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A natureza, sábia e poderosa como ela é, usa todos os mecanismos possíveis que possui para preservar suas criaturas. É incrível, mas a maioria de suas criações possui mecanismos e produzem alguns fenômenos para se protegerem de predadores ou até mesmo do meio-ambiente em que vivem.
Por exemplo, a maranta, uma planta brasileira descoberta em 1875 e dedicada ao botânico Bartolomeu Maranta. Esta planta possui um sistema de células que se deslocam no ponto de junção do pecíolo e da folha, para orientar a lâmina foliar de modo a receber o máximo de luz. Assim, durante o dia as folhas da maranta ficam dispostas horizontalmente, ao contrário do período da noite, quando elas se levantam e se fecham.

Outro exemplo, pesquisas foram realizadas por cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão com o feijão-de-lima (Phaseolus lunatus). As pesquisas com suas folhas concluíram que este tipo de feijão, em particular, é capaz de “avisar” seus vizinhos da presença de inimigos. A comunicação se dá por meio da liberação de certas substâncias químicas no ar.
Os pesquisadores fizeram com que uma das folhas fosse atacada por pequenos aracnídeos da espécie Tetranychus urticae. Depois, analisaram as plantas que não foram atacadas e perceberam que nelas cinco genes de defesa haviam sido ativados. Uma planta desse tipo, quando atacada, ativa suas próprias defesas, liberando determinados compostos químicos. Estes são capazes de não só tornar a planta mais difícil de ser digerida pelo atacante – provocando uma espécie de indigestão – como também de atrair os predadores de seu inimigo para um banquete. A grande novidade para estes pesquisadores é que, além de providenciar a defesa da planta atacada, essas substâncias avisam suas colegas de que há inimigos na região. Segundo os pesquisadores, essas plantas quando “devidamente alertadas”, podem preparar suas defesas contra os aracnídeos antecipadamente. Os cientistas destacam a importância do estudo para a criação de novos métodos para proteger as plantas de herbívoros.

A urtiga é outro exemplo de uma planta com um mecanismo de defesa. O nome urtiga vem do latim urere (= arder) e é uma designação genérica de várias plantas que apresentam um mecanismo de ação semelhante. A mais comum delas é a Urtica dioica. Nessas plantas existem diversas substâncias, principalmente a histamina, a acetilcolina e o ácido fórmico que, quando entram em contato com a pele, provocam dilatação dos vasos sangüíneos e uma espécie de inflamação. Por esta razão é dito que a urtiga queima, ou melhor, dá coceiras. As substâncias agressivas ficam armazenadas em minúsculos pêlos que se espalham pelo caule e folhas da planta. A parte inferior do pêlo apresenta incrustações de cálcio, o que lhe dá rigidez, mas a ponta é frágil e se rompe ao mais ligeiro toque.
Um outro mecanismo de defesa ou fenômeno natural é o de mudança de cor, como nas folhas durante o inverno. Pesquisas desenvolvidas na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) propõem uma explicação simples para o fenômeno no qual as folhas das árvores se tornam avermelhadas antes de caírem no outono, e a sua cor é mais viva em alguns anos. A pesquisa revelou que os pigmentos vermelhos chamados antocianinas que se acumulam nas folhas funcionam como uma proteção contra a radiação solar intensa, protegendo o tecido que realiza a fotossíntese.
Durante o outono, as árvores reabsorvem os nutrientes das folhas; para recolher o máximo de nutrientes antes que as folhas caiam, elas precisam da energia gerada na fotossíntese. Contudo, os sistemas que participam da fotossíntese – muito utilizados no verão – também estão sendo decompostos e absorvidos no outono. Além dessa decomposição, a fotossíntese pode ser inibida ainda por uma luminosidade muito intensa. Por isso, logo que a reabsorção de nutrientes se inicia no outono, a concentração das antocianinas aumenta na superfície das folhas. Esses pigmentos absorvem grande parte da luz que chega às folhas. Dessa forma, preserva-se a limitada habilidade das árvores de produzir energia durante o outono. Além da luz abundante, baixas temperaturas e outros fatores de estresse também provocam o acúmulo das antocianinas nas folhas. Esta descoberta ainda confirma as observações de que as cores do outono são mais vivas em dias mais claros e nas folhas situadas na parte mais externa das árvores. Por exemplo, as regiões em que o outono é ensolarado e frio exibem folhas muito mais vermelhas nessa estação.

Outro exemplo típico é o que acontece com as hortênsias, algumas pessoas reclamam que adquirem mudas de hortênsia (Hidrangea macrophilla) de uma determinada cor e, com o passar do tempo elas mudam de cor: de azuis, as flores se tornam cor-de-rosa ou vice-versa.
Na verdade, o índice de acidez e alcalinidade do solo pode realmente alterar a coloração dessas flores. O mistério funciona mais ou menos assim: em solos ácidos, ou seja, com pH abaixo de 6,5, surgem flores azuis; já em solos alcalinos, com pH acima de 7,5, surgem flores rosadas e até brancas.
Podemos alterar o grau de acidez ou alcalinidade do solo, para determinar a cor das hortênsias. Para obter flores azuis, por exemplo, recomenda-se regar o canteiro duas vezes por ano com a seguinte mistura: 20g de sulfato de alumínio (pode ser substituído por pedra ume) diluído em 10 litros de água. Para obter hortênsias cor-de-rosa, primeiro faça uma poda na planta, para ajudar a eliminar parte do alumínio contido nas folhas. Depois, transplante-a para um novo canteiro, já preparado com 300g de calcário dolomítico por m².
Existe também a velha “receita da vovó” para intensificar o tom azul-violeta das hortênsias: colocar de molho em água alguns pedaços de palha de aço usadas e depois aplicar a “água enferrujada” nas regas semanais das hortênsias, alternando com outras regas normais.

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