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As ervas daninhas, os insetos nocivos e os animais destruidores reduzem a produção de uma horta e desencorajam o seu horticultor. Uma proteção eficaz das culturas necessita de uma correta compreensão dos diferentes tipos de pragas e de doenças que atacam as culturas, assim como um conhecimento dos diferentes meios e métodos que permitem eliminá-las. Muitas vezes, o problema desaparece se as plantas selecionadas se adaptarem à sua localização e se o solo e a água forem bem geridos.

A doença de uma planta é uma situação anormal causada por microorganismos, geralmente demasiado pequenos para serem visíveis a olho nu e que são chamados bactérias, fungos, vírus e nemátodos, estes últimos são vermes minúsculos que atacam as raízes. Outros prejuízos são também causados por pragas, tais como os insetos, os ácaros e os vermes. Certas doenças das plantas propagam-se facilmente. Por exemplo, a mosca branca transmite o vírus do mosaico, que se propaga das plantas de mandioca doentes para as plantas saudáveis.

Certas plantas parasitas, como a striga ou pequeno feiticeiro e a Orobanca/erva-toira, são consideradas como nocivas porque causam grandes perdas na colheita.

As ervas daninhas
Em muitas hortas, as ervas daninhas representam um grande problema para as plantas alimentares. Estas ervas disputam com as culturas alimentares os elementos nutritivos, a água, os raios solares e o espaço. As culturas invadidas por ervas daninhas crescem mal e por vezes morrem. Quando são muito densas, as ervas daninhas podem abrigar serpentes, ratos ou pragas. O problema ganha ainda mais importância nas hortas onde não há árvores adultas. Se as ervas daninhas não forem bem controladas desde o início, podem necessitar de mão-de-obra que poderia ter sido mais bem utilizada no cultivo de plantas úteis.

A erva representa por vezes também um sério problema pelo fato de poder invadir rapidamente uma horta. Pode, por outro lado, servir igualmente para proteger a horta da erosão do solo e produzir material de proteção com folhagem seca, para produzir composto ou ainda para fornecer colmo para os telhados.

Como lutar contra as ervas daninhas
O melhor meio de lutar contra as ervas daninhas é privá-las de luz solar e de espaço. As três técnicas mencionadas a seguir ensinam o modo de fazê-lo:
- cortar ou enterrar as ervas daninhas com a ajuda de um sacho ou de uma foice antes de as suas flores libertarem as sementes;
- cobrir o solo com 6 cm de folhagem seca (mulch) de proteção (as ervas daninhas cortadas com o sacho ou a foice podem ser utilizadas como material de proteção);
- cultivar plantas rastejantes de crescimento rápido para cobrir o solo (por exemplo, culturas de cobertura como a abóbora, o feijão ou a batata-doce).

Para lutar de forma mais duradoura contra as ervas daninhas, é necessário cultivar plantas que cubram o solo permanentemente. O sistema das culturas em diferentes níveis, no qual plantas de diferentes tamanhos crescem em conjunto, constitui o meio mais eficaz.

Pragas e doenças
Os estragos causados por pragas e doenças são por vezes sazonais, e é durante a estação das chuvas que eles são mais graves. Para saber quando e onde as pragas são susceptíveis de colocar problemas é importante estudar os seus hábitos e o seu ciclo de vida. Um bom horticultor deve ter tanto conhecimentos sobre os inimigos das culturas como sobre as próprias culturas.

Os insetos nocivos. Podemos vê-los muitas vezes sobre as plantas, sobre solo ou mesmo no seu interior. Na maior parte das vezes estragam as plantas ao comerem as folhas, as raízes, os rebentos e os frutos, ou sugando a seiva das folhas, dos caules e dos frutos. Porém, nem todos os insetos são nocivos. As abelhas facilitam a polinização das flores. Outros insetos, predadores, alimentam-se dos insetos nocivos, reduzindo assim o seu número.

Os fungos. Os fungos atacam todas as partes da planta. Os sintomas de uma doença fúngica são o aparecimento de uma espécie de pó na parte superior ou na parte inferior das folhas, manchas nas folhas, nos frutos e nos caules e o definhamento da planta quando as raízes são afetadas. Os fungos podem ser disseminados pela chuva ou o vento, ou podem ser transmitidos pelos utensílios de horticultura das plantas doentes para as plantas saudáveis.

