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Posts para categoria ‘Reino Vegetal’

Tillandsia flabellata

Se você acredita que não tem o talento para cuidar de plantas, prepare-se para ser surpreendido. As plantas aéreas, especialmente conhecidas como Tillandsias, trazem uma nova perspectiva para o mundo botânico e decorativo.

Características incomuns
Pertencentes à família das epífitas, as Tillandsias não dependem do solo para crescer. Em vez disso, usam outras plantas ou superfícies variada, de pedras a troncos de árvores, como base para seu desenvolvimento. Elas são verdadeiramente as nômades do reino vegetal!

Origens e adaptabilidade
Originárias da América do Sul, América Central e sul dos Estados Unidos, estas plantas mostram uma incrível capacidade de adaptação. Sejam em pedras, fios elétricos ou até mesmo esferas de vidro suspensas, elas se estabelecem e prosperam.

Essa resistência e flexibilidade são atribuídas aos tricomas em suas folhas, que lhes permitem absorver a umidade e os nutrientes necessários diretamente do ambiente.
tillandsias
Dicas para cuidados
Apesar de sua natureza resiliente, as Tillandsias requerem certa atenção. Elas se desenvolvem melhor sob luz brilhante, mas indireta. É fundamental evitar a exposição direta ao sol para prevenir danos.

Além disso, é essencial fornecer umidade adequada. Se estiverem em ambientes secos, um simples mergulho em água da chuva ou água da torneira por cerca de dez minutos, seguido de uma secagem ao ar, é suficiente para mantê-las saudáveis.

Decoração com propósito
Além de serem esteticamente atraentes, estas plantas trazem uma série de benefícios para o ambiente interno. Elas não apenas rejuvenescem e trazem vida ao espaço, mas também ajudam a purificar o ar, absorvendo poluentes e toxinas.

tillandsia

Com inúmeras formas de apresentação – em conchas, terrários, penduradas ou em suportes criativos –, as Tillandsias são verdadeiras obras de arte viva.

Em suma, se você busca uma maneira inovadora de introduzir o verde em sua casa ou escritório, sem o compromisso de manutenção intensiva, as plantas aéreas são a solução. Elegantes, práticas e com um toque de magia, elas são o complemento perfeito para qualquer ambiente.

janela-flor24

alporque

A reprodução vegetal representa a produção de novos indivíduos ou filhos das espécies de plantas, que podem ser realizada via meio sexual ou assexual. Reprodução sexual produz pela fusão de gametas, resultando em descendências geneticamente diferentes do pai ou pais.

Por outro lado, a reprodução assexuada produz novos indivíduos sem a fusão de gametas, geneticamente idêntico aos da planta-mãe, exceto quando ocorrem mutações. Em plantas de semente a descendência pode ser embalada como formas de proteção, que é usado como um agente de dispersão

Reprodução vegetal assexuada
A reprodução “vegetativa” engloba pedaços vegetativos da planta original. A apomixia ocorre em muitas espécies de plantas. Espécie que persiste em local por propagação vegetativa de indivíduos constitui em colônia clonal, com indivíduos idênticos a todos os outros da mesma colônia.

A distância que uma planta pode se mover durante a reprodução vegetativa é limitada, embora algumas plantas produzam ramificações rizomas que cobrem a grande área, muitas vezes, em apenas algumas estações de crescimento.

Quando o indivíduo aumenta de tamanho através da multiplicação celular o processo é chamado de “crescimento vegetativo”.

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Rizoma e reprodução
Rizoma é o caule subterrâneo modificado que serve como órgão de reprodução vegetativa. As pontas de crescimento do rizoma podem separar as plantas novas.

Prostrados ramos aéreos, chamados de corredores ou estolões, são importantes aos órgãos de reprodução vegetativa em algumas espécies, como morangos, gramíneas e samambaias.

Plantas, caso da cebola, jacinto, narciso e tulipas se reproduzem dividindo os subterrâneos. Espécies como a batata e Dália, se reproduzem por um método semelhante, envolvendo tubérculos subterrâneos. Gladíolos e açafrão (açafrão) reproduzem de forma similar com as cebolas.

rizoma-e-reproducao

Reprodução assexuada e seres humanos
A forma mais comum da reprodução vegetal utilizada pelas pessoas é a semente. Porém, séries de métodos assexuados são utilizadas para as melhorias de processos naturais, incluindo:
- Corte; – Enxertia; – Brotação; – Camadas; – Divisão; – Secção de rizomas; – Raízes; – Tubérculos; – Bulbos; – Estolões; – Brotos.

