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Coelogyne-stricta

A orquídea não é parasita. Este é o primeiro ensinamento dos orquidófilos. Procuram desmistificar esta imagem explicando o seu desenvolvimento. Na verdade, a orquídea é capaz de produzir o alimento de que necessita.

Através da fotossíntese, transforma o gás carbônico em hidrato de carbono e oxigênio, coma intervenção do calor, da luz e da clorofila. Alimenta-se ainda pelas raízes, absorvendo água e sais minerais. Armazena detritos vegetais, poeiras transportadas pelo vento, insetos mortos e, quando estes estão em decomposição retira deles os minerais necessários.

É impossível estabelecer uma regra única e uniforme para a cultura de todas as orquídeas. Nascem em qualquer canto, qualquer altitude, qualquer temperatura. Podem ser encontradas em florestas, vales, montanhas, serrados, pântanos, rochas e nos campos incultos.

O que se segue é uma regra clássica onde a orquídea é dividida em três grupos:
As epífitas vivem sobre as árvores, utilizando-as apenas como suporte. Na verdade estão à procura de luz para a sua nutrição.

As terrestres vivem sobre densas florestas ou nos campos incultos, crescem sobre o solo onde fixam as suas raízes carnudas, alimentando-se de detritos vegetais.
As rupículas nascem nas rochas expostas diretamente ao sol.

Onde cultivar as plantas?
Ripados: em função das condições climáticas de grande parte do território brasileiro a cultura das orquídeas em ripados torna-se a mais adequada. Para o clima brasileiro é o ideal, fácil e barato, resolve quase sempre o local para a cultura.

Estufas: existem plantas que precisam de viver em ambiente mais controlado e portanto preferem a estufa. Dependendo do gênero a ser cultivado, em determinadas áreas de Portugal as estufas passam a ser uma necessidade, sendo equipadas com canalização para o aquecimento a lenha, óleo ou eletricidade.

As vantagens da estufa são: controlo da temperatura, regas luminosidade, temperatura e umidade mais estáveis. Num ripado é impossível o controlo da rega numa temporada de chuvas.

Quanto à luz, já que os vidros são pintados com cal pela parte interna é uniformemente moderada. Contudo, construir uma estufa é um assunto a ser ponderado, já que vários fatores precisam de ser levados em consideração. Para obter o êxito desejado.

Um outro fator importante são as diferenças climáticas de uma região para a outra. Se tivermos uma estufa de determinadas dimensões, construída em duas cidades diferentes, podemos ser obrigados a adaptá-la às condições locais: numa cidade, procurando dar mais luz e aumentar o calor, na outra procurando saturar o ambiente com mais umidade e reduzindo a luminosidade.
- O maior perigo na construção de estufas está em fazê-las demasiado pequenas, isto é, construir pequenos fornos destinados às plantas.
- O excesso de calor desidrata não só as flores, como os próprios pseudobulbos das plantas, que dificilmente voltam à posição original.
- Uma estufa muito quente também pode propiciar o aparecimento de pragas como, por exemplo, o Trips xanthius que se desenvolve rapidamente em ambientes quentes.
- O tamanho ideal deve ser de 15 m. de comprimento por 5 m. de largura. A altura será de 3 m. na cumeeira e 1,80 m nas paredes laterais.
- As bancadas laterais devem ter 90 cm de altura por 1 m de largura.
- É conveniente abrir nas paredes laterais, de 5 em 5 m. um vão de 40 cm por 60 cm, para ventilação.
- Esses vãos devem ficar a 20 cm de altura e podem ter uma armação de madeira onde se prega uma rede. Os vãos têm a função de verdadeiros ventiladores, renovando o ar fresco das estufas.
- No Inverno, quando desce a temperatura, devem fechar-se estes ventiladores com um cartão grosso ou madeira.
- A cobertura tanto pode ser de vidro como de plástico. Em vidro, pode usar-se o de espessura de 2 mm. As chapas podem ser de 60 x 40 cm. É bom não usar vidros grandes, principalmente porque se um se partir há que fazer a substituição, que sai cara.
- Existem duas maneiras de cobrir a estufa com vidro: usando-se uma estrutura de ferro em forma de “T”, onde os vidros são amassados. A outra é usando madeira com ranhuras para encaixe dos vidros, e uma chapa suplementar para apanhar a água que por ventura escape dos vidros.
- Para a cobertura de plástico, o problema é fácil de resolver, não requer madeira especialmente trabalhada, nem estrutura de ferro em forma de “T”, nem massa de gesso. Tem a grande vantagem de não se quebrar, mesmo recebendo uma chuva de granizo. Necessita de ser pintado com cal, como o vidro e o plástico deve ser de preferência de tonalidade clara e não opaca.
- as estufas construídas também ficarão dispostas na direção norte-sul.

Árvore viva: este tipo de cultura, em árvore viva, priva o orquidófilo de ter a planta florida na sua sala de estar, ou mesmo em exposições, mas permite a satisfação de as ver crescer como se estivessem em plena floresta.

Essa é a cultura mais fácil, pois não requer transplantes nem regas, mas apenas desinfecções periódicas.
Quase todas as árvores são adequadas para nelas agregarmos as plantas. No entanto é preferível escolher as que perdem as folhas no Inverno; desta maneira, as orquídeas recebem mais luz nesta estação, justamente quando o sol é brando.

Quando chega o Verão, como sol forte, as árvores estão carregadas de folhas que protegem as plantas das queimaduras.

Instalar uma planta numa árvore viva é simples: basta apenas um arame de cobre, ráfia ou corda para se prender a planta na árvore escolhida.
Nas grandes cidades, este tipo de cultura não é recomendado devido à poluição. Sobre os troncos das árvores, encontra-se sempre uma massa fuliginosa e oleosa que não permite o cultivo de orquídeas.

Frajola

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