Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Reino Vegetal’

Fabaceae

Erythrina crista-galli

Fabaceae é uma das maiores famílias botânicas, também é conhecida como Leguminosae (leguminosas), e possui ampla distribuição geográfica. São aproximadamente 19.000 espécies em mais de 725 gêneros. Uma característica típica dessa família é apresentar o fruto do tipo legume, também conhecido como vagem. É subdividida em 3 subfamílias muito distintas: Faboideae (ou Papilionoideae), Caesalpinioideae (ou Caesalpiniaceae) e Mimosoideae (ou Mimosaceae). A variação no nome se deve à possibilidade de uso de nomes alternativos consagrados em algumas famílias botânicas, regra prevista no Código Internacional de Botânica.

Quase todas as espécies da família apresentam simbiose de suas raízes com bactérias do gênero Rhizobium e semelhantes, que fixam o nitrogênio da atmosfera, uma característica ecológica de extrema importância. Também são de grande importância econômica pela produção de alimentos.

É a terceira maior família de Angiospermae, após Asteraceae e Orchidaceae, compreendendo 727 gêneros e 19 325 espécies. As Leguminosae ocorrem em quase todas as regiões do mundo, excetuando-se as regiões árticas e antárticas e em algumas ilhas. A família é considerada como a de maior riqueza de espécies arbóreas nas florestas meotroícais. Alguns ecossistemas brasileiros são centros de diversidade para o grupo e muitas das espécies são exclusivas destes ambientes. No Brasil ocorrem cerca de 220 genêros e 2736 espécies.

Uma das hipóteses de surgimento do nome do Brasil diz que ele é originário da árvore pau-brasil (Caesalpinia echinata) pertencente subfamília Caesalpinioideae (ou Caesalpiniaceae), nativo da Mata Atlântica.

Uma característica ecológica importante da família é a simbiose de suas raízes com bactérias do gênero Rhizobuim e semelhantes, que fixam o nitrogênio da atmosfera.Têm grande potencial ornamental, sendo a principal família utilizada na arborização urbana no Brasil com o flamboyant (Delonix regia), a pata-de-vaca (Bauhinia variegata) e o sombreiro (Clitoria fairchildiana).

Em regiões temperadas o (Lupinis)) é um gênero muito utilizado em ornamentação de jardins. Também produzem madeiras de ótima qualidade como o Jacarandá (Dalbergia nigra), utilizado na manufatura do corpo de instrumentos de corda, como o violino.
São de hábito variado podendo ser herbáceas, trepadeiras, arbustivas e arbóreas. Em geral as folhas são alternas e compostas, podem ser pinadas, bipinadas, trifoliolares e digitadas. Há presença de estípulas que podem ser de tamanho variado, muitas vezes essa estípula é transformada em espinho. Na base da folha e dos folíolos existem articulações chamadas, respectivamente, de pulvinos e pulvínulos. Algumas espécies do gênero Mimosa usam essas articulações para movimentar-se rapidamente em resposta a agentes externos, alguns autores denominam essas plantas como sensitivas.

Flores
Suas flores são andróginas, zigomórfa ou actinomorfas, heteroclamídeas. O cálice gamossépalo ou raramente dialissépalo, com prefloração aberta, valvar ou imbricada. Androceu tipicamente com 10 estames, alguns gêneros podem ter em maior ou menor número. Gineceu de ovário súpero, unicarpelar, unilocular, às vezes divididos por falsos séptos, em geral multiovulado.

Frutos
O fruto é mais comumente do tipo legume, monocarpelar, seco e deiscente. Às vezes pode ser indeiscente (Arachis), sâmara (Machaerium), entre outros.

cach 666

viola tricolor

As plantas podem ser divididas nos seguintes grupos, do ponto de vista paisagístico/ornamental. São eles::

Árvore – Constitui toda espécie vegetal lenhosa de tamanho adulto, com altura superior a 4-5 metros. Geralmente não possuem bifurcações que se iniciem na base do caule.
Principais funções:
- Proteger contra ventos fortes
- Proteger contra ruídos
- Dar privacidade a determinado local
- Fornecer sombra
- Contribuir para aspectos estéticos da paisagem.
As árvores podem ser divididas em pequeno, médio e grande porte.

