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Posts para categoria ‘Plantas rasteiras’

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A beldroega é uma planta suculenta e de grande versatilidade que, além de ornamental, tem elevado valor medicinal. Também é considerada um planta alimentícia não convencional ,  as chamadas PANCs.

Nativa da Europa, é atualmente encontrada em todas as partes do mundo. Em parte da América do Sul e da América do Norte é considerada daninha, enquanto na Índia é silvestre e consumida há milhares de anos. É bastante cultivada no Oriente Médio e em parte da França. Foi popular na Inglaterra na época de Elizabeth I.

Pertencente à família Portulacaceae, é uma espécie de herbácea prostrada e rasteira, com ramagem bem densa e de caule liso e avermelhado, bastante ramificada. Pode atingir até 20 centímetros de altura.

As flores são axilares, hermafroditas e solitárias, com corola simples e pentâmera, podendo apresentar várias cores conforme a cultivar (como amarelo, vermelho, laranja, rosa, branca e mesclas destas cores).

Elas se abrem apenas por algumas horas nas manhãs ensolaradas, podendo surgir em diferentes épocas do ano — com frequência menor no inverno e maior em períodos de chuva.

Suas folhas são carnosas, ovaladas a espatuladas, suculentas, simples, glabras, de cor verde brilhante, alternas ou opostas e surgem agrupadas nos nós caulinares.

Portulaca oleracea

O fruto formado é do tipo cápsula deiscente, com numerosas sementes diminutas. A beldroega é uma das raras espécies que se utiliza tanto do mecanismo de fotossíntese CAM quanto de C4, ou seja, que envolvem quantidades de água bastante escassas.

Comumente cultivada em vasos ou jardineiras, é uma boa opção para cultivar na janela da cozinha, combinando sua função com o ambiente. No jardim, podemos utilizá-la formando maciços ou bordaduras, oferecendo um aspecto delicado e campestre à paisagem.

Também é considerada uma excelente planta companheira, ajudando a cobrir e proteger o solo, mantendo-o úmido e rico para as outras plantas. Por ser capaz de penetrar o solo duro, ela melhora a textura da terra e cria canais por onde as raízes das outras espécies podem penetrar.

Cultivo
A beldroega uma planta adaptada a diversas condições climáticas, crescendo bem na faixa de temperatura que vai de 15°C a 35°C. Ou seja, deve ser cultivada sob meia-sombra ou sol pleno, apreciando clima tropical e subtropical.

É uma espécie de crescimento rápido que aceita diferentes tipos de solo, mas que tem preferência pelos arenosos e ricos em matéria orgânica, bem drenados, leves, profundos, férteis e com pH entre 5,5 e 7.

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado. Quando bem desenvolvida pode suportar períodos de seca, mas os ramos e as folhas terão melhor qualidade e sabor se não faltar água.

Em condições de baixa disponibilidade de água e/ou altas temperaturas, a beldroega muda suas vias metabólicas normais para o metabolismo ácido das crassuláceas.

Este método consiste em absorver o dióxido de carbono durante a noite e armazená-lo como ácido málico até a incidência da luz solar durante o dia, quando este será metabolizado em glicose.

Esta é a razão pela qual apresentam um sabor mais ácido se colhidas no início da manhã e menos ácido se colhidas no fim da tarde.

Plantio
Sua propagação pode ser por estacas dos ramos, porém é mais comum por sementes. Semeie no local definitivo da horta ou em sementeiras, saquinhos para mudas ou copinhos de papel, transplantando quando as mudas tiverem de 4 a 6 folhas verdadeiras. As sementes devem ser cobertas apenas por uma leve camada de terra peneirada ou de serragem fina.

O espaçamento recomendado varia de 30 a 80 cm entre as linhas de plantio, e de 25 a 40 cm entre as plantas, dependendo do porte da variedade cultivada e das condições de cultivo.

A beldroega pode ser uma planta invasora difícil de ser erradicada, pois cada planta pode produzir um grande número de pequenas sementes e estas permanecem viáveis por mais de uma década.

