurecendo com o tempo.

O contraste produzido pelas folhas em tons diferentes torna a planta muito interessante. A inflorescência da planta, embora não seja considerada de grande valor ornamental, contribui para o visual exótico (veja a foto ao lado).

Vale lembrar, no entanto, que mesmo sendo bem resistente e pouco exigente, a Zamioculcas necessita de alguns cuidados básicos e simples para se manter bonita e sadia:

Local: A Zamioculcas deve ser cultivada em ambientes internos, em temperaturas nunca abaixo de 18 graus. A temperatura ideal situa-se acima de 25 graus.

Regas: Não necessita de regas freqüentes. Cultivada num vaso compatível com o seu porte, pode ser irrigada duas vezes por semana.

Solo ideal: Deve apresentar boa drenagem. A mistura de solo indicada pode conter 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal adubada e 1 parte de areia.

Luminosidade: Não exige muita luminosidade e não deve receber luz solar direta.

Adubação: A Zamioculcas não é muito exigente quanto à adubação. Para garantir folhas bonitas e sadias, recomenda-se aplicar fertilizante NPK 10-10-10, seguindo as orientações do fabricante.

Podas: Por se tratar de uma planta de crescimento lento, não exige podas. Periodicamente, deve-se retirar folhas murchas ou secas, para manter a harmonia do visual.

Cuidados especiais: A Zamioculcas não exige muitos tratos, mas ao notar que a planta começa a se apresentar deformada no vaso, recomenda-se replantá-la em um vaso maior, para comportar seu desenvolvimento.

Propagação: Por sementes ou estaquia de galho

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