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Azálea (Rhododendron indicum hybrida)

Família: Ericácea
Origem: Ásia. China e Japão
Porte: Atinge até 2 m. de altura
Floração
: inverno e início da primavera
Propagação
: Por estaca e mergulhia.
Luminosidade
: sol pleno/meia Sombra.
Regas
: Regulares, sempre que o solo estiver seco
Solo
: ácido

As Azáleas são originárias da Ásia e reconhecidas facilmente por sua abundante e charmosa floração. A paixão que esta espécie desperta fez com que existam em vários países cultivadores de bonsai especializados unicamente em Azáleas. É comum que se façam o cruzamento de espécies com o objetivo de conseguir uma flor mais perfeita e mais apaixonante.

Ambiente
Durante a época de formação, as azáleas necessitam de meia sombra, principalmente durante as horas mais quentes do dia. As Azáleas precisam apanhar sol de preferência nas primeiras horas da manhã ou últimas horas da tarde. A presença do sol é vital para estimular o aparecimento das flores. Locais muito escuros irão torná-las mais delgadas e diminuirão ou até impedirão a sua floração. As azáleas suportam muito bem o vento, mas devemos tomar o cuidado de regá-las com mais constância quando estas estiverem nesta situação.

Solo
Uma das peculiaridades das Azáleas é ser uma espécie calcífuga. Que significa que a presença do calcário é muito prejudicial à espécie. O solo de plantio deverá ser ácido, rico em matéria orgânica, com boa capacidade de reter água e umidade sem, contudo permanecer encharcado. As azaléias são plantas exigentes em ferro. O solo deve conter uma boa quantidade de matéria orgânica (casca de pinheiro ralada, pó de xaxim, matéria orgânica curtida, palha de arroz calcinada, etc.)

Atenção:
Toda a matéria orgânica deverá ter passado por um período de curtição por no mínimo 180 dias, ou poderão danificar as raízes da árvore bem como a formação de gases tóxicos no solo prejudicará à planta. Depois de curtida toda matéria orgânica deverá ser secada ao sol por alguns dias antes de armazená-la. Uma boa composição do solo para o plantio de nosso bonsai de Azálea é a combinação de: 40% de areia grossa ou pedrisco 3 mm (não calcária) tenho usado cacos de cerâmica 2 e 3 mm ao invés de areia por esse ser neutro + 60% de matéria orgânica. Todos os componentes do solo deverão estar secos e peneirados para a retirada de partículas muito miúdas e do pó antes de ser usado. Não se deverão usar húmos de minhoca por este ser um regulador de solo.
Na maioria das cidades a água que sai da torneira é de origem calcária, o que acaba prejudicando a planta, mas há um pequeno truque que consiste na adição de vinagre ou limão na água em pelo menos uma rega por mês. Assim, asseguramos a manutenção da acidez do nosso solo.

Rega
Nas azáleas a rega assume uma grande importância. Na época da floração o solo deverá ser mantido permanentemente com um alto teor de umidade. Se descuidarmos da rega nesta época, poderemos perder todas as flores.. Fora da floração a coisa muda, as raízes das azáleas são como fios de cabelos e secam rapidamente, e isso é fatal para a planta. Regue com freqüência durante todo o ano, menos durante as geadas e nunca deixe o solo encharcado permanentemente, nada de prato com água debaixo do vaso. É muito importante deixar o solo secar levemente entre as regas, pois a azálea é muito propensa a fungos do colo da raiz. Devemos fazer pulverizações nas folhas e ramos da azálea principalmente nos dia mais quentes e mais secos. As azáleas gostam de umidade no ar. Porém devemos tomar o cuidado de não usarmos águas calcárias tal prática pode ter conseqüências por vezes letais para nossa planta, uma vez que a presença do calcário na água pode originar o entupimento dos estomas e conseqüente asfixia da planta.  Pulverize as folhas com água destilada ou água da chuva. Nunca pulverize as flores para não diminuir sua exuberância e seu período de vida.

Adubação
As azaléias gostam muito de adubos ricos em fósforo, como o NPK 4-12-4 (farinha de ossos).
Dois meses antes da floração deverá ser usado o adubo NPK 4-12-8 que seguirá até inicio da floração.
Não adube durante a floração. Existem adubos de ação lenta e de varias formulações como Osmocote, que poderá ser usado. Uma mistura orgânica que produz resultados excelentes é: Torta de Algodão ou Mamona 50% + Farinha de osso 50% colocada na borda do vaso a cada trinta dias na proporção de uma colher de sopa rasa para vasos com 20 a 22 cm de comprimento (vasos menores ou maiores deverão receber quantidade proporcional ao seu tamanho, coloque a mistura em um potinho perfurado e enterrado no solo para que a mistura não se espalhe e com o tempo torne o substrato do vaso compactado – retire o potinho com a mistura a cada 2 meses). Use duas vezes por ano algum adubo que tenha ferro quelado. Algumas pedrinhas de Laterita misturado ao solo já servirão. Adube com micros nutrientes durante quatro semanas pelo menos uma vez por ano. De preferência a adubos foliares. O uso de enraizadores pode ajudar a fortalecer plantas fracas ou aumentar a floração.

Poda
As podas podem ser divididas em dois períodos distintos: antes e depois da floração
Final da floração: deveremos realizar uma poda de refinamento para estimular o crescimento dos novos brotos e aumentar a próxima floração. É importante fazer uma poda que limpe os ramos muito densos para melhorar a areação e a insolação no interior da árvore. Retire todas as folhas amarelas e flores murchas.

