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bokashi 8

O surgimento de bolor indica ação correta dos fungos do bokashi, responsáveis pelo fornecimento de fósforo e nitrogênio às plantas

Disseminado entre produtores e colecionadores de plantas como um produto milagroso, o bokashi vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. “O nome em japonês significa farelos fermentados, indicando a composição do famoso adubo”.
Trata-se de um composto orgânico feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz, trigo e soja, fermentados por microorganismos benéficos que fornecem diversos tipos de micro e macronutrientes à planta. A partir dessa composição básica, cada produtor pode acrescentar diversos ingredientes, a fim de encontrar o produto ideal para cada tipo de cultura. Há bokashi para orquídea, bonsai, bromélia, hortaliças e plantas ornamentais, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.

Foram feita experiências com diferentes misturas a 12 anos e há dois processos diferentes de fabricação. No método aeróbio, os farelos misturados passam pelo processo de fermentação ao ar livre. Nesse caso, além da produção de mau cheiro, a dispersão de nitrogênio é muito grande. Ele defende o uso do processo anaeróbio, no qual a mistura fica acondicionada em sacos plásticos resistentes que retêm o nitrogênio.

Além de funcionar como adubo, o produto também tem ação fungicida. Os microorganismos benéficos incorporados impedem a proliferação dos fungos que causam doenças nas plantas. Outra grande vantagem é o baixo custo do bokashi em relação aos produtos químicos à base de nitrato, os famosos NPK. 1.000 litros do bokashi custam por volta de R$ 130,00.

Composição do bokashi tradicional
50% de farelo de arroz
20% de farelo de soja
15% de casca de arroz carbonizada
10% de farelo de trigo
Para cada tonelada do produto deve-se adicionar:
1,5 l de água
1,5 kg de açúcar cristal ou mascavo
1,5 l de microorganismos favoráveis (EM)
10 g de sulfato de potássio diluído em água

Como fazer – Apesar de parecer simples, a produção do bokashi é lenta e cheia de detalhes. Primeiramente, devem-se misturar os farelos de arroz, trigo e soja com a casca de arroz carbonizada, até que fiquem bem homogêneos. O carvão é muito importante para o controle da acidez, Em seguida, adiciona-se a água, com pH 5,5. Não é recomendável o  uso de água de torneira, mas, caso essa seja a única opção, aconselha-se que permaneça em um recipiente até o cloro evaporar. Em seguida, acrescentam-se os temperos: açúcar cristal ou mascavo, sulfato de potássio e o EM (microorganismos eficazes) diluído em água. Para finalizar, coloca-se uma pequena quantidade de lactobacilos. O composto é misturado e, antes de embalar, é preciso conferir sua consistência, que não pode ser muito pastosa. O ponto ideal é quando conseguimos modelá-la com as mãos sem que libere água.

Aliado ao baixo custo do produto, a dificuldade do processo faz com que as pessoas prefiram comprar o produto industrializado, vendido em casas de artigos para jardinagem, orquidários e lojas de produtos naturais.

O acondicionamento é um passo muito importante. É recomendável o uso de sacos resistentes , como os de ração para animais, que não podem ter furos. Após ensacar a mistura, aperte bem a embalagem para retirar o máximo possível de ar e deixar o produto bem compactado.
Feche a boca do saco com fita adesiva, vedando, também, os possíveis furos. A partir da embalagem, mantenha o produto fechado por vinte dias em local seco e longe de animais. Por ser fonte protéica, cães, gatos e outros bichos podem ingerir a mistura.
Quando for abrir o saco, certifique-se de que ele libera um leve odor de álcool, sinal que a fermentação teve êxito, e de que contenha bolor por cima, indicando ação correta dos fungos. São eles que vão liberar o fósforo e nitrogênio para as plantas. Ao aplicar nos vasos, verifique se o mesmo bolor é formado.

Como usar? O bokashi é um adubo de liberação lenta, que deve ser aplicado a cada quatro ou cinco meses.Durante esse período, o produto libera o nutrientes aos poucos. Um cuidado importante na manutenção é evitar o uso de fungicidas bactericidas. O segredo da composição é a presença do microorganismos. Ao aplicar produtos de combate, eles serão dizimados e o adubo perde seu efeito.

No momento de aplicar, não exagere na dose. Meia colher de sopa, colocada na borda do vaso, longe da planta, é mais do que suficiente para o bom desenvolvimento. Usar quantidade maior do que a indicada pode deixar as folhas amarelas e, em casos mais graves, culminar na perda do exemplar. Não se deve usar o produto no período de floração.
A única desvantagem do bokashi é o eventual aparecimento de lesmas. Fique atento aos sintomas, como brotos e folhas comidas.

Microorganismos eficazes – EM é a sigla para microorganismos eficazes. A emulsão produzida pelos adeptos da Igreja Messiânica, reúne 116 tipos de microorganismos benéficos que ajudam no desenvolvimento saudável das plantas.

