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Grevilha-anã (Grevillea banksii)
Ao escolher a espécie arbórea para sua calçada, você deve considerar os seguintes aspectos:

1 – Adaptação da espécie local
A espécie deve ser adaptada ao clima local e também ser relativamente rústica para resistir a condições adversas (poluição causada por veículos e indústrias, vento, períodos curtos sem rega, etc.
Espécies nativas da região sempre são preferidas, pois já são adaptadas ao clima. Além disso, devemos valorizar a nossa flora e evitar possíveis problemas trazidos por espécies exóticas, como sua proliferação descontrolada (invasão biológica).

2 – Tamanho
Deve ser compatível com a largura da rua e da calçada e com a localização do ramal subterrâneo de água e esgoto do imóvel do local de plantio. Deve permitir o livre trânsito de pessoas nas calçadas, plantando-se no centro do primeiro metro contado a partir da sarjeta (ver seção Calçadas). Assim, é preciso conhecer as características do tronco (tipo de ramificação e diâmetro aproximado da copa da árvore adulta) para evitar a colocação de uma planta muito grande em local em que há pouco espaço.

Quanto à fiação, as concessionárias de energia elétrica da Cidade de São Paulo têm um prazo estabelecido por lei para enterrar a fiação. Por essa razão, a rede aérea não deve ser óbice ao plantio de árvores, uma vez que, sendo seu tempo de crescimento tipicamente de cinco a dez anos, dependendo da espécie, até que uma nova árvore se desenvolva, a fiação já deverá ter sido ou estar em vias de ser enterrada.

3 – Características Morfológicas
* Raiz:
deve-se preferir árvores com raízes profundas, pois aquelas com raízes superficiais (como flamboyant, falsa seringueira, figueira) devem ser evitadas, já que podem causar o levantamento da calçada;

* Caule: o caule deve ter fuste único para não impedir o trânsito de pedestres nas calçadas. Caules quebradiços, como do guapuruvu, podem provocar danos a telhados e muros, além de oferecer riscos aos pedestres e veículos. Por outro lado, espécies cujo tronco é muito duro, como o pau-ferro, são resistentes ao ataque por cupins, além de, no caso do exemplo, ainda ser muito ornamental. Há também o problema da altura do fuste, que, se muito baixo, prejudica a passagem de pedestres e pode provocar colisões com veículos, ao estacionarem

* Copa: a forma da copa não diz respeito apenas à ornamentação, mas também ao espaço necessário para a árvore e à oferta de sombra. As copas podem ser: arredondadas (ex: quaresmeira e cássias), horizontais (ex: flamboyant-anão), piramidais (ex: sucupira), colunares (ex.: cipreste), pendulares (ex: chorão).

* Folhas: existem espécies de árvores que perdem suas folhas numa determinada época do ano (caducas, ex.: paineira, ipê, tipuana, resedá, plátano) e outras que conservam suas folhas (perenes, ex.: quaresmeira, flamboyant-anão). Árvores caducas com folhas pequenas devem ser evitadas próximas a telhados, pois suas folhas podem entupir calhas, além de bueiros. Há também espécies com folhas ornamentais, coloridas ou variegadas (ex.: eritrina verde-e-amarela).

* Flores: as flores são sempre um dos principais itens na escolha da espécie, por sua cor, tamanho, odor, intensidade da florada. Além do aspecto ornamental, as flores também atraem pássaros e abelhas, que vêm em busca de néctar e pólen. Algumas espécies de árvores mantêm suas flores durante alguns meses (ex.: quaresmeira, manacá-da-serra) ou apenas por algumas semanas (ex.: ipê-amarelo).

* Frutos: o tamanho e o tipo do fruto devem ser considerados. Deve-se evitar o plantio de espécies com frutos grandes e carnosos em vias urbanas, pois sujam calçadas e podem atrair ratos e insetos, que podem atuar como vetores de doenças
(ex: mangueira, abacateiro). Espécies com pequenos frutos são preferíveis (ex: pitangueira, aceroleira, araçá), pois são ornamentais e atraem pássaros.

Uma relação não exaustiva de espécies arbóreas utilizadas em arborização urbana pode ser encontrada na tabela abaixo.

Nome popular Nome científico
Aceroleira Malpighia emarginata
Aldrago Pterocarpus violaceus
Alecrim Senna multijuga
Alecrim-de-
campinas
Holocalix balansae
Araçá Psidium cattleianum
Aroeira-pimenteira Schinus terebenthifolia
Aroeira-salsa Schinus molle
Canafístula Senna multijuga
Canelinha Nectandra megapotamica
Caroba Jacaranda brasiliana
Chuva-de-ouro Cassia ferruginea
Copaíba Copaifera langsdorffii
Dedaleiro Lafoensia pacari
Falsa murta Murraya exótica
Flamboyant anão Caesalpinia pulcherrima
Grevílea anã Grevillea banksii
Hibisco Hibiscus rosa-sinensis
Ipê amarelo-
cascudo
Tabebuia chrysotricha
Ipê-branco Tabebuia roseo-alba
Ipê-roxo Tabebuia avellanedae
Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosaefolia
Magnólia-amarela Michaelia champaca
Manacá-da-serra Tibouchina mutabilis
Manduirana Senna macranthera
Mirindiba-rosa Lafoensia glyptocarpa
Oiti Licania tomentosa
Pata-de-vaca Bauhinia forficata
Pau-brasil Caesalpinia echinata
Pau-de-formiga Triplaris brasiliana
Pau-ferro Caesalpinia ferrea
Pau-viola Cytharexillum myrianthum
Pitangueira Eugenia uniflora
Quaresmeira Tibouchina granulosa
Resedá Lagerstroemia indica
Saponária Sapindus saponaria
Sassafrás Ocotea pretiosa
Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides

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