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Olaia
Os arbustos desempenham um papel essencial no processo de transformação de um jardim. Constituem, em conjunto com as árvores, a estrutura permanente à volta da qual se localizam e misturam as outras plantas. Num jardim sem arbustos nem trepadeiras, nota-se a falta de ênfase e variação de altura, bem como da unidade que pode ser criada pelos seus ramos interligados.

No Inverno, quando muitas das plantas anuais morrem, o jardim pode ficar desprovido de relevo e vida. No entanto, graças às suas folhas, flores, frutos e caules, os arbustos podem colori-lo ao longo de todo o ano. Além disso, têm a utilidade conservar a privacidade do jardim. Ao contrário das plantas anuais, arbustos desenvolvem ramos lenhosos e robustos, que se mantêm longo de todo o ano. A diferença entre um arbusto e uma árvore não limita a um mero problema de altura, mas sim de «condução »ou aspecto: um arbusto possui diversos ramos desde o nível do solo,ao passo que uma árvore apresenta um tronco único lenhoso que se ramifica a uma
certa distância do solo.

A Olaia (árvore nativa do sul da Europa e sudoeste asiático, comum na Península Ibérica, sul de França, Itália, Grécia e Ásia Menor), por exemplo, pode ser um arbusto se for deixada com vários ramos desde solo ou uma árvore se for conduzida desde o início, no viveiro, modo a possuir apenas um tronco. Muitas plantas trepadeiras são também arbustos pelo fato de formarem ramos lenhosos permanentes. São de um valor inestimável para criar uma ligação visual entre uma casa e o seu jardim, formando um todo.

Como os arbustos vivem durante muito tempo, devem ser cuidadosamente escolhidos antes de se lhes dar um lugar no jardim.O primeiro ponto ter em conta é se se pretende que sejam de folha persistente ou caduca.Os arbustos de folha persistente não deixam cair as folhas no Outono e
apresentam-se sempre revestidos de folhagem.

Em contrapartida, os de folha caduca perdem as folhas no Outono, ficam despidos, entrando em período de dormência no Inverno, e rebrotam de novo na Primavera seguinte. Muitas vezes compensam a sua singeleza de Inverno com uma profusão de flores mais espetacular do que a produzida pelos de folha persistente. Os arbustos plantados muito perto uns dos outros devem ser podados todos os anos, ficando assim com uma forma semelhante e anônima.

Os arbustos aos quais se permite que cresçam naturalmente adquirem muito maior individualidade, beleza e saúde. São quatro as principais formas dos arbustos: arredondada, aprumada, horizontal e pendular. Se se precisa de uma planta alta para enfeitar o canto de um jardim pequeno, não faz sentido escolher uma forma arredondada; terá ultrapassado a largura possível muito antes de atingir a altura deseja da. Será por isso necessário um arbusto aprumado. Para tapar uma pilha de composto, seria muito mais adequado um arbusto arredondado de folha persistente do que um arbusto estreito, aprumado, de folha caduca.

O interesse dos arbustos de folha persistente.
Estes arbustos, que no início do nosso século eram considerados um pouco monótonos, são reconhecidos atualmente como tendo aplicações muito interessantes. O evônimo, o azevinho e o ligustro são exemplos de alguns dos mais populares arbustos de folha persistente. Dão cor no Inverno, muitos crescem bem em locais sombrios e o tamanho e a textura das suas folhas podem formar um contraste interessante com os arbustos mais exuberantes de folha caduca.

Enquanto no século XIX os jardineiros plantavam os seus arbustos próximos uns dos outros, hoje em dia dá-se às plantas espaço suficiente para crescerem até atingirem a sua forma e tamanho naturais.

A escolha das cores
Os arbustos constituem uma parte importante da paleta de cores de qualquer jardim. Assim, os de folha persistente fornecem manchas de verde ao longo de todo o ano, enquanto um arbusto de folha caduca muda de aspecto quase de mês para mês. No Inverno, estes últimos apresentam-se despidos e sem folhas; depois, na Primavera, cobrem-se de folhas jovens. Em seguida, vêm as flores, que são seguidas por um período de folhagem verde,que vai escurecendo à medida que as folhas envelhecem.

Podem então aparecer os frutos, seguindo-se, no Outono, a mudança da cor das folhas para amarelo, alaranjado, vermelho e toda uma gama de castanhos, até que acabam por cair. No Inverno, a cor dos troncos e ramos pode ainda constituir outra variação de cor. São infinitas as combinações de cores de todos os arbustos de um jardim, pelo que ,ao mesmo tempo que faz a sua escolha, o jardineiro realiza-se como artista. Um uso inteligente da cor não só consegue belos efeitos visuais, como também pode alterar a perspectiva de um jardim.

