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As Bromélias são nativas das Américas, são mais de 3.000 espécies e milhares de híbridos. Só no Brasil, existem mais de 1500 espécies.
Muita gente pensa que as Bromélias são parasitas, mas na natureza elas aparecem como epífitas, ou seja, apoiam-se em outro vegetal para obter mais luz e mais ventilação, terrestres ou rupícolas, espécies que crescem sobre as pedras,  e compõem uma das mais adaptáveis famílias de plantas do mundo, pois apresentam uma impressionante resistência para sobreviver e apresentar infinitas e curiosas variedades de formas e combinações de cores.

Em termos de cultivo, não se pode ditar regras que sirvam para todas as bromélias, visto que as mesmas ocorrem na natureza das mais diversas formas, ou seja, epífitas quando nascem sobre árvores, rupícolas quando ocorrem sobre rochas, terrestres quando nascem diretamente sobre o solo. E mesmo neste último caso, o solo pode ser desde a pobre areia de uma praia até o rico solo composto por grande quantidade de matéria orgânica encontrado no interior de uma floresta. Além disso, uma mesma espécie de bromélia pode ocorrer na natureza em vários sistemas e tipos de hábitat diferentes.

Para se ter sucesso no cultivo, é ideal que se tente conhecer o máximo possível a respeito de cada planta que se queira manter.
Para nossa sorte a maioria das bromélias é bastante resistente e consegue sobreviver durante certo tempo a tratos inadequados, dando-nos tempo de perceber que as coisas não estão indo muito bem e com isso tentar solucionar o problema. Observar freqüente e atentamente nossas plantas, portanto a melhor maneira de percebermos se o tratamento e cuidados que estamos dispensando a elas é adequado ou não.

As bromélias são plantas que possuem as folhas dispostas de maneira a formar no centro da mesma uma cavidade que acumula água e detritos orgânicos. São dotadas de um sistema radicular que lhes possibilita retirar do solo ou substrato onde esteja plantada tudo o que necessita para seu desenvolvimento. Ocorrendo, entretanto, falta de nutrientes nas raízes, estas plantas buscam seu sustento na água acumulada em seu interior.

A maioria das bromélias pode ser plantada em vasos, mas podemos mantê-las sobre troncos ou vasos de fibra de coco.
As bromélias crescem em quase todos os solos, levemente ácidos, bem drenados, não compactados e que propiciem condições de bom desenvolvimento para o sistema radicular. O substrato deve ter partes iguais de areia grossa ou pedriscos, musgo seco (esfagno) ou xaxim e turfa, ou mesmo húmus de minhoca. O importante é que a mistura possibilite uma rápida drenagem.

Para um plantio correto existem algumas regras, são elas:
1. Não enterre demais as bromélias, mantenha a base das folhas acima do solo.
2. Não use um vaso muito grande, pois há perigo de umidade excessiva nas raízes.
3. Não permita que a planta fique “balançando”, fixe-a bem, pois isto poderá danificar o tenro desenvolvimento das novas raízes. Estaqueie a planta se necessário, até que as raízes estejam bem desenvolvidas.
4. Coloque sempre uma boa camada de cacos de telha ou pedriscos no vaso, que deve ser sempre furado nas laterais ou no fundo.

Regue de forma mordera, as bromélias gostam de ter suas raízes molhadas, o mais importante é molhar as folhas e manter sempre o tanque central com água. Quando a temperatura ambiente estiver muito alta, borrife com água as folhas, mas nunca sob luz solar direta e nas horas mais quentes do dia. Plantas de folhas macias apreciam ambiente mais úmido do que plantas de folhas rígidas.
A condição preferida das bromélias é ter bastante claridade, em luz difusa. Em geral, plantas com folhas rígidas, estreitas e espinhentas, tal como folhas de cor cinza-esverdeada, cinza, avermelhada ou prateada, gostam de maior luminosidade durante maior período de tempo, em alguns casos até mesmo sol pleno.

Plantas de folhas macias, de cor verde ou verde-escura, apreciam locais com menor intensidade de luz, mas nunca um local escuro. O intenso e atraente vermelho translúcido encontrado em muitas Neoregelias desaparece quando a planta é transferida para um local de menor luminosidade.
Como sintomas de pouca luminosidade, as plantas apresentam folhas escuras ou pobres em cor, freqüentemente macias, caídas e bem mais longas que o normal (estioladas). Como sintomas de excesso de luz, temos folhas amareladas, com manchas esbranquiçadas, ressecadas e até com verdadeiras queimaduras.

A adubação de uma bromélia é muito criteriosa. Elas são extremamente sensíveis e absorvem os nutrientes com muita facilidade pelas folhas. Use um adubo químico de boa qualidade. Adube semanalmente durante os meses de maior intensidade de luz e calor (de agosto a abril). A relação NPK de 2-1-4 com traços de Magnésio parece ser ideal. O Boro (Bo) deve ser evitado por causar queimaduras nas pontas das folhas, o que também ocorre no caso do excesso de Fósforo (P). Cuidado com o Cobre (Cu) que, mesmo em muitas pequenas quantidades, mata a planta. A quantidade de adubo foliar recomendada é de 0,5 g/litro de água usada em aspersão, de qualquer forma nunca supere 2 g/litro.
Sendo plantas tipicamente tropicais, a maioria das bromélias aprecia temperaturas elevadas e bons índices de umidade associados a local muito ventilado.

Apesar de muito resistentes, elas são suscetíveis a pragas, fungos e doenças como todas as plantas, porém são muito sensíveis a fungicidas e inseticidas, pois absorvem esses produtos facilmente com seu metabolismo. Para combater cochonilhas e pulgões, utilize uma solução de fumo diluída em água. Retire as pragas com uma escova de dente. Para combater os fungos, utilize uma esponja macia e úmida, com sabão de coco dissolvido em água. Nunca utilize fungicidas à base de Cobre, como a calda bordalesa – lembre-se que o Cobre mata as bromélias. As bromélias são, com freqüência, atacadas por lesmas e lagartas. Tente eliminá-las manualmente.

A principal causa do ataque de pragas é o desequilíbrio ecológico. Convém lembrar, ainda, que as bromélias são plantas extremamente sensíveis ao ar enfumaçado ou poluído, pois absorvem elementos nocivos, depositados na água do cálice.
A floração da bromélia acontece somente uma vez durante seu tempo de vida. Após a floração, a planta geralmente desenvolve uma brotação lateral que substituirá a planta que irá morrer. As bromélias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades – de meses a dezenas de anos, dependendo da espécie e condições do ambiente, respeitando sempre uma determinada época do ano.

Muitas vezes, uma planta não floresce em razão da falta de luminosidade ou outro fator ambiental como, por exemplo, a temperatura. Por outro lado, uma brusca mudança do ambiente pode provocar a floração numa planta adulta. A planta sente-se ameaçada e o instinto de preservação da espécie desencadeia a floração com a finalidade de gerar sementes e brotos laterais: tudo isso para assegurar a sua preservação.

Dependendo da espécie, algumas plantas apresentam inflorescência extremamente exuberante, podendo ser de longa duração. Outras duram meses, como Aechmea fasciata e a Guzmania denise, algumas são breves, duram dias, como muitas das Billbergias.

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OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.



One Response

  1. Este blog é tudo de bom! É lindo e muito bom para quem ama as plantas como eu. Se possível, gostaria de receber informações sobre cultivo de plantas em pedaços de troncos de árvore.

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