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Orquídea Vanda

A orquídea pertence a uma família de plantas subdividida em mais de 1.800 gêneros e cada gênero possui de uma a centenas de espécies. O número total de espécies oscila em torno de 35.000, espalhadas pelos quatro cantos mundo.

O gênero Vanda é considerado um dos cinco mais importantes gêneros comerciais de orquídeas no mundo. Elas são em sua maioria epífitas, isto é, vegetam sobre o tronco das árvores, mas às vezes são litófitas ou terrestres. Seu hábito de crescimento é monopodial, e as características das folhas variam muito de acordo com o habitat, podendo ser largas e achatadas, de forma ovóide, cilíndricas, ou suculentas. Produzem poucas ou muitas flores, achatadas, que surgem de uma inflorescência lateral. As cores das flores podem ser muito diversas, desde amarelo, marrom, vermelho, azul, vinho, rosa com marcações ou pintas.

O labelo apresenta um peculiar dente em sua borda superior. As florações ocorrem mais de uma vez por ano e as flores são muito duráveis. Largamente utilizada em hibridizações, as mais importantes espécies comerciais são a Vanda coerulea, Vanda sanderiana e Vanda dearei, que conferem às suas filhas respectivamente flores azuis, vinho e amarelas.

Como cultivar a Orquídea Vanda
O plantio de uma Vanda é uma etapa muito importante do cultivo da planta, elas adaptam-se em diversos ambientes. Devem ser cultivadas sempre à meia-sombra em substrato próprio para epífitas, como fibra e casa de coco, cascas de árvores, carvão vegetal, entre outros, preferencialmente em orquidários telados ou estufas. Quanto mais fresco e sombreado o local, mais tempo durarão as flores.

Uma Vanda florida pode permanecer até 45 dias com flor. Aprecia a umidade e regas regulares, realizadas sempre que o substrato secar superficialmente. Também podem ser penduradas embaixo de árvores que permitam boa luminosidade, próximo a janelas de apartamentos ou casas e em vários outros ambientes claros. Multiplica-se por divisão da planta, preservando a estrutura completa das mudas, com folhas e raízes.

Orquídeas monopodias (que crescem na vertical), como as Vandas, devem ser plantadas no centro do vaso ou serem colocados em cesto sem nenhum substrato. Nesse caso exigem um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes mas também as folhas com água adubada bem líquida. Por exemplo, se a bula de um adubo líquido recomenda diluir um mililitro desse adubo em um litro de água ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais e borrife cada duas ou três horas, principalmente em dias quentes e secos.

Você pode perder a paciência, mas não a planta. Como exigem alta umidade relativa, pode-se, por exemplo, usar um recipiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar a planta com o vaso sobre as mesmas, de modo que as pedras molhadas pela rega assegurem a umidade necessária.

Como flor, as Vandas podem ser levadas para decorar outros ambientes e até colocadas em vasos fechados enrolando suas raízes, para isso umedeça as raízes anteriormente. Cada vez mais estão sendo usadas em paisagismo, fixadas em árvores ou colocadas próximas ao chão com um suporte tipo tutor. Mas lembre-se, para que sua Vanda floresça novamente ela não poderá permanecer em locais muito sombreados após a queda das flores.

Vanda coerulea
Tipos de Vasos
O vaso para as Vandas serve apenas como um suporte de fixação, algumas delas cultivamos até mesmo sem vaso, as raízes nunca devem ficar enterradas em qualquer que seja o substrato, a não ser plantas muito jovens, que podem ser cultivadas em vasos com brita, musgo, pedaços de madeira, etc.

As Vandas são orquídeas monopodiais (crescem na vertical) e epífitas (entrelaçam suas raízes em outras plantas para sua fixação), desta forma, as raízes aéreas devem ficar soltas. A melhor forma é suspendê-las em cestas plásticas ou de madeira, usando um arame. O material muito utilizado em orquidários são as cestas plásticas devido à menor incidência de fungos, pois secam rapidamente.

Adubando sua Vanda corretamente
As Vandas precisam de muito alimento, pois crescem indefinidamente. Com isso para se manterem fortes, saudáveis e com excelentes e várias floradas anuais, é muito importante fornecer uma boa alimentação a elas.

O ideal seria a utilização do adubo Plant Prod, usado em duas formulações: 20-20-20 ou  15-30-15 (quando sai o pendão floral) na concentração de 1 gr / l (gramas por litro). Além do Nitrogênio, Fósforo e Potássio que são indispensáveis às plantas. Este adubo também dispõe em sua formulação outros micronutrientes.

Quando a planta está emitindo o botão floral deve ser usado o adubo 10-30-20, para auxiliar no crescimento e fortalecimento da haste floral e as flores.
A adubação deve ser feita diluindo-se bem o adubo em água e após regando toda a planta abundantemente.
O adubo deve ser aplicado preferencialmente cedo pela manhã antes do sol bater nas plantas. Mensalmente é indicado usar um complexo vitamínico (Superthrive) que auxilia o bom desenvolvimento da planta.