Pode ser encontrada na fundação Mokjti Okada. Contato: fmo@fmo.org.br ou (11) 5087 5009.

Primavera

jardineiro

Para você ter um jardim bem formado, logo no início da primavera, deve começar agora a fazer novas mudas de roseiras, plantar bulbos, plantas perenes e fazer as sementeiras das plantas anuais que vão florescer com a chegada da primavera.

Lembre-se que de junho a setembro é a época ideal para se plantar qualquer espécie de planta. A primeira coisa que você deve fazer é preparar logo a terra do jardim e a que vai ser usada em vasos e sementeiras.

Terminadas as florações de certas espécies que tem um ciclo biológico de pouca duração, geralmente as floríferas, devemos substituí-las por outras de sua época.
Ex. Amor-perfeito no inverno, tagetes na primavera.

Desta maneira será possível às novas plantas ocuparem o espaço de tempo reservado à sua permanência no jardim, sempre exibindo um crescimento vigoroso e sadio, produzindo muita beleza através de floração prolongada e abundante.

Ou seja, pouco adianta substituir as mudas de uma determinada espécie no canteiro por outras de espécie cujo ciclo vital esteja pela metade.

Isso ocorre com muita freqüência, pois as pessoas procuram trazer para o jardim, plantas cuja floração estejam em sua plena forma, para usufruírem um visual de beleza máxima imediata, e acabam esquecendo que quando uma planta atinge sua plenitude floral é inevitável sua futura decadência em médio prazo. Então é melhor adquirir mudas de flores que ainda estejam em botões.

Preparo do canteiro: Quando se faz o arrancamento das mudas de um canteiro, é preciso primeiro prepará-lo adequadamente antes de fazer o plantio das novas mudas:

1- Retirada de todas as mudas com as suas raízes.

2- Revolvimento a uma profundidade de 15 a 30 cm, quebrando os torrões e afofando o solo.

3- Acrescentar matéria orgânica e adubo mineral para o plantio, revolvendo o solo novamente para que os ingredientes se misturem e, proceder ao nivelamento.

4- Plantio das novas mudas conforme espaçamento adequado às espécies.

5- Usar uma cobertura para proteger o canteiro. Ex. casca de árvore; cavaco de madeira.

6- Regar bem.

Adubação: Para alimentar suas plantas use um adubo líquido contendo nitrogênio, fósforo e potássio. O nitrogênio estimula o crescimento da folhagem e o colorido das folhas. O fósforo ajuda na formação de flores, frutos, sementes e raízes. O potássio torna a planta, resistente às doenças e fortalece o crescimento. No entanto, se a planta estiver doente ou for recém-plantada, não a adube. Durante a primavera e o verão alimente melhor a sua planta aplicando o adubo a cada 15 dias. Hoje já temos adubos específicos para plantas floríferas com macro e micro nutrientes. Obedeça rigorosamente as instruções do fabricante.

Estas plantas estão em plena floração durante a Primavera:

• Agapanto (Agapanthus africanus)
• Alpínia (Alpinia purpurata)
• Boca-de-leão (Antirrhinum majus)
• Calceolária ou sapatinho-de-vênus (Calceolariaherbeohybrida)
• Dama-da-noite (Cestrum nocturnum)
• Cravina (Dianthus chinensis)
• Centáurea ou escovinha (Centaurea cyanus)
• Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae)
• Clívia (Clivia miniata)
• Estefânia (Cobaea scandens)
• Orquídea Dendróbio (Dendrobium densiflorum)
• Dedaleira (Digitalis purpurea)
• Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora)
• Frésia (Freesia híbrida)
• Gardênia ou jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides)
• Gérbera ou margarida-do-transval (Gerbera jamesonii)
• Hortênsia (Hydrangea macrophylla)
• Orquídea Laelia (Laelia purpurata)
• Magnólia branca (Magnolia grandiflora)

Vasos-para-Flores-Criativos

A importância dos vasos para a decoração da casa e do jardim é evidente, mas saiba quais os fatores que devem ser levados em consideração na hora da compra.

Eles são bem vindos em qualquer parte da casa: seja na sala, no jardim, perto da piscina ou até mesmo no banheiro. Mas, na hora da escolha, encontrar o vaso certo para transformar aquele canto sem graça em um espaço especial é tarefa na qual deve-se levar em conta alguns fatores importantes.

A primeira pergunta que se deve fazer na hora de comprar um vaso é onde se pretende colocá lo. Se o objetivo é adquirir um para a parte externa da casa, deve se verificar o material utilizado na fabricação do objeto, que deverá ser mais resistente. Alguns materiais voltados para isso são o concreto, resina plástica ou resina de vidro, que oferecem mais resistência contra chuva, vento e outras condições às quais serão expostas em um jardim externo.