Refinação: Retirar todos os brotos indesejáveis que surgirem nas axilas dos ramos primários e secundários na base do tronco. Todos os pequenos brotos deverão ser podados durante toda a estação de crescimento até o final do verão onde se inicia a formação dos botões florais. As azáleas têm uma impressionante capacidade de regeneração mesmo quando podamos seus galhos mais velhos. A azálea é uma das poucas plantas que tem o crescimento mais vigoroso nos galhos inferiores, os quais devem ser podados com mais severidade do que sua copa a fim de manter a saúde da planta. Não pode excessivamente sua azaléia só para manter a forma. Dê a ela um período de crescimento livre para que ela recupere o vigor.
Caso queira reduzir o tamanho das folhas uma desfolha após a floração dará bons resultados.

Use sempre tesouras de podas bem amoladas para que os cortes sejam limpos. Mantenha sua ferramenta sempre limpa para que não transmita alguma doença através da poda. Não economize quando for comprar suas ferramentas, as melhores são geralmente mais caras.

Transplante
O transplante e a poda radicular deverão ser feito no fim do Inverno/início da Primavera. O composto do solo que devemos utilizar já foi abordado anteriormente. Não se esqueça de por uma tela plástica nos furos do vaso. Se desejar poderá fazer uso de enraízadores para adiantar o processo de estabelecimento da árvore. Comece a adubação cerca de 40 ou 60 dias após o transplante, use metade do adubo que normalmente usaria. Mantenha a planta na sombra até que comecem a aparecer os primeiros brotos após o que vá aumentando aos poucos sua exposição ao sol.

Propagação
A azálea pode ser reproduzida com sucesso em quase todos os métodos de propagação.. Não obstante, o sucesso do método está ligado à época do ano em que é feito. Para um melhor enraizamento deverá ser efetuada na Primavera. Os métodos mais usados são: a estaca; a enxertia; a semente; no Verão, o alporque. Uma estaquia realizada na Primavera apresentará uma grande probabilidade de sucesso e um alporque no verão também será bem sucedido.

Doenças
Ferrugem
- Manchas semelhantes à ferrugem nas folhas acusam a presença de fungos. Controle: Aplique Calda bordalesa.

Galhas – folhas e pétalas atacadas tornam-se espessas e deformadas apresentando, às vezes, manchas esbranquiçadas. As extremidades dos ramos também podem manifestar o problema, tornando-se “esgalhadas”. Controle: Elimine as partes afetadas e utilize um fungicida do tipo Calda Bordalesa.

Oídio – A planta apresenta manchas esbranquiçadas na frente e verso das folhas e até no cálice da flor. Com o tempo, as folhas apresentam coloração cinza escuro e começam a cair prematuramente. Controle: Reduza a quantidade de água nas regas, isole as plantas atacadas ou suspeitas e faça pulverizações com fungicida em casos mais severos.

Seca de ponteiros – Apresenta-se na forma de uma podridão marrom escura, que se inicia na ponta do ramo e se espalha para baixo, atingindo a haste principal. Pode provocar até a morte da planta. Controle: Faça a poda dos ponteiros atacados e proteja o corte com uma pasta à base de oxicloreto de cobre.

Clorose - Toda a folhagem pode tornar-se amarela. Controle: Normalmente, o problema surge por deficiência nutricional. Deve-se observar a adubação correta, verificando se há carência dos nutrientes.

Estilos
As azáleas podem ser cultivadas em todos os estilos.

Dicas
-
Faça uma boa irrigação pelo menos uma hora antes de adubar a sua árvore.
- As azáleas costumam ser cultivadas em vasos um pouco mais fundo que o normal. Os vasos poderão ser vidrados e coloridos ou ter algum tipo de desenhos ou trabalhos de auto-relevos.
- Os galhos das azáleas são quebradiços quando para amolecê-los antes da aramação, é aconselhável não regá-la um dia antes.
- Evite molhar as flores para que não caiam e possam produzir frutos.
- Coloque um pedaço de palha de aço a cada 6 meses na borda do vaso. Ou use pedrinhas de Laterita.
- Caso apareça ferrugem nas folhas, retire as folhas atacadas. Esta ação feita logo no início evita a utilização de fungicidas.
- As azáleas mais usadas para bonsai são as de folhas e flores miúdas.
- As azáleas não crescerão dentro de casa, ela precisa de luz solar plena para que cresça bem. Deixe suas árvores fora de casa até que as flores se abram, aí então podem ser levadas para dentro, mas é preciso que fiquem em um local bem claro, próximo à janela e ainda assim por apenas poucos dias.
- Evite o excesso de água nas regas: o ideal é fornecer água à planta apenas quando o solo apresentar-se quase seco.
- Mantenha um registro de todas as adubações e podas efetuadas com o maior detalhamento possível, análise e repita as ações que deram bons resultados nos anos anteriores.
- Para bonsai, devemos evitar variedades com folhas e flores muito grandes, as quais são mais sensíveis que as variedades com flores simples e pequenas que ficam mais proporcionais. Isso não é uma regra é apenas um conselho.
- Uma elevada umidade do ar é bastante conveniente.
- As variedades de folhas pequenas suportam mais o sol e o calor, porém não suportam ambientes fechados.
- Durante a floração a ausência de raios solares direto vai assegurar a duração por um período mais longo das nossas preciosas flores.
- Não pulverize as flores para que elas durem mais.
- Não coloque sobre o vaso pedras brancas de origem calcárias, pois alcalinizarão o solo podendo matar nosso bonsai.
- Na dúvida, coloque sempre menos adubo no vaso. Uma dose um pouco maior pode ser fatal. Se errar, erre sempre para menos.

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