Vanda. sanderiana
Água: principal elemento no cultivo
As Vandas adoram água, elas devem ser regadas abundantemente e de preferência todos os dias.
A rega ideal é no início da manhã para dar à planta tempo de secar até que os raios solares aumentem de intensidade. Em média, em duas horas estarão secas.
A água da chuva é a melhor a ser usada para qualquer vegetal, inclusive para as Vandas. Em dias com temperatura acima de 35°C, você poderá molhar suas Vandas uma segunda vez no final da tarde.

Em regiões frias, não molhe a planta se a temperatura estiver abaixo de 12°C. Se o frio permanecer por semanas, estabeleça um ritmo de uma rega a cada dois dias sempre pela manhã.
Para molhar suas Vandas, utilize uma mangueira com ponta tipo chuveiro, sem jato forte. Molhe intensamente toda a planta até que as raízes mudem de coloração para um verde mais intenso. Isso significa que a planta absorveu a água.

Ventilação
É muito importante que as Vandas estejam em um ambiente arejado. Essa medida ajuda na saúde das plantas, pois facilita que sequem mais rápido evitando o aparecimento de doenças.
O vento também proporciona às plantas uma limpeza dos possíveis microorganismos nela instalados.
As Vandas se bem fixadas em árvores no jardim, suportam ventos fortes. Para as plantas suspensas, proteja das rajadas de vento. Como dito anteriormente, o vento deve ser evitado em temperaturas mais baixas.

Floração abundante
O principal fator para uma excelente floração das Vandas é a quantidade de luz que ela recebe.
Elas podem florescer até quatro vezes ao ano e a cada florada portar mais flores em suas hastes.
Alguns cuidados neste período podem ser bem interessantes para deixar a sua planta ainda mais bonita. Quando os botões já estiverem definidos, evite borrifá-los com adubo.
Essa regra também vale para as flores, pois o sal do adubo junto com sol e calor podem provocar micro-queimaduras nas pétalas, prejudicando muito a estética da planta.

Temperatura

As Vandas são muito resistentes e vivem muito bem em temperaturas entre 12°C a 40°C, em dias mais quentes, é aconselhável ventilar mais, ou elevar a umidade do ar.
Já foram feitas experiências com Vandas em temperaturas de até 4°C por um período curto de tempo, alguns sintomas apresentados pelas plantas foram a perda dos botões e a parada momentânea de crescimento das raízes. Logo que a temperatura aumenta, a planta volta ao seu crescimento normal. Se o frio for muito intenso durante vários dias seguidos, é necessário protegê-la do vento.
A temperatura muito baixa faz a planta parar de crescer, retomando o seu metabolismo semanas depois.
Vanda-dearei--800
Luminosidade

Este é um fator muito importante para o cultivo de uma Vanda, elas precisam de luz para florescer e crescer com vigor. Uma Vanda que não está florescendo, muito provavelmente está recebendo menos luz do que o necessário.

Essas orquídeas florescem com sombreamentos em uma escala de 70% de sombra a sol pleno. A maioria adapta-se muito bem com telas que deixam passar 40% da luminosidade do sol.

As Vandas englobam inúmeras outras orquídeas, as do gênero Mokara, Renantera, entre outras, podem ser cultivadas diretamente no sol, em jardins, praças ou coberturas. As demais Vandas, quando usadas em paisagismo, podem ficar protegidas pelos galhos de árvores maiores, seja quando penduradas ou fixadas nos troncos dessas árvores, ou também em locais onde a luz solar não incida nos períodos mais quentes do dia.

-Sintomas de baixa luminosidade: folhas com colorido verde muito escuro, ausência ou baixo índice de floração por mais de um ano em Vandas adultas, enfraquecimento da planta com perda de folhas e maior suscetibilidade a doenças.

-Sintomas de excesso de luz: Folhas amareladas ou com queimaduras, perda de folhas e algumas vezes desidratação.

Obs.: Não deixar as Vandas a pleno sol no verão por mais de 30 minutos. Resultado, vai queimar as folhas e aparecer uma mancha oval escura.
Nunca molhar depois de 17:00 hs, elas devem passar a noite secas.

Replantio
Deve ser feito na primavera. Plantas em cachepot não necessitam serem replantadas frequentemente. Coloque a planta com o vaso em uma vasilha com água pra que as raízes aéreas fiquem mais maleáveis e então mude a planta para um vaso maior. Use substrato de granulação grossa. Mantenha em local sombreado, úmido, mas mantenha as raízes secas até que novas raízes cresçam.

Doenças e pragas
Plantas bem cultivadas, isto é, com bom arejamento, boa iluminação, num local de alta umidade relativa e bem alimentadas, dificilmente estão sujeitas a pragas e doenças.

Falta de arejamento e de iluminação podem ocasionar o aparecimento de pulgões e cochonilhas (parece pó branco) que podem ser eliminados por catação manual ou uso de uma escova de dente ou flanela molhada com caldo de fumo, se forem poucas plantas. Ferva 100g de fumo de rolo picado em um litro e meio de água, acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó e borrife as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador do vírus do tabaco.

Planta encharcada pelo excesso de água ou submetida a chuvas prolongadas pode ser atacada por fungos e/ou bactérias, causando manchas nas folhas e/ou apodrecimento de brotos novos.

Vasinho de Flores

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