Os modelos artesanais em cerâmica também podem ser colocados na parte externa da casa, mas não oferecem tanta resistência aos fatores climáticos. Portanto, se você quer que o seu vaso tenha uma vida longa, é mais aconselhável utilizar estas peças em locais internos.

Outro fator importante é escolher o vaso certo para o que irá se cultivar. Afinal, você não terá uma planta bonita se esta tiver que espremer sua raiz para caber no vaso. Se isto ocorrer, a espécie poderá se desenvolver com alguma deformação. Alguns paisagistas aconselham que o vaso tenha um terço do tamanho da planta, mas a palavra final é sempre do seu bom senso.

Os efeitos decorativos também têm que influenciar na sua decisão. Não pense que para adquirir uma bonita peça é preciso gastar muito dinheiro, pois o mercado de vasos em qualquer lugar do Brasil oferece uma enorme gama de opções com preços, tamanhos e materiais diversos.

Além do mais, usar a criatividade para reutilizar recipientes de plástico, alumínio ou vidro e transformá-los em lindíssimos vasos também pode ser uma boa e ecológica opção: basta ter bom gosto e disponibilidade.

Para alojar e manter as plantas sempre bonitas em vaso dentro de casa é preciso tomar algumas providências básicas, como arrumar um lugar arejado e iluminado, não aglomerar diversas espécies em um mesmo recipiente e manter um vaso com certa distância do outro para não prejudicar a ventilação entre as plantas.

Em caso de flores cultivadas diretamente na água é preciso dar um cuidado especial ao vaso, lavando o todos os dias com água e sabão. Neste caso, prefira os vasos com fundo liso, que são mais fáceis de limpar e não deixam resíduo algum.

Alguns paisagistas aconselham escolher o vaso certo pelo tamanho natural da planta: ele deve ter sempre 1/3 deste tamanho.

Os vasos também são solução para aquelas espécies de plantas ou flores que não propagam de maneira nenhuma na terra local. Para isto a adubação deve ser freqüente; O aconselhável é que se adube a terra pelo menos a cada dois meses, porque o único alimento que a planta possui ao ser cultivada no vaso é a terra. Contando apenas com este fator, muitas vezes não é possível garantir o desenvolvimento da espécie.

Adquira também o hábito de regar suas plantas todos os dias com apenas um pouco de água, isto vai depender do clima, e tome o cuidado para não encharcar o substrato, pois esta atitude poderá comprometer a vida da planta.

Ajude o solo do seu jardim ou horta a ficar mais fértil usando uma técnica chinesa milenar, conhecida como “plantio em terraços”. Ponha em prática este método e colha frutos fortes, saudáveis e maiores que o habitual.

aumente-o-rendimento-da-terra

Você precisa de:
Estacas quantidade necessária;
Corda quantidade necessária;
Pá de bico;
Adubo orgânico quantidade necessária.

Passo:
* Delimite o terreno onde você aplicará a técnica colocando quatro estacas, uma em cada ângulo. Procure formar retângulos de no máximo 1,5 m de largura e que não superem os 5 m de comprimento para facilitar o seu trabalho;
* Estique uma corda entre as estacas;
* Com uma pá de bico lavre toda a superfície delimitada, para deixar o solo fofo;
* Cubra toda a superfície trabalhada com uma camada abundante de adubo orgânico ou húmus. Você pode complementar ainda com material vegetal em decomposição e esterco de cavalo;
* Faça uma valeta do tamanho de uma pá nas laterais mais extensas do retângulo e reserve a terra escavada do lado de fora do cercado;
* Faça uma segunda valeta paralela à primeira e com a terra dela tampe a valeta feita anteriormente. Mas antes distribua adubo orgânico ao longo da primeira valeta, de forma que ele fique coberto pela terra;
* Continue fazendo valetas paralelas e preenchendo o buraco anterior com o conteúdo da valeta seguinte, até completar a superfície. Tampe a última valeta com a terra que você retirou da primeira;
* Após concluir esta etapa não pise mais sobre o terreno trabalhado durante um ano, quando você deverá repetir o procedimento a partir do passo 4;
* Com a segunda camada de adubo incorporada ao solo, o terreno está pronto para receber o cultivo;
* O plantio em terraços é feito como em qualquer terreno, exceto pela distância entre as plantas, que pode ser muito menor. Isto, naturalmente, aumenta a quantidade de plantas por metro quadrado e a produção porque, com o solo fofo, as raízes tendem a se aprofundar, diminuindo o seu diâmetro de expansão e evitando assim a disputa por espaço;
* Outro benefício desta técnica é que a proximidade das plantas fará as folhas cobrirem a superfície do solo mantendo a umidade, o que se traduz em economia de água.

Importante:
- Se quiser preparar vários plantios em terraço, deixe entre eles um espaço de cerca de 45 cm de largura para poder caminhar.
- É muito importante não pisar no terreno para manter o solo fofo e ventilado.