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Posts para categoria ‘Técnicas de Jardinagem’

alaporquia

A alporquia é um método de propagação em que se faz o enraizamento de um ramo ainda ligado à planta matriz (parte aérea), que só é destacado da mesma após o enraizamento.

O método consiste em selecionar um ramo da planta, de preferência com um ano de idade e diâmetro médio. Nesse ramo, escolhe-se a região sem brotação e faz-se um anelamento, de aproximadamente dois centímetros, retirando toda a casca  e expondo o lenho.

Depois disso, deve-se cobrir o local exposto com substrato umedecido (fibra de coco ou esfagno) e envolvê-lo com plástico transparente (para facilitar a visualização das raízes), cuja finalidade é evitar a perda de água, amarrando bem as extremidades com um barbante, ficando com o aspecto de um “bombom embrulhado”.

Recomenda-se que a alporquia seja feita de preferência na época em que as plantas estejam em plena atividade vegetativa (primavera), após a colheita dos frutos, com o alporque mantido sempre úmido. A separação do ramo que sofreu alporquia da planta matriz depende da espécie e da época do ano em que foi feito o alporque.

Após a separação, o ramo enraizado deve ser plantado em condicionador de solo com nutrientes e mantido à meia sombra até a estabilização das raízes e a brotação da parte aérea. Quando isso ocorrer, as mudas estarão prontas para serem plantadas no campo.

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A alporquia é utilizada na propagação de muitas espécies frutíferas e floríferas, por exemplo, lichia, jabuticaba, hibiscos híbridos e trepadeira-jade.

A alporquia perde para a sua “técnica concorrente” de estaquia em questões de popularidade, pelo fato que esta exige muito mais conhecimento técnico.

Porém, a alporquia se destaca no tempo. Sendo uma das técnicas mais antigas de reprodução de plantas conhecida pelo homem, havendo indícios de que os chineses, há 4 mil anos atrás, realizavam alporquias com sucesso.

Por não ser um método agressivo como a estaquia, é muito eficaz em plantas que têm dificuldade em enraizar pelo método de estaquia. A alporquia é um método muito semelhante à mergulhia, mas nesta os ramos não precisam ser vergados até o solo, e sim, levando um pouco do solo até o ramo.

Neste artigo vamos aprender como fazer alporquia, método que consiste no enraizamento de um ramo que ainda está na planta.

Em primeiro lugar nós devemos escolher um ramo de uma planta adulta, um ramo que tenha de 2 a 3 cm de diâmetro, a não ser em plantas que naturalmente não cresçam muito.

Neste ramo deve ser feito um “anelamento”, retirando a casca até que seja possível ver o caule interno da planta. Este corte deve ser feito com uma lâmina afiada, como um estilete, faca ou canivete. O anel deve ter uma largura que pode variar de 3 a 5 cm, de acordo com o tamanho da planta.

Esta parte anelada deve ser coberta para que as raízes comecem a se desenvolver. O material deve ser úmido e conter um substrato, que pode misturar esterco com esfagno e serragem, para ajudar a manter a umidade, mas também pode ser utilizado um hormônio em pó para o desenvolvimento das raízes – se a planta for frutífera ou de tempero, prefira não usar esses materiais.

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Este material deve ser prendido com um plástico, pano ou esponja (como na foto, é a opção ideal pois a esponja permite o arejamento, evitando que o substrato apodreça ou acumule fungos). A raiz pode surgir, na alporquia, depois de algum tempo em que o substrato foi amarrado.

Assim que o enraizamento começa a parecer razoável, a base deve ser cortada pouco a pouco. Se você utilizar um plástico para prender os substratos fica mais fácil de ver. Pouco a pouco, conforme a muda for cortada, em alguns dias é possível retirar todo o ramo, obtendo uma nova muda, já com raízes.

Devemos passar a muda para um novo substrato, assim que ela tiver sido retirada. Este deve ser o seu local definitivo uma vez que a muda ainda se encontra num estágio frágil.

Independente do gosto da sua planta, a muda deve ser mantida num local em que esteja protegida dos raios solares mais fortes e quentes do dia. A meia sombra é o estado ideal para esta muda ainda jovem.

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Após a alporquia a planta pode ser regada constantemente, de forma a que a terra fique úmida mas sem encharcamentos.

A alporquia é considerada como um método mais complexo do que a estaquia, por exigir mais conhecimento técnico.

Também não é muito utilizado no meio comercial, já que costuma levar mais tempo para ser realizado e apresenta mais custos, ainda sim, é muito utilizada para plantas frutíferas.

