Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




ikebana

De beleza frágil e quase irreal, o ikebana, arte floral japonesa,  possui um simbolismo ligado à tradição e à literatura. Originários do Japão, onde nasceram há quase 13 séculos, os arranjos possuíam uma forte conotação religiosa. O ikebana, dentro do seu simbolismo, dá muita importância ao tempo, o que fica evidenciado na análise de qualquer tipo de arranjo. As regras gerais de sua técnica seguem as estações do ano e o movimento característico do crescimento das flores.

No ikebana, o passado, o presente e o futuro – No ikehana é possível simbolizar o passado usando-se flores desabrochadas, vagens e folhas secas; o presente é representado por flores semi desabrochadas ou perfeitamente desenvolvidas e o futuro, por botões que sugerem crescimento.

As estações do ano são incluídas na mesma técnica. Um arranjo com curvas definidas e fortes indica a primavera; o verão é representado por urn arranjo completo em expansão; para o outono cria-se um arranjo esparso e delgado, enquanto o inverno é simbolizado por uma composição de aspecto dormente e melancólico.

A maior parte dos arranjos consiste na reunião de ramos de árvores, arbustos e pequenas flores silvestres. Isso porque os japoneses encontram mais beleza nas formas em crescimento na natureza do que no formato ou cores.

O que compõe basicamente um ikeban são os três grupos de flores ou ramos, disposto em triângulo. Dessa forma, há um grupo central ereto, um intermediário partindo do centro, e um outro em triângulo invertido, inclinado, que sai do grupo central, mas do lado oposto ao grupo intermediário. Partindo dessa composição básica surgem os diferentes estilos do ikebana.

Os vários estilos – Até o século XV os arranjos eram encontrados nos templos budistas, tinham um aspecto rígido e volumoso e recebiam o nome do “Rikka”, que significa flores eretas. As pontas dos ramos apontavam sempre na direção do céu e indicavam a fé dos adeptos do budismo. Nesse estilo predominava uma paisagem, a forma clássica do ikebana. A partir dai a técnica simplificou-se e todas as pessoas podiam confeccionar seus próprios arranjos em um estilo popular conhecido como “Seiva”.

A composição do arranjo – Para fazer um arranjo é necessário ter à mão o seguinte material: flores, galhos, tesoura, kenzan e um recipiente.

As flores e galhos podem ser campestres ou cultivados. Os galhos são indispensáveis ao ikebana, pois formam a parte principal do arranjo. Para o corte dos galhos, use uma tesoura de jardinagem ou uma especial para ikebana. O kenzan é o elemento básico para os tipos do arranjos feitos em vasos de boca larga, pratos ou tigelas. Trata-se do um objeto do metal em cuja base estão fixados pinos pontiagudos, onde serão fincadas as flores e galhos nas posições desejadas.

Escolha o tipo do vaso que quiser ou improvise um recipiente com um prato fundo, fruteira ou uma cesta. Para o estilo “Nageire”, que dispensa o kenzan, use vasos de gargalo comprido, bambus gigantes cortados no nó, tocos ou cestas fundas.

Depois de cortar as ponta dos ramos e flores, segure as hastes e finque-as verticalmente no kenzan. A inclinação é feita forçando-se o galho na posição desejada.

A montagem do ikebana – Para montar o ikebana deixe as flores e galhos à sua direita. Ponha o vaso na sua frente à uma distância razoável e um pouco abaixo do nivel dos olhos para ter uma boa visão do conjunto. Examine a forma e o tamanho do recipiente que pretende usar.

O ikebana só se caracteriza três linhas fundamentais e as linhas auxiliares, com as seguintes características:

Shin – linha principal e ponto básico de todo arranjo. Escolha o galho mais longo e mais forte. O comprimento deve ter o dobro do diâmetro do vaso mais a medida da sua profundidade.

Soe – linha secundária que corresponde ao segundo galho. Deve ter 3/4 do comprimento total do Shin.

Hikae – linha terciária que deve ter a metade ou 3/4 do comprimento do Soe.

Jushi – linhas auxiliares e elementos secundários do arranjo. Devem ser menores e mais baixos do que as três linhas principais. As Jushi são as flores do arranjo. A quantidade de flores depende de seu bom gosto, mas o numero sempre deve ser suficiente para dar harmonia e equilíbrio ao conjunto. As flores são colocadas em alturas desiguais no espaço triangular do kenzan formado pelas três linhas principais.

28

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.



One Response

  1. Adorei! Excelentes explicações! Onde encontro vasos e kensan, no ceagesp? Gostaria de ver um arranjo passo a passo com fotos em recipientes rasos e altos, é possível???

    MUITO OBRIGADA

    Mari

Comente sobre o post