Contudo, muitas vezes é também considerada uma invasora benéfica em plantações, por ser uma boa planta companheira para várias outras (por exemplo, para o milho).

pombos

Planta-do-Deserto

Quem vê a planta, conhecida popularmente como polvo do deserto, talvez não imagine que é uma das espécies mais longevas do planeta Terra. Tendo como único habitat o deserto do Namibe – situado ao sul de Angola até a Namíbia – é uma planta que possui folhas longas sem cor e secas. O fato das folhas dessa planta lembrarem tentáculos de polvo lhe deu a alcunha popular pela qual é conhecida.

Embora possa parecer que essa planta está a ponto de desfalecer é necessário mencionar que ela pode viver mais de mil anos. Ficou curioso para saber mais sobre esse ‘polvo’ encontrado no meio do deserto que é capaz de viver mais de um milênio? Continue lendo!

Características
Trata-se de uma planta do tipo rasteira que possui caule grosso que não tem a capacidade de crescer e está ancorado a uma grande raiz. Observando a planta polvo do deserto é possível ter uma ideia errônea de que ela possui muitas folhas, mas na verdade tem apenas duas bifurcadas. As folhas semelhantes a tentáculos podem chegar a até quatro metros de comprimento.

As mudas dessa planta contam com dois cotilédones (folhas originais que são produzidas a partir das sementes) que em seguida desenvolverão duas folhas permanentes que se mantém crescendo em direções opostas podendo chegar a mais de 4 m de comprimento.

No decorrer do crescimento as folhas da planta se rasgam dando origem a várias tiras ocupando então uma área de cerca de 8 metros de diâmetro. Possui caule do tipo lenhoso e tem flores na coroa (parte central).

Plantas fêmeas e machos
Pesquisas a respeito da Welwitschia mirabilis permitiu identificar a existência de plantas fêmeas e machos. A diferença entre ambas está nos cones com formas distintas que exibem.

As plantas masculinas têm forma semelhante a uma pinha avermelhada com pequeninas flores amarelas enquanto que as femininas possuem forma ovalada num bonito tom de azul.

Constitui-se numa planta espermatófita, isso significa que é capaz de produzir as suas próprias sementes. O vento do deserto ajuda a distribuir as sementes da planta contribuindo para a sua reprodução.

Porém, seu desenvolvimento é bastante lento, algo que corrobora para o seu status de planta ameaçada de extinção. Já existem projetos focados em cultivar a Welwitschia mirabilis em ambientes controlados.

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Cultivo da planta Polvo do deserto
Para cultivar essa planta é necessário contar com sementes da mesma, essas sementes precisam de luz e calor intensos durante as primeiras semanas assim como ser mantidas úmidas.

Geralmente as sementes que são colhidas no campo apresentam esporos do fungo Aspergilus niger e isso faz com que venham a apodrecer logo em seguida a germinação.

As melhores sementes para o cultivo dessa planta são as obtidas no Jardim Botânico de Kirstenbosch, na Cidade do Cabo (África do Sul) ou então a partir de outros ambientes de cultivo que se encontrem livres da presença desse fungo.

As sementes devem ser saudáveis para que possam dar origem a essa planta de aspecto tão diferente e capaz de viver mais de um milênio.

polvo-do-deserto

Sozinha no mundo
A planta polvo do deserto faz parte da família botânica conhecida como welwitschiaceae e se constitui no único elemento da mesma, ou seja, trata-se de uma espécie sem ‘parentes’, ela está sozinha no mundo.

De acordo com especialistas em botânica os pinheiros são a espécie mais próxima da Welwitschia mirabilis.

Essa curiosa planta possui características muito particulares que não são observadas em nenhum outro ser vivo do planeta. Exatamente por isso essa espécie é conhecida no meio cientifico como um verdadeiro “fóssil vivo”, está presente no planeta desde a era dos dinossauros, período Jurássico.

Fotossíntese da planta Polvo do deserto
Como já mencionado o único habitat dessa espécie é o deserto, porém, mesmo num ambiente tão árido ela consegue absorver partículas de água provenientes da atmosfera, o orvalho.