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mergulhia

A mergulhia é uma técnica de reprodução assexuada de plantas (propagação vegetativa), semelhante à estaquia, sendo a alporquia um tipo particular de mergulhia.

Consiste em mergulhar um ramo no solo, sem separá-lo  da planta mãe, com a finalidade de o mesmo regenerar um novo sistema radicular para depois ser separado. A mergulhia é feita no solo, vaso ou canteiros, quando os ramos das espécies são flexíveis e de fácil manejo.

O método de mergulhia consiste em enterrar partes de uma planta, como ramos, por exemplo, com o objetivo de que ocorra o enraizamento na região coberta. É um processo usado na obtenção de plantas que dificilmente se propagariam por outros métodos.

O enraizamento ocorre devido ao acúmulo de hormônios endógenos pela ausência de luz na região enterrada ou coberta, que promove a formação das raízes adventícias e também pelo aproveitamento do fornecimento contínuo de água e nutrientes da planta matriz.

É muito importante que o local para a realização da mergulhia esteja isento de patógenos, pois como é utilizado o solo para o enraizamento, há sempre o risco de contaminação das novas plantas por doenças e/ou pragas.

É importante colocar um tutor na planta a ser enraizada para que a mesma cresça ereta. A mergulhia é um método bastante utilizado na obtenção de porta-enxertos de macieira, pereira e marmeleiro e trepadeira-jade.

O método consiste em realizar um enraizamento da planta que queremos multiplicar, mas sem que tenhamos que extrair o ramo da planta original, como na estaquia. Desta forma a nova planta continua recebendo água e nutrientes da planta inicial.

Este método é um dos mais utilizados comercialmente, em suma para plantas frutíferas como a macieira e jabuticabeira. Vamos aprender como fazer mergulhia.

Em primeiro lugar, escolha o ramo que você deseja realizar a mergulhia. O ramo deve ser saudável e ser flexível o suficiente para alcançar o chão, como vemos na imagem.

A parte a ser enterrada não deve ser a ponta e sim o meio do galho. Na parte que fica enterrada, exatamente no “ponto de quebra”, deve ser feito um anelamento, retirando a casca do galho e deixando apenas a parte interior do caule, geralmente clara e mais “macia”, para que a curva possa ser feita.

mergulhia

Também é nesta quebra que as raízes poderão se desenvolver. O anel feito na mergulhia é o mesmo que fazemos num galho da arvore para a alporquia.

Abaixe o ramo escolhido até o solo. Prenda-o com uma estaca de bambu ou madeira e amarre a parte que sai da terra neste mesmo apoio, com um arame fino ou barbante.

A rega deve ser constante de forma que o solo fique sempre úmido e fértil para o enraizamento, mas não deixe a terra encharcar. O substrato deve ser fértil e rico em matérias primas, a planta pode ser mergulhada no solo ou num vaso provisório.

Após o enraizamento do ramo, que deve levar cerca de 10 dias para alcançar um nível seguro, basta cortar o ramo. O corte do ramo pode ser gradativo ou feito de uma vez só, se escolher fazer da forma gradativa, comece a partir do sétimo dia, cortando um pouco a cada dia até que ele possa ser cortado completamente no décimo dia.

A planta pode estar no seu local definitivo assim como também pode ser movida, a escolha é sua. Se você não pretende plantá-la próxima à outra planta, recomenda-se que a mergulhia seja feita num vaso provisório e não diretamente no solo.

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A Mini estufa é uma ótima opção para quem não tem espaço para cultivar ou tempo para ficar cuidando. É ideal para a germinação de sementes e também para fazer mudas.

É bem simples e não tem mistério nenhum, consiste basicamente em pegar duas metades de garrafas Pet (uma de diâmetro maior – Base – e outra menor – Cobertura ou Tampa) e encaixar uma na outra.

Passo a passo para uma mini estufa

miniestufa
Base
Cortar a metade inferior de uma garrafa Pet grande (a de Coca-Cola de 2,5 litros é a maior, mas podem ser usadas de outros tamanhos). Use um estilete seguindo o próprio contorno da garrafa como guia para o corte. Essa será a base da miniestufa.

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Tampa
Qualquer outra garrafa Pet de diâmetro menor (não muito pequena para não escorregar até o fundo da base). Pets de 2,25 e se 2L de Coca-Cola servem perfeitamente na base de Pet de 2,5L.

Corte com um estilete seguindo o contorno da própria garrafa. Se for usada uma garrafa Pet lisa (como a de Pepsi), cortando-a no meio, tanto o fundo quanto a parte da tampinha podem ser usadas como tampas de mini estufas (servem na base de Pet de 2L e outras).