Métodos assexuados são frequentes para propagar cultivos com características desejáveis, individuais, que não se tornam realidade a partir da semente.  Propagação de frutíferas é realizada por brotamento ou enxertia.

Na horticultura, o “corte” é um ramo que foi cortado da mãe planta, por vezes com a ajuda de líquido ou pó de enraizamento que contém hormônios.

Quando uma raiz cheia se forma as folhas começam a brotar de novo. Exemplos incluem os cortes das hastes de amoras, violetas africanas e verbenas para produzir novas plantas.

O uso das estacas é enxerto, com caule ou raiz que se unem em um tronco diferente. Viveiros oferecem à venda árvores enxertadas com hastes que podem produzir quatro ou mais variedades de frutas relacionadas.

Os usos mais comuns da enxertia é a propagação de cultivos sobre as plantas já enraizadas.
reproducao-assexuada
Reprodução sexual do vegetal
A reprodução sexual engloba dois processos fundamentais: Meiose e fertilização. A primeira reorganiza os genes e reduzem o número de cromossomos. Ao passo que o segundo restaura o cromossomo da diploide.

Entre esses dois processos, os diferentes tipos de plantas e algas variam, mas muitos deles, incluindo os vegetais terrestres, sofrem alternância de gerações.

Gametófitos são estruturas multicelulares que possuem único conjunto de cromossomos em cada célula. O gametófito produz machos ou fêmeas de gametas (ou ambos), por um processo de divisão celular chamado mitose.

Em plantas vasculares, com gametófitos separados, os femininos são conhecidos como MEGA.

A fusão dos gametas masculinos e femininos produz um diploide no zigoto e se desenvolvem por divisões celulares em mitoses no esporófito multicelular.

Ao passo que o esporófito maduro produz esporos por meiose, por vezes referida como “divisão de redução”, porque os pares de cromossomos são separados para formar conjuntos individuais.

Em musgos e hepáticas o esporófito simboliza estrutura nunca separada do gametófito. Em samambaias, gimnospermas e plantas com flores (angiospermas) os gametófitos são relativamente pequeno e os esporófito possuem maior tamanho.

Em gimnospermas e plantas floridas o gametófito MEGA está contido dentro do óvulo (que pode tornar-se uma semente) e o micro gametófito tem contenção dentro do pólen de grãos.

historia-da-reproducao

História da reprodução sexual
Ao contrário dos animais, as plantas são imóveis e não podem buscar parceiros sexuais para a reprodução.

Na evolução, os meios abióticos, incluindo água e vento, são transportados para o esperma da reprodução. As primeiras plantas foram aquáticas, elas lançaram espermas livremente na água.

Plantas terrestres primitivas e musgos tinham espermatozoides móveis que nadavam em finas películas de água. As plantas de sementes, incluindo samambaias, coníferas e cordaites, evoluíram há 350 milhões de anos.

Tinham grãos de pólen para conter os gametas para a proteção dos espermatozoides durante o processo de transferência do sexo masculino para femininos.

Reprodução-Vegeta

Reprodução vegetal: Plantas com flores
Plantas com flores são formas vegetais dominantes na terra e se reproduzem por meio sexuado e assexuado. Reprodução sexual engloba a produção de gametas machos e fêmeas.

A transferência dos gametas masculinos aos óvulos femininos acontece em processo denominado polinização.

Na sequência, tem a fertilização e os óvulos crescem em sementes dentro do fruto. Após as sementes estarem prontas para a dispersão, a fruta amadurece e as sementes são libertadas a partir da fruta.

Após várias quantidades de tempo e com condições específicas as sementes germinam e crescem para a geração seguinte.

reproducao-vegetal

A antera produz machos gametófitos, o esperma é produzido em grãos de pólen, aos quais se ligam ao estigma no topo do carpelo em que os gametófitos femininos (dentro dos óvulos) estão localizados.

O tubo polínico cresce através do estilo do carpelo, o núcleo do sexo das células do grão de pólen migra para o óvulo no sentido de fertilizar os gametófitos femininos em processo chamado de dupla fertilização.

O zigoto resultante se desenvolve em embrião, enquanto que o endosperma triploide (uma célula de esperma, mais duas células do sexo feminino) se origina aos tecidos circundantes da semente em desenvolvimento.

O ovário que produziu o gametófito feminino se transforma na fruta, que rodeia as sementes.

