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Syngonium_podophyllum

A cobertura vegetal mais tradicional para um solo desnudo sempre foi o gramado. Extensos tapetes verdes cobrindo qualquer porção de solo que não seja canteiro ou ao redor das árvores. Quando estas são grandes e com boa sombra, ao redor delas a grama definha e desaparece, não só pela sombra, mas pela competição com as raízes das árvores.

Nos acostumamos ao verde-esmeralda da grama, plantas que são indicadas para campos de futebol e áreas de jogos infantis. O gramado ainda é muito cultivado na maioria dos jardins.
Para quem não tem tempo e não deseja jardineiro nem equipe de manutenção, a tarefa de cortar a grama frequentemente passa a ser um passatempo odiado e o gramado acaba por ser meio abandonado, virando local onde os cachorros brincam, deixam seus “presentes” e a grama começa a ficar queimada, irregular, os inços aparecem e o que era bonito agora mostra a falta de cuidado.

Uma opção para quem ama gramado e não pode passar sem ele é considerar a irrigação controlada para as regas, o que diminui o consumo de água.
A implantação não é barata, mas o custo/benefício poderá compensar a longo prazo.

A opção que muitos fazem é radical, colocando pisos impermeáveis, pedriscos soltos, aumentando a irradiação do calor no verão, podendo elevar significativamente o consumo de ar condicionado no interior da residência.

Nos tempo de projetos sustentáveis, o gramado representa uma grande utilização de mão-de-obra.
Para conservá-lo bonito é necessária muita água para regas, o que irá aumentar a conta no fim do mês.
Principalmente em regiões quentes e com poucas chuvas.

Lugares sem pisoteio, ao redor de árvores e sob pequenos bosques de árvores e arbustos, a cobertura vegetal chamada também de forração pode cumprir bem o papel de cobertura do solo, preservando a umidade bem como a beleza do projeto paisagístico.

Escolhendo as plantas para as forrações
Escolhem-se as plantas para as forrações, conforme a insolação e o tipo de solo do local.

Após seu estabelecimento necessitam muito pouco de cuidados, fertilizantes e manutenção.
São permanentes ajudando na retenção de água das chuvas e de regas. Este fator diminui a percolação das águas levando a camada superficial do solo ou encher as ruas e transbordar bueiros, principalmente em áreas com pisos e asfaltos.
Desde que espalhar-se é uma das características das plantas para forrações, a seleção cuidadosa é a verdadeira chave do sucesso.

As heras (Hedera helix), por exemplo, além de estender-se pelo chão são capazes de subir muros e árvores, enredando todos com seus ramos e folhas triangulares.
Se não é esta a intenção do projeto, evite colocá-las.
Lugares com certo declive costumam ficar esplêndidos com a hera ou então com a vinca-de-flores azuis (vinca major).
Além de economizar água, mão-de-obra e ser paisagisticamente corretas no que diz respeito à sustentabilidade, as coberturas vegetais são excelentes controladoras de inços.

Forrações de sombra
Impedem a germinação de suas sementes, principalmente as de altura média como a onda-do-mar (Tradescantia zebrina) e o singônio (Syngonium), ótimas para forrações de pequenos bosques e ao redor de árvores de muita sombra.

Plantas rasteiras para cobertura de pleno sol
Para cultivo a pleno sol e solos com boa drenagem e também para jardins de cactos e suculentas, recomenda-se também a maringá (Aptenia) de folhas verdes ou variegadas.

Forrações para canteiros
Grandes canteiros sobre gramados, formando notas coloridas com ou sem a adição de arbustos, árvores ou mesmo palmeiras. A trapoeiraba roxa (Tradescantia pallida) tem sido muito usada para canteiros em parques públicos e jardins condominiais pela facilidade de cultivo, não exigindo mão-de-obra de poda e resistindo bem a períodos sem regas. Outra planta interessante é a ajuga (Ajuga reptans) com folhas cor de vinho ou variegadas que pode adicionar maior encanto a acabamento de canteiros ou manchas em locais à meia sombra.

Ao redor de arbustos de cores vivas ou mesmo de folhas diferentes e grandes como as da Strelitzias (Strelitzias reginae) pode-se utilizar plantas somente verdes.
Por exemplo, o dinheirinho-em-penca (Pilea mycrophylla) de crescimento médio e formando moitas arredondadas, que combina muito bem seu tom verde-vivo com o tom acinzentado da outra planta.

Rasteiras substituindo canteiros de flores anuais
As plantas rasteiras também podem substituir com sucesso os canteiros de anuais, bastando escolher plantas que tenham flores, como a falsa-érica (Cuphea gracilis) com várias cores de flores ou a verbena (Verbena hybrida), de pouca altura e com excelente cobertura do solo.

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Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.



One Response

  1. Olá, Sônia!

    Não achei em seu blog posts sobre a episcia (asa-de-barata, planta-tapete). Tenho um brotinho dela em casa e gostaria de saber como cuidar e como fazer sua propagação quando estiver maior.
    Obrigada, abraços!

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