Palmeiras
Constitui espécie cujo tronco é um estipe (único ou múltiplo), encimado por um capitel de folhas.

Arbustos
É toda espécie vegetal lenhosa ramificada desde a base, com altura média de até 4 m de altura. Quanto à luminosidade, existem arbustos de pleno sol, meia-sombra e sombra.

Trepadeira
É toda espécie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbáceo que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser conduzido, as trepadeiras geralmente são utilizadas na formação de cercas-vivas, separação de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formação de pérgolas, arcos e treliças.

Elas podem ser:
- Volúveis: quando se enrolam em aspiral no suporte, não possuindo outro tipo de fixação; portanto, não conseguem subir em paredes ou muros por si só, necessitando de suportes adequados;
- Sarmentosas: Quando possuem órgãos de fixação, como gavinha, espinhos curvos, raízes adventícias, etc. Conseguem subir em quase todo tipo de suporte.
- Cipós: Não possuem qualquer tipo de órgão de fixação e nem são volúveis. Possuem caules rígidos, que conseguem subir vários metros sem apoio, até que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte.
- Escandentes: São plantas mais arbustivas que em locais abertos, formam arbustos. Quando plantadas junto a um suporte, seus ramos apóiam se nesse e atingem vários metros de altura.

Forrações
São espécies vegetais utilizadas para promover a cobertura do solo.
As forrações são também plantas herbáceas, usadas para revestir o solo, com a diferença de que não suportam o pisoteio, como os gramados.

Gramados
Os gramados, em particular, representam quase sempre de 60 a 80% da área ajardinada. As espécies de grama, em geral, necessitam de sol pleno ou meia-luz para se desenvolverem bem.

Floríferas
São espécies vegetais cuja característica dominante é a emissão de flores vistosas, colorindo o ambiente criado pela vegetação básica. Podem ser anuais, bianuais ou, em alguns casos, perenes.

Folhagens
São espécies herbáceas, às vezes subarbustivas ou mesmo arbustivas, formando conjuntos específicos em jardins. A característica dominante nesse caso são as folhas, com seus formatos, cores e texturas.

Plantas entouceirantes
São espécies que, por causa do seu crescimento vigoroso, formam touceiras que poderão, posteriormente, em uma fase de propagação, ser divididas e formar novas touceiras.

halloween8

Polinização

polinização
Polinização é a transferência do pólen da antera para o estigma da flor das Angiospermas para o rudimento seminal também chamado óvulo das Gimnospermas.

Tipos de polinização
Polinização pelo vento
Realiza-se pela ação do vento e ocorre em cerca de 1/10 das Angiospermas e Gimnospermas. As plantas anemófilas produzem grande quantidade de pólen, como no milho, que chega a produzir aproximadamente 50 milhões de grãos de pólen (única planta). Grande parte desse pólen se perde. Geralmente, os grãos de pólen são pequenos e lisos.

O vento é capaz de levar o pólen a grande distância. Cita-se o caso de na Itália de uma tamareira feminina ter sido polinizada com o pólen proveniente da planta masculina situada a 75 km de distância.

Em regiões onde predominem plantas anemófilas, como Gramíneas, Pinus, Araucaria e outras, a porcentagem de pólen na atmosfera eleva-se de tal maneira que chega a produzir a chamada “chuva de enxofre”. Certos tipos de grãos de pólen causam alergias.