árvore

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As plantas são indispensáveis à vida na Terra porque libertam oxigênio que permite a respiração da maior parte dos seres vivos. Por outro lado, os animais herbívoros não poderiam sobreviver se não houvesse plantas.

Se as plantas não existissem, os herbívoros morreriam e os carnívoros que deles se alimentam morreriam também. A Terra seria, então, um planeta sem vida.

Existe uma grande variedade de plantas, com tamanho diferente (há plantas rasteiras-musgo; arbustos e árvores de tamanho médio e grandes árvores). Umas têm flor, como a roseira, amendoeira, e outras não musgo, feto.

flores de amendoeira

Importância das plantas
As plantas são a base de sustentação da vida na Terra. São elas que, juntamente com as algas, produzem o oxigênio necessário à respiração dos seres vivos.

Ao transformarem a matéria mineral em matéria orgânica, através da fotossíntese, as plantas estão na base das cadeias alimentares. De uma forma direta ou indireta fornecem o alimento aos animais (incluindo o Homem).

As plantas são simplesmente os seres mais importantes, porque sem elas os animais herbívoros não teriam o que comer e consequentemente os carnívoros morreriam também.

Elas participam da fixação do nitrogênio através do mutualismo que exercem com certas bactérias e por fim renovam nosso ar apesar desse papel ser melhor desempenhado pelas algas microscópicas, essas enquadradas no reino dos protozoários e não dos vegetais.

Elas transformam matéria inorgânica em orgânica através da fotossíntese. Nós humanos, somos onívoros, ou seja, comemos animais e vegetais.

Algodoeiro (Gossypium hirsutum)

Além de constituírem uma fonte de alimento para os seres vivos, as plantas são uma fonte de matérias primas para as mais variadas indústrias. O algodoeiro e o linho são exemplos de plantas essenciais para a indústria têxtil.

A madeira das árvores é utilizada em múltiplas aplicações: construção de casas, barcos, mobiliário e muitos outros utensílios domésticos. A cortiça, extraída do sobreiro, é utilizada não só no fabrico de rolhas mas também de embalagens e na construção civil.

Há uma infinidade de outras importantes utilizações das plantas pelo Homem que poderiam ser referidas. Uma das mais importantes está relacionada com a indústria farmacêutica, uma vez que muitas espécies têm importantes propriedades medicinais.

Raízes
Há plantas com raiz aprumada (têm uma raiz principal mais grossa e outras mais finas que saem da principal), com reserva ou sem reserva de alimentos)
· Raízes aprumadas com reserva de alimentos – nabo e cenoura
· Raízes aprumadas sem reserva de alimentos – raiz de pinheiro

Há plantas com raiz fasciculada (têm raízes de tamanho e grossura idênticos, fazendo lembrar um feixe), com ou sem reserva de alimentos.
· Raízes fasciculadas com reserva de alimentos – dália
· Raízes fasciculadas sem reserva de alimentos – trigo e milho
· Raízes subterrâneas – pinheiro·
. Raízes aquáticas – nenúfar, agriões
· Raízes aéreas – hera, musgo

Nenúfar

Funções das Raízes
· Fixa a planta ao solo.
· Absorve água e sais minerais.
· Acumula reservas de alimentos.

O Caule das plantas
Funções dos caules
. Suporta ramos, folhas, flores e frutos (parte aérea da planta).
. Transporta água com sais minerais da raiz até às folhas.
. Repartir o alimento por todas as partes da planta.

A Folha das plantas
Há folhas:
Folhagens caducas – caem-lhe todas as folhas no Outono. (castanheiro, figueira, carvalho, videira)
Folhagens persistentes – nunca perdem totalmente as suas folhas. (pinheiro, oliveira, limoeiro)

Funções das folhas
. Fabrica os alimentos da planta.
. Realiza a respiração e a transpiração da planta.
. Pode servir de reserva de alimentos e de proteção.

Flores

A flor das plantas
As flores das plantas podem ter cores muito variadas: lírio, girassol, rosa, jacinto, camélia, violeta.

Funções das flores
Permite a reprodução das plantas. Uma flor para ser completa é constituída por: cálice, corola, androceu e gineceu, tendo cada um o seu órgão próprio.

Reprodução das plantas
A certa altura, a flor perde as pétalas e outros órgãos, transformando-se em fruto. No interior do fruto existem as sementes que, depois de germinarem, vão dar origem a outra planta.

