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Victoria-Amazonica

A Vitória-régia, Victoria amazônica, é uma planta aquática típica dos rios da Amazônia. As folhas verde-brilhantes, de formato circular chegam a 2,5 m de diâmetro. Suas folhas são circulares, enormes, podendo alcançar 2,5 m de diâmetro, e flutuantes, com bordos elevados em até 10 cm, que revelam a página inferior espinhenta e avermelhada.

A face inferior apresenta uma rede de grossas nervuras e compartimentos de ar responsáveis pela flutuação da folha. A superfície da folha ainda apresenta uma intrincada rede de canais para o escoamento da água, o que também auxilia na sua capacidade de flutuar, até mesmo sob chuvas fortes.

As flores em formato de rosácea têm – 30 cm de diâmetro, se abrem a noite e tem perfume adocicado. No primeiro dia da floração são brancas e no segundo dia, o da polinização, se tornam róseas.

A superfície fina é um exemplo “natural” de engenharia, e segue os princípios da Constructal Theory, estruturada ou arquitetonicamente projetada como os sistemas naturais, bacias hidrográficas e as árvores. As nervuras salientes na parte inferior da folha são como vigas estruturando a superfície vegetal.

No interior da folha existem células em forma de estrela (esclereide) que ligam a parte inferior à superior e permitem que os tecidos cheios de ar (aerênquima) impeçam que a folha afunde. Funcionam como orifícios em um isopor facilitando a “circulação do ar” por dentro dos tecidos. Apesar de aquática a Victoria amazônica, evita que a água fique acumulada sobre a superfície da folha, por isto possui mais de 11 canais por cm², canais auxiliares no escoamento da água residual da chuva. A folha é também cercada por bordas laterais (de 2 a 12 cm de altura) que impedem o refluxo da água do lago para a folha, e para escoar a água que pode se acumular existem duas fendas laterais e uma espécie de canaleta central.

A planta é armada em todos os pontos menos a superfície superior da folha com espinhos; estes funcionam como proteção da raiz (em formato de bulbos ou batatas fixos no fundo do lago ou rio) e ligados ao pecíolo, que tem o papel de transportar o alimento até a folha. O comprimento varia de três a oito metros, conforme o nível das águas. “O pecíolo é flexível. Ele impede que a folha se separe da raiz durante uma tempestade. É como se dentro dele existisse um elástico”.

Tudo da planta é aproveitado, semente e rizoma são comestíveis, ricos em ferro e amido. E a folha é utilizada por grupos indígenas como laxante, e tem propriedades cicatrizantes. “Os índios a utilizam também para dar brilho e tingir o cabelo”.

Planta exclusivamente aquática, deve ser cultivada sob sol pleno, em lagos ou tanques com mais de 90 cm de profundidade, com água em temperatura de 29 a 32ºC. Não tolera temperaturas abaixo de 15ºC. Não é muito exigente em fertilidade e manutenção, sendo que o replantio anual e adubações leves são suficientes para o seu pleno desenvolvimento. Multiplica-se por sementes e divisão do rizoma. Atualmente há variedades e híbridos com V. cruziana que são um pouco mais adaptados ao frio e de menor porte, para lagos menores.

A vitória-régia é uma planta de cultivo delicado, visto que só vegeta sob o calor equatorial e tropical, não tolerando o frio. Em países de clima frio ela só pode ser cultivada em estufas com água e ambientes aquecidos.

Às vezes,seis, oito folhas que aparecem na superfície se unem em um ponto central, a raiz. Muita gente pensa que a vitória-régia flutua na água, mas isso não é verdade. Trata-se de uma planta enraizada, só a folha flutua. E para se desenvolver bem, ela precisa estar em águas com profundidade média de um metro.

As raízes ficam presas no lodo e dão sustentação ao caule, que se parece com uma bola. Dele saem hastes compridas, chamadas pedúnculos. Cada uma conduz apenas uma folha ou uma flor até a superfície.

Por causa dessa estrutura, a vitória-amazônica só pode viver em águas não muito profundas, de até meio metro, e paradas, sem correnteza. Do contrário, as hastes seriam arrastadas. Por isso é encontrada na região amazônica, onde há vários lagos pouco profundos. Há também outras plantas da mesma família, como os nenúfares, que têm a mesma estrutura embaixo da água. O que os diferencia é a cor da flor e o formato das folhas. O nenúfar geralmente é rosa e a sua folha, menor.

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