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Posts para categoria ‘Vegetação e Solos’

substrato

O que é substrato? Substrato é todo o material utilizado como meio de germinação, manutenção e crescimento de plantas, que não seja terra (solo). Ele serve como suporte onde as plantas fixarão suas raízes; o mesmo retém o líquido que disponibilizará os nutrientes às plantas.

Um substrato, para ser considerado ideal deve apresentar características como:
1 – elevada capacidade de retenção de água, tornando-a facilmente disponível;
2 – distribuição das partículas de tal modo que, ao mesmo tempo que retenham água, mantenham a aeração para que as raízes não sejam submetidas a baixos níveis de oxigênio, o que compromete o desenvolvimento da cultura;
3 – decomposição lenta;
4 – que seja disponível para a compra;
5 – de baixo custo.

Existem vários tipos de compostos que podem ser utilizados para a formulação de substratos para o cultivo semi-hidropônico. Dentre eles pode-se destacar:
1 – casca de arroz carbonizada;
2 – mistura com diferentes porcentagens de casca de arroz carbonizada + casca de pinus;
3 – mistura, em diferentes porcentagens, de casca de arroz carbonizada + turfa + vermiculita, entre outros.

Uns são materiais orgânicos (casca de arroz, turfa e húmus) e outros, minerais (vermiculita e perlita).

Casca de Arroz Carbonizada
A casca de arroz carbonizada tem sido mais utilizada como substrato, pois é estável física e quimicamente sendo, assim, mais resistente à decomposição. Isso também tem a vantagem de o substrato poder ser usado num segundo ano de produção. Porém, apresenta alta porosidade, que pode ser equilibrada com a mistura de outros elementos (turfa, húmus, vermiculita, etc.).

Turfa
A turfa é um material de origem vegetal. Pesa pouco e tem elevada capacidade de retenção de água. Para ser usada como mistura em substratos deve ser picada.

Vermiculita
A vermiculita é um mineral com a estrutura da mica que é expandida em fornos de alta temperatura. É utilizada devido à sua alta retenção de água, elevada porosidade, baixa densidade, alta CTC, e pH em torno de 8,0.

Perlita
A perlita é obtida do tratamento térmico que se aplica à rocha de origem vulcânica (grupo das riolitas). Sua porosidade é alta e retém água em até cinco vezes o valor do seu peso; seu pH fica entre 7,0 e 7,5. Pode ser misturada a outros elementos como a turfa e a casca de arroz carbonizada. Sendo um material obtido de lavas vulcânicas, o mesmo não é produzido no Brasil. Isso faz com que se opte por compostos encontrados com facilidade no mercado interno.

Olhando-pela-janela_

A correção do pH do solo é muito usada na agricultura para melhorar a produção de flores e alimentos, isso precisa ser feito para que cada tipo de planta seja cultivada em solo com pH correspondente à sua espécie ou variedade.

Com o pH do solo incorreto as raízes não conseguem absorver a quantidade e nem os tipos de nutrientes corretos para seu melhor desenvolvimento, por exemplo: a Violeta necessita de um solo com pH entre 6 e 7, porque, caso seja usado um algum adubo que deixe o solo mais ácido ( como a cama de aviário), suas raízes terão dificuldade de absorver do Fósforo, prejudicando assim o crescimento da planta.

Outro exemplo de planta que podem ter seu desenvolvimento prejudicado por causa do pH alterado é a Íris. O pH adequado para a maioria das Íris é de 5 a 6,5 ou seja, um solo mais ácido. Caso o solo não esteja de acordo, suas raízes podem apodrecer e as folhas, atrofiar.

Uma questão também a ser observada é a fertilidade do solo. Em vasos e canteiros a manutenção desta deve ser feita regularmente devido ao processo de lixiviação. Este processo ocorre geralmente pela rega constante, ou naturalmente pela chuva, de forma que os nutrientes descem juntamente com a água para camadas mais baixas do solo, deixando assim, a raiz desprovida de alimento. No caso dos vasos, os nutrientes podem sair pelos orifícios de drenagem junto com a água deixando o solo totalmente estéril.

Existem alguns métodos e equipamentos para controlar o pH do solo, assim como sua fertilidade, porém, o mais usado por paisagistas e jardineiros é o Doctor Plant – DRP01. Este tipo de aparelho é vendido na Europa e EUA há anos, e após sua chegada ao Brasil rapidamente se tornou um sucesso. Tratasse de um equipamento portátil, de fácil manuseio e com durabilidade fantástica, ele é capaz de medir o pH do solo e sua fertilidade, tornando assim a identificação de problemas mais fáceis e rápidos de serem resolvidos.

Com o Doctor Plant – DRP01, hoje conseguimos realizar procedimentos caros e demorados, como um exame laboratorial de solo, em minutos, com baixo custo e sem conhecimento técnico, deixando assim nossas plantas providas de cuidados diariamente. Nosso jardim agradece!!