Tipos de germinação
Germinação – é o processo pelo qual se forma uma planta a partir duma semente.

estaquias

Germinação por estacas – Há plantas (roseira, sardinheira, videira, …) que também se reproduzem por estaca. Cortam-se ramos dessas plantas que se enterram no solo. A estaca enterrada ganhará raízes e começará a desenvolver-se uma nova planta.

enxertia

Enxertia – Ramo que se aplica sobre um tronco para que se desenvolva. Exemplos de enxertia: videira, limoeiro, etc.

megulhia

Mergulhia – Utiliza-se este processo em plantas de ramos flexíveis. Consiste em dobrar um ramo da planta que se quer multiplicar, até o introduzir na terra deixando a parte terminal a descoberto. Algum tempo depois, na parte enterrada, aparecem raízes. Quando estas estão suficientemente desenvolvidas corta-se a nova planta, separando-a da “planta-mãe”. Ex. Videira.

Reprodução vegetativa assexuada-e-sexuada

Multiplicação vegetativa – Obtém-se uma nova planta, plantando raízes, caules ou folhas. A vantagem é que a nova planta tem todas as características da “planta-mãe”. Ex. dália, morangueiro.

Fatores do ambiente que influencia a vida das plantas
Água
Há plantas que vivem sempre na água (nenúfar, arroz); há plantas que necessitam de muita umidade (fetos, musgos); há plantas que têm necessidade moderada de água (pereira, pessegueiro); há plantas que conseguem viver em locais secos (cactos).

Luz
Há plantas que precisam de muita luz para sobreviverem: girassol, milho. Há plantas que se desenvolvem em locais com pouca luz (à sombra de outras plantas na entrada de grutas): musgos, fetos.

Temperatura adequada
Para se desenvolverem, as plantas também precisam de temperatura adequada. Se houver geadas ou muito calor quando as plantas estão a crescer, podem estragar-se as colheitas.

Para sobreviverem ao frio do Inverno, algumas plantas perdem as folhas, outras ficam adormecidas debaixo do solo, só voltando a crescer quando chega a Primavera.

Solo
Para sobreviverem, as plantas também precisam do ar onde vão buscar oxigénio para respirarem e dióxido de carbono para fabricarem os alimentos.

Todas as plantas necessitam de um determinado tipo de solo para se desenvolverem.

Utilidade das plantas
Sem as plantas verdes não haveria vida na Terra nem outros produtos de que o homem necessita para viver.

As plantas são de grande utilidade
* As plantas libertam oxigênio – durante o dia, enquanto as folhas fabricam os alimentos da planta, gastam dióxido de carbono que prejudica a respiração de todos os seres vivos e libertam oxigénio que purifica o ar e que é necessário para as células viverem.

* As plantas enriquecem os solos – As folhas e os ramos das plantas que caem no chão apodrecem e tornam os solos mais férteis e produtivos.

* As plantas são o guarda-chuvas dos solos – As plantas protegem o solo das fortes chuvadas, evitando que ele seja destruído. As raízes das plantas fixam o solo e também contribuem para evitar a sua destruição.

* As plantas são um abrigo das aves – Uma grande parte das aves que conhecemos faz os ninhos nas árvores, aí encontrando proteção e sossego para os seus filhotes.

* As plantas fornecem produtos para a nossa alimentação – As plantas fornecem produtos de que o homem e outros animais se servem para se alimentarem.

* As plantas são utilizadas em chás medicinais – algumas plantas são utilizadas para fazer chás que contribuem para combater doenças, de acordo com a opinião do nosso povo. Ex.: Tília, erva-cidreira, malva…

* As plantas utilizam-se para fabricar mobílias – Com a madeira do pinheiro, do castanheiro, do carvalho, da nogueira, da cerejeira, … fabricam-se móveis úteis e decorativos.

* As plantas ajudam a produzir energia – A lenha que obtemos das plantas é utilizada para produzir energia calorífica…

* As plantas fornecem flores decorativas – Algumas plantas fornecem flores

* Outros produtos fornecidos pelas plantas – Fibras, madeira para fabricar resina, cortiça para fabricar rolhas, boias, etc.

Conclui-se que as árvores são seres vivos porque nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.
A floresta é indispensável ao planeta Terra. As plantas produzem o oxigênio (O2) e são utilizadas na: culinária, medicina, na construção e decoração das casas (madeira), no aquecimento, no embelezamento das localidades.