Obs: As partes já cortadas devem ser lavadas com água e sabão antes de serem usadas (não esqueça de retirar os rótulos). Quando for reaproveitar uma mini estufa, lave com esponja, água, sabão e cloro para retirar restos de substrato antigo, algas e evitar a disseminação de patógenos. Nunca reaproveite substrato antigo.

A base da mini estufa é sempre maior (em diâmetro) do que a TAMPA porque a umidade que se condensa na tampa escorrerá pela parede da mini estufa de volta para o substrato. Se a tampa for maior (mesmo que esteja bem ajustada na base) a água escorrerá para fora e a mini estufa secará.

A grande vantagem da mini estufa é manter um ambiente favorável ao desenvolvimento das sementes e mudas sem a necessidade de ficar regando toda hora. No começo é bom dar uma checada de 2 em 2 semanas até se familiarizar com o sistema, mas é raro precisar regar.

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Observações Importantes
- É altamente recomendado o uso de Substrato pronto para Floreiras por sua alta qualidade e ausência de patógenos. Use uma quantidade compatível com o desenvolvimento inicial da planta.

É fácil verificar quando as mudas pegaram pelas raízes visíveis no fundo da mini estufa transparente. A estadia na mini estufa é temporária, afinal é só um berçário, assim que a planta estiver desenvolvida deve ser transplantada para um vaso ou local definitivo.

É bom deixar a mini estufa em local bem iluminado para favorecer o desenvolvimento das plantas (pode até pegar o Sol da manhã ou da tarde), só não pode ficar no Sol o dia inteiro porque as mudinhas vão cozinhar lá dentro.

Quem mora em áreas de clima ameno não tem tanto problema, mas o pessoal do litoral (verão o ano inteiro) não pode se descuidar.

Prefira dias frios ou chuvosos para transplantar a muda da mini estufa para um vaso ou local definitivo porque a planta demora um pouco para se adaptar ao novo ambiente e vai murchar (ou até morrer) se o tempo estiver muito quente.

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Se for plantada no local definitivo a muda deve ser protegida do Sol direto nas primeiras semanas. Dê atenção especial a plantas sensíveis (rosas, violetas, etc.), só quando começarem a brotar é sinal de que já se adaptaram.

A vedação da mini estufa é boa (as formigas não vão conseguir entrar), mas não é perfeita, portanto não se preocupe que as plantas não se sufocarão.

Só use galhos saudáveis e isentos de doenças para fazer mudas. Faça uma desinfecção prévia mergulhando-os por 20 minutos em uma solução de 2ml de detergente + 2 colheres (sopa) de cloro para 1L de água.

As garrafas Pet também servem como vasos desde que se façam furos de drenagem. É econômico e ecologicamente correto.

passarinho

Jardinagem não é uma ciência exata. Mesmo os jardineiros experientes cometem erros, então os jardineiros iniciantes não devem se sentir intimidados. Siga a  lista abaixo com as melhores dicas de jardinagem para iniciantes que vão fazer você amar seu novo hobby.

planta de sombra

Sombra
Sempre que ler ou ouvir que uma planta gosta de sombra, desconfie. As plantas necessitam realizar a fotossíntese para viver. Assim, por mais “de sombra” que seja uma planta, ela sempre vai gostar de um local bem iluminado, próximo a uma janela ou poço de luz.

rega

Regas
Esqueça aquela dica do atendente da floricultura que disse para você regar dia sim dia não, entre outras periodicidades. A planta não bebe a mesma quantidade de água todos os dias. Assim como você, em dias quentes ou mais cansativos, ela bebe mais água. Assim, utilize a umidade da terra como parâmetro.

Coloque o dedo no solo e sinta se está úmido ou seco. Só regue se estiver seco (e regue sempre que estiver seco). A planta prefere que você regue bem o vaso a intervalos espaçados, molhando bem todo o substrato, do que um pouquinho por dia. Vale para a maioria das plantas.

Botânica
Acabou de ganhar ou comprar uma planta? Pergunte sobre modo de cultivo e ouça atentamente as dicas de quem vendeu, mas não fique só nisso. Exija saber o nome científico e se não for possível pelo menos o nome popular. Depois procure na internet ou em livros informações sobre a espécie que você adquiriu.