As bactérias e os vírus. Raramente os podemos observar a olho nu. As bactérias e os vírus podem causar o apodrecimento das raízes, deformações e aparecimento de gotas de exsudação nas folhas e nos caules ou ainda uma mudança de cor das folhas e dos caules. Certos sintomas são semelhantes àqueles que são provocados pelos fungos. As bactérias e os vírus propagam-se através da água e do solo, bem como através de material de plantação contaminado. Contrariamente ao apodrecimento causado pelos fungos, o apodrecimento devido às bactérias é geralmente caracterizado por mau cheiro.

Os nemátodes são pragas nocivas provenientes do solo, que atacam as raízes da planta, causando assim um crescimento anormal das raízes e um retardamento do crescimento de toda a planta. As plantas afetadas apresentam geralmente nós e erupções nas raízes.

Como prevenir e fazer a gestão dos problemas de pragas e doenças. As plantas menos resistentes sofrem mais com os ataques dos insetos e doenças do que as plantas saudáveis. Uma boa gestão das culturas, que tenha em conta as questões da água, do solo e das ervas daninhas, permite reduzir os prejuízos causados pelos insetos e pelas doenças. Para impedir o aparecimento de pragas e de doenças nas hortas, ou para eliminá-las, os horticultores devem seguir os conselhos que se seguem.

Escolher as culturas em função da estação do ano e da sua localização. Se uma cultura alimentar tem necessidade de sol e deve ser plantada no princípio da estação seca, o horticultor deverá proceder de modo a que ela seja plantada nessas condições. Uma planta cultivada durante a estação errada ou no lugar inadequado será mais vulnerável.

Selecionar plantas bem adaptadas ao clima da região. As plantas provenientes de outras regiões podem não crescer bem num clima que lhes seja estranho. Por exemplo, a mangueira tem uma boa produção em regiões quentes e de baixa altitude, onde a estação seca coincide com a floração e a frutificação, mas se ela for cultivada numa região que é úmida durante todo o ano, os insetos e as doenças estragarão as suas flores e a colheita de frutos será escassa.

Fazer regularmente a rotação das culturas. É necessário fazer a rotação dos legumes plantando-os a alguns metros da sua localização anterior, e plantar nessa última uma cultura diferente (por exemplo, plantar leguminosas no lugar onde existia anteriormente amaranto). Este método permite evitar que as doenças se desenvolvam no solo.

Retirar as folhas e outras partes doentes da planta. O fato de se reduzir a quantidade de matéria que pode servir de alimento aos insetos e aos germes da doença permite retardar a sua propagação.

Espalhar cinzas. A cinza de lenha espalhada na base das plantas jovens, e do mesmo modo, mas em pouca quantidade, sobre os novos rebentos, afasta os insetos e impede os fungos de se desenvolverem.

Cultivar plantas conhecidas pela sua capacidade de repelir certos insetos. A malagueta, o chá-príncipe, o manjericão ou as maravilhas libertam um odor forte que repele certos insetos.

Utilizar soluções inseticidas de preparação caseira contra pragas. As soluções à base de sementes ou folhas de neem, de tabaco, de malagueta ou de água e sabão repelem os insetos roedores e de sucção.

Existem muitos pesticidas sintéticos que podem ser muito eficazes para lutar contra pragas e doenças. Contudo, o seu uso é pouco aconselhável numa horta africana. Devido ao grande número de plantas cultivadas simultaneamente, os produtos químicos utilizados para lutar contra pragas de uma determinada planta podem facilmente prejudicar uma outra planta. A falta de dinheiro para comprar pesticidas e a falta de conhecimentos ou de experiência na sua utilização – muitos são nocivos para a saúde humana se forem mal aplicados – constituem boas razões para encorajar as boas práticas agrícolas, os métodos naturais de luta e a utilização de pesticidas naturais. Quando se utilizam os pesticidas químicos, é necessário aplicá-los de forma refletida e com extrema prudência.

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