É importante que nos preocupemos com o abate exagerado das árvores porque sem elas não há vida no nosso planeta. A poluição do ar, da terra e da água também tornam as árvores doentes.

borboletas amarelas

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Nos lugares mais inóspitos da Terra, do limite dos círculos polares aos áridos desertos, os liquens imprimem vivas cores e desenham formas sugestivas na pedra dos rochedos, no cone dos vulcões ativos e nas vertentes das montanhas.

Os liquens são associações mutualísticas entre algumas espécies de fungos e algas (principalmente algas verdes e cianobactérias). Nessas associações, os fungos são denominados de micobiontes, e as algas, que são os organismos fotossintetizantes, fotobiontes. O nome científico do líquen é o nome científico do fungo presente na associação.

A alga que a ele se associa é quase sempre unicelular e, quando isolada, muito sensível ao excesso de iluminação e aquecimento solar, como também à escassez de água.
Reunidos um e outro, porém, estão habilitados a viver em condições que ordinariamente nem o fungo nem a alga separados poderiam resistir.

O fungo absorve, além da escassa água que o substrato lhe forneça, a umidade do ar e os sais minerais trazidos pela poeira. A alga recebe essas duas matérias-primas e, graças à clorofila e à luz solar, absorve o gás carbônico diretamente da atmosfera e realiza a fotossíntese, que fornece o alimento orgânico indispensável a sua nutrição e à do fungo.

líquen vermelho

A trama de filamentos do fungo constitui cobertura protetora contra os excessos de iluminação solar e, em numerosos casos, é tão espessa e de textura tão compacta que a alga pode suportar temperaturas extremas.

Além disso, o fungo fornece à alga o gás carbônico excretado por sua respiração, bem como certos ácidos orgânicos, entre os quais o oxálico. Esse tipo de associação, em que ambos os concorrentes usufruem vantagens, é chamado simbiose.

Assim, os liquens podem crescer em lugares e condições em que nenhum outro vegetal se desenvolve: na crosta das árvores, no solo, nas areias do deserto, nas rochas duras e lisas das montanhas de até seis mil metros de altitude, nos bordos das crateras vulcânicas e nos gelos polares.

Embora apresentem crescimento extremamente lento, os liquens podem viver séculos. São, no entanto, muito sensíveis aos gases e partículas de fumaça de que o ar urbano está sempre saturado e, por isso, não são encontrados nas cidades e seus arredores. Sua ausência é sinal inequívoco de poluição atmosférica.

Quanto à morfologia externa, os liquens podem ser filamentosos, foliáceos, fruticulosos, crustáceos e gelatinosos. Segundo o lugar em que crescem podem ser corticícolas, se vivem sobre as cascas das árvores; terrícolas, se sobre o solo; e litófitos ou petrícolas, se sobre rochas.

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Organização
Na constituição do líquen distinguem-se dois sistemas: o vegetativo e o reprodutor. O vegetativo é formado por um corpo (talo) e rizóides que servem para fixação e absorção. O corpo se constitui de hifas, filamentos do fungo, intimamente aderidos aos gonídios, células de uma alga verde ou azul, na qual penetra por meio de ramificações denominadas haustórios.

O sistema reprodutor constitui-se de orgânulos denominados sorédios. Cada sorédio é formado por algumas células da alga, intimamente aderidas aos filamentos do fungo. Os sorédios formam-se em qualquer região da camada externa do líquen e são facilmente transportados pelo vento a grandes distâncias; onde caem, podem reconstituir o talo liquênico.

Quando os liquens atingem certa maturidade formam-se, sobre o talo, órgãos sexuados, os sorais, formados unicamente de ascos, filamentos diferenciados do fungo, que produzem grande quantidade de células reprodutoras denominadas esporos.

Características gerais dos líquens
Os líquens aderem-se a substratos específicos, como determinadas partes das árvores, rochas e solo. Apresentam diversas cores e formas, sendo estas geralmente determinadas pelo fungo, que ocupa a maior parte do seu corpo e é denominado de talo.

Apresentam tamanhos variados, desde talos quase microscópicos até os que apresentam vários centímetros. Em algumas espécies, as algas estão distribuídas uniformemente pelo talo; em outras, elas formam uma camada distinta (nesse caso, os líquens são chamados de estratificados).

Os líquens estratificados podem ser classificados de acordo com a forma de crescimento sobre o substrato:

crostoso
* Crostoso: achatado e firmemente aderido ao substrato, o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato;

fruticoso
* Fruticoso: ereto e geralmente ramificado, o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta;

folioso

* Folioso: assemelha-se a folhas, o talo é parecido com folhas.

Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico.

Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.

A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação.

Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.

liquen