De dia a polvo do deserto se mantém mais retraída soltando-se mais a noite. A fotossíntese dessa espécie não é realizada durante o ciclo luminoso e sim na fase escura. Da mesma forma como fazem os cactos, a Welwitschia mirabilis, armazena alimento em suas folhas suculentas e carnudas.

A História da Welwitschia mirabilis
No século 19 a curiosa planta longeva foi estudada pela primeira vez pelo biólogo austríaco Friedrich Welwitsch. A polvo do deserto era chamada de N’Tumbo pelos nativos e o biólogo então a nomeou como Tumboa bainesii. Passado algum tempo o nome foi alterado para Welwitschia mirabilis em homenagem ao próprio biólogo.

A resistência e a força dessa espécie fizeram dela um símbolo angolano, para se ter uma ideia é capaz de suportar temperaturas acima de 60°C e um período de até cinco anos sem chuva. Uma espécie botânica que passa uma importante mensagem sobre resiliência para sobreviver em longo prazo.

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Confira a seguir algumas curiosidades sobre essa planta peculiar
–  Ornitorrinco do reino vegetal
O biólogo Charles Darwin, conhecido por ser o autor de “A Origem das Espécies”, apelidou a planta polvo do deserto de “ornitorrinco do reino vegetal” por encontrar semelhança entre a espécie botânica o mamífero subaquático que bota ovos. Tanto o animal quanto as planta combinam estranheza e beleza, reúnem características antagônicas essenciais para a sua vida.

–  Maior exemplar
Conforme registros o maior espécime de polvo do deserto mede em torno de um metro e meio de altura e tem mais de quatro metros de diâmetro.

–  Planta fora da curva
A planta polvo do deserto pode ser entendida como uma espécie fora da curva, pois apresenta características distintas das mais comuns em plantas desse tipo de habitat.

Suas folhas são grandes e largas, possui sistema de raízes raso que não está bem preso ao solo. Costuma captar água da neblina da manhã.

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onze horas

Originária da América do Sul, a Onze-horas é uma planta que carrega esse nome devido aos seus botões que só se abrem em horários com maior incidência solar.

Muitos não sabem, mas a Onze-horas é uma planta da espécie suculenta e com isso não requer tanto cuidado para ser cultivada. Além de ser fácil de cultivar, a flor chama atenção para sua beleza, suas flores podem ter uma grande variedade de cores, dando oportunidade de criar um jardim incrível.

Como cultivar a flor Onze-horas
A Onze-horas é uma planta de fácil adaptação, sendo da espécie suculenta, ela precisa ter contato direto com o sol, sendo assim, certifique-se de plantar em locais externos e abertos.

O solo é uma das partes mais importantes para o desenvolvimento da Onze-horas. Sendo assim, procure deixar o solo nutrido e úmido.

Ainda sobre o solo, é importante que a terra tenha uma boa drenagem, sendo assim, opte por colocar areia e terra juntos, com algumas pedras para colaborar na drenagem. É indicado o uso de materiais orgânicos para o tratamento do solo, em casos de adubos orgânicos devem ser usados a cada 3 meses.

Água e Sol
Por ser uma suculenta, como citado, a quantidade de incidência solar que essa flor precisa ter é de no mínimo 4 horas, ciente disso, se atente ao local.

A sua rega deve ocorrer de duas ou três vezes na semana, dependendo das condições do solo, se estiver com aspecto seco, deve ser molhada, mas cuidado para não encharcar. A rega tem que ser feita diretamente no solo, molhando as flores pode acontecer de ter uma má formação e está propenso a ter mofo.

Período ideal
O período ideal para se plantar a Onze-horas é no verão, com a presença de solo fértil e com uma boa drenagem. Planta-se também em vasos ou jardineiras, mas é mais ideal ser em jardins, canteiros. Pois é uma planta que tende a ter um grande enraizamento.

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Para evitar competição de nutrientes, é indicado plantar a Onze-Horas em vasos ou locais independentes. As flores saem todos os anos, mas é mais predominante nos meses mais quentes, sendo primavera e verão.