Polinização pelos insetos ou polinização entomófila
Faz-se com o concurso dos insetos e ocorre na maioria das Angiospermas. Os insetos são atraídos pelos nectários que produzem o néctar, pelos aromas os mais diversos, pela coloração viva das flores. Durante a visita as flores, os insetos ao roçarem involuntariamente os estames, se cobrem de pólen e buscando outras flores, tocam o estigma, deixando aí o pólen. Os grãos de pólen entomófilos são grandes, providos de asperezas e poucos abundantes quando comparados aos pólen anemófilos. A estrutura floral de algumas plantas parece ter sido desenhada para o melhor aproveitamento da visita dos insetos.

Dentre os insetos polinizadores, destaca-se pela sua frequência, a abelha, que poliniza especialmente as plantas frutíferas, como a laranjeira, o melão, abacateiro e outras plantas de valor econômico, como a (Medicago sativa) alfafa, cafeeiro, (Crotalaria sp.) crotalária, e orquídeas. Para as abelhas, os nectários têm cor da luz ultravioleta, que atrai especialmente. Por outro lado, as moscas, as mariposas e outros insetos visitam assiduamente as flores de (Glycine hispida) soja, e da sempre viva. Conhecida é a polinização dos figos por vespinhas do gênero Blastophaga, que se desenvolve no interior da inflorescência do tipo sícono.

Polinização pelos pássaros
Os pássaros concorrem para a polinização de muitas plantas, como no caso da (Strelitzia regiae) bananeira-da-rainha polinizada pela ave Nectarinea alfra, do digital (Sanchezia nobilis), pela ave nectarífaga Arachnethera longirostris. Nas regiões tropicais, o beija-flor ou colibri é um dos mais conhecidos agentes polinizadores.

Polinização pelos caracóis
Menos frequente é a polinização pelos caracóis, caso que se verifica na planta Aspidistra lurida e na Calda palustris.

Polinização pelos morcegos
A polinização por morcegos ou quirópteros ocorre em plantas situadas em regiões intertropicais, como em algumas espécies de Bombacáceas, Bignoniáceas, cujas flores, isoladas, grandes e resistentes, se abrem ao anoitecer, emitem comumente um aroma de frutos em fermentação e produzem grandes quantidades de néctar e pólen, de que se nutrem os morcegos.

24

grãos de pólen

Antera - porção terminal do estame das flores. São sacos revestidos internamente por tecido esporagênico, onde são produzidos os grãos de pólen.
Estames – órgão masculino das plantas que produzem flores.
Estigma – área receptiva do pistilo das flores, onde o grão de pólen inicia a germinação do tubo polínico.
Tubo polínico – crescimento celular do grão de pólen em direção ao óvulo, que possibilita a fecundação nas plantas espermatófitas..

Nas plantas com flor, as anteras abrem quando estão maduras e libertam os grãos de pólen que têm que atingir o estigma de uma planta da mesma espécie, para que a reprodução possa ocorrer. Os grãos de pólen podem cair diretamente no estigma da mesma flor ou serem levados pelos insetos ou pelo vento e atingirem o estigma de outras flores da mesma espécie, que se encontram por vezes a grandes distâncias. O transporte dos grãos de pólen da antera até ao estigma designa-se por polinização.

As flores polinizadas pelos insetos têm características que os atraem, tais como pétalas com cores vivas, o perfume e o néctar, do qual os insetos se alimentam. O pólen produzido pelas flores é geralmente pegajoso para se agarrar facilmente aos animais.

As flores polinizadas pelo vento são, em geral, pequenas, com aspecto de penugem, sem cores vivas e sem cheiro. Existem ainda outros agentes de polinização, embora menos frequentes que o vento e os insetos, que são as aves e também a água, para as plantas aquáticas. Após a polinização pode ocorrer a fecundação e formar-se a semente e o fruto.

Formação da semente e do fruto. Após a polinização, os grãos de pólen ficam retidos sobre o estigma, que possui um líquido viscoso e doce. Cada grão de pólen vai desenvolver um tubo – tubo polínico – que desce ao longo do estilete até chegar ao ovário e penetra no óvulo.

e98151