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helleborus
Solo

O primeiro cuidado de um jardim é com o solo. Afinal é dele que as plantas retiram o alimento. Para ser considerado bom, o solo precisa estar livre de torrões, pedras, entulhos ou raízes mortas e, mais que tudo ser rico em húmus - produto da decomposição natural dos restos vegetais e animais que se acumulam no chão das matas.

É importante também que seja dotado de boa capacidade de drenagem. Em outras palavras, que não empoce água. Vem daí que algumas vezes é necessário melhorar as qualidades físicas e químicas do solo. E isso se faz através da adição de areia de construção, que melhora a textura e conseqüente capacidade de drenagem e da adubação.

Formação do solo
O solo forma-se por intemperismo químico, físico e biológico sobre a rocha-mãe; a decomposição realiza-se através de milhares de anos, reduzindo-a a partículas. A rocha desfeita é transformada ainda mais por microorganismos (bactérias, fungos, etc.).
Qualquer amostra de terra apresenta quatro partes principais - ar, água, matéria orgânica e matéria mineral.

Ar
Fica retido nos poros do solo e sua quantidade varia de acordo com a quantidade de água existente, uma vez que ele ocupa espaços não preenchidos pela água. No solo existe maior quantidade de carbono e menor quantidade de oxigênio, visto que as raízes respiram.

Água
Indispensável ao crescimento vegetal, é retirada pela matéria orgânica e poros do solo; serve como meio de condução dos nutrientes até as raízes, onde são absorvidos. A planta perde água por evaporação direta. É necessário que haja um equilíbrio de água no solo, pois água em excesso causa apodrecimento das raízes, favorece o desenvolvimento de doenças provocadas por fungos e bactérias; já a falta de água retarda o crescimento da planta e faz com que as suas pontas e folhas fiquem murchas e escurecidas.

Como irrigar
Os horários mais indicados são as primeiras horas da manhã ou o final da tarde, evitando os períodos de sol forte. Use água na temperatura ambiente, para impedir choques térmicos. Prefira esguichos de bico fino, que espalhem bem as gotas de agia, ou aspersores, que facilitam o trabalho e realizam uma irrigação uniforme.

Matéria orgânica
Trata-se de resíduos animais e vegetais em processo de decomposição por microorganismos do solo. Possui função importante no desenvolvimento dos vegetais, tornando o solo mais solto e facilitando o enraizamento, fornecendo-lhes nutrientes, aumentando a umidade disponível, pela maior retenção de água e fornecendo energia para as atividades dos microorganismos; desta decomposição resultará o húmus, que é a matéria orgânica decomposta. A porcentagem de matéria orgânica decresce de cima para baixo do perfil do solo.

Matéria mineral
É originária do intemperismo das rochas. Possui tamanho variado, desde fragmentos até partículas de argila.
O solo deve ter um equilíbrio perfeito, permitindo permeabilidade para a passagem de ar e água nas quantidades necessárias para as espécies cultivadas.
A presença de determinados elementos em quantidades mais ou menos acentuadas define a constituição morfológica do solo.
Tais elementos podem ser classificados como  - Grossos (pedra/cascalho),  Finos (areia, argila, limo)

Desse modo a terra constituída por grande quantidade de elementos grossos, desde que não contenha muita argila é dotada de grande permeabilidade. Já as terras com predominância de elementos finos não contendo uma quantidade de argila menos do que a de húmus caracteriza-se por pouco permeável. Em terras com pouca permeabilidade é necessário se construir drenos com a finalidade de escoar a água em excesso com certa facilidade.

Fertilidade do solo
A fertilidade do solo é um assunto bastante complexo, pois depende da natureza física e composição química.
Constituintes físicos - consideramos para facilidade de estudo apenas a areia, argila e húmus. A areia e a argila são constituintes minerais, o húmus é a matéria orgânica decomposta.

Quase sempre o solo é o resultado da mistura desses três elementos constituintes em proporções variáveis, assim temos
1. Solos argilosos – são aqueles que têm mais de 30% de argila. Suas partículas são pequenas, com grande adsorção (força que segura os elementos minerais em torno da partícula do solo). São duros, difíceis de serem trabalhados e racham à superfície quando secos. Quimicamente são mais ricos que os solos arenosos, sendo pouco permeáveis. Na prática seria aquele que, ao apertarmos, forma um aglomerado.

2. Solos arenosos – São aqueles que têm menos de 20% de argila, suas partículas são maiores que as dos solos argilosos, há maior espaço entre as partículas e a água percorre facilmente lavando os elementos químicos. Leves, fáceis de trabalhar, pouco resistentes à erosão, quimicamente pobres, melhorando com a adição de argila e matéria orgânica.
3. Húmus – é a matéria orgânica decomposta. O húmus agrega o solo, diminui a permeabilidade, segurando os elementos minerais, tornando-os disponíveis às raízes. Ele transforma os solos arenosos em solos mais pesados e os argilosos em solos mais leves. Torna o solo mais fofo e arejado.

Propriedades do húmus
• Armazena nutrientes do solo, liberando-os gradativamente.
• Melhora as propriedades físicas do solo, resultando em maior capacidade de armazenamento de água, menor erosão, condições mais favoráveis para a germinação, mantém maior quantidade de organismos no solo, pois é fonte de energia para bactérias, fungos, minhocas, etc., melhorando também a aeração.

Composição ideal de um solo
Seria uma mistura de solo argiloso, arenoso e húmus, com a seguinte composição química:
Carbono (C), Oxigênio (O), Hidrogênio (H), que são os principais elementos retirados pelas plantas do ar e da água.

Do solo é extraído o Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K) Enxofre (S), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) em grandes quantidades. São chamados, portanto de macronutrientes.
O Boro (Bo), Ferro (Fé), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Cobre (Cu), Molibdênio (Mo), Cloro (Cl), Alumínio (Al), são retirados em menor quantidade, portanto chamados de micronutrientes.
Tanto uns como os outros são elementos essenciais, presentes em todos os solos, mas em quantidades variáveis.
Os principais elementos aproveitados pelas plantas são Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), que devem estar presentes no solo em quantidades equilibradas.

Como adubar
Adubar é essencial, mas com cuidado. Os excessos principalmente de adubos químicos, prejudicam as plantas causando desequilíbrios e reações nocivas.
Por isso atente para as instruções relativas a quantidade que vêm nas embalagens.

Elabore um cronograma de adubação, combinando a aplicação de diferentes adubos orgânicos e minerais, pois eles se completam. Adubo orgânico à base de torta de mamona ou farinha de ossos pode ser usado a cada três meses, esterco a cada 40 dias e adubo químico a cada 6 meses. Programe a primeira aplicação para quando as plantas estiverem iniciando uma nova fase de crescimento, após a dormência do inverno. Repita a adubação a cada novo ciclo das plantas, a cada florada ou quando trocas das espécies.

Espalhe o adubo ou corretivo de solo uniformemente sobre o solo, misturando-os em uma camada de aproximadamente 20 cm. O local ideal para a distribuição do adubo é ao longo de uma linha imaginária que corresponda à projeção da copa da planta sobre o solo (é onde a planta vai buscar os nutrientes de que precisa). Os adubos químicos devem ficar longe das raízes e do tronco principal das plantas, também evite o contato de fertilizantes e a folhagem das plantas, pois eles poderão queimá-las. Após adubação efetue uma rega generosa.

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