Por exemplo, as cores suaves usadas ao fundo de um jardim disfarçam-lhe os limites, criando uma ilusão de maior profundidade. Esse efeito é realçado se forem usados arbustos de cores mais vivas junto da casa e a meia distância. Ao contrário,um arbusto destinado a disfarçar uma arrecadação ou uma pilha de composto,que são pouco atraentes, deve ser de cor neutra.

De facto, cores demasiado vivas só serviriam para chamar a atenção para aquilo que se pretende esconder. Antes da plantação, deve decidir a localização dos arbustos, atendendo à sua época de floração e ao período em que se encontram sem folhas, no Inverno. Deve ainda avaliar quais as cores que combinarão de forma agradável.

A escolha da cor é, obviamente, uma questão de gosto pessoal. A combinação de cinzento e branco perto da água produz um belo efeito, e os arbustos de folhagem cinzenta são também úteis quando colocados entre exemplares de cores vivas, que de outro modo chocariam entre si. Uma combinação de arbustos azuis e brancos plantados junto de um muro antigo produz um agradável contraste. Poderão ser utilizados com esse objetivo um Cotoneaster pannosa e uma Pyracantha coccinea, ambos com flores brancas, com um Ceanothus azureus, de flores azuis, entre ambos.

Mais do que agrupar arbustos com contrastes de cores muito fortes, é muitas vezes preferível escolher uma sequência gradual de cores, como tonalidades de prata, cinza e rosa ou azul, malva, púrpura e branco. Mas os efeitos mais vistosos não devem ser completamente postos de parte.

A combinação de gazânia, com as suas flores amarelas, cultivada como cobertura do solo por baixo de um hibisco com flores vermelhas confere um toque de cor espetacular no Verão. Finalmente, ao fazer a sua escolha, tenha em consideração o local onde pretende cultivar o arbusto. Alguns arbustos, como a buganvília e o jasmim (Jasminum officinale), preferem regiões quentes do litoral ou locais abrigados do interior. Nas regiões frias, há arbustos mais resistentes, como o pil
riteiro, o teixo e o alecrim, que se desenvolvem muito bem.

As áreas sombrias de um jardim não devem ser consideradas problemáticas, pois algumas plantas preferem uma sombra ligeira, como as madressilvas e as hortênsias, por exemplo. Muitas outras crescem perfeitamente em locais sombrios, como o buxo, o evônimo, a azálea, o ligustro e o azevinho. O solo, que varia de jardim para jardim através do País, contém em proporções variadas areia, calcário, argila e húmus; além disso, pode ser naturalmente úmido ou seco, ácido ou alcalino.

Esses fatores influenciam muito a escolha dos arbustos. A jardinagem em zonas perto do mar traz consigo o problema especial dos ventos e salpicos de água salgada. Muitos arbustos morrem devido aos depósitos de sal sobre as folhas; outros, como as espécies Hippophae rhamnoides,Tamarix gallica, Atriplex halimus e os loendros, resistem bem ao sal. Antes de decidir quais os arbustos a plantar num jardim à beira-mar, visite um centro de jardinagem da sua região que terá variedades próprias para o efeito.

Plantas para disfarçar recantos feios
Os arbustos e trepadeiras são de uma utilidade extrema para disfarçar partes feias de um jardim ou de uma casa. Um Cotoneaster horizontalis espalha-se ao crescer e esconde a tampa de um esgoto, permitindo que esta seja aberta sempre que necessário. No entanto, tenha cuidado com os arbustos e árvores que planta perto de um esgoto ou canalização, pois as suas raízes podem invadi-las, quebrando-as em busca de umidade. Será preferível plantá-los um pouco afastados e conduzi-los na direção pretendida. Uma madressilva (Lonicera spp.) ou uma buganvília conduzidas sobre uma rede poderão esconder os caixotes do lixo ou a pilha de composto, e uma rede de arame desaparecerá atrás de uma Clematis montana ou um jasmim.

Por baixo das janelas ou à sua volta é o lugar indicado para plantar arbustos e trepadeiras perfumados. Alecrim, alfazema, pitosporo e madressilva podem encher uma casa com a sua fragrância. Deve adquirir os arbustos num viveiro ou centro de jardinagem. São geralmente cultivados em vasos ou sacos de plástico, o que permite plantá-los em qualquer época do ano, mesmo no Verão, sem prejudicar o crescimento das raízes. Seja como for, mantenha-os bem regados até ao Outono.

A melhor época para plantar arbustos e trepadeiras é, no entanto, durante a época de dormência, entre Maio e Setembro. Escolha plantas de cor verde-escura e aspecto saudável e rejeite todas as que apresentem folhas murchas e acastanhadas, o que pode significar que estejam sofrendo de falta de nutrientes, luz ou água. Verifique se não sofrem de nenhuma praga ou doença e se encontram bem fixas no torrão.

espantalho1

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