Vale ressaltar que a Onze-Hora é uma planta tóxica para animais, sendo assim, cuidado com a presença de animais domésticos no seu jardim.

Popularmente conhecida como Onze-horas, a Portulaca tem esse nome porque suas flores geralmente abrem no meio do dia. Além de sua beleza exuberante, essa plantinha não demanda de cuidados muito elaborados para se desenvolver, tornando-a uma flor de fácil cultivo.

Preparando a terra
Para preparar o solo em que sua plantinha irá ficar, é ideal misturar uma parte de terra vegetal, uma parte de terra comum e duas partes de areia. Importante também ressaltar que a onze-horas prefere solos irrigados e de fácil absorção de água, ou seja, poroso.

Além disso, seu plantio deve ser realizado durante o verão, uma vez que, essas plantas preferem climas mais quentes.

Onde plantar a onze-horas?
O local onde plantar é o segredo para sua plantinha se desenvolver de forma saudável, a onze-horas ama a luz solar, por isso, o ideal é que o lugar onde ela for plantada tenha, pelo menos, quatro horas de exposição solar por dia. Além disso, a adubação do solo deve ser feita a cada 3 meses.

Sendo assim, deixamos aqui uma dica de onde plantar sua florzinha: hortas suspensas feitas de garrafa pet! Além de baratas, sua reutilização ajuda o meio ambiente.

Quando começam a florescer?
As sementes dessa planta começam a germinar de dez a quinze dias após plantadas. Ademais, começam a dar flores cerca de um mês após o desenvolvimento completo do broto. Seu florescimento acontece mais na primavera e no verão, é só manter o solo fertilizado.

mais de 100 espécies dessa planta, em sua maioria muito usadas para decoração de jardins externos, mas também existem variações que são comestíveis.

Aqui no Brasil, há três espécies facilmente encontradas: A Portulaca Oleracea, a Portulaca Umbraticola e a Portulaca grandiflora. A mais comum, é a grandiflora, muito utilizada como planta ornamental.

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A Soleirolia soleirolii é uma planta originária da Córsega e ilhas próximas à Itália. É também conhecida popularmente como Planta da sorte, Lágrimas de bebê e Cabelinho de anjo.

É uma planta reptante de até 10 cm. Seu florescimento de dá no final do verão, início da primavera. A flores são hermafroditas, minúsculas, branca-rosadas.

As folhas são o atrativo especial da planta, conferindo, quando em vaso, um lindo efeito pendente e quando plantado no chão, uma textura uniforme de tapete verde.

Seu cultivo deve ser a meia sombra com bastante luminosidade. No frio intenso ela some, reaparecendo na primavera.

O solo deve ser com bastante matéria orgânica. E a maneira mais fácil de reproduzi-la é pela ramagem que já possui pequenas raízes nos nós.

Soleirolia soleirolii

A Soleirolia pode ser usada como forração em locais sombreados. É uma ótima opção para aqueles lugares onde a grama normalmente não se desenvolve.

Regá-la em dias alternados, sem encharcar. Para que ela não seja atacada por fungos (que podem melar a planta) coloque-a no sol de vez em quando. Melhor ainda, se ela estiver naquele cantinho onde pega um pouco de sol da manhã.

Planta pendente em vaso mas, também pode ser empregada sob a sombra de árvores, pois cresce como se fosse um tapete, de preferência a meia sombra, em um substrato bem com bastante matéria orgânica e com boa umidade do ar.

Não raro, sobe sobre pedras adquirindo até um certo status de invasora. É importante lembrar que não se trata de uma planta pisoteável.

Soleirolia soleirolii

A flor solta fumaça
Uma curiosidade à parte da Soleirolia, diz respeito às suas minúsculas flores: quando maduras e secas, no menor toque, elas explodem, soltando um pozinho branco como acontece com a Pilea microphylla–“brilhantina”, da mesma família.

Nas regas, percebe-se muito bem esse fenômeno. Na verdade são os grãos de pólen saindo do androceu, ou seja: do órgão sexual masculino. Na foto abaixo, vê-se 4 estames masculinos na parte mais apical da flor.

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