Conhecer a biologia da planta e os cuidados que são o consenso geral para ela são uma boa forma de obter sucesso no cultivo. É incrível como o que os vendedores dizem algumas vezes é exatamente o contrário do que a planta gosta.

plantas resistentes ao sol

Mudanças
Você tinha uma planta há alguns meses na sombra e acabou de descobrir que ela gosta de sol. Excelente! No entanto, as plantas detestam mudanças bruscas e se ressentem facilmente. Pense que ela levou meses para adaptar suas folhas às condições de pouca luz, além de ter desarmado toda sua proteção solar. Assim, faça sempre alterações graduais, ao longo de várias semanas, principalmente quando o assunto for luz.

umidade do ar

Umidade do ar
Poucas plantas realmente gostam de ambientes secos. Desta forma, mesmo que aquela palmeira tenha ficado linda no seu escritório, com muita luz e alguém que poderá cuidar dela, não acredite que ela ficará bem se tiver um ar condicionado ligado como companheiro por boa parte do dia. Geralmente este ar seco é o principal culpado de pontas de folhas secas.

Neste caso, escolha plantas próprias para ambientes secos, como suculentas por exemplo. A escolha por plantas envasadas floridas, que são baratas e tem os dias contados, pode ser uma opção, desde que você tenha em mente que elas estão lá mas não vão durar muito.

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Adubos
Para os iniciantes (e muitos experientes também) o melhor fertilizante é o húmus de minhoca. É um adubo suave, que melhora as condições gerais do solo e não há risco de queimar a planta por excessos. Se você tiver acesso, utilize também doses pequenas de bokashi, que é uma opção bastante natural.

Adubos químicos como uréia, salitre ou NPK são muito potentes e, um pequeno erro na dosagem pode resultar na morte súbita da sua planta. No entanto, você pode lançar mão das opções modernas, com liberação lenta, como o osmocote.

Adubos orgânicos que não foram curtidos, como estercos, tortas de algodão ou mamona também podem ser perigosos. Em excesso, os estercos tem o efeito semelhante ao uso de grandes doses de uréia.

Já as tortas, tendem a apodrecer e assim podem queimar o caule das plantas mais frágeis. Quando já estiver mais avançado, experimente outros fertilizantes, mas sempre respeitando a biologia da espécie da planta e as recomendações do fabricante.

Suculentas

Plantas
Não é só porque você achou linda uma planta super rara que ela vai ser moleza de cultivar. Comece com espécies mais comuns, simples de achar e baratas. Além de serem mais fáceis de lidar, se você por acaso perdê-las, não será muito grave.

Por hora, deixe orquídeas raras, bonsais, carnívoras, entre outras beldades, para os mais avançados. Um dia você chega lá. Outro caso comum é querer trazer plantas exóticas de outros países, como as tulipas por exemplo.

Muitas espécies não serão capazes de se adaptar às nossas condições climáticas, por melhor que seja o jardineiro. Nessas ocasiões, o melhor é pesquisar antes para evitar de cair nessa roubada.

coleção de cactos

Colecionáveis
É tentador iniciar uma coleção de plantas. Sejam elas bromélias, suculentas, orquídeas, etc. Ao iniciar uma coleção, mantenha um registro impecável das suas plantas, com o nome de cada espécie, cultivar e híbrido. Não esqueça também de usar e manter etiquetas ou plaquinhas de identificação. No futuro, quando quiser expor ou vender algum item da sua coleção, essa informação será primordial.

poda

Podas
Via de regra, efetue as podas quando as plantas estão com o metabolismo mais lento, mas prestes a acordar. Ou seja, no final do inverno ou durante o período seco. Estude a poda ideal de cada espécie que será podada. Não existe uma forma de podar que sirva para todas as plantas.

Elimine ramos secos, mal formados, ladrões, doentes ou infestados com pragas. Evite podas drásticas e podas em períodos muito úmidos, que favorecem o aparecimento de doenças e dificultam a cicatrização. Um bom podador precisa de muita experiência e observação. Fique de olho em como a planta se comporta após a poda.

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Ervas daninhas, pragas e doenças
As mazelas do jardim costumam infernizar a vida dos jardineiros iniciantes. Tenha em mente que é apenas a natureza tentando encontrar o equilíbrio. Mantenha suas plantas sempre bem nutridas e hidratadas, em local com luminosidade favorável à espécie.

Plantas fortes e saudáveis não deixam espaço para ervas daninhas e são muito mais resistentes a pragas e doenças. Foque em deixar suas plantas sadias, não em exterminar pragas. E por falar nisso, a palavra chave é controle. Você controla os problemas, dificilmente acaba com eles.

Afinal, para ver borboletas é preciso conviver com algumas lagartas. Tenha mão firme contra ataques em massa, mas tolere alguns visitantes.

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