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As plantas têm uma maneira muito própria de se defender de pragas e de outras plantas. Elas liberam substâncias no solo ou no ar, processo explicado por uma ciência: a Alelopatia.

Esses aleloquímicos existem em todas as partes da planta e são liberados pelas raízes, folhas e caule. Já as substâncias presentes nas espécies aromáticas “voam” para as outras plantas sendo absorvidas rapidamente pela “pele” de suas vizinhas. Em outros casos, podem ser condensadas pelo orvalho e penetram no solo, por onde chegam até as raízes das outras plantas. A principal função de um aleloquímico é defender a planta emissora, mas ele pode cumprir uma função ainda mais nobre.

Plantas que liberam uma alta taxa de aleloquímicos de defesa contra pragas podem ajudar a defender outras plantas no mesmo canteiro, por exemplo.

- A “esperteza” das plantas:
A alelopatia destaca a perfeição da natureza nos mínimos detalhes. O ácido cítrico que existe no sumo de muitas frutas assegura que as sementes não germinem antes da hora, da mesma forma que o tanino de alguns frutos impedem que eles sejam comidos antes do tempo. Além de proteção, a química das plantas pode funcionar como um bioestimulante.
Se você planta cebolas junto a roseiras, os botões de rosa desabrocharão com um perfume mais acentuado.

Como a ciência explica a amizade entre as plantas
A alelopatia é determinada por substâncias produzidas nas células das plantas. Elas são agrupadas da seguinte maneira:

- Ácidos Orgânicos:
O ácido cítrico é um ótimo exemplo. Está presente no sumo de muitas frutas assegurando a vida das sementes por não deixar que elas germinem antes do momento certo e das condições apropriadas.

- Esteróides e Terpenóides:
Os óleos essenciais estão dentro desse grupo. Os eucaliptos em geral elaboram essas substâncias que inibem o crescimento da vegetação vizinha.

- Quinonas:
Algumas árvores, como a nogueira (Juglans nigra), são campeãs na produção dessa substância.
Às quinonas é atribuída a propriedade de resistência a muitas doenças causadas por bactérias e fungos. Assim, uma nogueira plantada no meio de outras plantas pode ser uma ótima guardiã.

- Gases Tóxicos:
São aqueles que, produzidos em certas plantas, inibem o crescimento das raízes de outras. A amônia, poderoso germicida, é um deles. Muitas espécies da família das brássicas (couve, nabo, etc.) produzem esses gases que inibem não só o crescimento de certas plantas ao seu redor como impedem a ação de doenças no solo.

Tenha pelo menos uma delas em seu jardim, sua horta ou no seu orquidário.
Todas as nove plantas indicadas são companheiras, ou seja, quando plantadas, podem repelir insetos e vermes de solo de todo um canteiro, defendendo as plantas vizinhas. São elas:

1) Cravo-de-Defunto (Tagetes patula)
2) Citronela (Cymbopogum nardus)
3) Arruda (Ruta graveolens)
4) Capuchinha (Tropaeolum majus)
5) Alfazema (Lavandula angustifolia)
6) Manjericão (Ocimum gratissimum)
7) Sálvia (Salvia officinalis)
8) Mamona (Ricinus communis)
9) Urtiga (Urtica dioica)

As plantas e seus podere
Através da alelopatia, é possível identificar várias funções da plantas:
- Impedir o crescimento de certas plantas.
- Estimular o crescimento de novas espécies.
- Evitar o ataque de microorganismos indesejáveis.
- Aumentar o vigor vegetativo das espécies vizinhas.
- Conservar as sementes.
- Provocar uma espécie de auto-intoxicação que controla a população daquela mesma planta.
- Ajudar nos processos de nutrição, reprodução e fotossíntese.
- Emitir substâncias repelentes, atraentes ou tóxicas para os insetos.

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