Para saber mais sobre o Doctor Plant assim como acessar tabelas de culturas com seu pH correspondente acesse: http://www.doctorplant.com.br/

doctor plant

solos-

É através de uma análise do solo, que um paisagista saberá como está a sua fertilidade e  obter as indicações corretas sobre o tipo e a quantidade de calcário e adubos a serem aplicados
Essa prática ainda é rara entre a maioria dos paisagistas e empresas que implantam áreas verdes. Na maioria dos casos, esses profissionais se contentam “jogando” um pouco de NPK 10-10-10 ou 4-14-8, pensando que, desse modo, estão adubando corretamente as plantas existentes ou, aquelas que irão ser plantadas.

A nutrição vegetal é algo bem mais complexo. Biologicamente, talvez, possamos compará-la com o processo pelo qual assimilamos nossos alimentos que sustentam nosso vigor físico. Com o intuito de ficarmos mais “fortes” consumimos vitaminas e suplementos minerais, sem saber exatamente quais são nossas carências causando hipervitaminose – o nome técnico dado para o envenenamento por vitaminas -, além de outros efeitos colaterais, um exemplo são os suplementos com altas doses de ferro que podem levar à morte.
Nas plantas, o excesso de nitrogênio, por exemplo, pode resultar em predisposição à doenças e no ataque de pulgões. Os caules crescem demais e as folhas mais velhas ficam longas e descoloridas, enquanto as novas não progridem, atrasando a floração e, nas frutíferas, ocasionando uma baixa produção.

Em altas concentrações, também o fósforo mostra-se prejudicial, já que diminui a disponibilidade de zinco para as plantas, apresentando pequeno desenvolvimento. As folhas mais velhas ficam amareladas e depois pardas entre as nervuras, caindo prematuramente e manifestando raízes claras e mal desenvolvidas.
O estresse nutricional nas plantas se manifesta da mesma forma, no caso do potássio, cujo exagero perturba o sistema radicular. Ou do boro que, aumentado, acaba por motivar clorose, sintoma similar àquele que o cobre causa quando usado em demasia, deixando manchas aquosas e em seguidas mais escuras, enegrecidas.

Como se vê, colocar qualquer adubo traz mais problemas do que soluções, da mesma maneira que quando consumimos vitaminas sem orientação de um nutricionista ou de um médico especialista.

Atualmente é fácil e econômico mandar amostras à um laboratório, para fazer análises completas de solo, incluindo recomendações para adubação no pré-plantio, de acordo com as necessidades das espécies a serem plantadas. Isto traz uma grande vantagem no re-equilíbrio nutricional: as plantas conseguem aproveitar muito melhor a sua resistência natural, minimizando assim problemas com doenças e pragas e ao mesmo tempo evitando uso de agrotóxicos.
Muitos laboratórios incluem receitas de manutenções após as correções, para serem aplicadas mensalmente ou, com a freqüência indicada pelo paisagista.

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A Amazônia, como floresta tropical que é, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. As imensas árvores retiram do solo toda a matéria orgânica nele existente, restando apenas um pouco na fina camada de húmus, onde os decompositores garantem a reciclagem de nutrientes. A retirada desses minerais é tão intensa que alguns rios amazônicos têm suas águas quase destiladas. Ficando praticamente sem matéria orgânica, os peixes e animais aquáticos dependem, para se alimentar, das folhas e dos frutos que caem das árvores. Para que possa ocorrer a reciclagem dos nutrientes, é preciso haver um grande número de espécies de plantas, pois cada uma desempenha uma função no ecossistema. As monoculturas naturalmente comprometem esse mecanismo e, por isso mesmo, não são recomendáveis.

Os animais, que se alimentam das plantas ou de outros animais, também contribuem, com suas fezes, para o retorno da matéria orgânica ao solo. Além disso, eles têm importante participação na polinização das flores e na dispersão dos frutos e das sementes.

As constantes chuvas que caem na Amazônia têm um papel fundamental na manutenção do ecossistema. Muitas vezes as águas nem chegam a atingir o solo, uma vez que ficam retidas nas diversas camadas de vegetação, sendo rapidamente absorvidas ou evaporando-se ao término da chuva. São elas que garantem a exuberância da floresta.
Todos os elementos, clima, solo, fauna e flora, estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como o principal. Todos contribuem para a manutenção do equilíbrio, e a ausência de qualquer um deles é suficiente para desarranjar o ecossistema.

Retirando-se a vegetação, por exemplo, esta levaria consigo a maior parte dos nutrientes, e o pouco que restasse seria carregado pelas fortes chuvas que passariam a atingir diretamente o solo. Sem a existência dessa matéria orgânica, a floresta não conseguiria se reconstituir, e a tendência natural seria sua desertificação. Dificilmente, porém, teríamos um deserto total, pois a permanência dos ventos alíseos oriundos do oceano seria capaz de garantir a umidade necessária para algumas formas de vegetação.

Mas de qualquer maneira o ecossistema estaria destruído. E qual seria a consequência disso para o globo?
Durante muito tempo atribuiu-se à Amazônia o papel do “pulmão do mundo”. Hoje sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumido à noite. No entanto, em razão das alterações climáticas que causa no planeta, ela vem sendo chamada de “o condicionador de ar”. “O desmatamento da Amazônia pode, aparentemente, causar alterações no clima de todo o planeta, com uma possível elevação da temperatura global pela eliminação da evapotranspiração”. Além disso, o gás carbônico liberado pela queima de suas árvores poderia contribuir para o chamado efeito estufa, novamente aquecendo a atmosfera.

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